António Júlio de Frias Pimentel e Abreu

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António Júlio de Frias Pimentel e Abreu (Guarda, Trancoso, 01 de março de 1781Lisboa, 14 de setembro de 1844), foi juiz, Deputado e Fidalgo da Casa Real.[1][2][3]

Fizeram dele um dos mais importantes juízes do período da monarquia constitucional portuguesa, influenciando substancialmente o rumo dos acontecimentos das leis liberais em Portugal ao longo dos anos como deputado. Entre outros cargos e honrarias, foi Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa em (12.1.1837).[4]

História[editar | editar código-fonte]

Filho de Francisco Manuel Pimentel Monteiro e Frias e Rosa Maria da Fonseca, e neto de Manuel Pimentel de Abreu, António formou-se na faculdade de Direito na Universidade de Coimbra (Bacharel em Leis) em 1802, foi Juiz de Sortelha, Belmonte (Portugal) e Pinhel, casou-se com Maria Catarina de Carvalho, irmã da esposa do seu primo paterno Gracia Eça Telles de Abreu. Foi Corregedor da comarca de Pinhel e do Porto, Desembargador do Porto em 1826, Juiz da Relação de Lisboa (1834), Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça (1836). Em 2 de fevereiro de 1837, passou a Fidalgo da Casa Real.[5]

  • Como Deputado em 1822 ajudou a instituir-se, assim, o primeiro sistema de governo parlamentar controlado por uma assembleia que viria a aprovar, em 23 de Setembro, a Constituição de 1822.[2]
  • Depois da morte de D. João VI, em Abril de 1826, D. Pedro IV outorga a Carta Constitucional, onde ficam instituídas as Cortes Gerais, compostas pela Câmara dos Pares e pela Câmara dos Deputados; nomeia 72 pares do Reino para constituir a 1ª Câmara e determina a realização de eleições nos termos da Carta, vindo a abdicar, pouco tempo depois, na sua filha, a futura Rainha D. Maria II. A 2ª Câmara, designada por Câmara dos Deputados, passa a ser eleita por sufrágio indireto e censitário. Nas eleições primárias, em que se elegiam os Eleitores de Província, que é o seu caso eleito pela Província do Porto.

Referências

  1. «Juizes Conselheiros 1833 - 1983.». GALERIA DOS JUÍZES CONSELHEIROS -. Supremo Tribunal de Justiça de Portugal. Consultado em 28 de dezembro de 2014. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
  2. a b Diário do governo: 1822, Edições 231-308. [S.l.]: Impressa Nacional. 1822. p. 411  (no google livros)
  3. Portugal arquivo nac (1840). Diccionario aristocratico contendo os alvarás dos foros de fidalgos de casa real que se achão registados nos livros das mercês, hoje pertencentes ao Archivo da Torre do Tombo. [S.l.: s.n.] p. 166  (no google livros)
  4. «Direcção-Geral de Arquivos» 
  5. «Alvará. Fidalgo Cavaleiro,»