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Pife Nordestino: diferenças entre revisões

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[[Image:Francisco Gonçalves da Silva o Zé do Pífano.jpg|150px|right|thumb|Zé do Pífano e o Pife do Nordeste brasileiro]]
O mesmo que [[Pife Brasileiro]].

No Brasil, o que habitualmente se chama também de pífano é uma flauta de influência indígena feita de [[taboca]], o Pife Nordestino, e começou a ser utilizada pelos caboclos nordestinos para cerimônias religiosas e festas.

==Origens==
Povos indígenas do Brasil fabricavam, e ainda fabricam, flautas feitas com bambu [[taboca]]. É o caso do índios [[Amondauas]], [[Cariris]], [[Guaranis]] e [[Fulniô]].

Assim como toda manifestação cultural do Brasil, o Pife recebeu influências de várias culturas. As flautas indígenas adaptaram-se à chegada da música européia e passaram a ser feitas com os mesmos furos dos [[pífaro]]s das bandas militares da europa. Mais tarde, as bandas de pífanos do Brasil passaram a apresentar influência africana, adotando um som mais percussivo ainda.

O Pife foi absorvido e adaptado pelo homem nordestino para sua cultura e tornou-se um [[instrumento]] comum, utilizado para animar toda e qualquer festividade, inclusive, eventos sacros como novenas. As festas e a música feita por esse tipo de banda constitui, junto com outras manifestações, o embrião de gêneros musicais ligados ao [[forró]].

== Bandas de Pífanos do Nordeste ==
A formação mais comum utiliza zabumba, caixa (ou caixa de guerra ou tarol), prato e dois pifes (comumente tocados em terças. Essa dissonância parece ser mais uma herança indígena, visto que ocorre também a distância tonal de terças nas vozes na música [[caipira]] e em outros países como Paraguai e México).
Nas típicas bandas de pífanos nenhum instrumento encarrega-se da harmonia. Permanecendo apenas a melodia e o ritmo, criando uma sonoridade exótica.

Utiliza-se também a formação típica do [[forró]] pé-de-serra: sanfona, triângulo, zabumda e pife.

==Hoje==
Os músicos mais famosos do Pife são: Zabé da Loca (PB), João do Pife & Banda Dois Irmãos, Zé do Pífano (PE), e Banda de Pífanos de Caruaru.

O interesse pelo belo e exótico som vêm crescendo. O renomado multiinstrumentista Carlos Malta modernizou as bandas de pífanos com seu trabalho "Pife Muderno" e o tradicional [[pifeiro]] João do Pife, apesar de pouco comentado na mídia, já esteve em 27 países. Muitos artesãos utilizam também canos de pvc e alumínio para fazer pífanos.

Outros nomes para o Pife: Taboca, Pífano, Pife Brasileiro, Pífaro.

== Links ==
*Totalmente dedicado à cultura do Pife: http://www.pifebrasileiro.wordpress.com

*Texto de Zé da Flauta sobre o Pife http://raizesdatradicao.uol.com.br/com.php?menu=3404&page_id=19

[[Categoria:Instrumentos de sopro]]
[[Categoria:Madeiras (instrumentos musicais)]]

Revisão das 22h30min de 30 de setembro de 2008

Zé do Pífano e o Pife do Nordeste brasileiro

No Brasil, o que habitualmente se chama também de pífano é uma flauta de influência indígena feita de taboca, o Pife Nordestino, e começou a ser utilizada pelos caboclos nordestinos para cerimônias religiosas e festas.

Origens

Povos indígenas do Brasil fabricavam, e ainda fabricam, flautas feitas com bambu taboca. É o caso do índios Amondauas, Cariris, Guaranis e Fulniô.

Assim como toda manifestação cultural do Brasil, o Pife recebeu influências de várias culturas. As flautas indígenas adaptaram-se à chegada da música européia e passaram a ser feitas com os mesmos furos dos pífaros das bandas militares da europa. Mais tarde, as bandas de pífanos do Brasil passaram a apresentar influência africana, adotando um som mais percussivo ainda.

O Pife foi absorvido e adaptado pelo homem nordestino para sua cultura e tornou-se um instrumento comum, utilizado para animar toda e qualquer festividade, inclusive, eventos sacros como novenas. As festas e a música feita por esse tipo de banda constitui, junto com outras manifestações, o embrião de gêneros musicais ligados ao forró.

Bandas de Pífanos do Nordeste

A formação mais comum utiliza zabumba, caixa (ou caixa de guerra ou tarol), prato e dois pifes (comumente tocados em terças. Essa dissonância parece ser mais uma herança indígena, visto que ocorre também a distância tonal de terças nas vozes na música caipira e em outros países como Paraguai e México). Nas típicas bandas de pífanos nenhum instrumento encarrega-se da harmonia. Permanecendo apenas a melodia e o ritmo, criando uma sonoridade exótica.

Utiliza-se também a formação típica do forró pé-de-serra: sanfona, triângulo, zabumda e pife.

Hoje

Os músicos mais famosos do Pife são: Zabé da Loca (PB), João do Pife & Banda Dois Irmãos, Zé do Pífano (PE), e Banda de Pífanos de Caruaru.

O interesse pelo belo e exótico som vêm crescendo. O renomado multiinstrumentista Carlos Malta modernizou as bandas de pífanos com seu trabalho "Pife Muderno" e o tradicional pifeiro João do Pife, apesar de pouco comentado na mídia, já esteve em 27 países. Muitos artesãos utilizam também canos de pvc e alumínio para fazer pífanos.

Outros nomes para o Pife: Taboca, Pífano, Pife Brasileiro, Pífaro.