Batalha de Délio

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Batalha de Délio
Guerra do Peloponeso

Mapa geral da zona mostrando as cidades e lugares implicados na batalha
Data final de 424 a.C.
Local Délio, Beócia (Grécia Antiga)
Desfecho Vitória beócia
Beligerantes
Beócios atenienses
Comandantes
Pagondas Hipócrates
Forças
7000 hoplitas
1000 jinetes
10000 combatentes rápidos
500 peltastes
7000 hoplitas
cerca de 1000 jinetes
tropas rápidas: muito reduzidas
Baixas
500 hoplitas 1000 hoplitas

A Batalha de Délio aconteceu durante a guerra do Peloponeso no princípio do inverno de 424 a.C., nas imediações da pequena cidade beócia de Délio, na Grécia, situada não distante da fronteira com Ática e na qual se encontrava um santuário dedicado a Apolo.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em 424 a.C.,[1][Nota 1] os beócios, insatisfeitos com seus governos e querendo estabelecer democracias, discutiram a política com os generais atenienses Hipócrates e Demóstenes, e prometeram entregar as cidades da Beócia para eles.[2]

Os atenienses dividiram seu exército em dois, um deles, sob o comando de Demóstenes, invadiu a Beócia, mas, como os beócios tinham sido avisados da traição, ele se retirou sem fazer nada; o outro, sob comando de Hipócrates, capturou Délio, e fortaleceu a cidade, esperando o ataque dos beócios.[3]

Pagondas, comandante dos beócios, atacou Délio com um grande exército, formado por 20.000 soldados de infantaria e cerca de 1000 de cavalaria.[4] Os atenienses, apesar de estarem em maior número, não estavam bem equipados, e abandonaram a cidade às pressas.[5]

A Batalha[editar | editar código-fonte]

O exército beócio formou-se, com os tebanos no lado direito, os orcomênios no esquerdo, o centro formado por outros beócios e primeira linha formada por um grupo seleto de 300 soldados.[6] Os atenienses foram forçados a entrar na batalha sem estarem formados.[6] A cavalaria ateniense derrotou a cavalaria inimiga, mas os atenienses que lutavam contra os tebanos foram derrotados e fugiram, mesmo os demais tendo vencido os beócios e os posto em fuga.[7] Os tebanos voltaram da perseguição e atacaram os atenienses, e estes fugiram.[8]

Consequências[editar | editar código-fonte]

Alguns atenienses se refugiaram em Oropo e outros em Délio, outros fugiram para os barcos, e outros se espalharam; as perdas beócias foram mais de 500, e as perdas atenienses várias vezes este número, não sendo maior pela chegada da noite.[9]

Em seguida, os tebanos atacaram Délio e capturaram a cidade; muitos morreram honrosamente, e 200 foram capturados.[10]

No ano seguinte, a população de Escíone, desprezando os atenienses após a derrota destes em Délio, entregou a cidade a Brásidas, comandante das forças lacedemônias na Trácia.[11]

Notas e referências

Notas

  1. No ano da 89a olimpíada, quando Symmachus da Messênia venceu o stadium, pela segunda vez, Isarchus era arconte de Atenas e Titus Quinctius e Gaius Julius, cônsules romanos.

Referências

  1. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XII, 65.1 [ael/fr][en]
  2. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XII, 69.1 [ael/fr][en]
  3. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XII, 69.2 [ael/fr][en]
  4. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XII, 69.3 [ael/fr][en]
  5. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XII, 69.4 [ael/fr][en]
  6. a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XII, 70.1 [ael/fr][en]
  7. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XII, 70.2 [ael/fr][en]
  8. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XII, 70.3 [ael/fr][en]
  9. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XII, 70.4 [ael/fr][en]
  10. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XII, 70.6 [ael/fr][en]
  11. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XII, 72.1 [ael/fr][en]


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