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Maomé: diferenças entre revisões

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Revisão das 19h11min de 13 de março de 2004

O Profeta Muhammad

Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); cujo nome completo é: Muhammad Bin Abdullah Bin Abdul Mutalib Bin Hachim Bin Abd Manaf Bin Kussay.Foi escolhido por Deus para proferia para toda a humanidade a Sua Mensagem de Paz, isto é o Islam.

Nasceu em 570 d.C, na cidade de Makkah (atual Arábia Saudita), foi-lhe confiado por Deus a Mensagem do islam quando tinha 40 anos de idade, a revelação que ele recebeu chama-se Alcorão, a leitura e recitação por excelência.

Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); é o último Profeta de Deus para a humanidade, ele é o Mensageiro final de Deus. A sua Mensagem foi, e ainda é, dirigida aos cristãos, judeus e ao resto da humanidade. Ele foi enviado a esse povos religiosos para informar a respeito da verdadeira missão de Jesus, Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão (que a Paz esteja sobre eles).

O Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); é o último de todos os Profetas e Mensageiros que o antecederam, o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); com a revelação recebida de Deus, através do Anjo Gabriel, purificou as mensagens anteriores da adulteração que sofreram e completou a Mensagem de Deus para toda a humanidade, foi dotado por Deus do poder de esclarecer e de interpretar os ensinamentos do Alcorão. Que a Paz e Benção de Deus estejam sobre Ti, ó Mensageiro de Deus. Muhammad o Mensageiro do Islam O Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); não é considerado pelos muçulmanos como um sr divino mais sim um ser humano, contudo, ele é visto como um dos mais perfeitos entre os seres humanos, nascido em 570 d.C., em Makkah, numa das mais poderosas tribos da Arábia daquela época, a tribo Coraixita, o jovem Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); demonstrou excepcional virtude como um individuo de confiança a quem os membros das várias tribos convidavam para agir como árbitro das suas disputas.

Os Primeiros Anos

Nesse tempo os Árabes seguiam uma forma de idolatria, cada tribo conservando os seus ídolos na Kaaba, a estrutura cúbica construída originalmente por Abraão e seu filho Ismael (que a Paz esteja sobre eles) para celebrar a glória do Deus único.

Mas a Mensagem Monoteísta de Abraão (que a Paz esteja sobre ele) foi esquecida por muito tempo entre a população da Península Arábica em geral. O jovem Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); contudo, foi um crente em um Só Deus toda a sua vida e nunca participou nas práticas idólatras das suas tribos.

Anjo Gabriel  

Ao fazer 40 anos, durante um dos retiros que fazia habitualmente numa gruta no cimo da montanha fora de Makkah, Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); primeiro viu o arcanjo Gabriel que lhe revelou a Palavra de Deus, os cinco primeiros versículos da Sura Alcorânica "Al Alaq"; e anunciou que Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); seria o Mensageiro de Deus, para toda a humanidade. Nos 13 anos seguintes ele pregou a Palavra de Deus aos habitantes de Makkah, convidando-os a abandonar a idolatria e aceitar a Religião da Unicidade, o Islam.

Poucos aceitaram o seu apelo, mas a maior parte dos habitantes de Makkah, especialmente aqueles da sua própria tribo, opuseram-se a ele violentamente, vendo na nova religião um perigo grave para a sua dominação econômica assim como social com base no seu controle da Kaaba.

Mas o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); continuou a apelar ao povo para o Islam e gradualmente um grande número de pessoas começou a aceitar a fé e a submeter-se aos seus ensinamentos. Face a esse resultado, a perseguição aos Muçulmanos aumentou até que o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); foi forçado a enviar alguns dos seus companheiros à Abissínia onde foram protegidos por um rei Cristão.

Os Primeiros Dias do Islam O período de Makkah foi também uma experiência espiritual intensa para o Profeta e seus nobres companheiros que formavam o núcleo da nova comunidade religiosa que em breve se alastraria pelo mundo. Foi durante este período que Deus ordenou que a Quiblah das orações fosse mudada de Jerusalém para Makkah. Até hoje Jerusalém mantém-se, ao lado de Makkah e Madina, como um dos lugares sagrados do Islam.

Emigração (Hégira)  

Em 622 d.C. o Profeta recebeu instruções de Deus para emigrar para Yathrib, a cidade ao norte de Makkah. Ele seguiu a Ordem Divina e viajou com os seus seguidores em direção a essa cidade que daí para a frente ficou a chamar-se "Cidade do Profeta" (Madinat al-Nabi) ou simplesmente Madina.

Este acontecimento foi tão importante que o Calendário Islâmico começa com esta Hégira, em Madina, o Profeta estabeleceu a primeira Comunidade Islâmica que serviu de modelo a todas as Comunidades Islâmicas posteriores. Muitas batalhas tiveram lugar contra os invasores de Makkah em que os Muçulmanos venceram grandes batalhas. Em pouco tempo as tribos começaram a converterem-se ao Islam e dentro de poucos anos a maior parte da Arábia abraçou a religião do Islam.

