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{{Info/Assentamento/Belo Horizonte}}
'''Belo Horizonte''' é um [[Município (Brasil)|município brasileiro]] e a [[capital]] do [[Unidades federativas do Brasil|estado]] de [[Minas Gerais]]. Sua população é de {{fmtn|2315560}} habitantes, segundo o [[Censo demográfico do Brasil de 2022|censo de 2022]],<ref name=IBGE/> sendo o sexto município mais populoso do país, o terceiro da [[Região Sudeste do Brasil|Região Sudeste]] e o primeiro de seu estado.<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/belo-horizonte/pesquisa/23/25207?tipo=ranking|titulo=IBGE {{!}} Brasil em Síntese|acessodata=2017-11-09|obra=cidades.ibge.gov.br}}</ref> Com uma área de aproximadamente 331&nbsp;km², possui uma geografia diversificada, com morros e baixadas. Com uma distância de 716 quilômetros de [[Brasília]], é a segunda capital de estado mais próxima da capital federal, depois de [[Goiânia]].

Cercada pela [[Serra do Curral]], que lhe serve de moldura natural e referência histórica, foi planejada e construída para ser a capital política e administrativa do estado mineiro sob influência das ideias do [[positivismo]], num momento de forte apelo da [[ideologia]] [[República|republicana]] no país.<ref name="fiemg">{{Citar web|url=http://www.fiemg.com.br/bh100/bh-1.htm|titulo=A cidade planejada|publicado=FIEMG|acessodata=19 de janeiro de 2009|arquivodata=6 de janeiro de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090106194914/http://www.fiemg.com.br/bh100/bh-1.htm|urlmorta= sim}}</ref> Sofreu um inesperado crescimento populacional acelerado, chegando a mais de um milhão de habitantes com quase setenta anos de fundação. Entre as décadas de 1930 e 1940, ocorreu também o avanço da industrialização, além de muitas construções de inspiração modernista, notadamente as casas do bairro [[Cidade Jardim (Belo Horizonte)|Cidade Jardim]], que ajudaram a definir a fisionomia da cidade.

A capital mineira é sede da [[Lista de concentrações urbanas do Brasil por população|terceira concentração urbana mais populosa do país]].<ref name="concentrações_urbanas">{{citar web|url=http://saladeimprensa.ibge.gov.br/pt/noticias?view=noticia&idnoticia=2855|título=Mais da metade da população vive em 294 arranjos formados por contiguidade urbana e por deslocamentos para trabalho e estudo|data=25 de março de 2015|publicado=IBGE|acessodata=18 de junho de 2015}}</ref><ref name="concentrações_urbanas_2">{{citar web|url=http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,apos-sao-paulo-maiores-concentracoes-sao-rio-bh-e-recife,1657203|título=Após São Paulo, maiores concentrações são Rio, BH e Recife|data=25 de março de 2015|publicado=Estadão.com.br|acessodata=18 de junho de 2015}}</ref> Belo Horizonte já foi indicada pelo ''Population Crisis Commitee'', da [[Organização das Nações Unidas|ONU]], como a metrópole com melhor [[qualidade de vida]] na [[América Latina]] e a 45.ª entre as 100 melhores cidades do mundo (dados de 2008).<ref>{{citar web|url=http://www.terra.com.br/turismo/roteiros/2000/10/29/000.htm|titulo=Belo Horizonte, a grande roça mineira|autor=Portal Terra |acessodata=1 de fevereiro de 2008}}</ref> Em 2010, a cidade gerou 1,4% do PIB do país,<ref name="ibge_dados_g1">{{citar web|url=http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/12/54-municipios-concentravam-50-do-pib-do-pais-em-2010-diz-ibge.html |título=54 municípios concentravam 50% do PIB do país em 2010, diz IBGE |data=12 de dezembro de 2012 |publicado=G1 |acessodata=16 de dezembro de 2012}}</ref> e, em 2013, era o [[Lista de municípios do Brasil por PIB|quarto maior PIB entre os municípios brasileiros]], responsável por 1,53% do total das riquezas produzidas no país. Uma evidência do desenvolvimento da cidade nos últimos tempos é a classificação da revista ''América Economía'', na qual, já em 2009, Belo Horizonte aparecia como uma das dez melhores cidades latino-americanas para fazer negócios, segunda do Brasil (atrás de [[São Paulo]]) e à frente de cidades como [[Rio de Janeiro]], [[Brasília]] e [[Curitiba]].<ref>{{Citar web |url=http://jornale.com.br/mirian/?p=4593 |titulo=Curitiba fica em 16º lugar entre as melhores cidades para se fazer negócios |autor=Mirian Gasparin |data=15 de maio de 2009 |publicado=TV Jornale |acessodata=20 de junho de 2009 |arquivodata=25 de outubro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111025081723/http://jornale.com.br/mirian/?p=4593|urlmorta= sim}}</ref>

Belo Horizonte é classificada como uma [[metrópole]] e exerce significativa influência nacional, seja do ponto de vista [[cultura]]l, [[Economia|econômico]] ou [[Política|político]].<ref>{{Citar periódico |url=https://journals.openedition.org/confins/33618 |titulo=Regiões de influência das cidades 2018 |data=2020-09-30 |acessodata=2021-10-24 |jornal=Confins. Revue franco-brésilienne de géographie / Revista franco-brasilera de geografia |número=48 |ultimo=Pacheco |primeiro=Herlan Cássio de Alcantara |lingua=fr |issn=1958-9212}}</ref> Conta com importantes [[monumento]]s, [[parque]]s e [[museu]]s, como o [[Museu de Arte da Pampulha]], o [[Museu de Artes e Ofícios]], o [[Museu de Ciências Naturais da PUC Minas]], o [[Circuito Cultural Praça da Liberdade]], o [[Conjunto Arquitetônico da Pampulha]], o [[Mercado Central de Belo Horizonte|Mercado Central]] e a [[Savassi]], e eventos de grande repercussão, como o [[Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua]] (FIT-BH), o [[Verão Arte Contemporânea|Verão Arte Contemporânea (VAC)]], o [[Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte|Festival Internacional de Curtas]] e o [[Encontro Internacional de Literaturas em Língua Portuguesa]]. É também nacionalmente conhecida como a "capital nacional dos botecos", por existirem mais bares ''per capita'' do que em qualquer outra grande cidade do Brasil.

== Nome ==
Logo após a proclamação da república, em 1889, os republicanos de Curral del Rei decidiram mudar o nome da vila. Em reunião numa casa próxima de onde fica a Igreja de Boa Viagem, sugeriram o nome Novo Horizonte. Por sugestão de Luiz Daniel Cornélio da Cerqueira, professor de português e responsável pela alfabetização de crianças da vila, foi considerado também o nome Belo Horizonte. Descartado pela maioria, o nome só foi adotado após escolha pessoal do então governador, João Pinheiro. Após a transferência da capital, Belo Horizonte passa a se chamar Cidade Minas, até que o nome sugerido por Luiz Daniel voltou a ser oficial em 1901.<ref>{{citar livro|url=https://ihgb.org.br/pesquisa/biblioteca/item/1022-belo-horizonte-mem%C3%B3ria-hist%C3%B3rica-e-descritiva-ab%C3%ADlio-barreto.html|título=Belo Horizonte : memória histórica e descritiva|ultimo=Barreto|primeiro=Abílio|editora=Mineiriana|ano=1995|local=Belo Horizonte|página=217|isbn=8585930055}}</ref> 

== História ==
=== Povos nativos ===
{{AP|Povos indígenas do Brasil}}
O reconhecimento da presença dos povos originários na região foi observado pelo padre João Aspicuelta Navarro, em 1555, por meio de uma carta que este redigiu sobre os nativos nos campos e nas florestas.<ref>{{citar livro|título=Indígenas em Minas Gerais: Aspectos sociais, políticos e etnológicos|ultimo=JOSÉ|primeiro=Oiliam|editora=Edições movimento-Perspectiva|ano=1965|local=Belo Horizonte|página=47}}</ref> A população originária que habitou o atual estado de Minas Gerais está relacionada com o tronco linguístico [[macro-jê]], os povos conhecidos como [[tapuias]], alcunha concedida pelos seus inimigos [[tupis]]. As ocupações indígenas no território mineiro, nos [[Século XVI|séculos XVI]] e [[Século XVII|XVII]] foram esparsas e comunidades com a mesma identificação ocupavam áreas distintas. Os povos que viveram mais próximos da atual cidade de Belo Horizonte foram os [[cataguás]], goianás, guarachués e [[botocudos]].<ref>{{citar livro|título=Indígenas em Minas Gerais: Aspectos sociais, políticos e etnológicos|ultimo=JOSÉ|primeiro=Oiliam|editora=Edições movimento-Perspectiva|ano=1965|local=Belo Horizonte|página=14}}</ref> Os cataguás ou cataguases eram tapuias,<ref>{{citar livro|título=Indígenas em Minas Gerais: Aspectos sociais, políticos e etnológicos|ultimo=JOSÉ|primeiro=Oiliam|editora=Edições movimento-Perspectiva|ano=1965|local=Belo Horizonte|página=13}}</ref> e foram um povo extremamente relevante para Minas Gerais, que marcavam presença no território desde o início do período colonial, visto que o estado era conhecido como ''Campos Gerais dos Cataguases'' e ''Minas Gerais dos Cataguases''.<ref>{{citar livro|título=Indígenas em Minas Gerais: Aspectos sociais, políticos e etnológicos|ultimo=JOSÉ|primeiro=Oiliam|editora=Edições movimento-Perspectiva|ano=1965|local=Belo Horizonte|página=20}}</ref> 

Acerca da população dos goianás e guarachués não há muita informação escrita, pois foram menos documentados pelas fontes portuguesas e nacionais e sofreram a descontinuidade de seus saberes ancestrais, dado seu extermínio. Os goianás viviam nas áreas da [[comarca do Rio das Velhas]], mais especificamente próximos ao rio. Por serem mais pacíficos e acessíveis ao convívio com o homem branco, lutaram ao lado dos bandeirantes nas batalhas travadas em Minas no [[século XVII]].<ref>{{citar livro|título=Indígenas em Minas Gerais: Aspectos sociais, políticos e etnológicos|ultimo=JOSÉ|primeiro=Oiliam|editora=Edições movimento-Perspectiva|ano=1965|local=Belo Horizonte}}</ref><ref>{{citar periódico |titulo=Sobre Ethnographia Brasileira: principaes povos selvagens que tiveram o seo “Habitat” em território das Minas Geraes |data=julho de 1937 |acessodata=3 de maio de 2022 |jornal=Revista do Archivo Publico Mineiro |publicado=Arquivo Público Mineiro |número=1 |ultimo=SENNA |primeiro=Nelson de |pagina=343 |volume=25}}</ref> Os guarachués habitavam a região da [[comarca de Vila Rica]] e foram vítimas dos bandeirantes na busca pelo ouro.<ref>{{citar livro|título=Indígenas em Minas Gerais: Aspectos sociais, políticos e etnológicos|ultimo=JOSÉ|primeiro=Oiliam|editora=Edições movimento-Perspectiva|ano=1965|local=Belo Horizonte|página=28}}</ref> O termo significa guará vagaroso, pois estes andavam com os [[Lobo-guará|lobos guará]].<ref>{{citar periódico |titulo=Sobre Ethnographia Brasileira: principaes povos selvagens que tiveram o seo “Habitat” em território das Minas Geraes |data=julho de 1937 |acessodata=3 de maio de 2022 |jornal=Revista do Archivo Publico Mineiro |publicado=Arquivo Público Mineiro |número=1 |ultimo=SENNA |primeiro=Nelson de |pagina=344 |volume=25}}</ref>

[[Ficheiro:MC.NEG.8.7-197.tif|esquerda|miniaturadaimagem|Pataxós em Belo Horizonte, 1984. Autoria: Mana Coelho. Acervo [[Museu Histórico Abílio Barreto]]]]

Os botocudos pertenciam ao tronco linguístico macro-jê e o nome se deve aos ornamentos que utilizavam no lábio e nas orelhas com rodelas, os botoques,<ref>{{citar livro|título=Indígenas em Minas Gerais: Aspectos sociais, políticos e etnológicos|ultimo=JOSÉ|primeiro=Oiliam|editora=Edições movimento-Perspectiva|ano=1965|local=Belo Horizonte|páginas=17-18}}</ref> uma designação pejorativa e generalizante de povos tão distintos. Outras denominações são boruns, aimorés e bugres.<ref>{{citar web|url=https://www.camaramuqui.es.gov.br/pagina/ler/341/historico-dos-indios-da-regiao|titulo=Histórico dos índios da região|acessodata=3 de maio de 2022|website=Câmara Municipal de Muqui}}</ref> Uma das tradições que estes povos preservavam era o rito da [[antropofagia]] e eram considerados os “perigosíssimos ‘tapuais’ do período colonial”.<ref>{{citar periódico |titulo=Guido Thomaz Marliére e os índios Botocudo nos sertões do leste (1818-1824) |data=dezembro de 2010 |acessodata=3 de maio de 2022 |jornal=Revista de Ciências Humanas |número=2 |ultimo=SILVA |primeiro=Thiago Henrique Mota |pagina=364 |volume=10}}</ref> A presença desses grupos é relatada desde o século XVI até XX por fontes históricas primárias, com designações variadas.<ref>{{citar periódico |titulo=Guido Thomaz Marliére e os índios Botocudo nos sertões do leste (1818-1824) |data=dezembro de 2010 |jornal=Revista de Ciências Humanas |número=2 |ultimo=SILVA |primeiro=Thiago Henrique Mota |pagina=363 |volume=10}}</ref> Os botocudos eram um dos povos que não utilizavam louças de barro, o que diminui as informações acerca da alimentação, arte e vivência social que apresentavam.<ref>{{citar livro|título=Arqueologia de Belo Horizonte|ultimo=MATOS|primeiro=Anibal|editora=Biblioteca Mineira de Cultura|ano=1947|local=Belo Horizonte|páginas=30-31}}</ref> Além disso, os bugres eram povos nômades e se locomoviam constantemente pelo território. O nome dessa comunidade é generalista e estes integraram diversas outras tribos ao longo do tempo, entre estes, o que ocupou a região próxima à capital, a comunidade [[pataxós|Pataxó]].<ref>RIBEIRO, Núbia Braga. Os povos indígenas e os Sertões das Minas do Ouro no século VIII. 2008. Tese (Doutorado em História Social) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008, p. 49.</ref>

Os pataxós pertencem ao tronco macro-jê e são originários da região sul da Bahia. Sua existência foi documentada pela primeira vez em uma expedição de [[Salvador Correia de Sá, o Velho|Salvador Correa de Sá]] em 1577, quando os encontrou nas proximidades do [[Rio Doce]].<ref>{{citar web|ultimo=CARVALHO; MIRANDA|primeiro=Maria Rosário; Sarah|url=https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Patax%C3%B3|titulo=Verbete Pataxó|data=janeiro de 2013|acessodata=3 de maio de 2022|website=Povos Indígenas no Brasil}}</ref> Na contemporaneidade há uma diferenciação entre os grupos pataxós de Minas Gerais e da Bahia, sendo o último os [[Pataxós-hã-hã-hães|Pataxó-hã-hã-hães]]. O nome é uma autodenominação utilizada por esse grupo, que se relaciona com a água. Além disso, seu idioma é o ''Patxohã'', língua ancestral que querem avivar,<ref>{{citar web|ultimo=CARVALHO; MIRANDA|primeiro=Maria Rosario; Sarah|url=https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Patax%C3%B3|titulo=Verbete Pataxó|data=janeiro de 2013|acessodata=3 de maio de 2022|website=povos Indígenas no Brasil}}</ref> que se integra na família linguística dos Maxakalí. Apesar de serem historicamente um povo seminômade, na atualidade estes vivem em regiões delimitadas. Uma das razões da migração dos nativos no século XX para o território mineiro é o Fogo de 51, uma ação violenta da polícia baiana contra a aldeia em que viviam, como também a demarcação do [[Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal|Parque Nacional do Monte Pascoal]] em 1961.<ref name="Unnamed-xX3p-1">{{citar web|ultimo=CAMARGO|primeiro=Pablo Matos|url=https://www.cedefes.org.br/artigo-povos-indigenas-em-minas-gerais/|titulo=Artigo: Povos indígenas em Minas Gerais|data=26 de dezembro de 2020|acessodata=3 de maio de 2022|website=Cedefes - Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva}}</ref> Além, dos pataxós, outras populações indígenas vivem na [[Região Metropolitana de Belo Horizonte]], a exemplo dos aranãs, xakriabás, kaxixós, karajás, guaranis e kamakã. Dados do censo do IBGE de 2010 indicam que mais de sete mil pessoas se identificaram como indígenas somente em Belo Horizonte.<ref name="Unnamed-xX3p-1"/>

=== A fundação da capital ===
{{Imagem múltipla
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| direction = vertical
| width = 220
| image1 = Curraldelrey2.jpg
| caption1 = Antiga Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral. Acervo Museu Histórico Abílio Barreto.
| image2 = Curraldelrey.jpg
| caption2 = O Arraial de Curral del Rei (1896). Acervo Museu Histórico Abílio Barreto
}}

Até o [[século XVI]], o atual estado de Minas Gerais era habitado por [[Povos indígenas do Brasil|índios]] do [[tronco linguístico]] [[macro-jê]]. A partir desse século, essas tribos foram quase exterminadas pela ação dos [[bandeirantes]] procedentes principalmente da vila de [[São Paulo dos Campos de Piratininga|São Paulo de Piratininga]], que chegaram à região em busca de escravos e de pedras preciosas.<ref>{{citar web|url= http://www.asbrap.org.br/documentos/revistas/rev11_art2.pdf|titulo= A passagem bandeirante pelo caminho velho das Minas Gerais|autor= Paulo Paranhos|publicado= Revista da Associação Brasileira dos Pesquisadores de História e Genealogia (ASBRAP) n.º 11|notas= (pág.14) ...Braz Cubas e Luis Martins[...], partindo de Santos ou de Piratininga, por volta de 1560,[...] desceram pelo rio Paraíba,[...] foram à barra do rio das Velhas e correram a margem do São Francisco até o Paramirim.}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/o-ouro-vermelho-de-minas-gerais|publicado= ''Revista de História''|título= O ouro vermelho de Minas Gerais|data= 17-09-2007|acessodata= 05-02-2022|wayb= 20120309084933|urlmorta= sim}}</ref>

