Andrew Parsons
Andrew Parsons | |
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Parsons em uma coletiva de imprensa nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2024 | |
Secretário-Geral do Comitê Paralímpico Brasileiro | |
Período | março de 2001 até fevereiro de 2009 |
Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro | |
Período | fevereiro de 2009 até março de 2017 |
Antecessor(a) | Vital Severino Neto |
Sucessor(a) | Mizael Conrado |
Presidente do Comitê Paralímpico das Américas | |
Período | outubro de 2005 até outubro de 2009 |
Antecessor(a) | José Luís Campo |
Sucessor(a) | Octavio Londoño |
3º Presidente do Comitê Paralímpico Internacional | |
Período | setembro de 2017 até atualidade |
Antecessor(a) | Philip Craven |
Dados pessoais | |
Nome completo | Andrew Parsons |
Nascimento | 10 de fevereiro de 1977 (47 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal Fluminense |
Profissão | Jornalista |
Ocupação | Dirigente esportivo |
Andrew Parsons (Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1977) é um jornalista e dirigente desportivo brasileiro. Descendente de escoceses,[1] é o atual presidente do Comitê Paralímpico Internacional.[2]
Segundo ele, causa surpresa em alguns observadores o fato de que ele próprio não tenha deficiência.[3]
Além de sua participação nos eventos paralímpicos, Andrew Parsons esteve presente em outras iniciativas globais de promoção da inclusão, como a caminhada organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, onde ele se juntou a líderes internacionais para promover a saúde e o bem-estar através da atividade física.[4]
Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi assessor de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), instituição que foi Secretário-Geral, entre 2001 e 2009. Em 2009 foi eleito Presidente do CPB, reeleito em 2011. [5]
Em sua gestão à frente do CPB, liderou a delegação brasileira em dois Jogos Paralímpicos. Em Londres 2012, o Brasil terminou na sétima colocação, melhorando o desempenho em relação a última edição dos jogos, realizado em Pequim 2008. Já nas Paralimpíadas da Rio 2016, o Brasil conquistou o seu melhor desempenho em números de pódios em todo a história da competição, ao todo foram 72 medalhas, 14 de ouro, 29 de prata e bronze. [6]
Presidiu o Comitê Paralímpico das Américas (2005-2009) e foi Vice-Presidente do IPC durante os anos 2013 e 2017.
Em setembro de 2017 foi eleito, em primeiro turno, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), durante a Assembleia Geral do Comitê realizada em Abu Dhabi. Parsons substitui o britânico Philip Craven, que presidia a entidade desde 2001. [2]
Na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Andrew Parsons fez um discurso emocionante onde ressaltou a resiliência dos atletas e a importância dos Jogos em meio à pandemia de COVID-19. Ele também destacou a mensagem de inclusão e diversidade dos Jogos Paralímpicos, afirmando que o evento era um símbolo de esperança para o mundo inteiro.[7]
Em dezembro de 2021, ele foi confirmado sem oposição para outro mandato de quatro anos.[8]
Durante a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim 2022, Parsons enfatizou a importância da paz em seu discurso, fazendo uma referência à situação da Ucrânia. Ele ressaltou a necessidade de solidariedade e união global, particularmente em tempos de crise internacional, e fez um apelo por um futuro mais pacífico.[9][10]
Na cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim 2022, Parsons celebrou o sucesso dos Jogos e elogiou o desempenho dos atletas, destacando como eles inspiraram o mundo com suas conquistas. Ele também reforçou a mensagem de paz e pediu um maior comprometimento global com a inclusão e a igualdade.[11][12]
Em abril de 2023, Andrew Parsons falou a ministros do esporte sobre a importância do investimento no esporte paralímpico para melhorar a sociedade. Ele destacou como o esporte paralímpico pode promover mudanças sociais significativas, incluindo maior inclusão, acessibilidade e oportunidades para pessoas com deficiência.[13]
Em entrevista de abril de 2023, Parsons elogiou a unidade do movimento paralímpico em relação aos competidores da Rússia e da Bielorrússia. Ele ressaltou a importância de manter a integridade do movimento, ao mesmo tempo em que se posicionava firmemente contra qualquer forma de discriminação e a favor de um esporte livre de influências políticas.[14]
Em janeiro de 2024, Parsons reafirmou a importância da diversidade no esporte durante uma entrevista, onde ele discutiu como os Jogos Paralímpicos têm sido um catalisador para a mudança de percepções em relação à deficiência e à inclusão em todo o mundo.[15]
Em agosto de 2024, Andrew Parsons expressou otimismo em relação à participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris, acreditando que o país terá sua melhor campanha da história. Ele também destacou que o movimento paralímpico global nunca esteve tão forte e que o evento servirá como um acelerador de inclusão, deixando um legado duradouro. [16]
Parsons enfatizou a importância dos Jogos de Paris 2024 para a inclusão social, afirmando que o evento teria um impacto significativo em aumentar a visibilidade e a inclusão das pessoas com deficiência em todo o mundo. Ele mencionou que a fusão de alguns esportes paralímpicos com os olímpicos pode ser um caminho para aumentar essa visibilidade. [17]
No início de setembro, Parsons reforçou que o movimento paralímpico nunca esteve tão forte, destacando que a integração de novos esportes ao programa paralímpico tem sido um fator crucial para o crescimento do evento. Ele também mencionou que a fusão entre esportes paralímpicos e olímpicos foi sugerida como uma forma de aumentar a participação e a audiência. [18]
Em entrevista, Parsons comentou que o sucesso dos Jogos Paralímpicos está diretamente relacionado ao apoio contínuo de federações esportivas e ao interesse crescente do público e da mídia. Ele ressaltou o papel vital que o Comitê Paralímpico Internacional tem desempenhado ao longo dos anos, promovendo não apenas o esporte, mas também a inclusão e a igualdade. [19]