Vitória em Makkah 

Após muitos esforços e eventualmente sucessivas vitórias, o Profeta regressou triunfantemente à Makkah onde o povo abraçou finalmente o Islam. Ele perdoou os seus inimigos iniciais e caminhou para a Kaaba, onde ordenou a seu companheiro e primo 'Ali ibn Talib para se juntar a ele na destruição de todos os ídolos.

O Profeta reconstituiu o rito da Peregrinação conforme fundado por Abraão (que a Paz esteja sobre ele). Depois regressou a Madina e pouco tempo depois, fez outra Peregrinação a Makkah. Foi ao regressar da sua última Peregrinação que ele fez o seu sermão do Adeus. Repentinamente adoeceu e, após três dias, faleceu em 632 d.C., em Madina, onde foi enterrado no quarto da sua casa junto da primeira Mesquita do Islam.

Sunnah (Prática) do Profeta As práticas e tradições (Sunnah) do Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); que incluem os seus dizeres (Ahadith), tomaram-se um guia para os Muçulmanos para compreensão do Alcorão e prática da sua religião.

O próprio Alcorão declara que Deus escolheu no Profeta um exemplo para os Muçulmanos seguirem. Além desta emulação do Profeta em todos os seus aspectos da vida e pensamento, os dizeres foram compilados por vários intelectuais. Finalmente foram compilados em livros de Ahadith em que os autênticos foram separados dos espúrios. A Sunnah ficou sempre, após o Alcorão, como a segunda fonte de tudo o que é Islâmico.

O Que é a Religião Islâmica  

De acordo com um famoso dizer do Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); o Islam consiste em cinco pilares: o testemunho de fé (Chahadah), que é testemunhar que ‘’La ilaha illa'Llah’’ (Não há outra divindade além Deus) e Muhammadur rasul Allah (Muhammad é o Mensageiro de Deus); as cinco orações diárias (as-salat) que os Muçulmanos fazem direcionadas para Kaaba na cidade de Makkah; o jejum (as-sawm) do amanhecer ao pôr do sol durante o mês do Ramadan; fazer a Peregrinação a Makkah (al-hajj) pelo menos uma vez na vida, se as condições financeiras e físicas de cada um o permitirem; e pagar uma taxa de 2,5% (zakat) sobre o capital de cada um e que é usada para as necessidades da Comunidade.

Aos Muçulmanos é ordenado que exortem outros para praticar o bem e absterem-se de fazer o mal. A ética está no âmago dos ensinamentos do Islam e de todos os homens e mulheres espera-se que atuem em conformidade com ela. Como disse o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele): 
"Nenhum de vós sereis crentes até que ameis os outros como a vós próprios”. 

O Iman (fé), de acordo com o Islam, significa ter fé em Deus, nos Seus Anjos, nos Seus Livros, nos Seus Mensageiros, no Dia do Julgamento Final e na determinação de Deus nos destinos da humanidade. É importante compreender que a definição do Iman, refere-se a Livros e Profetas no plural porque isso aponta diretamente para a universalidade das revelações e o respeito pelas outras religiões muito enfatizado no Alcorão. Há também um importante conceito, al-ishan ou virtude, que significa venerar a Deus como se O víssemos, sabendo que mesmo que não O vejamos Ele nos vê.

A Lei Islâmica (Chari’ah)

O Islam possui uma Lei Religiosa chamada al-Chari’ah que governa a vida dos Muçulmanos e que os Muçulmanos consideram ser Vontade de Deus. A Chari’ah está contida, em princípio, no Alcorão como elaborada e complementada pela Sunnah.

Na base destes princípios das escolas de leis, que são seguidas pelos Muçulmanos até hoje, foram desenvolvidas cedo na história Islâmica. Esta Lei, enquanto enraizada nas fontes da Revelação do Islam, é um corpo vivo da Lei que alimenta as necessidades da sociedade Islâmica.

As Leis Islâmicas são essencialmente preventivas e não são baseadas em punições severas exceto como última medida. A fé dos Muçulmanos obriga-os a respeitar os direitos dos outros e a Lei Islâmica é tal que previne as transgressões de terem lugar na maior parte das ocasiões.

É por isso que as pessoas consideram as punições severas como sendo tão raramente necessárias de serem aplicadas.

Os Califas Piedosos


Após a morte do Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de deus estejam sobre ele); Abu Bakr governou durante dois anos para ser sucedido por Umar que foi Califa durante uma década, período em que o Islam se espalhou extensivamente para Leste e Oeste, conquistando o império Persa, a Síria e o Egito.

Foi Umar que marchou a pé com o seu exército até Jerusalém e ordenou a proteção dos lugares Sagrados de Jesus (que a Paz esteja sobre ele). Fundou o primeiro tesouro público e uma administração financeira sofisticada. Estabeleceu muita das práticas básicas do governo Islâmico.

Umar foi sucedido por Uthman que governou cerca de doze anos, durante os quais a expansão Islâmica continuou. Ficou conhecido como o Califa que tinha o Texto definitivo do Nobre Alcorão, copiado e enviado aos quatro cantos do mundo Islâmico.