Na imensa faixa de terras ao largo do [[Rio das Velhas]] assenhoradas pelo [[Bandeirantes|bandeirante]] Paulista [[Bartolomeu Bueno da Silva]] (mais tarde Anhanguera II), veio seu primo e futuro genro, [[João Leite da Silva Ortiz]], à procura de [[ouro]]. Ele ocupou, em 1701, a Serra dos Congonhas (mais tarde [[Serra do Curral]]) e suas encostas, onde estabeleceu a Fazenda do Cercado, base do núcleo do [[Curral del Rei]]. No local, desenvolveu uma pequena plantação e criou gado, com numerosa escravatura.<ref>{{Harvnb|Barreto|1995|p=91}}</ref> O povoamento aos poucos foi se firmando, de forma tal que, em 1707, já aparecia citada em documentos oficiais. Em 1711, a carta de [[sesmaria]] foi obtida por Ortiz, com a concessão da área que "começava do pé da Serra do Curral, até a Lagoinha, estrada que vai para os currais da Bahia, que será uma légua, e da dita estrada correndo para o rio das Velhas três léguas por encheio".<ref>{{Harvnb|Barreto|1995|p=94}}</ref> Conforme trecho da carta de sesmaria, à ortografia da época, concedida por Antônio Albuquerque Coelho de Carvalho:<ref>{{Harvnb|Barreto|1995|p=92}}</ref>

{{quote|Faço saber aos q'. esta minha Carta de Sesmaria virem q', havendo respto. ao q'. por sua petição me enviou a dizer João Leyte da Silva, q'. ele suppte., em o ano passado de 1701 fabricou fazenda em as minas no distrito do Rio das Velhas em a paragem aonde chamão o Sercado, e na dita fazda. teve plantas e criações, de que sempre pagou dízimos e situou gado vacum, tudo em utelidade da fazenda real e conveniência dos minros. (…)}}

Ortiz dedicou-se especialmente ao plantio de roças, criação e negociação de gado, trabalhos de engenho e, provavelmente, a mineração de ouro nos córregos. O progresso da fazenda atraiu outros moradores, e um arraial começou a se formar, tornando-se um dos pontos de concentração dos rebanhos transitados pelo registro das Abóboras, vindos do sertão da [[Bahia]] e do [[Rio São Francisco|São Francisco]] para o abastecimento das zonas auríferas.<ref>{{Harvnb|Barreto|1995|p=107}}</ref>

Apoiado na pequena [[lavoura]], na criação e comercialização de gado e na fabricação de [[farinha]], o arraial progrediu. A [[topografia]] da região favoreceu o estabelecimento de uma povoação dada à [[agricultura]] e à vida pastoril. Os habitantes deram o nome de Curral del Rei, por causa do cercado ou curral ali existente, em que se reunia o gado que havia pago as taxas do rei, segundo a tradição corrente. O arraial contava com umas 30 ou 40 cafuas cobertas de sapé e pindoba, entre as quais foi erguida uma capelinha situada à margem do córrego Acaba-Mundo (onde hoje se encontra a [[Catedral da Boa Viagem|catedral]]), tendo à frente um cruzeiro e ao lado um rancho de tropas.<ref>{{Harvnb|Barreto|1995|p=108}}</ref> Algumas poucas fábricas, ainda primitivas, instalaram-se na região, onde se produzia [[algodão]] e se fundia [[ferro]] e [[bronze]]. Das pedreiras, extraía-se [[granito]] e [[calcário]], e frutas e madeiras eram comercializadas para outros locais. Das trinta ou quarenta famílias inicialmente existentes, a população saltou para a marca de 18 mil habitantes.<ref name="pbharra">{{citar web| url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11828&lang=pt_BR&pg=5780&taxp=0&| titulo=História:Tempos de Arraial| autor=Prefeitura de Belo Horizonte |acessodata=20 de julho de 2009}}</ref><ref name="ibgehist">{{citar web| url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/minasgerais/belohorizonte.pdf| titulo=Belo Horizonte:Minas Gerais – Histórico| autor=IBGE |acessodata=20 de julho de 2009}}</ref>

Em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral, então sede da freguesia do mesmo nome instituída de fato em 1718 em torno de capela ali construída pelo Padre Francisco Homem, filho de [[Miguel Garcia Velho]]. Elevado à condição de [[freguesia]] em 1780,<ref name="cerc">{{citar web| url=http://www.brasilcult.pro.br/brasil_antigo/minas/minas01.htm| titulo=Belo Horizonte| autor=Rodrigo Lessa e Allyne Silva |acessodata=23 de julho de 2009}}</ref> mas ainda subordinado a [[Sabará]], o Curral del Rei englobava as regiões (ou curatos) de [[Sete Lagoas]], [[Contagem]], Santa Quitéria ([[Esmeraldas (Minas Gerais)|Esmeraldas]]), [[Buritis (Belo Horizonte)|Buritis]], [[Betim|Capela Nova do Betim]], [[Paraopeba|Piedade do Paraopeba]], [[Brumadinho|Brumado]], [[Itatiaiuçu]], [[Mateus Leme|Morro de Mateus Leme]], [[Ribeirão das Neves|Neves]], Aranha e [[Rio Manso]]. No centro do arraial, os devotos ergueram a Matriz de [[Nossa Senhora da Boa Viagem]]. Com a extinção dos curatos, a jurisdição do Curral del Rei viu-se novamente reduzida ao primeiro arraial, com sua população de 2.500 habitantes, que chegou a {{fmtn|4000}} moradores já ao fim do século XIX.<ref name="pbharra"/><ref name="ibgehist"/>

O seguinte trecho do relatório enviado à [[Cúria Romana|Cúria]] de [[Mariana]] pelo vigário Pe. Francisco de Paula Arantes, conservada a ortografia, relata a paisagem característica da região à época:<ref name="ibgehist"/>

{{Imagem múltipla
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| image1 = Anônimo - Ouro Preto em 1870.jpg
| caption1 = [[Ouro Preto]] em foto de 1870, na condição de capital de Minas Gerais
| image2 = Comissao.jpg
| caption2 = Comissão Construtora da Nova Capital (1896). Acervo Museu Histórico Abílio Barreto.
| image3 = Inauguracaobh.jpg
| caption3 = Inauguração de Belo Horizonte, em 12 de dezembro de 1897. Acervo Museu Histórico Abílio Bareto
}}

{{quote|A Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem de Curral del Rei está situada em campos amenos na extensa planície de sua  serra donde manão imensas fontes de cristalinas e saborosas águas; o clima da região he temperado; a atmosphera he salutifera; está circulada de pedras e mais materiais onde se podem fazer soberbos edifícios; a natureza criou este logar para sua formosa e linda cidade, si algum dia for auxiliada esta lembrança.}}

Porém, enquanto [[Ouro Preto|Vila Rica]], [[Sabará]], [[Serro Frio]] e outros núcleos mineradores se constituíam em centros populosos e ricos, Curral del Rei e sua vocação para o comércio do gado sertanejo estacionou em seu desenvolvimento, não oferecendo lucro que fixasse ao solo uma população como a de outros lugares.<ref>BARRETO, Abílio. ''Belo Horizonte: memória histórica e descritiva - história antiga e história média''. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1995. ISBN 85-85930-05-5</ref> O apogeu de [[Ouro Preto]] perdurou até o fim do século XVIII, quando as jazidas esgotaram-se e o ciclo do ouro deu lugar à pecuária e à agricultura, criando novos núcleos regionais e inaugurando uma nova identidade estadual.<ref>PRADO FILHO, José Francisco do; SOUZA, Marcelo Pereira de. ''O licenciamento ambiental da mineração no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais: uma análise da implementação de medidas de controle ambiental formuladas em EIAs/RIMAs.'' Eng. Sanit. Ambient.,  Rio de Janeiro,  v. 9,  n. 4, Dec.  2004.</ref>

A então capital de [[Minas Gerais]], a cidade de Ouro Preto, não apresentava alternativas viáveis ao desenvolvimento físico urbano, o que gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade.<ref>{{citar web |url=http://www.prefeituradeouropreto.com.br/acidade/historia.php |titulo=História |autor=Prefeitura de Ouro Preto |acessodata=11 de agosto de 2009 |arquivodata=22 de abril de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110422112517/http://www.prefeituradeouropreto.com.br/acidade/historia.php|urlmorta= sim}}</ref> Com a [[República]] e a descentralização federal, as capitais tiveram maior relevo: ganhava vigor a ideia de mudança da sede do governo mineiro, pois a antiga Ouro Preto era travada pela topografia. O governador [[Antônio Augusto de Lima|Augusto de Lima]] encaminhou  a questão ao Congresso Mineiro, que, reunido em [[Barbacena (Minas Gerais)|Barbacena]], em sessão de 17 de dezembro de 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição Estadual, a disposição de que a mudança da capital ocorresse para local que reunisse as condições ideais. Cinco localidades foram sugeridas: [[Juiz de Fora]], [[Barbacena (Minas Gerais)|Barbacena]], Paraúna, Várzea do Marçal e Belo Horizonte. A comissão técnica, chefiada pelo engenheiro [[Aarão Reis]], julgou em igualdade de condições Belo Horizonte e Várzea do Marçal, decidindo-se ao final pela última localidade. Voltou o Congresso a se pronunciar, e depois de novos e extensivos debates, instituiu-se que a capital fosse construída nas terras do arraial de Belo Horizonte.<ref name="pbharra"/><ref name="ibgehist"/>

O local escolhido oferecia condições ideais: estava no centro da unidade federativa, a 100&nbsp;km de Ouro Preto, o que muito facilitava a mudança; acessível por todos os lados embora circundado de montanhas; rico em cursos d'água; possuidor de um clima ameno, numa altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre as [[Serra do Curral|Serras do Curral]] e de Contagem, contando com excelentes condições climatológicas, protegida dos ventos frios e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas correntes amenas do oriente que vinham da [[serra da Piedade]] ou das brisas férteis do oeste que vinham do vale do [[Rio Paraopeba]]. Era um grande vale cercado por rochas variadas e dobradas, com longa e perturbada história geológica, solos rasos, pouco desenvolvidos, de várias cores, às vezes arenosos e argilosos, com idade aproximada de 1 bilhão e 650 milhões de anos.<ref name="pbhplan">{{citar web| url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11827&lang=pt_BR&pg=5780&taxp=0&| titulo=História:O Planejamento| autor=Prefeitura de Belo Horizonte |acessodata=21 de julho de 2009}}</ref>

Em 1893, o arraial foi elevado à categoria de município e capital de Minas Gerais, sob a denominação de Cidade de Minas. Em 1894, foi desmembrado do município de [[Sabará]]. No mesmo ano, os trabalhos de construção foram iniciados pela [[Comissão Construtora da Nova Capital]], chefiada por Aarão Reis, com o prazo de 5 anos para o término dos trabalhos. Com o aumento populacional causado pela construção da Nova Capital, a administração da cidade se tornou mais complexa, o que exigia uma força policial para garantir a ordem e tranquilidade dos moradores.<ref>{{citar livro|url=http://fjp.mg.gov.br/belo-horizonte-memoria-historica-e-descritiva-historia-media/|título=Belo Horizonte Memória Histórica e Descritiva: História Média|ultimo=Barreto|primeiro=Abílio|editora=Fundação João Pinheiro|ano=1996|local=Belo Horizonte|página=347|isbn=85-85930-05-5}}</ref> Nesse sentido, Aarão Reis tomou providências e o delegado especial de Sabará, capitão Antônio Lopes de Oliveira, que se tornaria mais conhecido como [[Major Lopes]], assumiu a segurança do Arraial. Em maio de 1895, Aarão Reis foi substituído pelo engenheiro Francisco de Paula Bicalho. Em 12 de dezembro de 1897, em ato público solene, o então presidente de Minas, [[Crispim Jacques Bias Fortes]], inaugurou a nova capital. A cidade, que já contava com 10 mil habitantes em sua inauguração, custou aos cofres estaduais a importância de 36 mil contos de réis. Em 1901, a Cidade de Minas teve seu nome modificado para o atual, em virtude da dualidade de nomes, já que o distrito e a comarca se chamavam Belo Horizonte.<ref name="pbharra"/><ref name="ibgehist"/>

=== O projeto de Aarão Reis ===
Projetada pelo engenheiro [[Aarão Reis]] entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades brasileiras planejadas (algumas fontes a citam como primeira;<ref name="epoca_arvores">{{citar web| url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT68636-15228-68636-3934,00.html| titulo=As árvores de Belo Horizonte: sombra, ar puro e alguns problemas| autor=Revista Época |acessodata=11 de agosto de 2009}}</ref><ref name=gouvea>GOUVÊA, Ronaldo Guimarães. ''A Questão Metropolitana no Brasil''. Editora FGV,  Rio de Janeiro, 1 ed., 2005. p. 102</ref> outras como terceira, após [[Teresina]] e [[Aracaju]]<ref name="estadao_terceira">{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/arquivo/suplementos/2003/not20030917p42743.htm |titulo= Uma capital da paz no nordeste |autor= Estadão | acessodata=9 de abril de 2011}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/tipos-cidades.htm |titulo= Tipos de cidades |autor= Mundo Educação | acessodata=9 de abril de 2011}}</ref> e até a quarta, sendo [[Petrópolis]] a primeira<ref>http://www.aconteceempetropolis.com.br/2013/03/26/aconteceu-em-petropolis-qual-a-primeira-cidade-planejada/</ref>). Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno.<ref name="epoca_arvores"/><ref name=gouvea/> Trecho do relatório escrito por Aarão Reis, engenheiro-chefe da Comissão Construtora da Nova Capital, sobre a planta definitiva de Belo Horizonte, aprovada pelo Decreto nº 817 de 15 de abril de 1895:
[[Ficheiro:Planta BH.jpg|thumb|esquerda|Planta geral da cidade de Belo Horizonte (1895)]]

{{quote|Foi organizada, a planta geral da futura cidade dispondo-se na parte central, no local do atual arraial, a área urbana, de 8 815 382 m², dividida em quarteirões de 120 m × 120 m pelas ruas, largas e bem orientadas, que se cruzam em ângulos retos, e por algumas avenidas que as cortam em ângulos de 45°.
Às ruas fiz dar a largura de 20 metros, necessária para a conveniente arborização, a livre circulação dos veículos, o trafego dos carros e trabalhos da colocação e reparações das canalizações subterrâneas. Às avenidas fixei a largura de 35 metros, suficiente para dar-lhes a beleza e o conforto que deverão, de futuro, proporcionar à população (…)}}

Entretanto, Aarão Reis não queria a cidade como um sistema que se expandiria indefinidamente. Entre a paisagem urbana e a natural foi prevista uma zona suburbana de transição, mais solta, que articulava os dois setores através de um [[boulevard|bulevar]] circundante, a Avenida do Contorno, bastante flexível e que se integrava perfeitamente na composição essencial.<ref name="pbhplan"/> A concepção do plano fundia as tradições urbanísticas americanas e europeias do século XIX. O tabuleiro de xadrez da primeira era corrigido por meio das amplas artérias oblíquas, e espaços vazios, uma preocupação constante com as perspectivas monumentais que provinha do [[Europa|Velho Mundo]], com marcadas influências de [[Georges-Eugène Haussmann|Haussmann]].<ref name="pbhplan"/>

[[Ficheiro:Afonsopena1900.jpg|thumb|[[Praça Sete de Setembro (Belo Horizonte)|Praça Sete]] e Avenida Afonso Pena em 1908, nos primeiros anos de Belo Horizonte. Acervo [[Museu Histórico Abílio Barreto]]]]
Belo Horizonte surgia como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século XX era atingido. Porém, o plano de Belo Horizonte pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos do século anterior. O projeto da cidade foi inspirado no modelo das mais modernas cidades do mundo, como [[Paris]] e [[Washington, D.C.|Washington]]. Os planos revelavam algumas preocupações básicas, como as condições de [[higiene]] e circulação humana. A cidade foi dividida em três principais zonas: a ''área central urbana'', a ''área suburbana'' e a ''área rural''.<ref name="pbhplan"/>

A área central urbana receberia toda a estrutura urbana de transportes, educação, saneamento e assistência médica, e abrigaria os edifícios públicos dos funcionários estaduais. Ali também deveriam se instalar os estabelecimentos comerciais. Seu limite era a [[Avenida do Contorno (Belo Horizonte)|Avenida do Contorno]], que à época se chamava 17 de Dezembro. A região suburbana, formada por ruas irregulares, deveria ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a infraestrutura urbana. A área rural seria composta por cinco colônias agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como um cinturão verde, abastecendo a cidade com produtos hortigranjeiros.<ref name="pbhplan"/>

Para a concretização do projeto, o arraial de Curral del Rei foi completamente destruído, com a transferência de seus habitantes para outro local. Sem condições de adquirir os terrenos valorizados da área central, os antigos moradores foram empurrados para fora da cidade, principalmente para [[Venda Nova (região de Belo Horizonte)|Venda Nova]]. Acreditava-se que os problemas sociais seriam evitados com a retirada dos operários após a conclusão das obras, o que na prática não ocorreu. A cidade foi inaugurada às pressas, ainda inacabada. Os operários, em meio às obras, não foram retirados e, sem lugar para ficar, formaram favelas na periferia da cidade, juntamente com os antigos moradores do Curral del Rei.<ref name="pbhplan"/>

