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Leonid Andreiev: diferenças entre revisões

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Revisão das 23h09min de 8 de agosto de 2002

Leonid Nicolaevitch Andreiev - Importante escritor russo do início do sec. XX; de origem muito humilde, nasceu em Orel, Rússia, a 9 de agosto de 1791 e morreu em 1919, em Kaokkala, Finlândia.

Até os trinta anos de idade Andreiev teve uma vida muito pobre, passando dias e dias sem ter com que se alimentar, chegando a tentar o suicídio, sendo socorrido. Ainda no hospital, percebeu que cometera um erro e que o longo sofrer o fortificara, concluindo que o homem poderia vencer tudo, menos o destino.

Apesar dos reveses, prosseguiu nos estudos e formou-se em direito, mas, não possuindo vocação para a carreira, dedica-se inteiramente à literatura e ao jornalismo.

Suas primeiras novelas alcançam relativo sucesso. Tolstoi - em plena glória - saúda-o com entusiasmo. Os editores mostram-se sempre interessados em seu livros - que ele publica continuamente até se falecimento em condições misteriosas, na Finlândia, onde se exilara cinco anos antes.

Ninguém o lê sem sentir uma grande compaixão pelos infelizes que povoam a sua obra literária. Porque as imagens de tragédia e de amargura desse estranho pintor de vencidos são desenhadas com matizes novos, inesperados e complexos de um estilo revoltado, impetuoso e torturantemente pessoal.

Em geral, os trabalhos de Andreiev refletem a vida sombria e atormentada dos que já perderam todas as esperanças, todas as ilusões.Até mesmo o humor com que tenta, por vezes, impregnar esta ou aquela história, -- embora com ironia -- provocam, as vezes, arrepios de terror. Sempre aponta nossa atenção para o lado profundamente trágico e cruel da vida, fustigando o egoísmo e a impiedade, a covardia e a brutalidade humanas, mas sem a mínima esperança, desiludido do efeito de suas próprios palavras.

Colocado entre os grandes escritores pessimistas, Andreiev desce ao âmago das misérias que o rodeiam, não hesitando nem mesmo diante do mórbido, tudo expondo com uma crueza quase selvagem.

A dúvida sempre o atormenta e por isso mesmo, da sua numerosa bagagem literária (contos, novelas, romances, dramas, comédias) poucos trabalhos refletirão tão nitidamente a sua personalidade como em a "A Conversão do Diabo", uma das obras primas do conto universal, que trata com graça, sensibilidade e humor e amarga ironia, do completo fracasso das pretensões diante das contingências da vida.

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