Foi sucedido por 'Ali que é conhecido até agora pelos seus sermões e cartas eloqüentes, e também pela sua bravura. Com a sua morte, o governo dos Califas ‘’corretamente guiados’’ (Khulafa Rashidun), que mantinha um lugar especial de respeito nos corações dos Muçulmanos, chegou ao fim.

Expansão do Islam Das cidades-oásis de Makkah e Madina no deserto Árabe, a Mensagem do Islam seguiu em frente com a rapidez impressionante. Meio século após a morte do Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); o Islam espalhou-se pelos três continentes.

O Islam não é, como alguns imaginam no Ocidente, uma religião da espada, nem se espalhou por meio de guerras. Foi somente dentro da Arábia, onde uma crua forma de idolatria existia, que o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); para defender o Islam e os próprios muçulmanos, foi forçado a utilizar a intervenção militar contra os incrédulos daquelas tribos que não só não o aceitaram, como também o perseguiram; enquanto que os Judeus o Cristãos não foram forçados a converterem-se.

Fora da Arábia, nas vastas terras conquistadas pelos exércitos Muçulmanos, num curto espaço de tempo, as pessoas tornaram-se muçulmanas, também não pela força da espada mas sim pelo apelo da nova religião. Foi a fé num Só Deus e a ênfase sobre a Sua Misericórdia que trouxe um enorme número de pessoas para a religião do Islam. A nova religião não coagiu as pessoas a converterem-se porque:

"Não há coerção na religião' (Alcorão Sagrado 2:256).

Muitas pessoas continuaram a ser Judias e Cristãs e até hoje importantes comunidades dos seguidores destas religiões são encontradas em terras Muçulmanas.

Contudo, a expansão do Islam não foi limitada à sua miraculosa expansão inicial fora da Arábia. Durante os séculos seguintes os Turcos abraçaram o Islam pacificamente como o fez um grande número de pessoas no subcontinente Indiano e no mundo de expressão Malaia. Na África também, o Islam espalhou-se durante os últimos dois séculos mesmo sob o enorme poder dos governantes coloniais Europeus. Hoje o Islam continua a crescer não só na África mas também na Europa e na América onde os Muçulmanos agora constituem uma notável minoria.

Religião Global O Islam é uma religião popular não importando qual a raça ou a origem. É por isso que a Civilização Islâmica é baseada na unidade que se mantém completamente contra qualquer discriminação ética ou racial. Foram tais grupos raciais e étnicos como os Árabes, os Persas, os Turcos, os Africanos, os Indianos e Malaios e mais os numerosos pequenos grupos que abraçaram o Islam que contribuíram para a construção da Civilização Islâmica. Mais ainda, o Islam não se opôs à aprendizagem das primeiras civilizações e à incorporação da sua ciência, instrução e cultura na sua própria visão mundial, desde que não se opusessem aos princípios do Islam. Cada grupo étnico ou racial que abraçou o Islam contribuiu para uma civilização Islâmica única à qual todos pertenciam.

O sentido da irmandade era tão enfatizado que ultrapassou todos os laços locais de uma específica tribo, raça, ou língua todos se tornaram subservientes à irmandade universal do Islam. A civilização global assim criada pelo Islam permitiu aos povos de diversas origens étnicas trabalharem em conjunto na cultura das diversas artes e ciências. Embora a civilização fosse profundamente Islâmica, mesmo os não-Muçulmanos "Povos do Livro" participaram na atividade intelectual cujos frutos pertencem a todos.

O clima científico era sugestivo pela presente situação na América onde cientistas, homens e mulheres aprenderam com toda as partes do mundo, sendo ativos no avanço do conhecimento que pertence a todos. A civilização global criada pelo Islam também teve sucesso na dinamização do espírito e do pensamento dos povos que aderiram à sua influência.

Devido ao Islam os Árabes nômades tornaram-se portadores da chama da ciência e da instrução. Os Persas, que criaram uma grande civilização antes do advento do Islam, produziram muito mais ciência e aprendizagem no período Islâmico do que antes. O mesmo pode ser dito dos Turcos e outros povos que abraçaram o Islam.

A religião do Islam foi, ela própria, responsável não só pela criação de uma civilização mundial na qual os povos de muitas origens étnicas diferentes participaram, como também teve um papel principal no desenvolvimento intelectual e cultural, num grau nunca visto antes.

Durante cerca de oitocentos anos o Árabe manteve-se como a mais importante língua científica e intelectual do mundo. Durante os séculos seguintes ao despontar do Islam, as dinastias Muçulmanas, governando em várias partes do mundo Islâmico, testemunharam o florescimento da cultura e pensamentos Islâmicos.

De fato, esta tradição de atividade intelectual teve o seu declínio somente no início dos tempos modernos como resultado do enfraquecimento da fé entre os Muçulmanos, combinada com a dominação externa. E hoje esta atividade começou de novo em muitas partes do mundo Islâmico, agora que os Muçulmanos tornaram a ganhar a sua independência política.