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No início dos anos 90, volta a morar em [[São Paulo]] e, recuperado de um período de depressão, retoma com ainda mais vigor sua linguagem original, como ele mesmo gostar de chamar, a ”geometria onírica”. A volta ao trabalho é marcada por uma exposição no jardim da [[Casa das Rosas]] (atual Espaço [[Haroldo de Campos]] de Poesia.
No início dos anos 90, volta a morar em [[São Paulo]] e, recuperado de um período de depressão, retoma com ainda mais vigor sua linguagem original, como ele mesmo gostar de chamar, a ”geometria onírica”. A volta ao trabalho é marcada por uma exposição no jardim da [[Casa das Rosas]] (atual Espaço [[Haroldo de Campos]] de Poesia.
{{quote1|''“Ninguém entende de arte... Arte não é feita para ser entendida. Arte é feita somente para ser sentida.”'' - Cleber Machado<br>}}
{{quote1|''“Ninguém entende de arte... Arte não é feita para ser entendida. Arte é feita somente para ser sentida.”'' - Cleber Machado<br>}}
== <big>Exposições Individuais</big> ==
[[File:Desenho de Cleber por Julio Larraz.jpg|thumb|border|right|250px|Desenho de Cleber por [http://en.wikipedia.org/wiki/Julio_Larraz Julio Larraz]]]
'''1971''' [http://www.mamrio.com.br/ Museu de Arte do Rio de Janeiro] - MAM Rio<br>
'''1980''' [http://masp.art.br/masp2010/ Museu de Arte Moderna de São Paulo ] - MASP<br>
'''1983''' [https://en.wikipedia.org/wiki/Museo_de_Arte_Moderno Museo de Arte Moderno] - México<br>
'''1984''' [http://www.mamrio.com.br/ Museu de Arte do Rio de Janeiro ] - MAM Rio<br>
'''1997/98''' [http://www.casadasrosas.org.br Casa das Rosas ] - São Paulo<br>
'''1999''' [http://www.rcamargoarte.com.br/expo/?expo=65 Ricardo Camargo Galeria] - São Paulo<br>
'''2000''' [http://www.aestufa.com.br/ A Estufa] - São Paulo<br><br><br><br><br>

==<big>"O companheiro de vagabundagens", por [[Luis Fernando Verissimo]]</big>: ==
==<big>"O companheiro de vagabundagens", por [[Luis Fernando Verissimo]]</big>: ==
'''Dou fé'''[[File:Cleber e Luis Fernando Verissimo.JPG|thumb|border|300px|right|O escritor [[Luis Fernando Verissimo]], sua netinha Lucinda e Cleber]]
'''Dou fé'''[[File:Cleber e Luis Fernando Verissimo.JPG|thumb|border|300px|right|O escritor [[Luis Fernando Verissimo]], sua netinha Lucinda e Cleber]]

Revisão das 21h36min de 12 de setembro de 2014

Biografia

Ficheiro:Cleber Machado Neto.jpg
Retrato de Cleber para exposição de Eddy Novarro, abril de 1988
Nome completo Cleber Machado Neto
Nascimento 25 de junho de 1937 (87 anos)

Porto Alegre, RS
Nacionalidade  Brasil
Prémios 1970 Arte Contemporânea Brasileira - Bankboston
1971 Pesquisa Joia - XI Bienal Internacional de São Paulo, Brasil
1972 Pesquisa - I Bienal Nacional São Paulo, Brasil
1991 Especial Escultura - II Bienal Internacional Makurazaki, Japão
Área artista plástico

Cleber Machado é um artista brasileiro. Escultor e pintor, nasceu em Porto Alegre, em 25 de junho de 1937 e hoje mora e trabalha em São Paulo. Expõe individualmente desde 1971 e em grupo desde 1968. A literatura do artista inclui textos de importantes críticos. Recebeu vários prêmios nacionais e internacionais e sua obra integra importantes acervos públicos e particulares.

Filho de Marina Machado Neto e João Pedro Pereira Neto, em 1960, Cleber muda-se com a família para o Rio de Janeiro, onde começa a participar do movimento estudantil, ao lado dos amigos e também artistas da Escola de Belas Artes do Rio, Artur Barrio e Ivald Granato. Em 1968, em meio a passeatas e o Salão Nacional de Arte Moderna, é preso e solto em 24 horas - por influência de um amigo do pai. O susto o afastou das manifestações de rua, mas não lhe tirou o interesse e engajamento político.

Antes de definir-se como escultor, quando morava no bairro de Santa Tereza, Cleber começou a desenhar e produzir joias em prata e em acrílico. Incursão que lhe rendeu o Prêmio de Pesquisa em Joia, na 11ª Bienal de São Paulo. Anos mais tarde, ele retoma a produção de joias, dessa vez ainda mais fortemente influenciado pela escultura, com a criação da Linha Sculpture to Wear, composta de verdadeiras esculturas para serem usadas nos dedos como anéis.