=== A expansão ===
{{Imagem múltipla
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 | width     = 220

 | image1    = ParcialBH30.jpg
 | caption1  = Vista parcial do [[centro (Belo Horizonte)|centro de Belo Horizonte]] no início da década de 1930, com a avenida Afonso Pena em primeiro plano

 | image2    = Praça Raul Soares, Belo Horizonte (MG), logo após seu ajardinamento..tif
 | caption2  = Avenida Amazonas e a Praça Raul Soares, em 1936, logo após seu ajardinamento. [[Arquivo Nacional (Brasil)|Arquivo Nacional]]
}}
A expansão urbana extrapolou em muito o plano original. Quando foi iniciada sua construção, os idealizadores do projeto previram que a cidade alcançaria a marca de 100 mil habitantes apenas quando completasse 100 anos. Essa falta de visão se repetiu em toda a história da cidade, que jamais teve um planejamento consistente que previsse os desafios da grande metrópole que se tornaria.<ref name="Prefeitura_Tédio">{{citar web|url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11825&lang=pt_BR&pg=5780&taxp=0& |título=Os primeiros anos - A cidade do tédio |autor=Prefeitura |acessodata=21 de fevereiro de 2011}}</ref> A nova capital foi o maior problema do governo do Estado no início do regime: construída após vencer muitos obstáculos, ela permaneceu em relativa estagnação devido à crise financeira. Ligações ferroviárias com o [[sertão (geografia)|sertão]] e o [[Rio de Janeiro]] puseram a cidade em comunicação com o interior e a capital do país. O desenvolvimento foi mínimo até 1922.<ref name="Prefeitura_Tédio" />

Pelas proclamadas virtudes de seu clima, a cidade tornou-se atrativa, especialmente para o tratamento da [[tuberculose]]: multiplicaram-se os hospitais, pensões e hotéis, mas até 1930 exerceu função quase estritamente administrativa. Foi também na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional. [[Carlos Drummond de Andrade]], [[Ciro dos Anjos]], [[Pedro Nava]], [[Alberto Campos]], [[Emílio Moura]], [[João Alphonsus]], [[Milton Campos]], [[Belmiro Ferreira Braga|Belmiro Braga]] e [[Abgar Renault]] se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a [[literatura brasileira]]. Nos anos 1930, Belo Horizonte se consolidava como capital, não isenta de críticas e de louvores. Deixava de ser uma teoria urbanística para ser uma conquista humana, algo para ser não somente visto, mas para ser vivido também. Nesta época o município já contava com 120 000 habitantes e passava por problemas de ocupação, gerando uma crise de carência de serviços públicos. Necessitava de um novo planejamento para que se recuperasse a cidade moderna.<ref name="Prefeitura_Tédio"/>

Entre as décadas de 1930 e 1940 ocorreu o avanço da industrialização, além da criação do [[Conjunto Arquitetônico da Pampulha]], inaugurado em 1943 por encomenda do então prefeito [[Juscelino Kubitschek]]. O conjunto da Pampulha reuniu os maiores nomes do modernismo brasileiro, com projetos de [[Oscar Niemeyer]], pinturas de [[Cândido Portinari|Portinari]], esculturas de [[Alfredo Ceschiatti]] e jardins de [[Roberto Burle Marx]]. Ao mesmo tempo, o arquiteto [[Sylvio de Vasconcellos]] também criou muitas construções de inspiração modernista, notadamente as casas do bairro Cidade Jardim, que ajudaram a definir a fisionomia da cidade.<ref name="http">{{citar web|url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11822&lang=pt_BR&pg=5780&taxp=0& |título=Anos 40 e 50 |autor=Prefeitura |acessodata=21 de fevereiro de 2011}}</ref>

Na década de 1950, a população da cidade dobrou novamente, passando de 350 mil para 700 mil habitantes. Como resposta ao crescimento desordenado, o prefeito Américo René Gianetti deu início à elaboração de um [[Plano Diretor de Belo Horizonte|Plano Diretor para Belo Horizonte]].<ref name="http"/> Na década de 1960, muitas demolições foram feitas, transformando o perfil da cidade, que passou, então, a ter arranha-céus e asfalto no lugar de árvores. Belo Horizonte ganhou ares de [[metrópole]]. A [[conurbação]] da cidade com municípios vizinhos se ampliou. Ainda neste período, a cidade atingiu mais de um milhão de habitantes. Nessa época, os espaços vazios do município praticamente se esgotaram e o crescimento populacional passou a se concentrar nos municípios conurbados a Belo Horizonte, como [[Sabará]], [[Ibirité]], [[Contagem]], [[Betim]], [[Ribeirão das Neves]] e [[Santa Luzia (Minas Gerais)|Santa Luzia]]. Na tentativa de resolver os problemas causados pelo crescimento desordenado, foi instituída a [[Região Metropolitana de Belo Horizonte]] e foi criado o Plambel, que desencadeou diversas ações visando a conter o caos metropolitano.<ref>{{citar web|url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11823&lang=pt_BR&pg=5780&taxp=0& |título=Anos 60 e 70 |autor=Prefeitura |acessodata=21 de fevereiro de 2011}}</ref>

=== A história recente ===
[[Ficheiro:Belo Horizonte (MG).tif|miniaturadaimagem|Belo Horizonte, década de 1970. [[Arquivo Nacional (Brasil)|Arquivo Nacional]]]]

A década de 1980 foi marcada pela valorização da memória da cidade, com a alteração na orientação do crescimento. Vários edifícios de importância histórica foram tombados. Foi iniciada a implantação do [[metropolitano|metrô de superfície]]. Iniciada em 1984 e concluída em 1997, a canalização do [[Ribeirão Arrudas]] pôs fim ao problema das enchentes ao centro da capital. Contudo, vários problemas surgiram e alguns permaneceram. Um deles foi a degradação da [[Lagoa da Pampulha]], um dos principais cartões-postais da cidade, que se tornara um lago praticamente morto devido à poluição de suas águas.<ref name="Prefeitura_80-90">{{citar web|url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=11824&lang=pt_BR&pg=5780&taxp=0& |título=Anos 80 e 90 |autor=Prefeitura |acessodata=21 de fevereiro de 2011}}</ref>

A cidade foi palco ainda de grandes manifestações visando a queda da [[Regime militar no Brasil (1964–1985)|ditadura militar]] no Brasil, sob a liderança de [[Tancredo Neves]], na época governador do estado. A fisionomia urbana foi novamente alterada com a proliferação de prédios em estilo [[pós-modernismo|pós-moderno]], especialmente na afluente Zona Sul da cidade, graças à influência de um grupo de arquitetos liderado por [[Éolo Maia]]. Na mesma década, a cidade também passou a ser servida pelo [[Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins|Aeroporto Internacional de Confins]], localizado no município de [[Confins]], a 38&nbsp;km do centro da capital.<ref name="Prefeitura_80-90"/>

Em 1980, aproximadamente {{fmtn|850000}} pessoas tomaram a então [[Praça Israel Pinheiro]] (conhecida como Praça do Papa) para receber o próprio [[Papa João Paulo II]]. Diante da multidão de fiéis e da vista privilegiada da cidade, o papa ali exclamou: ''"Pode-se olhar as montanhas e Belo Horizonte, mas sobretudo quando se olha para vocês, é que se deve dizer: que belo horizonte!"'',<ref name="papa">{{citar web| url=http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/capa_09071980.shtml| titulo=João Paulo II une o Brasil| autor=Veja| acessodata=21 de julho de 2009| arquivodata=17 de junho de 2009| arquivourl=https://web.archive.org/web/20090617210851/http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/capa_09071980.shtml|urlmorta= sim}}</ref> o que provavelmente colaborou para que a praça ficasse conhecida hoje por este nome.

[[Imagem:BH-Tec 03.jpg|esquerda|thumb|[[Parque Tecnológico de Belo Horizonte]], implantado no começo do século XXI]]
No início da década de 90, a cidade era marcada pela pobreza e degradação, com 11% da sua população marcada pela miséria absoluta e com 20% das crianças sofrendo de desnutrição.<ref>{{citar web|url=http://www.yesmagazine.org/issues/food-for-everyone/the-city-that-ended-hunger|título=The City that Ended Hunger|autor=Frances Moore Lappé|publicado=''Yes! (Revista)''|acessodata=6 de agosto de 2013|língua=en}}</ref> O restante da década de 1990 foi marcada pela valorização dos espaços urbanos e pelo reforço da estrutura administrativa do município, com a aprovação em 1990 da Lei Orgânica do Município e do Plano Diretor da cidade, em 1996. A gestão municipal se democratizou com a realização anual do [[Orçamento participativo]]. O desafio ainda em curso diz respeito ao fortalecimento da gestão integrada da [[Região Metropolitana de Belo Horizonte]], que reúne 34 municípios que devem cooperar entre si para a resolução de seus problemas comuns. Espaços públicos como a [[Praça da Liberdade (Belo Horizonte)|Praça da Liberdade]], a [[Praça Carlos Chagas|Praça da Assembleia]] e o [[Parque Municipal Américo Renné Giannetti|Parque Municipal]], que se encontravam abandonados e desvalorizados, foram recuperados e a população voltou a frequentá-los e a cuidar de sua preservação.<ref name="Prefeitura_80-90"/>

Desde o início do século XXI, Belo Horizonte tem se destacado pelo desenvolvimento do setor terciário da economia: o [[comércio]], a prestação de serviços e setores de [[tecnologia de ponta]] (destaque para as áreas de [[biotecnologia]] e [[informática]]). Alguns dos investimentos recentes nesses setores são a implantação do [[Parque Tecnológico de Belo Horizonte]],<ref>{{citar web| url=http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/06/17/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=114894/em_noticia_interna.shtml| titulo=Divergências atrasam Parque Tecnológico de BH| autor=Uai |acessodata=21 de julho de 2009}}</ref> do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do [[Google]] para a [[América Latina]]<ref>{{citar web| url=http://idgnow.uol.com.br/mercado/2006/11/10/idgnoticia.2006-11-10.1445065867/IDGNoticia_view/| titulo=Google inaugura novo centro de pesquisas em BH e busca engenheiros| autor=IDG Now! |acessodata=21 de julho de 2009}}</ref><ref>{{citar web| url=http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3855322-EI4802,00-Google+ve+retomada+do+setor+de+internet+no+Brasil+apos+crise.html| titulo=Google vê retomada do setor de internet no Brasil após crise| autor=Terra |acessodata=21 de julho de 2009}}</ref> e do centro de convenções [[Expominas]].<ref>{{citar web| url=http://www.minascentro.com.br/br/belohorizonte/index.php| titulo=Institucional.Expominas.Belo Horizonte| autor=Prominas| acessodata=21 de julho de 2009| arquivodata=7 de julho de 2009| arquivourl=https://web.archive.org/web/20090707040226/http://www.minascentro.com.br/br/belohorizonte/index.php|urlmorta= sim}}</ref>

O [[turismo de eventos]], com a realização de congressos, convenções, feiras, eventos técnico-científicos e exposições, tem fomentado o crescimento dos níveis de ocupação da rede hoteleira e do consumo dos serviços de bares, restaurantes e transportes. A cidade também vem experimentando sucesso no setor artístico-cultural, principalmente pela políticas públicas e privadas de estímulo desse setor, como a realização de eventos fixos em nível internacional e o crescimento do número de salas de espetáculos, cinemas e galerias de arte. Por tudo isso, a cada ano a cidade se consolida como um novo polo nacional de cultura.<ref>{{citar web| url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=salaturista&tax=14910&lang=pt_BR&pg=5342&taxp=0&| titulo=Turismo de Eventos: Capital contabiliza mais de quatro mil eventos por ano| autor=Prefeitura de Belo Horizonte |acessodata=21 de julho de 2009}}</ref><ref>{{citar web| url=http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/BeloHorizonte/port/negocios.asp| titulo=Turismo de Eventos (Negócios)| autor=IdasBrasil |acessodata=21 de julho de 2009}}</ref>
{{panorama|Vew of BH taking off from Pampulha Airport.jpg|925px|Vista aérea de [[Lista de bairros de Belo Horizonte|zona sul]] da cidade de Belo Horizonte, cercada pela [[Serra do Curral]] e [[Parque Estadual da Serra do Rola-Moça|Serra do Rola-Moça]], a partir de decolagem do [[Aeroporto de Belo Horizonte-Pampulha|Aeroporto da Pampulha]].}}

== Geografia ==
[[Imagem:Belo Horizonte vista sob o Mirante..jpg|thumb|Visão noturna de Belo Horizonte a partir do [[Parque Estadual da Serra do Rola-Moça]], onde estão situadas as maiores altitudes do município]]

De acordo com a [[Regiões geográficas intermediárias e imediatas|divisão regional vigente]] desde 2017, instituída pelo IBGE,<ref>{{citar web|URL=https://www.ibge.gov.br/geociencias-novoportal/cartas-e-mapas/redes-geograficas/2231-np-divisoes-regionais-do-brasil/15778-divisoes-regionais-do-brasil.html |título=Divisão Regional do Brasil |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2017 |acessodata=1 de dezembro de 2017 |wayb=20171201204816}}</ref> o município pertence às [[Lista de regiões geográficas intermediárias e imediatas de Minas Gerais|regiões geográficas]] intermediária e imediata de Belo Horizonte. Até então, com a vigência das divisões em [[Mesorregiões e microrregiões do Brasil|microrregiões e mesorregiões]], fazia parte da microrregião de Belo Horizonte, que por sua vez estava incluída na [[Lista de mesorregiões e microrregiões de Minas Gerais|Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte]].<ref name="IBGE_DTB_2016">{{citar web|URL=ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/estrutura_territorial/divisao_territorial/2016/DTB_2016_v2.zip |título=Divisão Territorial Brasileira 2016 |autor=IBGE |data=2016 |acessodata=1 de dezembro de 2017}}</ref>

Belo Horizonte apresenta um [[relevo]] bem acidentado. Seu ponto culminante se localiza na [[Serra do Curral]], dentro do [[Parque Estadual da Serra do Rola-Moça]], com altitude máxima de {{fmtn|1506}} metros. Por outro lado, a altitude mais baixa é de 673 metros e está situada na foz do Ribeirão do Onça, que deságua no [[Rio das Velhas]].<ref>{{citar web|URL=https://prefeitura.pbh.gov.br/noticias/estudo-realiza-medicao-de-altitudes-em-belo-horizonte|título=Estudo realiza medição de altitudes em Belo Horizonte|autor=Prefeitura de Belo Horizonte|data=20-11-2017|acessodata=14-02-2021}}</ref> A área oficial de Belo Horizonte, de acordo com a resolução mais recente do IBGE, é de {{fmtn|331.354}} quilômetros quadrados (km²)<ref name=IBGE/>, porém a Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (PRODABEL), que pertence à prefeitura, fornece um valor um pouco maior, de {{fmtn|332.27|km²}}<ref name ="PBH">{{Citar web|url=https://prefeitura.pbh.gov.br/noticias/prodabel-detalha-tamanho-e-numero-de-bairros-das-regionais|título=Prodabel detalha tamanho e número de bairros das regionais|autor=PBH - Prefeitura de Belo Horizonte / Prodabel - Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte|acessodata=26/03/2022}}</ref>.

=== Hidrografia e geologia ===
{{Imagem múltipla
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 | image1    = RibeiraoArrudas4.JPG
 | caption1  = O [[Ribeirão Arrudas]], canalizado nos anos 1970, entre os bairros [[São Geraldo (Belo Horizonte)|São Geraldo]] e [[Esplanada (Belo Horizonte)|Esplanada]]

 | image2    = Serra do Curral vista de dentro do Parque das Mangabeiras.jpg
 | caption2  = [[Serra do Curral]] de dentro do Parque das Mangabeiras
}}
Localizado na [[Bacia do rio São Francisco|Bacia do São Francisco]], Belo Horizonte não é banhado por nenhum grande rio, mas por seu solo passam ribeirões e vários córregos, em sua maioria canalizados. A capital é atendida por duas sub-bacias, do Ribeirão Arrudas e do [[Ribeirão da Onça]], afluentes do Rio das Velhas. O Ribeirão Arrudas atravessa a cidade de oeste para leste. Mais ao norte, integrando a bacia do Onça, corre o [[Ribeirão Pampulha]], represado para formar o reservatório de igual nome, um dos recantos de turismo e lazer da cidade. O Ribeirão Arrudas deságua no município de Sabará e o Ribeirão da Onça no município de Santa Luzia, ambos no Rio das Velhas. Os trajetos dos córregos e ribeirões não foram utilizados como referências naturais na composição do traçado da área urbana planejada inicialmente, embora estivessem à vista em vários trechos da cidade em seus primeiros anos. Todos eles seriam progressivamente canalizados em seus percursos dentro do perímetro da [[Avenida do Contorno (Belo Horizonte)|Avenida do Contorno]].<ref name="manuelzao">[[Projeto Manuelzão]][[Universidade Federal de Minas Gerais|-(UFMG)]]. ''Arrudas e Onça agravam situação do Rio das Velhas: Condições ambientais das sub-bacias refletem impacto da região metropolitana.'' Boletim das sub-bacias do Rio das Velhas, Belo Horizonte, n.5, p. 1-3, 17 de setembro de 2003.</ref>

Belo Horizonte está em uma região de contato entre séries geológicas diferentes do [[proterozoico]], compostas de [[rocha cristalina|rochas cristalinas]], o que dá ao território paisagens diferenciadas. Insere-se na grande unidade geológica conhecida como [[cráton]] do São Francisco, referente ao extenso núcleo crustal do centro-leste do Brasil, estável tectonicamente no final do [[paleoproterozoico]] e margeando áreas que sofreram regeneração no [[neoproterozoico]].<ref name="relevo">{{citar web | url=http://www.caminhosdegeografia.ig.ufu.br/include/getdoc.php?id=393 | titulo=Sistemas naturais em áreas urbanas: Estudo da regional Barreiro, Belo Horizonte (MG) | autor=Ivair Gomes (IGC-UFMG) | acessodata=21 de julho de 2009 | arquivodata=6 de julho de 2011 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706162235/http://www.caminhosdegeografia.ig.ufu.br/include/getdoc.php?id=393|urlmorta= sim}}</ref> Predominam as rochas [[arqueano|arqueana]]s integrantes do Complexo Belo Horizonte e sequências supracrustais do período paleoproterozoico. O domínio do Complexo Belo Horizonte integra a unidade geomorfológica denominada Depressão de Belo Horizonte, que representa cerca de 70% do território da capital mineira e tem sua área de maior expressão ao norte da calha do [[Ribeirão Arrudas]].<ref name="relevo"/>

