Artefatos arqueológicos no metrô do Rio de Janeiro

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Os Artefatos arqueológicos no Metrô do Rio de Janeiro foram encontrados durante as escavações da Linha 4 do Metrô da cidade do Rio de Janeiro em duas etapas distintas; No ano de 2013 no bairro da Leopoldina e em 2014 nos bairros Ipanema e Leblon. O trabalho foi coordenado pelo arqueólogo Cláudio Prado de Mello e fiscalizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).[1]

Escavações[editar | editar código-fonte]

Bairro da Leopoldina[editar | editar código-fonte]

No ano de 2013, durante as escavações no bairro da Leopoldina, foram encontradas peças de dois períodos distintos da ocupação da região.

Época dos Paleoíndios (de 3.000 a 4.000 anos atrás)[editar | editar código-fonte]

Foram encontradas cerca de 50 artefatos de pedra, como pontas de lança, batedores e raspadores, e mais de 400 conchas da época que os paleoíndios circulavam pelos arredores da Baía de Guanabara. Essas peças compunham os sambaquis, locais onde eram amontoadas as sobras de alimentação e instrumentos obsoletos.[1]

Época das demolições para modernização (entre 1870 e 1920)[editar | editar código-fonte]

Foram encontrados entulho, madeira, além de itens pessoais como porcelanas, frascos de perfume, pratarias, joias e peças de ouro importadas, que pertenciam aos nobres e foram descartados na Leopoldina. No local, foram achadas ainda escovas de dente de marfim e osso, com a inscrição em francês “Sua Majestade o imperador do Brasil”, que pode ter pertencido a Dom Pedro II.[1][2]

Bairros Ipanema e Leblon[editar | editar código-fonte]

No ano de 2014, durante as escavações nos bairros Ipanema e Leblon, foram encontradas mais de 150 peças e cerca de 1,4 mil resquícios de ocupação na região. Foram achados fragmentos de alvenaria, enfeites de telhado, peças de porcelana, talheres, moedas, vidros e penicos, além de trechos do antigo sistema de trilhos de bonde. A região era um areal, ocupado por chácaras no século XIX e início do século XX e loteado em 1918. Os líquidos encontrados nas garrafas de vidro e quatro penicos de ágata, feitos de metal com uma camada de esmalte, foram encaminhados para a Fundação Oswaldo Cruz e feita análise de paleoparasitologia.[1][3]

Referências

  1. a b c d (08 de outubro de 2015). Diário Oficial : Achados arqueológicos da Linha 4 do Metrô contam a história do Rio. Imprensa Oficial da Cidade do Rio de Janeiro
  2. Villela, Flávia. (14 de setembro de 2013)Centenas de milhares de relíquias intactas são encontradas no centro do Rio. Agência Brasil
  3. Villela, Flávia. (10 de setembro de 2014). Peças arqueológicas são descobertas em obras do metrô no Rio. Agência Brasil.