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Revisão das 12h35min de 19 de março de 2009
As Mil e Uma Noites (Alf Lailah Oua Lailah) é uma obra clássica da literatura Persa, consitindo numa coleção de contos orientais compilados provavelmente entre os séculos XIII e XVI. São estruturados como histórias em cadeia, em que cada conto termina com uma deixa que o liga ao seguinte. Essa estruturação força o ouvinte curioso a retornar para continuar a história, interrompida com suspense no ar. O uso do número 1001 sugere que podem aparecer mais histórias, ligadas por um fio condutor infinito. Usar 1000 talvez desse a idéia de fechamento, inteiro, que não caracteriza a proposta da obra.
Foi o orientalista francês Antoine Galland o responsável por tornar o livro conhecido no ocidente (1704). Não existe texto fixo para a obra, variando seu conteúdo de manuscrito a manuscrito. Os árabes foram reunindo e adaptando esses contos maravilhosos de várias tradições. Assim, os contos mais antigos são provavelmente do Egito do século XII. A eles foram sendo agregados contos persas, hindus, siríacos e judaicos.
As versões mais populares hoje em dia são as que se baseiam em traduções de Sir Richard Francis Burton (1850) e Andrew Lang (1898), geralmente adaptadas para eliminar as várias cenas de sexo do original.
Sinopse
Predefinição:Revelações sobre o enredo Schahriar, rei da Persa, vitimado pela infidelidade de sua mulher, mandou matá-la e resolveu passar cada noite com uma esposa diferente, que mandava degolar na manhã seguinte. Recebendo como mulher a Sherazade, esta iniciou um conto que despertou o interesse do rei em ouvir-lhe a continuação na noite seguinte. Sherazade, por artificiosa ligação dos seus contos, conseguiu encantar o monarca por mil e uma noites e foi poupada da morte.
A história conta que, durante três anos, moças eram sacrificadas pelo rei, até que já não havia mais virgens no reino, e o vizir não sabia mais o que fazer para atender o desejo do rei. Foi quando uma de suas filhas, Sherazade, pediu-lhe que a levasse como noiva do rei, pois sabia um estratagema para escapar ao triste fim que a esperava. A princesa, após ser possuída pelo rei, começa a contar a extraordinária "História do Mercador e do Efreet", mas, antes que a manhã rompesse, ela parava seu relato, deixando um clima de suspense, só dando continuidade à narrativa na manhã seguinte. Assim, Sherazade conseguiu sobreviver, graças à sua palavra sábia e à curiosidade do rei. Ao fim desse tempo, ela já havia tido três filhos e, na milésima primeira noite, pede ao rei que a poupe, por amor às crianças. O rei finalmente responde que lhe perdoaria, sobretudo pela dignidade de Sherazade.
Fica então a metáfora traduzida por Sherazade: a liberdade se conquista com o exercício da criatividade.
O original em árabe recebia o título de as 1000 noites, que foi alterado mais tarde por ser o número 1000 um número de mal agouro na cultura árabe. A história de Aladim e a lâmpada maravilhosa foi incluída mais tarde por ser muito apreciada e está entre as histórias mais famosas que Sherazade conta. Merecem destaque também as de Simbad (o marinheiro que fica rico em sete viagens fantásticas) e de Ali Babá (que consegue fortuna enganando os famosos quarenta ladrões).
Alguns estudiosos indicam que o livro na verdade se trata de um manual de iniciação ao budismo, mostrando as diversas fases de aprendizado e as delícias que se podem desfrutar por todos as várias outras histórias. Predefinição:Spoiler-fim
Lista de histórias
Predefinição:Revelações sobre o enredo
- O mercador e o Efreet
- O pescador e o Marid
- A História de Mobarak
- Aladim e a Lâmpada Maravilhosa
- A Aventura de Judar
- Almaz, o Príncipe Brilhante
- As Botas de Karam
- Ali Babá e os Quarenta Ladrões
- Aventura nos Sete Mares
- O Príncipe Narigudo
- Omar e Yasmin
- Os Príncipes do Oriente
- Scheherazade
- Simbad
Referências
- Coleção “As Mil e Uma Noites”, 16 páginas. – Ciranda Cultural Ltda = [1]; ilustrações = Estúdio Criação;