O domínio das sequências [[metassedimentar]]es tem sua área de ocorrência a sul da calha do Ribeirão Arrudas, constituindo cerca de 30% do território de Belo Horizonte. As características deste domínio são as diversidades [[litologia|litológicas]] e o relevo acidentado que encontra expressão máxima na [[Serra do Curral]], limite sul do município.<ref name="relevo"/> Engloba uma sucessão de camadas de rochas de composição variada, representada por [[Itabirito (geologia)|itabirito]]s, [[dolomito]]s, [[quartzito]]s, [[filito]]s e [[xisto]]s diversos, de direção geral nordeste-sudeste e mergulho para o sudeste. As serras de Belo Horizonte são ramificações da [[Serra do Espinhaço|Cordilheira do Espinhaço]] e pertencem ao grupo da Serra do Itacolomi. Contornando o município estão as Serras de Jatobá, José Vieira, Mutuca, Taquaril e Curral.<ref name="relevo"/>

=== Áreas verdes e problemas ambientais ===
{{Imagem múltipla
 | align     = right
 | direction = vertical
 | width     = 220

 | image1    = Parque Municipal Américo Renné Giannetti - panoramio.jpg
 | caption1  = [[Parque Municipal Américo Renné Giannetti]], com uma visão de parte da cidade

 | image2    = Mata do Parque das Mangabeiras - Belo Horizonte-MG.JPG
 | caption2  = Mata preservada dentro do [[Parque das Mangabeiras]]
}}
O ''[[Parque Municipal Américo Renné Giannetti]]'' é o mais antigo jardim público da cidade, inspirado nos parques franceses construídos durante a ''[[Belle Époque]]''. Foi inaugurado em 1897, no terreno da antiga Chácara do Sapo, que pertencia a Aarão Reis, engenheiro responsável pelo planejamento de Belo Horizonte. São 50 espécies de árvores, emolduradas pelos arranha-céus do centro. Abriga ainda o orquidário municipal. No pé da [[Serra do Curral]] está localizada a maior área verde remanescente de Belo Horizonte, o [[Parque Municipal das Mangabeiras|Parque das Mangabeiras]], um dos maiores parques urbanos da [[América Latina]], possuindo 2,3 milhões de metros quadrados (m²).<ref name="Idas_Parques"/>

O ''[[Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego]]'', ou ''Parque Ecológico da Pampulha'', está localizado na Ilha da Ressaca, na [[Lagoa da Pampulha]]. Ocupa uma área de {{fmtn|300000|m²}} quadrados, sendo outra importante área verde da capital. O Parque do Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais foi criado em 1968 e ocupa uma área de {{fmtn|600000|m²}}, abrigando vários exemplares da flora (pau-brasil, sapucaia, barriguda) e fauna (mico-estrela, macaco-prego, saracura, jacu) originais da Mata Atlântica regional, que podem ser observados nas trilhas.<ref name="Idas_Parques">{{citar web|url=http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/belohorizonte/port/listaparques.asp |título=Principais Parques de Belo Horizonte |autor=Idas Brasil |acessodata=17 de fevereiro de 2011}}</ref>

Muitos destes parques são de responsabilidade do governo municipal. A Prefeitura de Belo Horizonte criou em 1983 a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com atribuições relativas à gestão da política ambiental do município, onde estão incluídas as funções de licenciamento, fiscalização, desenvolvimento e educação ambiental, além da administração dos parques, praças e jardins. Em 1985 foi instituído o Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM), órgão colegiado, com função normativa e deliberativa, composto por representantes de diversos setores da sociedade.<ref>{{citar web|url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=meioambiente&tax=11025&lang=pt_BR&pg=5700&taxp=0& |título=Parceria Verde |autor=Prefeitura |acessodata=17 de fevereiro de 2011}}</ref>

Belo Horizonte é uma das capitais mais arborizadas do país, sendo este um dos motivos de ter recebido o título de "''Cidade Jardim''". São aproximadamente 560 mil árvores na área urbana, número que sobe para dois milhões, quando considerados os parques e áreas de preservação. Ao todo são 27 parques, acrescentando-se cerca de 500 praças e diversas áreas verdes.<ref>{{citar web |url=http://portal5.pbh.gov.br/por/pracas_parques.php |título=Belo Horizonte: a arte de viver |autor=Belotur |acessodata=17 de fevereiro de 2011 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155857/http://portal5.pbh.gov.br/por/pracas_parques.php|urlmorta= sim}}</ref> A capital mineira possui o dobro do recomendado pela [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS) de áreas verdes.<ref>{{citar web|url=http://www.brasilchannel.com.br/capitais/index.asp?nome=Belo+Horizonte |título=Belo Horizonte - MG |autor=Brasil Channel |acessodata=17 de fevereiro de 2011}}</ref> Apesar disso, o município preserva pouco de sua vegetação original e, como ocorre em toda a região metropolitana, grande parte dos ambientes naturais foram extensamente modificados pelo homem. O [[desflorestação|desmatamento]] decorrente da expansão urbana muito colaborou com a destruição da [[Mata Atlântica]] de Belo Horizonte,<ref>{{citar web|url=http://www.verdemata.com.br/index.php/noticias/ief-e-acusado-de-desmate-ilegal-em-area-protegida/ |título=IEF é acusado de desmate ilegal em área protegida |autor=Verde Mata Engenharia Ambiental LTDA |data=14 de fevereiro de 2011 |acessodata=17 de fevereiro de 2011}}</ref> [[bioma]] onde a cidade está localizada.<ref>{{citar web |url=http://marcosbau.com/geobrasil-2/biomas-brasileiros/ |título=Biomas Brasileiros - Mata Atlântica e zona costeira |data=14 de fevereiro de 2011 |acessodata=17 de fevereiro de 2011 |arquivodata=24 de novembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20101124032929/http://marcosbau.com/geobrasil-2/biomas-brasileiros/|urlmorta= sim}}</ref>

Com o desenvolvimento industrial, também houve uma grande piora na qualidade do ar nos últimos anos. A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) é a que mais emite [[ozônio]] no Brasil, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE. Enquanto o padrão do [[Conselho Nacional do Meio Ambiente]] (CONAMA) é de emissão de 160&nbsp;mg/m³ por ano, a RMBH emite anualmente cerca de 300&nbsp;mg/m³, ganhando até mesmo de [[São Paulo]], com 279&nbsp;mg/m³.<ref>{{citar web |url=http://www.revistaviverbrasil.com.br/52/materias/01/meio-ambiente/contrapartida-ambiental/ |título=Contrapartida ambiental |autor=Terezinha Moreira |publicado=Revista Viver Brasil |acessodata=17 de fevereiro de 2011 |arquivodata=2 de novembro de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121102141717/http://www.revistaviverbrasil.com.br/52/materias/01/meio-ambiente/contrapartida-ambiental/|urlmorta= sim}}</ref>

=== Clima ===
[[Imagem:Tempestade BH.jpg|thumb|esquerda|Tempestade chegando à cidade]]

O [[clima]] de Belo Horizonte é classificado como [[Clima tropical com estação seca|tropical com estação seca]] (''Aw'', segundo [[Classificação climática de Köppen-Geiger|Köppen]]). A temperatura média anual é de 22&nbsp;°C; o verão é moderadamente quente, com elevada precipitação, enquanto o inverno é agradável, praticamente sem precipitação. Ao longo do ano, normalmente, a temperatura mínima nos meses mais frios é de 15&nbsp;°C e a temperatura máxima nos meses mais quentes é de 29&nbsp;°C.<ref>{{Citar web |url=https://www.climatempo.com.br/climatologia/107/belohorizonte-mg |titulo=Climatologia de Belo Horizonte |acessodata=2020-11-24 |website=Climatempo}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://pt.weatherspark.com/y/30612/Clima-caracter%C3%ADstico-em-Belo-Horizonte-Brasil-durante-o-ano|titulo=Clima, condições meteorológicas e temperatura média por mês de Belo Horizonte (Brasil) - Weather Spark|acessodata=2022-03-28|website=pt.weatherspark.com|lingua=pt}}</ref> O efeito da [[urbanização]] tem provocado o surgimento de [[Ilha de calor|ilhas de calor]] e alterações na circulação das massas de ar frio, que, durante o inverno, têm sido fortemente bloqueadas pela alta pressão da massa de ar seco, predominante nessa época do ano.<ref>{{citar web|url=http://impresso.em.com.br/app/capas/2014/10/15/capa,873/capa-15-10.shtml|título=Tempo quente|data=15 de outubro de 2014|publicado=Estado de Minas|acessodata=8 de julho de 2015|arquivourl=https://archive.is/EBYA0|arquivodata=8 de julho de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://sites.uai.com.br/app/noticia/encontrobh/atualidades/2013/10/30/noticia_atualidades,146212/centro-de-bh-uma-ilha-de-calor.shtml|título=Centro de BH: uma ilha de calor|autor=Fernanda Nazaré|data=30 de outubro de 2013|acessodata=8 de julho de 2015}}</ref> A [[Serra do Curral]] protege Belo Horizonte dos [[vento]]s mais fortes,<ref>{{citar web|url=http://www.clinicavilara.com.br/bh-informacoes-gerais/|título=BH informações gerais|acessodata=8 de julho de 2015}}</ref> mesmo assim podem ocorrer episódios de forte ventania, com rajadas próximas aos 100&nbsp;km/h.<ref>{{citar web|url=http://noticias.r7.com/cidades/noticias/chuva-de-granizo-e-ventos-de-80-km/h-atingem-a-grande-belo-horizonte-20110228.html |título=Chuva de granizo e ventos de 80 km/h atingem a Grande Belo Horizonte |autor=R7 |data=28 de fevereiro de 2011 |acessodata=12 de agosto de 2011}}</ref>

{{Maiores acumulados de precipitação em Belo Horizonte|float=right}}

As [[Precipitação (meteorologia)|precipitações]] ocorrem sob a forma de [[chuva]] e, em algumas ocasiões, de [[granizo]], podendo serem de forte intensidade e ainda virem acompanhadas de [[Raio (meteorologia)|raios]] e [[trovoada]]s.<ref>{{citar web|url=http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/03/30/interna_gerais,632725/chuva-forte-derruba-arvores-em-belo-horizonte.shtml|título=Chuva de granizo derruba árvores e complica trânsito em Belo Horizonte|autor1=PASSOS, Rafael|autor2=VALE, João Henrique|autor3=CRUZ, Luana|data=30-03-2015|acessodata=08-07-2015}}</ref> O [[índice pluviométrico]] é de cerca de {{fmtn|1580}} milímetros (mm) anuais,<ref name="NCB-INMET"/> com maior frequência nos meses de outubro a março. Em algumas tardes, especialmente no [[inverno]], a [[umidade relativa do ar]] (URA) despenca, podendo ficar abaixo de 30%, bem abaixo dos 60% recomendados pela [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS).<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2014/08/baixa-umidade-relativa-do-ar-deixa-belo-horizonte-em-estado-de-alerta.html|título=Baixa umidade relativa do ar deixa Belo Horizonte em estado de alerta|data=19 de agosto de 2014|publicado=G1|acessodata=8 de julho de 2015}}</ref> Estudos realizados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostram que, em um século, a média desse índice diminuiu 9,56% e a temperatura média da cidade subiu {{fmtn|1.5|°C}}.<ref>{{citar web|url=http://noticias.r7.com/cidades/noticias/belo-horizonte-esta-mais-quente-e-mais-seca-diz-ufmg-20100919.html |título=Belo Horizonte está mais quente e mais seca, diz pesquisa da UFMG |autor=Jornal Hoje em Dia |data=19 de setembro de 2010 |publicado=R7 |acessodata=17 de fevereiro de 2011 |arquivourl=https://archive.is/jWMDj |arquivodata=27 de abril de 2013}}</ref>

Segundo dados da [[estação meteorológica]] oficial do [[Instituto Nacional de Meteorologia]] (INMET) no município, hoje localizada no bairro Santo Agostinho, desde 1931 a menor [[temperatura]] registrada em Belo Horizonte foi de {{fmtn|3.1|°C}} em 1 de junho de 1979,<ref name="bdmep.inmet.gov.br"/><ref name="Estação: BELO HORIZONTE (83587)"/> porém o recorde mínimo absoluto desde março de 1910 foi de {{fmtn|2.2|°C}} em 11 de julho daquele ano.<ref>{{Citar periódico|autor=[[Fundação João Pinheiro]] (FJP) |ano=1994 |título=Anuário Estatístico de Minas Gerais 1990-1993 |jornal=Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral |página=54–55 |issn=0101-7918 |url=http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/consulta/verDocumento.php?iCodigo=51563 |volume=8 |local=Belo Horizonte-MG |acessadoem=10 de março de 2019 |wayb=20190310025606}}</ref> A máxima histórica, nesse ponto de medição, atingiu {{fmtn|37.5|°C}} em 25 de setembro de 2023.<ref name="bdmep.inmet.gov.br"/><ref name="Estação: BELO HORIZONTE (83587)"/> Na mesma data, a [[estação meteorológica automática]] do INMET situada no ''campus'' da UFMG da Pampulha, em operação desde outubro de 2006, registrou máxima de {{fmtn|38.6|°C}}.<ref name="bdmep.inmet.gov.br"/><ref name="Estação: PAMPULHA (A521)">{{citar web|URL=https://tempo.inmet.gov.br/TabelaEstacoes/A521 |título=Estação: PAMPULHA (A521) |autor=INMET |acessodata=14-02-2021}}</ref><ref name="Gráficos-INMET-A521-Pampulha-MG">{{citar web|URL=https://tempo.inmet.gov.br/GraficosDiarios/A521 |título=Gráficos |autor=INMET |acessodata=14-02-2021}}</ref>

O maior acumulado de precipitação em 24 horas chegou a {{fmtn|171.8|mm}} em 24 de janeiro de 2020, superando os {{fmtn|164.2|mm}} registrados em 14 de fevereiro de 1978. O maior acumulado mensal foi de {{fmtn|934.7|mm}} em janeiro de 2020, batendo o recorde anterior de {{fmtn|850.3|mm}} em janeiro de 1985. O menor índice de URA foi de 10% na tarde de 12 de outubro de 2014.<ref name="bdmep.inmet.gov.br"/><ref name="Estação: BELO HORIZONTE (83587)"/> De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica do [[Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais]] (ELAT/INPE), o município apresenta uma densidade de descargas de 6,01 raios por km²/ano, estando na 65ª posição a nível estadual e na {{fmtn|1200}}ª a nível nacional.<ref>{{citar web|URL=http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/noticias/ranking.de.municipios.php|título=Ranking de municípios|autor=[[Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais]] (INPE)|publicado=Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT)|acessodata=22-07-2020}}</ref>
{{Tabela climática de Belo Horizonte}}

== Demografia ==
{{Artigo principal|Demografia de Belo Horizonte}}
[[Imagem:Belo Horizonte at night.jpg|thumb|[[Imagem de satélite]] parcial da [[Região Metropolitana de Belo Horizonte]] à noite, registrada pela [[Estação Espacial Internacional]]]]
{{Evolução demográfica de Belo Horizonte}}

A população do município em 2010, de acordo com o IBGE, era de {{fmtn|2375151}} habitantes,<ref>[https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/belo-horizonte/pesquisa/23/25207 Belo Horizonte]</ref> sendo o [[Lista de municípios de Minas Gerais por população|município mais populoso de Minas Gerais]] e o [[Lista de municípios do Brasil por população|sexto do Brasil]], atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, [[Salvador]], [[Fortaleza]] e, mais recentemente, [[Brasília]], apresentando uma [[Densidade populacional|densidade demográfica]] de {{fmtn|7167.02|hab./km²}} e uma [[taxa de urbanização]] de 100%.<ref name="IBGE_Pop_2010">{{citar web|url=http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=31&dados=1|título=Tabela 2.1 - População residente, total, urbana total e urbana na sede municipal, em números absolutos e relativos, com indicação da área total e densidade demográfica, segundo as Unidades da Federação e os municípios – 2010|data=2010|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=16 de janeiro de 2014}}</ref> Isso não se deve à área do município, mas à saturação das áreas disponíveis, o que tem incentivado fortemente a verticalização das construções no município e a especulação imobiliária nas cidades da região metropolitana mais próximas da capital, como [[Nova Lima]], [[Santa Luzia (Minas Gerais)|Santa Luzia]] e [[Contagem]], entre outras.<ref>{{citar web|url=http://www.iclei.org.br/polics/CD/P1/7_Inventarios_GEEs/PDF13_Belo_Horizonte.pdf|título=Inventário Municipal da Emissão de Gases do Efeito Estufa|data=2000–2007|publicado=Local Government Sustentability|acessodata=5 de fevereiro de 2014|arquivodata=13 de agosto de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120813163344/http://www.iclei.org.br/polics/CD/P1/7_Inventarios_GEEs/PDF13_Belo_Horizonte.pdf|urlmorta= sim}}</ref>

Da população total, {{fmtn|1113513}} habitantes eram do [[sexo masculino]] (46,88%) e {{fmtn|1261638}} do [[sexo feminino]] (53,12%), com uma [[razão sexual]] de 88,26. Quanto à [[faixa etária]], {{fmtn|452963}} pessoas tinham menos de 15 anos (19,07%), {{fmtn|1716194}} entre 15 e 64 anos (72,26%) e {{fmtn|205994}} possuíam 65 anos ou mais (8,67%).<ref>{{citar web|url=http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=31&dados=2R|título=Razão de sexo, população de homens e mulheres, segundo os municípios – 2010|data=2010|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=5 de fevereiro de 2014}}</ref><ref name="Atlas_BH">{{citar web|url=http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/belo-horizonte_mg|título=Perfil do município de Belo Horizonte, MG|data=2013|publicado=Atlas Brasil|acessodata=5 de fevereiro de 2014}}</ref>