No final dos Jogos Paralímpicos de 2024, Parsons classificou o evento como o mais espetacular da história. Ele afirmou que tudo o que havia sido planejado para Paris 2024 foi realizado, desde a excelência esportiva até o legado social. Parsons destacou que os Jogos superaram as expectativas, tanto em termos de organização quanto de impacto. [20]
Parsons comentou que o sucesso dos Jogos de Paris é uma evidência de que o movimento paralímpico está no auge. Ele ressaltou que a realização dos sonhos de muitos atletas e o cumprimento de todas as metas estabelecidas foram marcos importantes para o IPC. A participação feminina nos Jogos também foi amplamente promovida, com Parsons incentivando um maior fomento dessa participação nos próximos ciclos olímpicos. [21]
Ainda durante os Jogos, o presidente do IPC destacou a necessidade de aumentar a participação feminina no movimento paralímpico, afirmando que é essencial fomentar políticas que incentivem a igualdade de gênero dentro do esporte. Ele mencionou que o Comitê está trabalhando em iniciativas específicas para garantir um futuro mais inclusivo para as atletas mulheres. [22]
Ao fim dos Jogos de Paris 2024, Parsons sugeriu a inclusão de novos esportes no programa paralímpico e também defendeu a ideia de uma maior fusão entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Ele acredita que isso ajudaria a promover uma integração mais completa entre atletas com e sem deficiência, fortalecendo o movimento paralímpico em todo o mundo. [23]
Finalmente, Parsons afirmou que a realização dos Jogos Paralímpicos de 2024 foi um marco para a história do esporte. Ele celebrou o impacto duradouro que os Jogos terão, não apenas na inclusão e no legado social, mas também na forma como o mundo vê o esporte paralímpico. Ele agradeceu a todos os envolvidos por tornarem o evento um sucesso inigualável. [24]
Precedido por Philip Craven |
Presidente do IPC 2017 – atual |
Sucedido por – |
Precedido por Vital Severino Neto |
Presidente do CPB 2009 – 2017 |
Sucedido por Mizael Conrado |
Precedido por José Luis Campo |
Presidente do CPA 2005 – 2009 |
Sucedido por Octavio Londoño |
Referências
- ↑ Exclusive: Parsons vows not to be "Sir Philip two" and targets close relationship with IOC boss Bach
- ↑ a b Andrew Parsons é eleito presidente do Comitê Paralímpico Internacional, cpb.com, recuperado em 19 de novembro 2017
- ↑ The Callum Murray Interview - Andrew Parsons
- ↑ «IPC President joins the WHO's Walk the Talk in Geneva». International Paralympic Committee (em inglês). Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ Perfil de Andrew Parsons, Linkedin, recuperado em 19 de novembro 2017
- ↑ Sustainable Brands 2016 Rio: Perfil de Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro Arquivado em 25 de março de 2017, no Wayback Machine., SB'16 Rio, recuperado em 20 de novembro 2017
- ↑ «IPC President Andrew Parsons' Tokyo 2020 Opening Ceremony speech». International Paralympic Committee (em inglês). Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ «Parsons re-elected as IPC President for second term». www.insidethegames.biz. 12 de dezembro de 2021. Consultado em 7 de setembro de 2024
- ↑ «IPC President Andrew Parsons' Beijing 2022 Opening Ceremony speech». International Paralympic Committee (em inglês). Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ https://www.independent.co.uk/sport/winter-olympics/winter-paralympics-russia-ukraine-opening-ceremony-b2028635.html
- ↑ «IPC President Andrew Parsons' Beijing 2022 Closing Ceremony speech». International Paralympic Committee (em inglês). Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ https://olympics.com/en/news/ipc-president-andrew-parsons-beijing-2022-interview
- ↑ «IPC President tells Sport Ministers that Para sport investment will improve society». International Paralympic Committee (em inglês). Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ «Paralympics chief hails unity on ban of Russian and Belarusian competitors». RFI (em inglês). 15 de abril de 2023. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ NEWS, KYODO. «Paralympics: IPC president Andrew Parsons asserts the power of diversity». Kyodo News+. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ «Presidente do Comitê Paralímpico Internacional prevê Brasil forte nos Jogos: "Melhor campanha da história». ge. 10 de agosto de 2024. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ «Paris 2024 deve ser 'acelerador de inclusão', com legado durável, diz presidente do Comitê Paralímpico - Notícias - BOL». www.bol.uol.com.br. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ «Paralimpíadas nunca foram tão fortes, diz Andrew Parsons - 27/08/2024 - Esporte - Folha». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ Dissat, Cristina (3 de setembro de 2024). «Andrew Parsons, Prata da Casa, Brilha sem Medalha». Fim de Jogo. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ «Convidado - Andrew Parsons: "Estes são os Jogos Paralímpicos mais espectaculares da História"». RFI. 8 de setembro de 2024. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ «Paris 2024: "Everything we dreamed of happened" says IPC President». International Paralympic Committee (em inglês). Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ «Presidente do IPC quer fomento à participação paralímpica feminina». Agência Brasil. 5 de setembro de 2024. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ Ataque, No (8 de setembro de 2024). «Novos esportes e fusão com Olimpíadas: o que presidente do Comitê Paralímpico sugere? < No Ataque». No Ataque. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ Kenji, Lukas (27 de agosto de 2024). «Presidente do IPC crê em "Jogos mais espetaculares da história"». Olimpíada Todo Dia. Consultado em 9 de setembro de 2024