Entre 1970 e 1974, manteve um estúdio no bairro de Botafogo onde ministrou diversos cursos e, à convite da Bienal de São Paulo, participou da Sala Brasília, tendo um trabalho adquirido pelo Presidente Juscelino Kubitschek para compor o acervo do futuro Museu de Arte Brasileira, construído na capital federal. Depois de uma passagem por Guaratiba, praia a 40 quilômetros do Rio, onde retomou uma antiga paixão pela caça submarina, muda-se para São Paulo e realiza com o MAM-SP uma exposição às margens do Lago do Ibirapuera. De São Paulo embarca para um período em Nova Iorque e, na sequência, se estabelece por três anos na Cidade do México onde mostra sua instalação "Arqueologia do ano 4000" (segundo ele, uma grande responsabilidade, já que seu trabalho foi exposto logo após o encerramento da exposição de Henry Moore).

De volta ao Brasil e ao Rio de Janeiro, Cleber constrói um estúdio no bairro de São Cristóvão onde segue trabalhando por dois anos. Sua participação na 20ª Bienal Internacional de São Paulo é marcada pela performance “Terra, Água e Ar”, de um helicóptero que simula a presença e aterrissagem de um disco voador no Lago do Parque Ibirapuera.

No início dos anos 90, volta a morar em São Paulo e, recuperado de um período de depressão, retoma com ainda mais vigor sua linguagem original, como ele mesmo gostar de chamar, a ”geometria onírica”. A volta ao trabalho é marcada por uma exposição no jardim da Casa das Rosas (atual Espaço Haroldo de Campos de Poesia.

Exposições Individuais

Ficheiro:Desenho de Cleber por Julio Larraz.jpg
Desenho de Cleber por Julio Larraz

1971 Museu de Arte do Rio de Janeiro - MAM Rio
1980 Museu de Arte Moderna de São Paulo - MASP
1983 Museo de Arte Moderno - México
1984 Museu de Arte do Rio de Janeiro - MAM Rio
1997/98 Casa das Rosas - São Paulo
1999 Ricardo Camargo Galeria - São Paulo
2000 A Estufa - São Paulo




"O companheiro de vagabundagens", por Luis Fernando Verissimo:

Dou fé

Ficheiro:Cleber e Luis Fernando Verissimo.JPG
O escritor Luis Fernando Verissimo, sua netinha Lucinda e Cleber

Vinte e seis horas. Era o que durava a viagem de ônibus para o Rio. Sem diploma de nada, sem muita ideia do que pretendia da vida, eu resolvera deixar Porto Alegre e ser indeciso num lugar maior: o mundo. Começando pelo Leme, onde uma tia querida me deu cama e comida. Objetivo imediato: ganhar dinheiro. Objetivo secundário: ir para Londres, como todo mundo. Vago objetivo final: fazer alguma coisa em cinema, se dirigir filmes ou vender pipocas o destino é que diria.
Um companheiro de vagabundagens e ambições difusas em Porto Alegre, o Machado, tinha feito a mudança antes, e encontrei-o cheio de planos para vencer no Rio, começando por uma indústria de máscaras para dormir, fáceis de fazer porque dispensavam os furos. Nem esta ideia nem as várias outras que tivemos bebendo “gin fiz” na varando do Hotel Miramar, onde se reuniam gaúchos na mesma situação que nós, e onde a frase mais repetida, para nos convencermos de que a disponibilidade sexual do Rio compensava tudo, era “Haja pau”, deram certo. Também nos faltava capital. Quem não tinha tia comia na “Espaguetilândia” ou no Beco da Fome da Prado Júnior. O “gin fiz” no fim da tarde era a nossa única extravagância, nosso único desfrute da mágica de estar em Copacabana.
O Machado era um virador. Com boa aparência e boa conversa, se metia onde quisesse e às vezes me levava junto, e um dia nos vimos convivendo com um grupo internacional que fazia um filme chamado, se não me falha a memória, o que eu duvido, “Copacabana Palace”. E o Machado namorou a Mylene Demongeot. E fez grande sucesso na varanda do Hotel Miramar, contando que tinha chegado às vias. Como eu não tinha visto, não podia confirmar o feito, e só dei fé por amizade. Comeu, comeu. Anos mais tarde, reencontrei o Machado e ele me contou que era escultor, com uma grande reputação mundial. Certo, certo, disse eu, me lembrando afetuosamente do seu passado de contador de vantagens improváveis. Pouco depois entrei numa exposição de “Artistas do século”, e lá estava, entre fotos gigantescas do Matisse e do Picasso, uma foto gigantesca do Machado!
Ninguém entendeu o comentário que fiz diante da foto, depois de me recuperar da surpresa.
-Ele comeu mesmo![1]

  1. Verissimo, Luis Fernando (8 de dezembro de 2001). «Dou fé». Zero Hora  Texto "url" ignorado (ajuda)