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Direitos morais: diferenças entre revisões

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'''Direitos morais''' ou '''direito moral''' refere-se aos [[Direito subjectivo|direitos]] consagrados pela lei aos [[autor]]es de obras protegidas por [[Direito autoral|direitos de autor]]. Os direitos morais fazem parte dos direitos de autor como ''direitos de natureza pessoal'' - ao contrário de [[Direitos patrimoniais|direitos de natureza patrimonial]], também abrangido pelos direitos de autor - que por sua vez são compostos por outros dois direitos: o direito à autoria e direito à integridade, que permitem que este possa reivindicar a autoria da obra, assim como a genuinidade e integridade desta. Ao contrário dos direitos patrimoniais, os direitos morais normalmente não podem ser objeto de renúncia, seja ela forçada ou não. Além disso, independentemente da extinção ou não dos direitos patrimoniais, o autor da obra pode reivindicar os direitos morais durante toda a sua vida. Caso o autor faleça e a obra ainda não esteja em domínio público, os herdeiros podem reivindicar os direitos morais da obra.
Os crimes contra a propriedade imaterial estão no título III da parte especial, artigo 184 do Código Penal Brasileiro, iniciando-se no capítulo I dispondo acerca dos crimes contra a propriedade intelectual.


*'''[[Direito autoral|DIREITO DO AUTOR]]'''
<small>Dos Direitos Patrimoniais do Autor e de sua Duração</small>

<small>Art. 28. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou científica.</small>

<small>Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como:</small>

<small>I - a reprodução parcial ou integral;</small>

<small>II - a edição;</small>

<small>III - a adaptação, o arranjo musical e quaisquer outras transformações;</small>

<small>IV - a tradução para qualquer idioma;</small>

<small>V - a inclusão em fonograma ou produção audiovisual;</small>

<small>VI - a distribuição, quando não intrínseca ao contrato firmado pelo autor com terceiros para uso ou exploração da obra;</small>

<small>VII - a distribuição para oferta de obras ou produções mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para percebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário;</small>

<small>VIII - a utilização, direta ou indireta, da obra literária, artística ou científica, mediante:</small>

<small>a) representação, recitação ou declamação;</small>

<small>b) execução musical;</small>

<small>c) emprego de alto-falante ou de sistemas análogos;</small>

<small>d) radiodifusão sonora ou televisiva;</small>

<small>e) captação de transmissão de radiodifusão em locais de freqüência coletiva;</small>

<small>f) sonorização ambiental;</small>

<small>g) a exibição audiovisual, cinematográfica ou por processo assemelhado;</small>

<small>h) emprego de satélites artificiais;</small>

<small>i) emprego de sistemas óticos, fios telefônicos ou não, cabos de qualquer tipo e meios de comunicação similares que venham a ser adotados;</small>

<small>j) exposição de obras de artes plásticas e figurativas;</small>

<small>IX - a inclusão em base de dados, o armazenamento em computador, a microfilmagem e as demais formas de arquivamento do gênero;</small>

<small>X - quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.</small>

<small>Art. 30. No exercício do direito de reprodução, o titular dos direitos autorais poderá colocar à disposição do público a obra, na forma, local e pelo tempo que desejar, a título oneroso ou gratuito.</small>

<small>§ 1º O direito de exclusividade de reprodução não será aplicável quando ela for temporária e apenas tiver o propósito de tornar a obra, fonograma ou interpretação perceptível em meio eletrônico ou quando for de natureza transitória e incidental, desde que ocorra no curso do uso devidamente autorizado da obra, pelo titular.</small>

<small>§ 2º Em qualquer modalidade de reprodução, a quantidade de exemplares será informada e controlada, cabendo a quem reproduzir a obra a responsabilidade de manter os registros que permitam, ao autor, a fiscalização do aproveitamento econômico da exploração.</small>

<small>Art. 31. As diversas modalidades de utilização de obras literárias, artísticas ou científicas ou de fonogramas são independentes entre si, e a autorização concedida pelo autor, ou pelo produtor, respectivamente, não se estende a quaisquer das demais.</small>

<small>Art. 32. Quando uma obra feita em regime de co-autoria não for divisível, nenhum dos co-autores, sob pena de responder por perdas e danos, poderá, sem consentimento dos demais, publicá-la ou autorizar-lhe a publicação, salvo na coleção de suas obras completas.</small>

<small>§ 1º Havendo divergência, os co-autores decidirão por maioria.</small>

<small>§ 2º Ao co-autor dissidente é assegurado o direito de não contribuir para as despesas de publicação, renunciando a sua parte nos lucros, e o de vedar que se inscreva seu nome na obra.</small>

<small>§ 3º Cada co-autor pode, individualmente, sem aquiescência dos outros, registrar a obra e defender os próprios direitos contra terceiros.</small>

<small>Art. 33. Ninguém pode reproduzir obra que não pertença ao domínio público, a pretexto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor.</small>

<small>Parágrafo único. Os comentários ou anotações poderão ser publicados separadamente.</small>

<small>Art. 34. As cartas missivas, cuja publicação está condicionada à permissão do autor, poderão ser juntadas como documento de prova em processos administrativos e judiciais.</small>

<small>Art. 35. Quando o autor, em virtude de revisão, tiver dado à obra versão definitiva, não poderão seus sucessores reproduzir versões anteriores.</small>

<small>Art. 36. O direito de utilização econômica dos escritos publicados pela imprensa, diária ou periódica, com exceção dos assinados ou que apresentem sinal de reserva, pertence ao editor, salvo convenção em contrário.</small>