O processo de [[conurbação]] na chamada ''Grande BH'' vem criando uma [[metrópole]] cujo centro está em Belo Horizonte e atinge os municípios de [[Contagem]], [[Betim]], [[Nova Lima]], Ribeirão das Neves, Santa Luzia, [[Ibirité]], Vespasiano e [[Sabará]]. A [[Região Metropolitana de Belo Horizonte]] (RMBH) foi criada no ano de 1973 e é constituída por 34 [[município]]s, sendo atualmente a terceira maior aglomeração urbana do Brasil, atrás apenas das de [[Região Metropolitana de São Paulo|São Paulo]] e [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]]; o 62º maior aglomerado urbano do mundo e o sétimo da América Latina (atrás da [[Cidade do México]], São Paulo, Rio de Janeiro, [[Buenos Aires]], [[Bogotá]] e [[Lima]]).<ref name="wg">{{citar web|url=http://bevoelkerungsstatistik.de/wg.php?x=1132419689&men=gcis&lng=de&gln=xx&dat=32&srt=pnan&col=aohdq&pt=a&va=x |título=Welt: Ballungsräume |autor=World Gazetteer |acessodata=18 de fevereiro de 2011 |língua=Alemão}}</ref>

=== Desenvolvimento humano ===
O [[Índice de Desenvolvimento Humano]] (IDH-M) do município é considerado alto, de acordo com dados do [[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento]] (PNUD). Segundo dados do relatório de 2010, divulgados em 2013, seu valor era de 0,810, sendo o [[Lista de municípios de Minas Gerais por IDH-M|segundo maior de Minas Gerais]], depois de Nova Lima (0,813), e o vigésimo do Brasil. Considerando-se apenas o índice de longevidade, seu valor é de 0,856, o valor do índice de renda é de 0,841 e o de educação é de 0,737.<ref name="Atlas_BH"/><ref name="PNUD_IDH_2010"/>
[[Imagem:Favelas às margens da Av. Presidente Antônio Carlos, Belo Horizonte MG.jpg|thumb|esquerda|A [[Avenida Presidente Antônio Carlos]], importante via de Belo Horizonte, cercada por [[favelas]]]]

De 2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar ''per capita'' de até 140 reais reduziu em 59,3%. Em 2010, 95,6% da população vivia acima da [[linha de pobreza]], 3% encontrava-se entre as linhas de indigência e de pobreza e 1,4% estava abaixo da linha de pobreza.<ref name="ODM_1">{{citar web |url=http://www.portalodm.com.br/relatorios/1-acabar-com-a-fome-e-a-miseria/mg/belo-horizonte |título=1 - acabar com a fome e a miséria |publicado=Portal ODM |data=2010 |acessodata=18 de janeiro de 2014|arquivourl= https://archive.is/7sUVG|arquivodata= 05-02-2014|urlmorta= sim}}</ref> No mesmo ano, o [[índice de Gini]] era de 0,60 e os 20% mais ricos eram responsáveis por 65% no rendimento total municipal, valor quase 23 vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de 2,85%.<ref name="Atlas_BH"/>

Segundo dados do início da década de 1990, Belo Horizonte possuía 132 [[favela]]s, que ocupavam uma área de {{fmtn|10046575|m²}} e abrigavam uma população de 346&nbsp;480 habitantes. O surgimento dessas favelas ocorreu junto com a criação da cidade. Os trabalhadores que foram para Belo Horizonte com objetivo de construir a cidade moravam precariamente em acampamentos, canteiros de obras, favelas, vilas e aglomerados. Os operários que não foram contemplados com lotes, como foram os funcionários públicos e comerciantes daquela época, organizavam-se naqueles terrenos.<ref>{{citar web |url=http://www.favelaeissoai.com.br/noticias.php?cod=14 |título=A Capital das Minas e a Favela |autor=Favela é Isso Aí.com |acessodata=18 de fevereiro de 2011 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706152335/http://www.favelaeissoai.com.br/noticias.php?cod=14|urlmorta= sim}}</ref>

=== Composição étnica e fluxos migratórios ===
Belo Horizonte é uma cidade [[multirracial]], fruto de intensa [[Migração humana|migração]]. O seu povoamento foi efetuado de forma gradual principalmente por migrantes atraídos do interior mineiro, além de outras regiões de outros estados e imigrantes oriundos de várias partes da [[Europa]].<ref name="sppers">BRITO, Fausto; SOUZA, Joseane de. Expansão urbana nas grandes metrópoles: o significado das migrações intrametropolitanas e da mobilidade pendular na reprodução da pobreza. ''São Paulo em Perspectiva'',  São Paulo, v.19, n.4, Dec. 2005.</ref><ref>LOPES, Mirtes Esteves. ''O Imigrante Português em Belo Horizonte e o centro da comunidade luso-brasileira (1897 - 1930)''. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003. p.50-53.</ref> Vieram [[brancos]], [[negros]] e [[mestiço]]s de diversas origens, o que contribuiu para o equilíbrio entre o número de pessoas brancas, pardas e pretas. Segundo o [[censo demográfico|censo]] de 2010 do IBGE, em pesquisa de autodeclaração, dos {{fmtn|2375151}} habitantes da cidade, existiam {{fmtn|1101397}} [[brancos]] (46,37%), {{fmtn|1000021}} [[pardos]] (42,1%), {{fmtn|243985}} [[pretos]] (10,27%), {{fmtn|25606}} [[amarelos]] (1,08%), {{fmtn|3958}} [[indígenas]] (0,17%) e 184 sem declaração (0,01%).<ref name="SIDRA_Etnias">{{citar web |url=http://sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=2094&i=P&nome=on&qtu8=137&qtu14=3&notarodape=on&tab=2094&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=3&poc133=1&OpcTipoNivt=1&opn1=0&nivt=0&orc86=3&orp=5&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&poc86=2&opc133=1&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&orc133=4&qtu2=5&qtu15=3&sev=93&opc86=2&sec133=0&opp=f1&opn3=0&qtu6=5565&opn13=0&sec86=0&ascendente=on&sep=38559&orn=1&qtu7=36&pon=1&qtu9=558&opn6=3&digt6=Belo+Horizonte&OpcCara=44&proc=1&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&opn7=0&decm=99 |publicado=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |titulo=Tabela 2094 – Religião = Total |data=2010 |acessodata=5 de fevereiro de 2014}}</ref>

{{Imagem múltipla
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 | image1    = Formatura CMRR.JPG
 | caption1  = A população belo-horizontina é marcada pela miscigenação étnica; na imagem, um grupo de estudantes de escolas públicas da cidade

 | image2    = Parque Ecológico da Pampulha Jani Pereira (6).jpg
 | caption2  = Memorial da Imigração Japonesa, dentro do [[Parque Ecológico da Pampulha]]
}}
No mesmo ano, {{fmtn|2369063}} habitantes eram [[brasileiros]] (99,74%), sendo {{fmtn|2367032}} [[Brasileiros natos|natos]] (99,66%) e {{fmtn|2030}} naturalizados brasileiros (0,08%), e {{fmtn|6088}} eram estrangeiros (0,26%).<ref>{{citar web|url=http://sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=1497&i=P&orc302=3&nome=on&qtu8=137&qtu14=3&notarodape=on&tab=1497&opc302=2&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=3&OpcTipoNivt=1&opn1=0&nivt=0&orp=4&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&qtu2=5&qtu15=3&sev=93&opp=f1&opn3=0&qtu6=5565&opn13=0&poc302=2&opn7=0&decm=99&sec302=0&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&sep=33141&orn=1&qtu7=36&pon=1&qtu9=558&opn6=3&digt6=Belo+Horizonte&OpcCara=44&proc=1|título=Tabela 1497 - População residente, por nacionalidade - Resultados Gerais da Amostra|data=2010|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=5 de fevereiro de 2014}}</ref> Em relação à [[Regiões do Brasil|região]] de nascimento, {{fmtn|2286791}} eram nascidos no [[Região Sudeste do Brasil|Região Sudeste]] (96,28%), {{fmtn|46870}} no [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]] (1,97%), {{fmtn|9770}} no [[Região Centro-Oeste do Brasil|Centro-Oeste]] (0,41%), {{fmtn|8775}} no [[Região Sul do Brasil|Sul]] (0,37%) e {{fmtn|5329}} no [[Região Norte do Brasil|Norte]] (0,22%). {{fmtn|2226569}} habitantes eram naturais do estado de Minas Gerais (93,74%) e, desse total, {{fmtn|1584970}} eram nascidos em Belo Horizonte (66,72%). Entre os {{fmtn|148582}} naturais de outras unidades da federação (33,46%), [[São Paulo (estado)|São Paulo]] era o estado com maior presença, com {{fmtn|27322}} habitantes residentes (1,15%), seguido pelo [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], com {{fmtn|18795}} habitantes (0,79%) e pelo [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], com {{fmtn|14105}} residentes (0,59%).<ref>{{citar web|url=http://sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=631&i=P&opc183=2&nome=on&qtu8=137&qtu14=3&notarodape=on&tab=631&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=3&poc2=1&OpcTipoNivt=1&opn1=0&nivt=0&orp=5&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&opc2=1&orc183=4&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&orc2=3&qtu2=5&qtu15=3&sev=93&sec2=0&opp=f1&opn3=0&qtu6=5565&opn13=0&poc183=2&ascendente=on&sep=24929&orn=1&qtu7=36&sec183=0&pon=1&qtu9=558&opn6=3&digt6=Belo+Horizonte&OpcCara=44&proc=1&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&opn7=0&decm=99|título=Tabela 631 - População residente, por sexo e lugar de nascimento|data=2010|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=5 de fevereiro de 2014}}</ref><ref>{{citar web|url=http://sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=1505&i=P&nome=on&qtu8=137&qtu14=3&notarodape=on&tab=1505&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=3&OpcTipoNivt=1&opn1=0&nivt=0&orp=4&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&qtu2=5&qtu15=3&sev=93&sec12017=0&opp=f1&opn3=0&qtu6=5565&opn13=0&opc12017=2&poc12017=2&sep=33142&orn=1&qtu7=36&orc12017=3&opn7=0&decm=99&pon=1&qtu9=558&opn6=3&digt6=Belo+Horizonte&OpcCara=44&proc=1&qtu1=1&opn9=0&cabec=on|título=Tabela 1505 - População residente, por naturalidade em relação ao município e à unidade da federação - Resultados Gerais da Amostra|data=2010|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=5 de fevereiro de 2013}}</ref>

Um estudo genético realizado com pessoas de Belo Horizonte revelou que a ancestralidade dos belo-horizontinos é 66% europeia, 32% africana e apenas 2% indígena. O estudou condiz com o passado de ocupação do estado de Minas Gerais e de sua capital. O estado foi povoado sobretudo no século XVIII, quando houve uma grande imigração portuguesa para a região. Naquele século chegaram ao Brasil aproximadamente seiscentos mil portugueses, a esmagadora maioria deles se fixou na região mineradora. No mesmo período houve um enorme fluxo de escravos de origem africana para as minas, advindos de [[Angola]] ou trazidos da [[Bahia]], estes sendo originários de outra região africana, a denominada [[Costa da Mina]]. Também houve afluxo de pessoas de outras regiões do Brasil, portanto já miscigenadas entre brancos, negros e índios. Os indígenas de Minas Gerais foram massacrados durante a colonização, e isso explica porque atualmente os belo-horizontinos possuem tão baixa ancestralidade indígena. Houve portanto grande miscigenação entre portugueses e africanos, com o predomínio dos primeiros.<ref name="estudo genético">{{citar web|url=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp057440.pdf |título=Estudos sobre a história da população de Belo Horizonte e de uma população rural afrodescendente utilizando microssatélites |autor=dominiopublico.gov |acessodata=22 de fevereiro de 2011}}</ref>

Belo Horizonte foi povoada por migrantes oriundos do interior de Minas. O grande afluxo de colonos portugueses no século XVIII formou o grupo mais importante na formação da população mineira, inclusive do belo-horizontino, seguido pela contribuição do escravo africano que foi também bastante grande. No século XIX houve movimentos migratórios de alemães para Minas Gerais, mas sobretudo de italianos, que eram numerosos em Belo Horizonte. O Anuário Estatístico do Brasil de 1908-1912 aponta que a população belo-horizontina em 1900 era de 13 472 pessoas, e em 1912 de 38 822 pessoas, sendo que 34 450 brasileiros e 4 372 estrangeiros (Anuário Estatístico de Minas Gerais 1921, 1925). O recenseamento de 1920 conta 50 703 brasileiros e 4 824 estrangeiros como moradores de Belo Horizonte, a maioria deles italianos.<ref name="estudo genético"/>

A população de Belo Horizonte é, portanto, bastante miscigenada, havendo um predomínio de ancestralidade europeia (66%), principalmente de antigos colonos portugueses do século XVIII e em menor medida de imigrantes italianos do final do século XIX. Em seguida vem a contribuição africana (33%), sobretudo do século XVIII quando Minas Gerais tinha a maior população escrava de todo o Brasil. Por último uma mínima contribuição indígena (2%), como dos Maxakalí, Krenak, Aranã e Xacriabá, que na região viviam durante o período colonial e foram exterminados, deixando poucos traços para a população de Belo Horizonte.<ref name="estudo genético"/>

=== Religião ===
[[Imagem:Igreja Metodista Izabela Hendrix, Belo Horizonte, Brasil.JPG|thumb|esquerda|Igreja Metodista Izabela Hendrix]]

De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Belo Horizonte é composta majoritariamente por {{fmtn|1422084}} [[Igreja Católica Apostólica Romana|católicos]] (59,87%), {{fmtn|595244}} [[Protestantismo|evangélicos]] (25,06%), {{fmtn|190414}} pessoas [[sem religião]] (8,02%) e {{fmtn|96639}} [[Espiritismo|espíritas]] (4,07%). Há também {{fmtn|14944}} [[testemunhas de Jeová]] (0,63%), {{fmtn|3352}} [[Igreja Católica Apostólica Brasileira|católicos apostólicos brasileiros]] (0,14%), {{fmtn|2869}} esotéricos (0,12%), {{fmtn|2581}} [[Budismo|budistas]], {{fmtn|2150}} [[Umbanda|umbandistas]] (0,09%), {{fmtn|1909}} [[Espiritualismo|espiritualistas]] (0,08%), {{fmtn|1717}} seguidores de novas religiões orientais (0,07%), {{fmtn|1567}} [[Igreja Católica Ortodoxa|católicos ortodoxos]] (0,07%), {{fmtn|1561}} [[A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias|mórmons]] (0,07%), {{fmtn|1494}} [[Candomblé|candomblecistas]] (0,06%), {{fmtn|1384}} [[Judaísmo|judaístas]] (0,06%), 259 seguidores de tradições indígenas (0,01%), 244 [[Islamismo|islâmicos]] (0,01%), 238 [[Hinduísmo|hinduístas]] (0,01%) e 121 pertencentes a outras [[religiões afro-brasileiras]] (0,01%). Outros {{fmtn|19859}} pertenciam a outras religiões cristãs (0,84%), {{fmtn|10639}} tinham religião não determinada ou com múltiplo pertencimento (0,45%), {{fmtn|2997}} não souberam e 730 não declararam.<ref>{{citar web|url=http://sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=2094&i=P&nome=on&qtu8=137&qtu14=3&notarodape=on&tab=2094&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=3&poc133=2&OpcTipoNivt=1&opn1=0&nivt=0&orc86=3&orp=5&qtu3=27&qtu13=47&opv=2&poc86=1&opc133=2&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&orc133=4&qtu2=5&qtu15=3&sev=93&opc86=1&sec133=0&opp=f1&opn3=0&qtu6=5565&opn13=0&sec86=0&ascendente=on&sep=38559&orn=1&qtu7=36&pon=1&qtu9=558&opn6=3&digt6=Belo+Horizonte&OpcCara=44&proc=1&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&opn7=0&decm=99|título=Tabela 2094 - Religião - Total|data=2010|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=5 de fevereiro de 2013}}</ref>


A [[Igreja Católica]] inclui o território do município de Belo Horizonte e mais 28 municípios na circunscrição eclesiástica da [[Arquidiocese de Belo Horizonte]], que possui como dioceses sufragâneas [[Diocese de Divinópolis|Divinópolis]], [[Diocese de Luz|Luz]], [[Diocese de Oliveira|Oliveira]] e [[Diocese de Sete Lagoas|Sete Lagoas]]. A sé arquiepiscopal está na [[Catedral da Boa Viagem|Catedral da Nossa Senhora da Boa Viagem]]. Algumas das igrejas belo-horizontinas possuem grande valor artístico, com destaque para a [[Igreja São Francisco de Assis (Belo Horizonte)|Igreja São Francisco de Assis]], na [[Pampulha]]. O [[projeto arquitetônico]] da igreja é de [[Oscar Niemeyer]] e cálculo estrutural de [[Joaquim Cardoso]]. Seu interior abriga a Via Sacra, constituída por catorze painéis de [[Cândido Portinari]], considerada uma de suas obras mais significativas. Os painéis externos são de Cândido Portinari (painel figurativo) e de [[Paulo Werneck]] (painel abstrato). Os jardins são assinados por [[Roberto Burle Marx|Burle Marx]]. [[Alfredo Ceschiatti]] esculpiu os baixos-relevos em bronze do batistério. Outros santuários que merecem ser destacados são a [[Basílica de Nossa Senhora de Lourdes]] com seu estilo [[neogótico]], no bairro de [[Lourdes (Belo Horizonte)|Lourdes]]; a [[Igreja São José (Belo Horizonte)|Igreja São José]], no [[Centro (Belo Horizonte)|hipercentro]] e a Igreja São Judas Tadeu, no [[bairro da Graça]]. A Igreja Católica reconhece como [[Orago|padroeira]] da cidade [[Nossa Senhora da Boa Viagem]].<ref>{{citar web |publicado=Uai |url=http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2008/08/14/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=75518/em_noticia_interna.shtml |titulo=Fiéis preparam homenagem à padroeira de BH |acessodata=21 de janeiro de 2009}}</ref>

== Política ==

=== Governo municipal ===
{{AP|Política e administração pública de Belo Horizonte}}
{{VT|Lista de prefeitos de Belo Horizonte}}

[[Ficheiro:Prefeitura de Belo Horizonte .JPG|thumb|esquerda|upright|[[Prefeitura de Belo Horizonte]], no [[Centro (Belo Horizonte)|centro da cidade]]]]

