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A batalha de Cagayan 1582

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A batalha de cagayan de 1582 foi uma série de confrontos entre as forças das Filipinas espanholas lideradas pelo capitão Juan Pablo de Carrión e os woku (possivelmente liderados por piratas japoneses) liderados por Tay Fusa. Esta batalha, que ocorreram nas proximidades do rio Cagayan, resultou em vitória espanhola.[1]A[2][3][4]B

Este evento é uma batalha registrada entre soldados e marinheiros da europa contra piratas japoneses, que possivelmente possuíam alguns samurais entre seus efetivos[4] havendo posteriormente eventos semelhantes, como as batalhas de Manila e da Baía de Fukuda. O confronto colocou mosqueteiros, piqueiros, rodeleros e marinheiros espanhóis auxiliados por guerreiros nativos aliados a serviço da Espanha contra um grupo maior de piratas japoneses, chineses e prováveis piratas filipinos nativos composto por rōnin, soldados, pescadores, e comerciantes (contrabandistas e legítimos).[5] Os piratas tinham um grande grande barco conhecido como junco e 18 sampanas, barcos de pesca de madeira com fundo plano.[6]

Em resposta, o Governador Geral das Filipinas designou Juan Pablo de Carrion, capitão da marinha espanhola, para lidar com a pirataria.

Os japoneses são o povo mais guerreiro daqui. Eles têm artilharia e arcabuzeiros e piqueiros treinados. Eles usam armadura. Tudo isto é obra dos portugueses, que levaram as suas intenções para um aspecto bélico... - escreveu Gonzalo Ronquillo

Iniciada as hostilidades, Tai Fusa, ao saber disso, transferiu sua frota para lá.

Embora suas tripulações fossem formadas por piratas japoneses, chineses e filipinos, seu líder parece ter sido japonês. Fontes espanholas dão o nome Tai Fusa, que não corresponde ao nome japonês, mas pode ser uma transliteração de Taifu-sama, com taifu (大夫), a palavra para uma posição do exército medieval japonês, também pronunciada tai-hu em chinês Hokien ou dafu. Além de armas brancas, possuíam também arcabuzes portugueses.

A Espanha respondeu reunindo uma força de quarenta soldados em sete navios: cinco pequenos barcos auxiliares, o navio leve San Josepe e o galeão La Capitan. Apesar do menor número, os espanhóis atiraram melhor que os piratas e também estavam equipados com armaduras melhores. Algumas fontes chinesas afirmam que os piratas japoneses não atiraram muito bem nos seus arcabuzes, o que se acredita ser devido à falta de pólvora de boa qualidade.

Passando pelo Cabo Bogeador, a flotilha espanhola encontrou uma pesada wokou sampana. Os barcos espanhóis ficaram cara a cara com o woku. Apesar do sucesso inicial, os soldados espanhóis foram rechaçados para o seu próprio navio, cujo convés se tornou um campo de batalha. Por fim, os espanhóis ganharam vantagem, mandando os piqueiros espanhóis para a frente e os arcabuzeiros e mosqueteiros para trás. Os Wokus abandonaram o navio e foram embora, alguns deles se afogando devido ao peso de suas armaduras. Os espanhóis sofreram as primeiras derrotas, entre elas o capitão da galera, Pero Lucas.

A flotilha continuou subindo o rio Cagayan, encontrando uma flotilha de dezoito sampanas e fortificações woku. Tendo desembarcado na costa durante a batalha, os espanhóis cavaram, colocaram nas trincheiras a artilharia descarregada do galeão e dispararam continuamente contra os piratas. Os piratas decidiram encerrar o assunto com negociações. A exigência espanhola era que os piratas deixassem Luzon imediatamente, e os Woku concordaram em princípio, mas com a condição de que recebessem uma compensação em ouro, o que os espanhois categoricamente não queriam. Depois disso, os Woku decidiram atacar por terra com cerca de seiscentos homens.

Referências

  1. [1] General Archive of the Indies, Philippines, file 29, bunch 3, number 62. Letter from Juan Bautista Román to the Viceroy of México, 25 June 1582
  2. General Archive of the Indies, Philippines, file 6, bunch 2, number 60. Letter fromdenominavamf th Philippines to the Viceroy of México, 20 July 1583
  3. General Archive of the Indies, Philippines, file 74, bunch 1, number 24. Letter from Bishop of the Philippines to the King of Spain, 18 January 1583
  4. a b [2] General Archive of the Indies, Council of the Indies, 339,L.1,F.286V-287R. Order to send men to the Philippines from Mexico, 14 June 1583
  5. Contemporary Maritime Piracy: International Law, Strategy, and Diplomacy at Sea By James Kraska
  6. General Archive of the Indies, Council of the Indies, 339,L.1,F.286V-287R. Order to send men to the Philippines from Mexico, 14 June 1583
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