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Vila Nova de Gaia: diferenças entre revisões

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Revisão das 22h16min de 18 de maio de 2003

Situado na margem sul do Rio Douro, Vila Nova de Gaia ocupa uma área de aproximadamente 165 Km2, com cerca de 290.000 habitantes (aproximadamente) que povoam as 24 freguesias deste concelho. As origens mais remotas desta terra de diversidades, transportam- nos através dos tempos, desde o Paleolítico, passando pela Romanização até aos dias de hoje. O Foral do rei D. Afonso III, datado de 1255, concedido à então Vila de Gaia, uma povoação junto ao rio, relata o primeiro dos muitos episódios responsáveis pela organização das terras, o seu povoamento e as actividades às quais a população começou a dedicar-se. Em 1288 foi a vez de D. Dinis fazer história ao conceder um foral à povoação do Burgo Velho do Porto que, desde aí, começou a ser denominada Vila Nova de Rei. Dada a fácil travessia do rio e o enorme ancoradouro, rapidamente aquela zona ribeirinha se tornou num importante estaleiro e entreposto comercial. As duas povoações vizinhas, as de Gaia, a poente, e as de Vila Nova, a nascente, eram separadas pela denominada ribeira de Santo Antão e cada uma tinha a sua própria administração e os seus eleitos. Apesar destas condicionantes, estas duas povoações uniam-se sempre que a luta dos seus interesses era chamada à cena. Interesses esses que ficaram comprometidos com os acontecimentos dinásticos de 1383, quando os concelhos de Gaia e Vila Nova foram parcialmente integrados na administração da cidade do Porto, retirando-lhes, ainda que temporariamente, a sua autonomia municipal. Em 1518, D. Manuel I atribuiu um foral a Vila Nova e Gaia, no qual era realçada a pujança agrícola, por um lado, e o povoamento das freguesias com grandes propriedades e rendimentos, por outro. Vila Nova de Gaia tornou-se, por volta da segunda metade do século XVIII, numa terra de homens do mar, artífices, mercadores e homens de negócios. E foi nesta época de prosperidade que os alguns estrangeiros começaram a instalar-se e a adquirir imóveis, nomeadamente casas e armazéns, os quais eram utilizados para apoiar as operações de embarque do vinho do Douro. Um negócio que alterou não só a economia, mas também o urbanismo de Gaia e Vila Nova com a instalação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro em Vila Nova, por ordem do Marquês de Pombal. A união de Vila Nova e Gaia e as demais freguesias rurais, com a consequente conquista da autonomia administrativa, aconteceu a 20 de Junho de 1834, o que deu, então, origem ao actual Município de Vila Nova de Gaia. Este cenário completa-se com uma enorme onda de desenvolvimento, nomeadamente com o surgimento de fábricas de cerâmica, metalúrgica, tanoaria, cortiça, vidro, ao que se junta o aumento do número de armazéns de vinho. O clima de florescimento económico favorecia a primeira tentativa dos gaienses para verem Vila Nova de Gaia elevada a cidade, em 1841, através de um pedido dirigido à Rainha D. Maria II, no qual era também solicitado um brasão. Dado não terem obtido a resposta que ansiavam, a representação dos gaienses não desistiu e elaborou uma segunda petição, pedindo apenas o brasão de armas, o que acabou por ser concedido.

Enquanto a elevação da vila a cidade ficava adiada, em 1850 o poder central atribuía a Vila Nova de Gaia um brasão que foi utilizado até 1934, altura em que foi alterado, uma vez que não obedecia aos cânones heráldicos da época. Após algumas alterações das armas e bandeiras da vila, só em 1984 é que Vila Nova de Gaia dá por concluídos os seus anseios ao ser elevada a cidade, precisamente na altura em que o Município se preparava para assinalar os 500 anos do seu estabelecimento de Município moderno. Mas a história de Vila Nova de Gaia não se resume apenas às passagens aqui descritas. Depois de ter saido do marasmo em que se viu mergulhado durante algumas décadas, o Concelho de Vila Nova de Gaia dá agora provas de que será o concelho do futuro.