O [[poder executivo]] do município de Belo Horizonte é representado pelo [[prefeitura (Brasil)|prefeito]] e seu gabinete de [[Secretário de Estado|secretário]]s, em observância ao disposto na [[Constituição brasileira de 1988|Constituição Federal]].<ref name="DJI_Artigo">{{citar web |url=http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf029a031.htm |autor=DJI |titulo=Constituição Federal - CF - 1988 / Art. 29 |acessodata=18 de fevereiro de 2011 |arquivodata=14 de outubro de 2011 |arquivourl=https://www.webcitation.org/62Qleqflq?url=http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf029a031.htm|urlmorta= sim}}</ref> A [[Lei Orgânica]] do Município, promulgada em 21 de março de 1990, determina que a ação administrativa do poder executivo seja organizada segundo os critérios de descentralização, regionalização e participação popular, o que faz com que a cidade seja dividida em nove grandes regiões administrativas, cada uma das secretarias de administração regional funcionando como miniprefeituras e liderada por um secretário nomeado pelo [[prefeito]].<ref>{{citar web|url=http://www.cmbh.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2665&Itemid=351 |título=Lei Orgânica |autor=Câmara de Belo Horizonte |acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref>

O [[poder legislativo]] é representado pela [[Câmara Municipal de Belo Horizonte|câmara municipal]], composta por 41 vereadores eleitos para cargos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo de 33 e máximo de 41 para municípios com mais de um [[milhão]] e menos de cinco milhões de habitantes).<ref name="DJI_Artigo"/> Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo. Uma atribuição importante da câmara municipal é votar e aprovar a [[Lei Orçamentária Anual]] (LOA) elaborada pelo Executivo seguindo as diretrizes da [[Lei de Diretrizes Orçamentárias]] (LDO) e os objetivos e metas propostos no [[Plano Plurianual]] (PPA). Devido ao poder de veto do prefeito, em períodos de conflito entre o Executivo e o Legislativo, o processo de votação deste tipo de lei costuma gerar polêmica.<ref name="DJI_Artigo"/>

Existem também uma série de ''conselhos municipais'' em atividade, sendo alguns dos conselhos municipais atualmente em atividade: Pessoas com Deficiência, Idoso, Defesa do Consumidor, Direitos da Mulher, Antidrogas, Saúde Educação, Assistência Social, Meio Ambiente, Juventude, Defesa Social, da Criança e do Adolescente, dentre outros.<ref>{{citar web| url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=salacidadao&tax=16464&lang=pt_BR&pg=5302&taxp=0& | titulo=Conselhos Municipais: Conselhos contribuem para as ações prioritárias | autor=Prefeitura de Belo Horizonte |acessodata=21 de julho de 2009}}</ref>

=== Governos estadual e federal ===
{{AP|Governo do Estado de Minas Gerais}}
[[Imagem:Cidade_Administrativa_MG_3.jpg|thumb|[[Cidade Administrativa de Minas Gerais#Palácio Tiradentes|Palácio Tiradentes]], na [[Cidade Administrativa de Minas Gerais]]]]

O [[Palácio da Liberdade]] foi a primeira sede do governo mineiro em Belo Horizonte,<ref>{{citar web|URL=http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/turismo/5677-a-capital/25817-a-cidade-de-belo-horizonte/5146/5044 |título=A cidade |autor=Governo de Minas Gerais |acessodata=23 de dezembro de 2013}}</ref> que desde 2010 funciona no [[Cidade Administrativa de Minas Gerais#Palácio Tiradentes|Palácio Tiradentes]], localizado na [[Cidade Administrativa de Minas Gerais]].<ref>{{citar web |URL=http://www.codemig.com.br/site/content/parcerias/projetos.asp?id=25 |título=Cidade Administrativa |autor=Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) |data=23 de novembro de 2011 |acessodata=1º de junho de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131205200508/http://www.codemig.com.br/site/content/parcerias/projetos.asp?id=25# |arquivodata=5 de dezembro de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> O [[poder legislativo]] mineiro é constituído pela [[Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais]], que tem sede no [[Palácio da Inconfidência]]. A mais alta corte do [[poder judiciário]] mineiro é o [[Tribunal de Justiça de Minas Gerais]] (TJMG).<ref>{{citar web |url=http://www.tjmg.jus.br/portal/conheca-o-tjmg/a-justica/competencias/#.UrhAFdJDsTk |título=Competência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais |autor=Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) |acessodata=23 de dezembro de 2013 |arquivodata=22 de abril de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170422052757/http://www.tjmg.jus.br/portal/conheca-o-tjmg/a-justica/competencias/#.UrhAFdJDsTk|urlmorta= sim}}</ref>

Grandes articulações de impacto nacional foram e são realizadas em lugares como o [[Palácio da Liberdade]], o Café Pérola e o Café Nice. Vários prefeitos de Belo Horizonte vieram a se tornar governadores do estado e dois foram [[presidente]]s da República, [[Venceslau Brás Pereira Gomes]] e [[Juscelino Kubitschek de Oliveira]]. [[Antônio Carlos Ribeiro de Andrada (III)|Antônio Carlos Ribeiro de Andrada]], prefeito de Belo Horizonte e presidente do estado, à época da [[República Velha]], foi o principal articulador da candidatura à presidência de [[Getúlio Vargas]] e da [[Revolução de 1930]].<ref>MASSENA, Nestor. ''Barbacena - A Terra e o Homem'' (Primeira Parte). Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1985, pg. 123.</ref> A cidade também é a terra natal da [[Presidente do Brasil|ex-presidente da república]], [[Dilma Rousseff]], além de ser uma referência nacional em [[Orçamento Participativo]].<ref>{{citar web| url=http://www.op-portugal.org/downloads/OP%20em%20Belo%20Horizonte.pdf| titulo=OP em Belo Horizonte | autor=Prefeitura de Belo Horizonte |acessodata=21 de julho de 2008}}</ref>

=== Cidades-irmãs ===
A política das ''cidades-irmãs'' procura incentivar o intercâmbio entre cidades que têm algo em comum com Belo Horizonte. A troca de informações e o aumento do [[comércio]] entre elas são meios de tornar as cidades-irmãs mais próximas. Belo Horizonte possui 16 [[Geminação de cidades|cidades-irmãs]], que são:<ref name="sisterbh">{{citar web |url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=relacoesinternacionais&tax=11465&lang=pt_BR&pg=5781&taxp=0& |titulo= Relações Internacionais - Cidades-irmãs |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Prefeitura Municipal de Belo Horizonte}}</ref>

{{dividir em colunas|cols=3}}
* {{EUAb}} '''[[Austin]]''', [[Estados Unidos]] (1965)<ref>http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=relacoesinternacionais&tax=11465&lang=pt_BR&pg=5781&taxp=0</ref>
* {{AGOb}} '''[[Luanda]]''', [[Angola]] (1968)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_1485_de_1968 |titulo=Lei n° 1.485 de 7 de maio de 1968 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{LBNb}} '''[[Zahlé]]''', [[Líbano]] (1974)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_2385_de_1974 |titulo=Lei n° 2.380, de 11 de dezembro de 1974 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{ESPb}} '''[[Granada (Espanha)|Granada]]''', [[Espanha]] (1975)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_2492_de_1975 |titulo=Lei n° 2.492, de 22 de julho de 1975 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{PRTb}} '''[[Porto]]''', [[Portugal]] (1986)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_4574_de_1986 |titulo=Lei n° 4.574, de 15 de outubro de 1986 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{BLRb}} '''[[Minsk]]''', [[Bielorrússia]] (1987)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_4926_de_1987 |titulo=Lei n° 4.926, de 18 de dezembro de 1987 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{CUBb}} '''[[Havana]]''', [[Cuba]] (1995)<ref name="sisterbh"/>
* {{CHNb}} '''[[Nanquim]]''', [[República Popular da China|China]] (1996)<ref name="sisterbh"/>
* {{PSEb}} '''[[Belém (Cisjordânia)|Belém]]''', [[Estado da Palestina|Palestina]] (2001)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_8150_de_2001 |titulo=Lei n° 8.150, de 4 de janeiro de 2001 (que altera a Lei nº 7.737, de 27 de maio de 1999) |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{SYRb}} '''[[Homs]]''', [[Síria]] (2001)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_8272_de_2001 |titulo=Lei nº 8.272, de 26 de dezembro de 2001 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{NICb}} '''[[Masaya]]''', [[Nicarágua]] (2002)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_8443_de_2002 |titulo=Lei nº 8.443, de 25 de novembro de 2002 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{LBYb}} '''[[Trípoli]]''', [[Líbia]] (2003)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_8559_de_2003 |titulo=Lei nº 8.559, de 17 de junho de 2003 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{USAb}} '''[[Fort Lauderdale]]''', [[Estados Unidos]] (2003)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_8591_de_2003 |titulo=Lei n° 8.591, de 18 de junho de 2003 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{HNDb}} '''[[Tegucigalpa]]''', [[Honduras]] (2004)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_8729_de_2004 |titulo=Lei nº 8.729, de 6 de janeiro de 2004 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{ECUb}} '''[[Cuenca (Equador)|Cuenca]]''', [[Equador]] (2004)<ref name="pt.wikisource.org">{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_8867_de_2004 |titulo=Lei nº 8.867, de 17 de junho de 2004 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{INDb}} '''[[Calcutá]]''', [[Índia]] (2009)<ref name="pt.wikisource.org"/>
* {{USAb}} '''[[Newark (Nova Jérsia)|Newark]]''', [[Estados Unidos]] (2006)<ref>{{citar web |url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_9156_de_2006 |titulo=Lei nº 9.156, de 12 de janeiro de 2006 |acessodata=29 de dezembro de 2008 |autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte}}</ref>
* {{NGRb}} '''[[Lagos (Nigéria)|Lagos]]''', [[Nigéria]] (2011)<ref name="sisterbh"/>
{{dividir em colunas fim}}

== Subdivisões ==
{{Anexo|Bairros de Belo Horizonte|Regionais de Belo Horizonte}}

[[Imagem:Rua Itajubá BH.jpg|esquerda|thumb|Bairro da Sagrada Família, o mais populoso do município<ref name="Bairros-pop-2010"/>]]

O município de Belo Horizonte está dividido em nove [[Regionais de Belo Horizonte|administrações regionais]], instituídas em 1983<ref>{{citar web|URL=https://leismunicipais.com.br/a/mg/b/belo-horizonte/decreto/1983/452/4523/decreto-n-4523-1983-dispoe-sobre-a-estrutura-administrativa-e-o-funcionamento-de-orgaos-da-administracao-direta-e-da-outras-providencias|título=DECRETO Nº 4523, DE 12 DE SETEMBRO DE 1983|acessodata=14-02-2021}}</ref> por meio de decreto e atualizadas posteriormente por leis municipais: [[Barreiro (região de Belo Horizonte)|Barreiro]], [[Centro-Sul (região de Belo Horizonte)|Centro-Sul]], [[Leste (região de Belo Horizonte)|Leste]], [[Nordeste (região de Belo Horizonte)|Nordeste]], [[Noroeste (região de Belo Horizonte)|Noroeste]], [[Norte (região de Belo Horizonte)|Norte]], [[Oeste (região de Belo Horizonte)|Oeste]], [[Pampulha (região de Belo Horizonte)|Pampulha]] e [[Venda Nova (região de Belo Horizonte)|Venda Nova]]. A jurisdição das unidades administrativas regionais leva em conta a posição geográfica e a história de ocupação.<ref name="adm_reg"/> Entretanto, há certos órgãos e instituições (companhias telefônicas, zonas eleitorais, etc.) que adotam uma divisão diferente da oficial.<ref>{{citar web |url=http://bairrosdebelohorizonte.webnode.com.br/bairros-por-zoneamento-eleitoral-/ |título=Bairros por zona eleitoral |autor=Portal Bairros de Belo Horizonte |acessodata=21 de fevereiro de 2011 |arquivodata=7 de fevereiro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110207105522/http://bairrosdebelohorizonte.webnode.com.br/bairros-por-zoneamento-eleitoral-/|urlmorta= sim}}</ref>

Cabe às administrações regionais a desconcentração e descentralização administrativas no âmbito de suas respectivas jurisdições, para atendimento ao público e manutenção e execução de obras de pequeno porte, além de outras atividades. Os cargos de direção, assistência e assessoramento da administração regional são providos por atos do [[prefeito]].<ref name="adm_reg">{{citar web|url=http://pt.wikisource.org/wiki/Lei_Municipal_de_Belo_Horizonte_4158_de_1985|titulo=Lei nº 4.158, de 16 de julho de 1985|autor=Câmara Municipal de Belo Horizonte |acessodata=28-05-2009}}</ref> Cada uma das administração se subdivide em várias unidades menores, os bairros.

Ao todo, Belo Horizonte possui um total de 487 bairros, dos quais 25 com seu território inserido em mais de uma regional. A regional Barreiro, a mais meridional do município, é a maior tanto em número de bairros (73)<ref name ="BHMap/> quanto em área, com 53,6&nbsp;km²<ref name ="PBH"/>. No último censo do IBGE em 2010, a regional Noroeste era a mais populosa, com mais de 330 mil habitantes, enquanto [[Venda Nova (região de Belo Horizonte)|Venda Nova]] apresentava a maior densidade populacional, superior a {{fmtn|9000|hab/km²}}.<ref name ="Censo-2010"/> Em relação aos bairros, o mais populoso deles era [[Sagrada Família (Belo Horizonte)|Sagrada Família]], com {{fmtn|34395}} habitantes, seguido por Buritis ({{fmtn|29374}}), Padre Eustáquio ({{fmtn|28773}}), Lindeia ({{fmtn|24146}}) e Santa Mônica ({{fmtn|23883}}). O [[Centro (Belo Horizonte)|Centro]], inserido na regional Centro-Sul, possuía {{fmtn|16245}} habitantes.<ref name="Bairros-pop-2010">{{citar web|URL=http://populacao.net.br/os-maiores-bairros-belo-horizonte_mg.html|título=Maiores Bairros de Belo Horizonte|data=2010|acessodata=14-02-2021}}</ref>
{{Regionais Administrativas de Belo Horizonte}}

== Economia ==
{{Artigo principal|Economia de Belo Horizonte}}
[[Imagem:Belo Horizonte - Avenida Afonso Pena.jpg|thumb|upright|[[Avenida Afonso Pena]], importante logradouro municipal]]
Belo Horizonte possui o quarto maior [[Produto Interno Bruto]] (PIB) dentre as cidades brasileiras, atrás de [[São Paulo]], [[Rio de Janeiro]] e [[Brasília]], respectivamente.<ref>{{citar web |url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/belo-horizonte/pesquisa/38/46996?tipo=ranking |arquivourl=https://archive.today/20210228004552/https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/belo-horizonte/pesquisa/38/46996?tipo=ranking |arquivodata=2021-02-28 |título=Produto Interno Bruto dos Municípios - 2018 - ranking |autor=IBGE Cidades |data=2018 |acessodata=27-02-2021|urlmorta= sim}}</ref> Segundo dados do IBGE em 2018, o PIB a preços recorrentes do município era de R$&nbsp;{{fmtn|91957091.80|mil}}, ao passo que seu PIB ''per capita'' era de R$&nbsp;{{fmtn|36759.66}}.<ref name="IBGE_PIB_2018">{{citar web |url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/belo-horizonte/pesquisa/38/46996 |arquivourl=https://archive.today/20210228004916/https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/belo-horizonte/pesquisa/38/46996 |arquivodata=2021-02-28 |título=Produto Interno Bruto dos Municípios - 2018 |autor=IBGE Cidades |data=2018 |acessodata=27-02-2021|urlmorta= sim}}</ref> O valor do PIB corresponde ainda a cerca de 15% das riquezas produzidas pelo estado de Minas Gerais.<ref>{{citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2020/12/16/internas_economia,1221068/metade-do-pib-brasileiro-estava-concentrado-em-71-municipios-em-2018.shtml |título=Metade do PIB brasileiro estava concentrado em 71 municípios em 2018 |autor=Elian Guimarães |data=16-12-2020 |publicado=Jornal Estado de Minas |acessodata=27-02-2021 |wayb=20210228004756}}</ref> No mesmo ano, a pecuária e a agricultura acrescentavam {{fmtn|2014.93|mil}} reais na economia belo-horizontina, a indústria {{fmtn|11387745.79|mil}} reais, o setor de serviços e comércio {{fmtn|55821303.76|mil}} reais e a administração pública {{fmtn|11707010.56|mil}}.<ref name="IBGE_PIB_2018"/>

Um dos maiores [[Centro financeiro|centros financeiros]] do Brasil, Belo Horizonte é caracterizada pela predominância do [[setor terciário]] em sua economia, com destaque para o comércio, [[mercado financeiro|serviços financeiros]], [[Mercado imobiliário|atividades imobiliárias]] e [[administração pública]].<ref name="fjp_dados">{{citar web|publicado=Revista Veja |url=http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pesquisa-do-ibge-faz-uma-radiografia-da-riqueza-dos-municipios |titulo=Pesquisa do IBGE faz uma radiografia da riqueza dos municípios|data=30 de dezembro de 2010}}</ref> Com um diversificado setor de comércio e de prestação de serviços, as primeiras atividades produtivas que surgiram antecedem a fundação do município. As primeiras atividades industriais surgiram no século XIX em [[Nova Lima]], com a instalação da ''Saint John del Rey Mining Co.'', em 1834, e da Cia. Mineira de Fiação e Tecidos, em 1879, em Marzagão, distrito de [[Sabará]]. Outros empreendimentos surgiram, como um estabelecimento de fiação e tecelagem em 1838, no distrito de Neves Venda Nova; uma fundição de ferro e bronze em 1845, próximo à Lagoa Maria Dias, onde hoje é o cruzamento da avenida Paraná com a Rua Carijós, no centro de Belo Horizonte; uma fundição, no lugar denominado Cardoso, em 1885; e uma pequena manufatura de velas de sebo para fornecimento à Cia. de Morro Velho.<ref name="fiemg_hist">{{citar web|url=http://www.fiemg.com.br/bh100/bh-1.htm|titulo=A cidade planejada|autor=FIEMG|acessodata=12 de janeiro de 2009|arquivodata=6 de janeiro de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090106194914/http://www.fiemg.com.br/bh100/bh-1.htm|urlmorta= sim}}</ref>

