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Ansiedade de prova

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Estudante da Universidade de Madras, com o cabelo preso a parede, para impedi-lo de adormecer (1905)

A ansiedade de prova é uma combinação de excesso de estímulo fisiológico, tensão e sintomas somáticos, junto com preocupação, temor, medo de falhar e catastrofização, que ocorrem antes e/ou durante situações de provas[1]. É uma condição fisiológica na qual as pessoas experienciam estresse extremo, ansiedade e desconforto. Essa ansiedade cria barreiras significativas ao aprendizado e ao desempenho[2]. Pesquisas sugerem que altos níveis de angústia têm correlação direta com a diminuição do desempenho acadêmico e com taxas mais altas de abandono escolar[3][4]. A ansiedade de prova pode ter consequências mais abrangentes, afetando negativamente o desenvolvimento social, emocional e comportamental de estudantes, bem como os sentimentos deles em relação a si e ao ambiente estudantil [5].

Estudantes altamente ansiosos podem ter uma pontuação até 12% menor que seus colegas com baixa ansiedade[6][7][8]. Ansiedade de prova é predominante entre as populações estudantis do mundo[9][10]. Esse fenômeno tem sido estudado formalmente desde a década de 1950, com os pesquisadores George Mandler e Seymour Sarason[11].

A ansiedade de prova também pode ser rotulada como ansiedade antecipatória, ansiedade situacional ou ansiedade de avaliação. Algum nível de ansiedade é normal e geralmente ajuda a manter-se mental e fisicamente alerta[12], porém quando alguém experiencia muita ansiedade, pode resultar em desconforto emocional e físico, dificuldade de concentração e apreensão emocional. O desempenho escolar inferior não surge devido a problemas intelectuais ou falta de preparação acadêmica, mas porque as situações de prova criam um senso de ameaça para aqueles que experimentam ansiedade de prova; a ansiedade resultante do senso de ameaça interrompe a atenção e a função da memória[13][14][15][16]. Os pesquisadores sugerem que entre 25 e 40% dos estudantes experimentam ansiedade de prova[17]. Alunos com deficiências e alunos de programas para superdotados tendem a ter altos índices de ansiedade de provas[18]. Os alunos que experienciam essa ansiedade também tendem a se distrair facilmente durante as avaliação, têm dificuldade em compreender instruções relativamente simples e têm problemas para organizar ou recuperar informações relevantes[1].

Referências

  1. a b Zeidner M. (1998). Test anxiety: The state of the art. New York, NY: Plenum
  2. «The relation of depression and anxiety to life-stress and achievement in students». British Journal of Psychology. 95: 509–521. 2004. PMID 15527535. doi:10.1348/0007126042369802 
  3. «Using emotional and social factors to predict student success». Journal of College Student Development. 44: 18–28. 2003. doi:10.1353/csd.2003.0008 
  4. «Experienced stress, psychological symptoms, self-rated health and academic achievement: A longitudinal study of Swedish university students». Social Behavior and Personality. 36: 183–196. 2008. doi:10.2224/sbp.2008.36.2.183 
  5. «Teaching students not to sweat the test». Phi Delta Kappan. 93: 20–25. 2012. doi:10.1177/003172171209300605 
  6. Hembree, Ray (1988). «Correlates, Causes, Effects, and Treatment of Test Anxiety». Review of Educational Research (em inglês). 58 (1): 47–77. ISSN 0034-6543. doi:10.3102/00346543058001047 
  7. Cassady, Jerrell C.; Johnson, Ronald E. (2002). «Cognitive Test Anxiety and Academic Performance». Contemporary Educational Psychology. 27 (2): 270–295. ISSN 0361-476X. doi:10.1006/ceps.2001.1094 
  8. McDonald, Angus S. (2001). «The Prevalence and Effects of Test Anxiety in School Children». Educational Psychology (em inglês). 21 (1): 89–101. ISSN 0144-3410. doi:10.1080/01443410020019867 
  9. Lowe, Patricia A.; Ang, Rebecca P. (janeiro de 2012). «Cross-cultural examination of test anxiety among US and Singapore students on the Test Anxiety Scale for Elementary Students (TAS-E)». Educational Psychology (em inglês). 32 (1): 107–126. ISSN 0144-3410. doi:10.1080/01443410.2011.625625 
  10. Dalkiran, Esra; Şahi̇N Baltaci, Hülya; Karataş, Zeynep; Nacakci, Zeki (11 de julho de 2016). «Developing of Individual Instrument Performance Anxiety Scale: ValidityReliability Study». International Journal of Assessment Tools in Education. 1 (22374): 13–25. ISSN 2148-7456. doi:10.21449/ijate.239569 
  11. Mandler, George; Sarason, Seymour B. (1952). «A study of anxiety and learning.». The Journal of Abnormal and Social Psychology (em inglês). 47 (2): 166–173. ISSN 0096-851X. doi:10.1037/h0062855 
  12. «The Impact of Test Anxiety on Test Performance among Iranian EFL Learners». BRAIN. Broad Research in Artificial Intelligence and Neuroscience. 1. 45 páginas 
  13. «Test anxiety, general anxiety, and intellectual performance». Journal of Consulting Psychology. 21: 485–490. 1957. PMID 13481208. doi:10.1037/h0043012 
  14. «Intellectual and personality correlates of test anxiety». The Journal of Abnormal and Social Psychology. 59: 272–275. 1959. PMID 14441705. doi:10.1037/h0042200 
  15. «Test anxiety and intellectual performance». The Journal of Abnormal and Social Psychology. 66: 73–75. 1963. PMID 13991467. doi:10.1037/h0047059 
  16. Sarason, I.G. Sarason, B.G. Pierce, G.R. (1995). Cognitive interference: At the intelligence–personality crossroads. In D.H. Saklofske & M. Zeidner, (Eds.) International handbook of personality and intelligence (pp. 285-296). New York: Plenum Press.
  17. Cassady, J.C. (2010). Test anxiety: Contemporary theories and implications for learning. In J.C. Cassady (Ed.), Anxiety in schools: The causes, consequences, and solutions for academic anxieties (pp. 7-26). New York, NY: Peter Lang,
  18. «Learning disabilities and anxiety: A meta-analysis». Journal of Learning Disabilities. 44: 3–17. 2011. PMID 20375288. doi:10.1177/0022219409359939