Batalha de Vélica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Batalha de Vellica)
Batalha de Vélica
Guerras Cantábricas

Mapa da Cantábria na época das Guerras Cantábricas
Data 25 a.C.
Local Vélica, Cantábria, Hispânia
Coordenadas 42° 44' 56.04" N 4° 16' 28.99" E
Desfecho Vitória romana
Beligerantes
Império Romano Império Romano   Cântabros
Comandantes
Império Romano Augusto   Desconhecido
Forças
40 000 no exército[1], c. 30 000 em Amório[2] 80 000[3]
Baixas
30 000-70 000 militares e civis mortos[4][5] Desconhecido
Vélica está localizado em: Espanha
Vélica
Localização de Vélica no que é hoje a Espanha

Batalha de Vélica (em latim: Vellica) foi uma batalha das Guerras Cantábricas, travada em 25 a.C. pelo imperador romano Augusto e suas legiões contra os cântabros que habitavam a região. A localização mais aceita desta batalha é a região à volta do monte Cildá, em Olleros de Pisuerga, na província de Palência.

Localização[editar | editar código-fonte]

Cildá era habitada pelos cântabros desde o século I a.C. Ptolemeu[6] menciona "Vellika" em primeiro lugar na lista das cidades cantábricas.[7]

Alguns autores, como Adolf Schulten, Miguel Ángel García Guinea e Iglesias Gil, situaram a batalha e a cidade de Vélica na região do monte Cildá.[8] De acordo com Joaquín González Echegaray, a cidade corresponde às fortificações construídas no monte, onde uma inscrição foi encontrada citada o clã vellicum), e que deve ter sido tomada pelos romanos pelo sul, logo depois da tomada de Amaya, mas antes de Monte Bernorio.[9]

Eles também supõem que Vélica e Bergida são referências à mesma cidade em crônicas diferentes.[10] Outra crença amplamente aceita é que a cidade pode ter se situado na planície vizinha de Mave e que o forte na colina seria apenas uma posição defensiva avançada.[11]

Batalha[editar | editar código-fonte]

No século I a.C., o Império Romano começou sua investida final contra os territórios na época dominados pelos cântabros e ástures, dando início às Guerras Cantábricas. Os romanos eram liderados pessoalmente pelo imperador Augusto.

Segundo as crônicas de Floro e Paulo Orósio, uma importante batalha ocorreu em Vélica entre os romanos, liderados por Augusto, e os cântabros, que culminou na conquista da cidade entre 25−6 a.C..[12][13] É provável que esta crônica esteja se referindo à planície à volta de Mave.[14] Ao contrário dos confrontos anteriores, os cântabros preferiram enfrentar os romanos em campo aberto, provavelmente por que não tinham mais suprimentos suficientes para defender a fortaleza elevada.

A batalha foi vencida de forma decisiva pela poderosa Legio IV Macedonica, que estava acampada em Segisama Júlia (Sasamón), antes do assalto final ao Castro de Monte Bernorio. É provável que a Legio IX Hispana tenha participado da batalha.[15] A cidade foi completamente destruída depois da conquista romana.[8]

Referências

  1. Treadgold 1988, p. 298.
  2. Treadgold 1988, p. 444–445 (Note #415).
  3. Treadgold 1988, p. 297.
  4. Ivison 2007, p. 31.
  5. Treadgold 1988, p. 303.
  6. [[Geografia (Ptolemeu)|]], II,6.51
  7. Celtiberia: Castro de Monte Cildá.
  8. a b Lista Roja del Patrimonio: Yacimiento de Monte Cildá.
  9. González Echegaray , J.: Los cántabros. Santander: Estudio, 1993. ISBN 84-87934-23-4
  10. J.L. Ramírez Sádaba,La Toponimia de la guerra. Utilización y utilidad, p.177 Versão em PDF (em castelhano)
  11. Cantabria Joven: Romanización. (em castelhano)
  12. Floro, II, 33, 48.
  13. Orósio, VI, 21, 3.
  14. J. González Echegaray, Las guerras cántabras en las fuentes, p.166 Versão em PDF. (em castelhano)
  15. Muy Interesante: Empotrado en la Legio Nona. (em castelhano)