Ainda antes da fundação de Belo Horizonte, o Arraial do Curral del-Rei produzia gêneros para o abastecimento da região mineradora, especialmente [[gado]] e [[agricultura|produtos agrícolas]]. No início do século XX, a cidade se destacou como centro de comércio de gado e de redistribuição de mercadorias, beneficiada pela localização estratégica como passagem dos caminhos do comércio viajante e pelo posicionamento equidistante dos grandes polos consumidores do país e principais capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e, a partir de 1960, Brasília.<ref name="tur">{{citar web|url=http://bhturismo.wordpress.com/2008/09/24/turismo-e-espacos-urbanos-uma-analise-do-caso-de-belo-horizonte/|titulo=Turismo e Espaços Urbanos: uma análise do caso de Belo Horizonte|autor=André Pinho, Breno Pádua, Camila Moreira e Júlia Ribeiro |acessodata=14 de janeiro de 2009}}</ref>

{{Imagem múltipla
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 | width     = 220

 | image1    = RealWorld Alta Vila Tower.jpg
 | caption1  = A [[Torre Piemonte]], na divisa de Belo Horizonte com [[Nova Lima]], ao lado das sedes comerciais da [[Fiat Chrysler Automobiles|Fiat Chrysler]] e da [[Iveco]]

 | image2    = Praça Pedro Melo.JPG
 | caption2  = Sede da [[Usiminas]], na Pampulha

 | image3    = Shopping_Diamond_Mall_-_Belo_Horizonte_-_panoramio.jpg
 | caption3  = [[Diamond Mall]], importante [[centro comercial]] de Belo Horizonte
}}

Desde os anos 1970, ocorreu a chegada de grandes empresas [[multinacional|multinacionais]] de [[bens de capital]] e a migração de indústrias para a área mineira da [[Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste|SUDENE]], devido aos incentivos fiscais. A instalação da [[Refinaria Gabriel Passos]], em 1968, aliada à instalação da [[FIAT|FIAT Automóveis]], em 1973, a primeira montadora fora do eixo Rio-São Paulo, estabeleceu um grande polo industrial no estado em [[Betim]], na [[Região Metropolitana de Belo Horizonte]].<ref name="fiemg_hist9">{{citar web |url=http://www.fiemg.com.br/bh100/bh-10.htm |titulo=Década de 1970: o Milagre Econômico |autor=FIEMG |acessodata=12 de janeiro de 2009 |arquivodata=6 de janeiro de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090106205509/http://www.fiemg.com.br/bh100/bh-10.htm|urlmorta= sim}}</ref> A Fiat hoje lidera a produção e as vendas no mercado do país, tornando-se a mais importante unidade produtora fora da [[Itália]]. Sua planta de Betim é a maior produtora de veículos da empresa no mundo. A entrada em operação da montadora de veículos e seu gradativo aumento de produção foi extremamente importante para a consolidação do segmento de bens de capital e de bens de consumo duráveis em Minas Gerais.<ref>FIGUEIREDO, Ana Tereza Lanna; DINIZ, Clélio Campolina. Distribuição regional da insdústria mineira. ''Nova Economia'', Belo Horizonte, v.10, n.2, dez. 2000.</ref>

As décadas de 1980 e 1990 foram marcadas por um longo período de [[recessão]] e estagnação econômica. A cidade passou a desenvolver e abrigar um parque industrial baseado nas indústrias não-poluentes e de [[alta tecnologia]], tornando-se um dos mais importantes polos industriais do país, com empresas de ponta nas áreas de confecção, calçados, [[informática]], alimentação, aparelhos elétricos e eletrônicos, [[perfumaria]] e [[turismo de negócios]] com estruturas produtivas leves, ampla [[terceirização]] de atividades e grandes investimentos em [[marketing]] e publicidade.<ref name="fiemg_hist10">{{citar web |url=http://www.fiemg.com.br/bh100/bh-11.htm |titulo=Perfil Atual: meio ambiente e tecnologia |autor=FIEMG |acessodata=12 de janeiro de 2009 |arquivodata=18 de abril de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090418205253/http://www.fiemg.com.br/bh100/bh-11.htm|urlmorta= sim}}</ref>

Sua região metropolitana teve o PIB calculado em R$ 172,168 bilhões em 2015, o que corresponde a 33,15% de todo o PIB mineiro e 2,87 do Brasil.<ref>{{citar web|url=https://fnembrasil.org/tag/regiao-metropolitana-de-belo-horizonte/ |título=Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) |autor=Fórum Nacional de Entidades Metropolitanas (FNEM) |acessodata=27-02-2021 |wayb=20200212165820}}</ref> Segundo dados do IBGE, a rede urbana de influência exercida pela cidade no resto do país abrange 9,1% da população e 7,5% do PIB brasileiro. A influência é percebida em 698 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e de Minas Gerais.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL792637-5598,00-IBGE+DIVULGA+RELACAO+DAS+CIDADES+MAIS+INFLUENTES+DO+PAIS.html |título=IBGE divulga relação das cidades mais influentes do país |autor=G1 |acessodata=12 de janeiro de 2009}}</ref> Belo Horizonte também está entre os sete municípios com a melhor [[Infraestrutura (engenharia)|infraestrutura]] do país,<ref>{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/economia/brasil/noticias/as-campeas-em-infra-estrutura-m0116417 |título=As campeãs em infraestrutura |autor=EXAME |acessodata=1 de fevereiro de 2008}}</ref> porém foi a segunda cidade que mais perdeu postos de trabalho com carteira assinada de janeiro a abril de 2015, em decorrência da [[Crise econômica brasileira de 2014|crise econômica de 2014 no Brasil]].<ref>{{Citar web|url=https://exame.com/brasil/as-100-cidades-que-mais-fecharam-empregos-no-brasil-ate-hoje/ |título=As 100 cidades que mais fecharam empregos no Brasil |autor=Talita Abrantes |data=25-05-2015 |acessodata=26-07-2017 |wayb=20201127200826}}</ref> De 2013 a 2017, a diferença entre vagas de emprego abertas e fechadas foi de um saldo negativo de 120,9 mil vagas. Apesar do saldo positivo de 29,3 mil vagas em 2018<ref>{{citar web|url=https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/com-desemprego-e-endividamento-em-alta-fam%C3%ADlias-de-bh-est%C3%A3o-comprando-menos-1.740935 |título=Com desemprego e endividamento em alta, famílias de BH estão comprando menos |autor=Paulo Henrique Lobato |data=09-09-2019 |publicado=Jornal Hoje em Dia |acessodata=27-02-2021 |wayb=20190910222049}}</ref> e 22,7 mil em 2019,<ref>{{citar web|url=http://novosite.fjp.mg.gov.br/minas-gerais-criou-97-mil-empregos-formais-em-2019/ |título=Minas Gerais criou 97 mil empregos formais em 2019 |autor=Débora Drumond |data=29-01-2020 |publicado=Fundação João Pinheiro |acessodata=27-02-2021 |wayb=20200929070752}}</ref> os impactos econômicos da [[pandemia de COVID-19]] tornaram a aumentar o desemprego em 2020. Neste ano, foram {{fmtn|10277}} postos de trabalho suprimidos, a quinta maior quantidade do país.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/01/28/manaus-foi-a-cidade-que-mais-criou-vagas-em-2020-veja-os-50-municipios-que-mais-criaram-e-fecharam-empregos-em-2020.ghtml |título=Veja os 50 municípios que mais criaram e fecharam empregos em 2020 |autor=G1 |data=28-01-2021 |acessodata=27-02-2021 |wayb=20210221004449}}</ref>

Em 2018, [[salário]]s juntamente com outras remunerações somavam {{fmtn|57192165|mil}} reais e o salário médio mensal de todo município era de 3,6 [[Salário mínimo|salários mínimos]]. Havia {{fmtn|111845}} unidades locais e {{fmtn|105881}} empresas atuantes.<ref name="IBGE_Empresas">{{citar web |url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/belo-horizonte/pesquisa/19/29761 |título=Estatísticas do Cadastro Central de Empresas |autor=IBGE Cidades |data=2018 |acessodata=27-02-2021 |arquivourl=https://archive.today/20210228004826/https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/belo-horizonte/pesquisa/19/29761 |arquivodata=2021-02-28|urlmorta= sim}}</ref> Segundo o censo do IBGE de 2010, 37,16% das residências sobreviviam com menos de um salário mínimo mensal por morador ({{fmtn|283180}} domicílios), 35,5% sobreviviam com entre um e três salários mínimos para cada pessoa ({{fmtn|270035}} domicílios), 10,58% recebiam entre três e cinco salários ({{fmtn|80596}} domicílios), 14,18% tinham rendimento mensal acima de cinco salários mínimos ({{fmtn|108055}} domicílios) e 2,58% não tinham rendimento ({{fmtn|19657}} domicílios).<ref name="SIDRA_Rendimento">{{citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/tabela/3261#/n1/all/n6/3106200/v/all/p/all/c386/all/d/v1000096%202/l/v,p+c386,t/resultado |título=Domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita |autor=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |data=2010 |acessodata=27-02-2021}}</ref>

=== Turismo ===
{{Imagem múltipla
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 | image1    = Belo_Horizonte_(2).jpg
 | caption1  = Vista aérea da [[Praça da Liberdade (Belo Horizonte)|Praça da Liberdade]], na região da [[Savassi]]

 | image2    = Olhar_sobre_a_Lagoa_da_Pampulha.jpg
 | caption2  = O [[Conjunto Arquitetônico da Pampulha]], considerado um [[Patrimônio Mundial]] pela [[UNESCO]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/07/1792609-conjunto-da-pampulha-e-declarado-patrimonio-mundial-da-humanidade.shtml|título=Conjunto da Pampulha é declarado Patrimônio Mundial da Humanidade - 17/07/2016 - Ilustrada - Folha de S.Paulo|publicado=|acessodata=25 de novembro de 2016}}</ref>
}}

Contando com uma desenvolvida rede de hotéis, Belo Horizonte é um dos principais polos de turismo de negócios do país, sediando importantes eventos nacionais e internacionais como o III Encontro das Américas em 1997,<ref>{{citar web|url=http://www.facom.ufba.br/com112_2000_1/geo_on_line/alca.htm|titulo=Geopolítica Online|autor=Bele Albuquerque e Gal Vivas |acessodata=14 de janeiro de 2009}}</ref> o 26° Encontro Econômico Brasil-Alemanha em 1999,<ref name="Idas_Eventos"/> a 47ª Reunião Anual do [[Banco Interamericano de Desenvolvimento|BID]] em 2006<ref>{{citar web|url=http://www.iadb.org/am/2006/photo.cfm?language=Portuguese|titulo=2006 Reunião Anual|autor=Banco Interamericano de Desenvolvimento|acessodata=22 de julho de 2009|arquivodata=15 de maio de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110515175153/http://www.iadb.org/am/2006/photo.cfm?language=Portuguese|urlmorta= sim}}</ref> e a Ecolatina em 2007.<ref>{{citar web|url=http://www.ecolatina.com.br/ecolatina.html|titulo=Ecolatina|autor=Ecolatina 2007 |acessodata=14 de janeiro de 2009}}</ref> É também o ''portão de entrada'' para cidades históricas mineiras como [[Ouro Preto]], [[Mariana (Minas Gerais)|Mariana]], [[Sabará]], [[Caeté]], [[Santa Luzia (Minas Gerais)|Santa Luzia]], [[Congonhas]], [[Diamantina]], [[São João del-Rei]] e [[Tiradentes (Minas Gerais)|Tiradentes]]. Outro fator importante deve-se à presença de um [[setor terciário|setor de serviços]] bastante significativo e com [[infraestrutura (engenharia)|infraestrutura]] capaz de atender aos seus habitantes e aos visitantes. A [[hotelaria|rede hoteleira]] tem observado um crescimento considerável. Operam em Belo Horizonte cerca de 150 estabelecimentos, incluindo grandes redes internacionais, como o [[Accor|Grupo Accor]].<ref name="tur"/>

O município tem se destacado por sua capacidade de desenvolver duas modalidades de turismo: o [[turismo de eventos]] e o [[turismo cultural]]. Essa delineação do desenvolvimento do [[setor terciário]] da economia com o incremento do [[turismo|setor turístico]] integra a política de estímulo desse setor, que ganha reforços também no sucesso que a cidade vem experimentando na área artística-cultural.<ref name="Idas_Eventos">{{citar web|url=http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/belohorizonte/port/negocios.asp |título=Turismo de eventos (negócios) |autor=Idas Brasil |acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref><ref name="Desenvolvimento_Cutural">{{citar web |url=http://www.desenvolvimento.mg.gov.br/pt/turismo/turismo-cultural |título=Turismo Cultural |autor=Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) |acessodata=18 de fevereiro de 2011 |arquivodata=19 de novembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20101119004644/http://www.desenvolvimento.mg.gov.br/pt/turismo/turismo-cultural|urlmorta= sim}}</ref> A cidade tem realizado [[congresso]]s, [[Cimeira|convenções]], [[feira]]s, eventos técnico-científicos e exposições, causando uma grande movimentação na economia, aumentando os níveis de ocupação da rede hoteleira e do consumo dos serviços de bares, restaurantes e transportes.<ref name="tur"/>

Muito do sucesso alcançado pela capital deve-se ao ''Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau'', organização cooperativa de [[marketing]] com finalidade de captar congressos, feiras, convenções e eventos nacionais para Belo Horizonte e atrair grupos organizadores de turistas para a capital.<ref name="tur"/> A utilização desse potencial, porém, tem esbarrado nas deficiências na [[rodovias|malha viária]]. A malha rodoviária que liga Belo Horizonte às cidades do estado de Minas Gerais e aos demais estados já foi classificada como uma das piores do país quanto ao seu estado de conservação, segundo o SGP/[[Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes|DNER]].<ref name="tur"/>

{{Panorama|Belo Horizonte Luzes.jpg|800px|Vista panorâmica da [[Grande Belo Horizonte]] à noite a partir da [[Serra do Curral]]}}

== Infraestrutura ==
=== Saúde ===
[[Ficheiro:CEMMG.jpg|thumb|O Centro Metropolitano de Especialidades Médicas]]
Belo Horizonte dispõe de um total de 36 [[hospital|hospitais]], sendo um municipal, dois federais, sete estaduais e o restante filantrópicos e privados. Há cerca de 5 500 leitos na capital (3,2 leitos por mil habitante) e a rede conta com 141 [[posto de saúde|postos de saúde]], 150 [[deambulatório]]s e 507 equipes do [[Programa Saúde da Família]] (PSF), que dão cobertura a 76% da população da capital. Ainda assim, a qualidade do atendimento é precária, com filas e grande espera por especialistas médicos, além da frequente falta de medicamentos básicos nos postos de saúde e sobrecarga de demanda, o que torna o sistema cada vez mais precário. As urgências médicas do município, chamadas de unidades de [[Departamento de emergência|pronto atendimento]] (UPAs) e os prontos atendimentos conveniados e do [[Sistema Único de Saúde]] (SUS) também sofrem com a falta crônica de médicos, filas intermináveis e falta de estrutura geral de atendimento.<ref name="agbrassau">{{citar web |url=http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2007-06-17/sistema-de-saude-de-capital-mineira-mostra-desafio-das-regioes-metropolitanas|titulo=Sistema de saúde de capital mineira mostra desafio das regiões metropolitanas |autor=Agência Brasil |autorlink=Agência Brasil |acessodata=21 de fevereiro de 2008 }}</ref>

Há ainda 26 [[ambulância]]s do [[Serviço de Atendimento Móvel de Urgência]] ([[Serviço de Atendimento Móvel de Urgência|SAMU]]), sendo 22 básicas, quatro avançadas e uma com equipe especializada em atendimento à saúde mental. Há cerca de 15 mil profissionais de saúde em Belo Horizonte, dos quais 2.500 são [[agentes comunitários de saúde]], e 1 200 fazem o serviço de controle de [[endemia]]s, como a [[dengue]].<ref name="agbrassau"/> Toda essa estrutura custou aos cofres municipais R$ 158,46 por habitante,<ref name="tabsus">{{citar web| url=http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/MG/MG_Belo_Horizonte_Geral.xls| titulo=Caderno de Informações de Saúde - Versão fevereiro/2009 | autor=Secretaria Executiva do Ministério da Saúde |acessodata=11 de agosto de 2009}}</ref> com um repasse de recursos pelo SUS para o sistema municipal de saúde no valor de R$ 276,66 por habitante, em 2007.<ref name="tabsus"/> A despesa total com saúde no município foi de R$ 415,53 por habitante e os gastos totais em valores absolutos (recursos próprios mais transferências do SUS) alcançaram R$ 1 002 636 625,58, em 2007.<ref name="tabsus"/> Ainda em 2007, o município aplicou 18,8% de seu orçamento em saúde.<ref name="tabsus"/>

=== Educação, ciência e tecnologia ===
{{AP|[[Lista de instituições de ensino superior de Belo Horizonte]]}}
{{Imagem múltipla
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 | width     = 220

  | image1   = Puc-minas.gif
 | caption1  = Campus Coração Eucarístico da [[Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais|PUC Minas]], construído nos anos 1920<ref>{{Citar Web|url=http://www2.pucminas.br/noponto/materia.php?codigo=292|título=Um pouco de história em oito prédios}}</ref>

 | image2    = Reitoria.JPG
 | caption2  = Prédio da [[Reitoria]] da [[Universidade Federal de Minas Gerais]] (UFMG)

 | image3    = Fundacaojp.jpg
 | caption3  = Sede da [[Fundação João Pinheiro]], no bairro [[São Luís (Belo Horizonte)|São Luís]]
}}