<small>Parágrafo único. A autorização para utilização econômica de artigos assinados, para publicação em diários e periódicos, não produz efeito além do prazo da periodicidade acrescido de vinte dias, a contar de sua publicação, findo o qual recobra o autor o seu direito.</small>

<small>Art. 37. A aquisição do original de uma obra, ou de exemplar, não confere ao adquirente qualquer dos direitos patrimoniais do autor, salvo convenção em contrário entre as partes e os casos previstos nesta Lei.</small>

<small>Art. 38. O autor tem o direito, irrenunciável e inalienável, de perceber, no mínimo, cinco por cento sobre o aumento do preço eventualmente verificável em cada revenda de obra de arte ou manuscrito, sendo originais, que houver alienado.</small>

<small>Parágrafo único. Caso o autor não perceba o seu direito de seqüência no ato da revenda, o vendedor é considerado depositário da quantia a ele devida, salvo se a operação for realizada por leiloeiro, quando será este o depositário.</small>

<small>Art. 39. Os direitos patrimoniais do autor, excetuados os rendimentos resultantes de sua exploração, não se comunicam, salvo pacto antenupcial em contrário.</small>

<small>Art. 40. Tratando-se de obra anônima ou pseudônima, caberá a quem publicá-la o exercício dos direitos patrimoniais do autor.</small>

<small>Parágrafo único. O autor que se der a conhecer assumirá o exercício dos direitos patrimoniais, ressalvados os direitos adquiridos por terceiros.</small>

<small>Art. 41. Os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subseqüente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil.</small>

<small>Parágrafo único. Aplica-se às obras póstumas o prazo de proteção a que alude o ''caput'' deste artigo.</small>

<small>Art. 42. Quando a obra literária, artística ou científica realizada em co-autoria for indivisível, o prazo previsto no artigo anterior será contado da morte do último dos co-autores sobreviventes.</small>

<small>Parágrafo único. Acrescer-se-ão aos dos sobreviventes os direitos do co-autor que falecer sem sucessores.</small>

<small>Art. 43. Será de setenta anos o prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre as obras anônimas ou pseudônimas, contado de 1° de janeiro do ano imediatamente posterior ao da primeira publicação.</small>

<small>Parágrafo único. Aplicar-se-á o disposto no art. 41 e seu parágrafo único, sempre que o autor se der a conhecer antes do termo do prazo previsto no ''caput'' deste artigo.</small>

<small>Art. 44. O prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre obras audiovisuais e fotográficas será de setenta anos, a contar de 1° de janeiro do ano subseqüente ao de sua divulgação.</small>

<small>Art. 45. Além das obras em relação às quais decorreu o prazo de proteção aos direitos patrimoniais, pertencem ao domínio público:</small>

<small>I - as de autores falecidos que não tenham deixado sucessores;</small>

<small>II - as de autor desconhecido, ressalvada a proteção legal aos conhecimentos étnicos e tradicionais.</small>
**'''[[Direitos patrimoniais]]'''
**'''[[Direitos patrimoniais]]'''
***Direito de produção e reprodução
***Direito de produção e reprodução
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==Portugal==
==Portugal==
Os direitos morais estão consagrados na legislação Portuguesa, nomeadamente no ''Capítulo VI'' do ''Título 1'' do ''[[Código dos Direitos de Autor e Direitos Conexos]]''.

=={{Ver também}}==
=={{Ver também}}==
*'''[[Propriedade Intelectual]]'''
*

=={{Ligações externas}}==
PORTUGAL:
*[http://www.pgdlisboa.pt/pgdl/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=484&tabela=leis Legislação do Código dos Direitos de Autor e Direitos Conexos] - Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa - Ministério Público
*[http://www.dgpj.mj.pt/sections/leis-da-justica/livro-iv-leis-criminais/leis-criminais/legislacao-penal-avulsa/direito-de-autor-e Legislação do Código dos Direitos de Autor e Direitos Conexos] - Direcção-Geral da Política de Justiça - Ministério da Justiça
*[http://www.gepac.gov.pt/assessoria-juridica-e-contencioso/direito-de-autor.aspx Gabinete de Direito do Autor] - [[Ministério da Cultura (Portugal)]]
*[http://rcfilms.dotster.com/SPA-&-RTP-ENTRADA.pdf SPA & RTP] - documentos relativos à revisão do código de [[Direito autoral|Direito do Autor]] (Portugal, 2016)


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Revisão das 17h45min de 15 de fevereiro de 2017

Direitos morais ou direito moral refere-se aos direitos consagrados pela lei aos autores de obras protegidas por direitos de autor. Os direitos morais fazem parte dos direitos de autor como direitos de natureza pessoal - ao contrário de direitos de natureza patrimonial, também abrangido pelos direitos de autor - que por sua vez são compostos por outros dois direitos: o direito à autoria e direito à integridade, que permitem que este possa reivindicar a autoria da obra, assim como a genuinidade e integridade desta. Ao contrário dos direitos patrimoniais, os direitos morais normalmente não podem ser objeto de renúncia, seja ela forçada ou não. Além disso, independentemente da extinção ou não dos direitos patrimoniais, o autor da obra pode reivindicar os direitos morais durante toda a sua vida. Caso o autor faleça e a obra ainda não esteja em domínio público, os herdeiros podem reivindicar os direitos morais da obra.

  • DIREITO DO AUTOR
    • Direitos patrimoniais
      • Direito de produção e reprodução
      • Direito de criação de obras derivadas
      • Direito de retransmissão
    • Direitos morais
      • Direito à autoria
      • Direito à integridade

Portugal

Os direitos morais estão consagrados na legislação Portuguesa, nomeadamente no Capítulo VI do Título 1 do Código dos Direitos de Autor e Direitos Conexos.

Ver também

Ligações externas

PORTUGAL:

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