1650

1650 - Os holandeses ocupam Java. Motor de Worcester, início da utilização mecânica do vapor. Morte de Descartes. Os Sultões de Oman tomam Mascate em 1650 e na costa do Coromandel, Meliapor é perdida em 1662. Mombaça perdida em 1698. Apesar de algumas conquistas no sec. XVII, como Flores e Timor, e nas Celebes, e de expedições ao Zambeze em busca das minas do Monomotapa, o gigantesco império asiático fora reduzido à escala de anão. Durante os sessenta anos após 1580, a Coroa portuguesa ficou em mãos espanholas, com deterioração do bem-estar e do poder nacional. Nos capítulos das Cortes de Tomar, Filipe I de Portugal jurou respeitar os interesses portugueses, incluindo garantias dos direitos de representação em Madrid, através do Conselho de Portugal. Mas os inimigos da Espanha eram os inimigos de Portugal. O comércio inglês e flamengo perdeu-se. Os holandeses, proibidos de acesso a Lisboa, fundaram Companhias das Índias em 1602 e 1621 para a ocupação das conquistas portuguesas na Ásia e no Brasil. Filipe II visitou o país uma só vez e Filipe III desrespeitou todas as garantias do avô. Lançou tributos indevidos às câmaras, nobres e Igreja, aos cristãos-novos, e à arraia miúda; chamou os piores indivíduos para administração; obrigou ao serviço militar nos campos de batalha da Espanha imperial, Flandres e Itália. A gota que fez transbordar o copo nas alterações de Évora em 1637, foi a conscrição de recrutas para a guerra de Flandres. 1650: Restauração da Catedral de Roma para o Ano Santo. Este Jubileu abriu-se, ao contrário do anterior, numa época de relativa paz: acabara a Guerra dos Trinta Anos que transformou a Europa. Inocêncio X abriu o Ano Santo na Basílica de São Pedro, restaurada no seu interior para esta ocasião, na presença de uma enorme multidão de peregrinos. Um dos factos mais relevantes da celebração jubilar foi a do restauro desejado pelo Papa, da Basílica Catedral de Roma, São João de Latrão que, segundo alguns estudiosos, foi, por Borromini, "vestida" de branco como uma esposa. O Papa aproveitou a ocasião da restauração da sua sede episcopal para manifestar o desejo de pacificação da Igreja universal. Inocêncio X tinha, de facto, trabalhado para a pacificação da Europa durante a longa Guerra dos Trinta anos. Governante: D. João IV.