Batalha de Nixapur

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha de Nixapur
Conquista islâmica da Pérsia
Data 652
Local Nixapur, Irã
Coordenadas 36° 12' 48" N 58° 47' 45" E
Desfecho Vitória árabe
Beligerantes
Casa de Carano Califado Ortodoxo Califado Ortodoxo
Família Canaranguiã
Comandantes
Burzim Xá
Sauar Carano
Califado Ortodoxo Abedalá ibne Amir
Canara
Forças
Desconhecida Desconhecida
Baixas
Pesada Pesada
Nixapur está localizado em: Irã
Nixapur
Localização de Nixapur no que é hoje o Irã

A batalha de Nixapur foi travada em 652[1] entre as forças rebeldes da Casa de Carano e o general árabe Abedalá ibne Amir com seu aliado Canara da família Canaranguiã. Após uma série de saques nas proximidades da cidade, os rebeldes solicitaram a paz e, ao entrar na cidade, o exército árabe saqueou-a. Na rescaldo, Nixapur retornou para os domínio de Canara.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em 651, Isdigerdes III (r. 632–651) foi assassinado por Mahoe Suri, o marzobã de Merve. Em seguida, o Tabaristão foi invadido pelas tropas árabes muçulmanas e Farruquezade, governante local e ex-ministro de Isdigerdes, consegue repeli-los com ajuda de Gil Gavbara e fazer trato com eles. Os árabes sob Abedalá ibne Amir então invadem o Coração, e fazem um trato com o canaranges de Tus, Canara. No acordo, decidiu-se que ele manteria seus domínios em troca de pagar tributo aos árabes.[2]

Nesse meio tempo, de modo a fortalecer a enfraquecida família carânida, e reclamar os territórios carânidas perdidos, Burzim Xá, junto com outro carânida chamado Sauar Carano, fez resistência aos árabes em Nixapur e tentou reclamar o território da família Canaranguiã. Com a promessa de readquirir os domínios de sua família, Canara concordou em ajudar Abedalá em capturar Nixapur dos rebeldes.[3]

Batalha[editar | editar código-fonte]

Ambos começaram a pilhar as áreas próximas de Nixapur, e lutaram pesadamente para capturar a cidade. Sauar então tentou fazer a paz com Abedalá, dizendo-lhe que abriria os portões caso fosse perdoado.[3] O general concordou, porém quando os portões foram abertos, ele entrou com seu exército, e começou a pilhar a cidade, matando muitos cidadãos. A pilhagem continuou até Canara pedir para que parasse: "Ó emir, uma vez que foi vitorioso e triunfante, perdão é uma virtude superior que vingança e retribuição". Abedalá então fez o que o último disse e restaurou a cidade para os domínios de Canara.[4]

Referências

  1. Pourshariati 2008, p. 469.
  2. Pourshariati 2008, p. 274.
  3. a b Pourshariati 2008, p. 273.
  4. Pourshariati 2008, p. 272, 275–276.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Pourshariati, Parvaneh (2008). Decline and Fall of the Sasanian Empire: The Sasanian-Parthian Confederacy and the Arab Conquest of Iran. Nova Iorque: IB Tauris & Co Ltd. ISBN 978-1-84511-645-3