O fator ''educação'' do [[Índice de Desenvolvimento Humano|IDH]] no município atingiu em 2000 a marca de 0,929 – patamar consideravelmente elevado, em conformidade aos padrões do [[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento|Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)]]<ref name="IDH">{{citar web |url=http://www.pnud.org.br/atlas/ranking/IDH-M%2091%2000%20Ranking%20decrescente%20(pelos%20dados%20de%202000).htm |titulo=Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil |data=2000 |publicado=Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) |acessodata=8 de janeiro de 2008}}</ref> – ao passo que a [[Taxa de alfabetização|taxa de analfabetismo]] indicada pelo último [[censo demográfico]] do IBGE foi de 4,6%, superior apenas à porcentagem verificada nas [[cidade]]s de [[Curitiba]], [[Porto Alegre]], [[Florianópolis]], [[Rio de Janeiro]] e [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]].<ref>{{citar web |url=http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/arquivos/154_o%20analfabetismo%20na%20cidade%20do%20rio%20de%20janeiro.PDF |publicado=Governo do Estado do Rio de Janeiro |titulo=Analfabetismo na cidade do Rio de Janeiro |data=junho de 2002 |acessodata=8 de janeiro de 2008}}</ref> Nota-se que o analfabetismo vem se reduzindo nos últimos 30 anos, tanto no município como no país (no Brasil, a taxa de analfabetismo é de 13,6%).<ref name="analfpbhstats">{{citar web |url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=estatisticas&tax=9087&lang=pt_BR&pg=5922&taxp=0&idConteudo=16807&chPlc=16807 |titulo=Analfabetismo em Belo Horizonte |publicado=Prefeitura de Belo Horizonte (PBH)}}</ref> Os maiores índices de analfabetismo na capital encontram-se nas faixas etárias que vão de 45 a 59 anos (7,0%) e de 60 anos ou mais (14,9%). Entre a população de 10 aos 19 anos de idade, a taxa de analfabetismo é de 1,5%, situando Belo Horizonte entre as cinco capitais brasileiras com menor número de analfabetos também nesta faixa etária.<ref name="analfpbhstats"/> Em algumas regiões periféricas e empobrecidas, o [[Ensino público|aparato educacional público]] de [[Ensino secundário|nível médio]] e [[Ensino fundamental|fundamental]] é deficitário, dada a escassez relativa de [[escola]]s ou recursos. Nesses locais, a [[Violência urbana|violência]] manifestada em assaltos, brigas e vandalismo costuma impor certas barreiras ao aproveitamento escolar, constituindo-se em uma das causas preponderantes da evasão ou do aprendizado carencial.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL420612-5604,00.html |publicado=G1 |titulo=Violência é rotina nas escolas públicas de Belo Horizonte |acessodata=8 de fevereiro de 2008}}</ref>

De acordo com dados do [[Fundação Lemann#QEdu|Portal QEdu]], o município obteve uma nota média de 5.1 no IDEB 2021 ([[Índice de Desenvolvimento da Educação Básica]]) para os anos finais do ensino fundamental. A nota é menor do que a média estipulada, que era de 5.6. Já nos anos iniciais, a cidade apresentou a nota média de 5.9, também abaixo da meta, que é de 6.6. A nota média da cidade para anos finais ficou dentro da meta nacional (5.1), enquanto a média para os anos iniciais ficou acima da meta nacional (5.8).<ref>{{citar web|título=Belo Horizonte - QEdu|url=https://qedu.org.br/municipio/3106200-belo-horizonte/ideb|acessodata= 20/04/2023|autor=QEdu}}</ref>

Belo Horizonte conta também com 55 [[Universidade|instituições de ensino superior]] que oferecem uma diversidade de cursos/habilitações.<ref>{{citar web|url=http://emec.mec.gov.br/ |titulo=Busca de Curso |autor=[[Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira|INEP]]/[[Ministério da Educação (Brasil)|MEC]] |acessodata=31 de janeiro de 2008}}</ref> Destacam-se importantes [[Universidade pública|universidades públicas]] e privadas, muitas delas consideradas centros de referência em determinadas áreas. As instituições públicas de ensino superior sediadas em Belo Horizonte são: a [[Universidade Federal de Minas Gerais]] (UFMG),<ref>{{citar web|url=http://www.ufmg.br/online/arquivos/006349.shtml|titulo=UFMG está entre as 500 melhores universidades do mundo|autor=[[Universidade Federal de Minas Gerais|UFMG]] |acessodata=31 de janeiro de 2008}}</ref> o [[Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais]] (CEFET-MG),<ref>{{citar web |url=http://www.saebrasil.org.br/eventos/aerodesign2009/ |titulo=Além disso a equipe CEFAST Aerodesign conquistou o campeonato mundial da competição realizado em Fort Worth,Texas,EUA. |autor=SAE Brasil |acessodata=22 de julho de 2009 |arquivodata=27 de julho de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090727222913/http://www.saebrasil.org.br/eventos/aerodesign2009/|urlmorta= sim}}</ref> a [[Escola de Governo Paulo Neves de Carvalho|Escola de Governo da Fundação João Pinheiro]],<ref>{{citar web|url=http://www.plox.com.br/caderno/educacao/minas-possui-seis-universidades-excelencia|publicado=Estado de Minas|titulo=Minas possui seis universidades de excelência|acessodata=26 de janeiro de 2011|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706153923/http://www.plox.com.br/caderno/educacao/minas-possui-seis-universidades-excelencia|urlmorta= sim}}</ref> a [[Universidade do Estado de Minas Gerais]] (UEMG) <ref>{{citar web|url=http://vestibular.uol.com.br/ultnot/2006/01/18/ult798u13425.jhtm |titulo=Veja a lista de aprovados no vestibular da UEMG |autor=Uol |acessodata=2 de janeiro de 2009}}</ref> e o [[Instituto Federal de Minas Gerais]] (IFMG),<ref>{{Citar Web|url=https://www2.ifmg.edu.br/betim/o-ifmg/reitoria|título=Reitoria IFMG}}</ref> embora o último só tenha sua reitoria localizada em Belo Horizonte e não ministre aulas na capital mineira. Entre as instituições privadas, destacam-se a [[Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais]] (PUC Minas)<ref>{{citar web|url=http://www.pucminas.br/portal/index_padrao.php?pagina=72|titulo=A PUC Minas: Uma universidade em sintonia com o futuro|autor=[[Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais|PUC Minas]] |acessodata=23 de dezembro de 2008}}</ref> e a [[Fundação Dom Cabral]].<ref name="FDC">{{citar web |url=http://www.fdc.org.br/pt/sobre_fdc/Paginas/historico.aspx |título=Histórico |autor=Portal FDC |acessodata=20 de fevereiro de 2011 |arquivodata=22 de dezembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20101222222841/http://www.fdc.org.br/pt/sobre_fdc/Paginas/historico.aspx|urlmorta= sim}}</ref>

Várias instâncias oficiais que se dedicam ao fomento do setor da [[tecnologia]] e da [[ciência]] também estão sediadas na cidade, como o [[Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais|Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD)]], que realiza pesquisas aplicadas, serviços de [[consultoria]], assessoria e treinamento especializado relacionados com as [[Economia|ciências econômicas]], [[administração|administrativas]], [[ciências contábeis|contábeis]], [[demografia]] e afins;<ref>{{citar web|url=http://www.ipead.face.ufmg.br/site/siteipead/html/index.php?page=ipead|titulo=Institucional: O IPEAD|autor=IPEAD/FACE/UFMG|acessodata=8 de janeiro de 2009|arquivodata=9 de janeiro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140109114116/http://www.ipead.face.ufmg.br/site/siteipead/html/index.php?page=ipead|urlmorta= sim}}</ref> a [[Fundação João Pinheiro|Fundação João Pinheiro (FJP)]], instituição pública estadual criada em 1969, realiza projetos de pesquisa aplicada, consultorias, desenvolvimento de recursos humanos e ações de apoio técnico ao governo do estado, sendo referência nacional nas áreas de [[estatística]]s e informações, pesquisas históricas, econômicas e demográficas, desenvolvimento humano, segurança e criminalidade, desenvolvimento urbano, ensino e pesquisa em administração e administração pública;<ref>{{citar web |url=http://www.fjp.gov.br/index.php/biblioteca/sobre-a-biblioteca |titulo=Histórico |autor=FJP |acessodata=8 de janeiro de 2009 |arquivodata=9 de julho de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120709014907/http://www.fjp.gov.br/index.php/biblioteca/sobre-a-biblioteca|urlmorta= sim}}</ref> a [[Fundação Ezequiel Dias|Fundação Ezequiel Dias (FUNED)]], que é referência nacional na produção de medicamentos e soros, na pesquisa em saúde pública e nas ações de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental.<ref>{{citar web|url=http://funed.mg.gov.br/institucional/historia-da-fundacao/ |titulo=História da Fundação |autor=FUNED |acessodata=8 de janeiro de 2009}}</ref> Ainda há outras várias que atuam em diversas áreas englobadas dentro do campo científico e tecnológico, como o [[Centro de Pesquisas René Rachou|Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR)]],<ref>{{citar web|url=http://www.cpqrr.fiocruz.br/pt-br/apresenta%C3%A7%C3%A3o|titulo=Centro de Pesquisas René Rachou|autor=CPqRR|acessodata=9 de janeiro de 2009|arquivodata=2 de fevereiro de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090202162138/http://cpqrr.fiocruz.br/pt-br/apresenta%C3%A7%C3%A3o|urlmorta= sim}}</ref> o [[Centro Tecnológico de Minas Gerais|Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC)]]<ref>{{citar web |url=http://www.cetec.br/index.php?pag=programas |título=Programas e Ações do Governo |autor=Centro Tecnológico de Minas Gerais |acessodata=18 de fevereiro de 2011 |arquivodata=30 de abril de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110430093607/http://www.cetec.br/index.php?pag=programas|urlmorta= sim}}</ref> e a [[Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte|Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte]].<ref>{{citar web|url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=fundacaobotanica&tax=6769&lang=pt_BR&pg=5522&taxp=0& |titulo=Instituição é referência em Botânica Aplicada e Fitossanitarismo |autor=PBH |acessodata=8 de janeiro de 2009}}</ref>

Também as universidades locais têm grande empenho na área. A [[Fundação Christiano Ottoni]] (FCO) tem por finalidade promover, técnica e financeiramente, os programas acadêmicos de ensino, pesquisa e extensão da UFMG, em especial da Escola de Engenharia.<ref>{{citar web|url=http://www.fco.eng.ufmg.br/fco/jsp/index.jsp|titulo=Fundação Christiano Ottoni - Apresentação |autor=FCO |acessodata=9 de janeiro de 2009}}</ref> O [[Centro de Pesquisa Manuel Teixeira da Costa|Centro de Pesquisa Professor Manuel Teixeira da Costa]] (CPMTC-IGC-UFMG) é um órgão complementar do [[Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais|Instituto de Geociências da UFMG]], que apoia e promove a realização de diversos projetos de pesquisa, cursos de pós-graduação e graduação, e prestação de serviços em [[Geologia]] e áreas afins das [[Ciências da Terra|Geociências]].<ref>{{citar web |url=http://www.igc.ufmg.br/orgaoscomplementares/cppmtc.htm |título=Histórico |autor=Centro de Pesquisa Professor Manoel Teixeira da Costa |acessodata=18 de fevereiro de 2011 |arquivodata=9 de janeiro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140109114116/http://www.igc.ufmg.br/orgaoscomplementares/cppmtc.htm|urlmorta= sim}}</ref>

=== Segurança e criminalidade ===
{{desatualizado|Esta seção}}
{{Imagem múltipla
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 | image1    = Risp.jpg
 | caption1  = Região Integrada de Segurança Pública (RISP), na [[Praça Rio Branco (Belo Horizonte)|Praça da Rodoviária]]

 | image2    = Guardabh.jpg
 | caption2  = Comemoração dos quinze anos da Guarda Municipal de Belo Horizonte na Praça Rui Barbosa, em 2018
}}
Belo Horizonte é a quinta capital estadual mais violenta do país, segundo o estudo "Mapa da Violência dos municípios brasileiros", publicado pela ''Rede de Informação Tecnológica Latino Americana'' (RITLA), com base nos dados do [[Ministério da Saúde (Brasil)|Ministério da Saúde]] de 2008.<ref name="RITLA"/> Em 2006, entre as grandes cidades e capitais brasileiras, Belo Horizonte possuía o quinto maior número absoluto de homicídios (1 168), somente atrás de São Paulo (2 546), Rio de Janeiro (2 273), [[Recife]] (1 375) e [[Salvador]] (1 176).<ref name="RITLA">{{citar web |url=http://www.ritla.net/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=0&Itemid=224 |publicado=Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA) |titulo=Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008 |data=29 de janeiro de 2008 |acessodata=26 de outubro de 2008}}</ref> A cidade registrou, em 2006, 49,2 casos de [[homicídio]]s para cada grupo de 100 mil habitantes, índice acima do verificado em cidades como São Paulo (23,7), Rio de Janeiro (37,7), [[Goiânia]] (36,4), [[Porto Alegre]] (36,3), [[Fortaleza]] (35,4) ou Brasília (32,1).<ref name="RITLA"/> A cidade também está entre os locais com mais mortes no trânsito. Em 2006, Belo Horizonte foi a segunda no número de óbitos por acidentes de transporte, com 704 mortos, atrás somente de São Paulo, com 1.593.<ref name="RITLA"/><ref>{{citar web |url=http://www.ritla.net/index.php?option=com_content&task=view&id=2317&Itemid=145 |publicado=Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA) |titulo=Número de mortes no trânsito cresce no país; motociclistas são vítimas |acessodata=26 de julho de 2009}}</ref>

Segundo o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entidade acadêmica parceira do governo na elaboração de políticas públicas de segurança, os homicídios na cidade têm alta concentração justamente em seis aglomerados pobres controlados por traficantes: a [[Pedreira Prado Lopes (Belo Horizonte)|Pedreira Prado Lopes]], as favelas do [[Vila Santana do Cafezal (Belo Horizonte)|Cafezal]], [[Morro das Pedras (Belo Horizonte)|Morro das Pedras]], [[Morro do Papagaio]], [[Taquaril (Belo Horizonte)|Taquaril]] e Cabana Pai Tomás. Do total de homicídios ocorridos em Belo Horizonte entre janeiro e dezembro de 2002, 36% aconteceram nessas áreas que, somadas, totalizam 310 mil pessoas, 14% da população e apenas 4,3% da área da cidade.<ref name="crisp">{{citar web |url=http://www.istoe.com.br/reportagens/13725_HORIZONTE+PERDIDO?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage |publicado=Istoé Online |titulo=Horizonte perdido |acessodata=26 de julho de 2009}}</ref> Em 2003, seis em cada dez assassinatos foram derivados do uso e [[Narcotráfico|tráfico de drogas]]. Estima-se que 90% dos menores internados em centros de recuperação de infratores têm algum envolvimento com drogas. Outra pesquisa em 50 escolas estaduais, municipais e particulares de Belo Horizonte, realizada pelo Crisp, revelou que 51,9% dos alunos já viram ou ouviram falar de consumo de drogas dentro de suas escolas.<ref name="crisp"/>

Apesar dos altos níveis de violência verificados em meados dessa década, tem-se verificado uma queda nesses índices,<ref>{{citar web|url=http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2008/12/04/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=90731/em_noticia_interna.shtml |autor=Uai |titulo=Violência cai 19,5% entre janeiro e novembro em BH |acessodata=26 de julho de 2009}}</ref> como o de [[homicídio]]. Pode-se atribuir essa queda ao aumento do investimento público em [[segurança pública]] e prevenção de crimes, com a melhoria na estruturação e entrosamento das polícias, decorrente da metodologia de integração. Por meio dessa nova metodologia, foi criado o ''Risp'', Região Integrada de Segurança Pública, uma unidade estratégica integrada pela [[Polícia Militar de Minas Gerais|Polícia Militar]], [[Polícia Civil do Estado de Minas Gerais|Polícia Civil]] e [[Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais|Corpo de Bombeiros]] que articula a atuação dos órgãos de defesa social num mesmo espaço físico, compartilhando informações e planejando conjuntamente as ações de combate à criminalidade, respeitadas as funções de cada uma das corporações.<ref>{{citar web |url=http://www.pge.mg.gov.br/comunicacao/640-estado-inaugura-risp-em-uberlandial |autor=Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais |titulo=Estado inaugura Risp em Uberlândia |acessodata=26 de julho de 2009}}</ref>

Em dezembro de 2003, foi criada a Guarda Municipal de Belo Horizonte, que tem entre suas atribuições a proteção de órgãos, entidades e patrimônio da cidade, além da atuação na fiscalização, controle e orientação do trânsito. Subordinada a uma das secretarias de governo municipais, é limitada por lei a 3 000 homens. Apesar de serem autorizados a portar armas de fogo, a Guarda ainda não as utiliza em sua atividades.<ref>{{citar web |url=http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=903806 | autor=Diário Oficial do Município | titulo=Lei nº 8.486 de 20 de janeiro de 2003 |acessodata=22 de julho de 2009}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/03/28/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=104352/em_noticia_interna.shtml | autor=Uai | titulo=Guarda Municipal usará revólveres e poderá multar no trânsito |acessodata=22 de julho de 2009}}</ref>  disso, a implantação de programas de prevenção à criminalidade como o ''Fica Vivo!''<ref>{{citar web |url=http://www.medicina.ufmg.br/noticias/?p=187 |autor=Faculdade de Medicina da UFMG |titulo=Pesquisa avalia programa de prevenção de homicídios em BH |acessodata=26 de julho de 2009}}</ref> nos aglomerados populacionais mais violentos da cidade e do [[Disque Denúncia|Disque-Denúncia]] unificado contribuem para a diminuição dos índices de criminalidade.<ref>{{citar web |url=http://www.jusbrasil.com.br/politica/2710283/taxa-de-crimes-violentos-na-rmbh-tem-recuo-de-uma-decada |autor=JusBrasil |titulo=Taxa de Crimes Violentos na RMBH tem recuo de uma década |acessodata=26 de julho de 2009 |arquivodata=23 de maio de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110523083429/http://www.jusbrasil.com.br/politica/2710283/taxa-de-crimes-violentos-na-rmbh-tem-recuo-de-uma-decada|urlmorta= sim}}</ref> Estudos indicam que os índices de criminalidade são fortemente determinados pela [[desigualdade econômica|desigualdade de renda]] e a [[coesão social]] em ambientes sociais marcados por altas taxas de [[imigração]], [[urbanização]] e grandes populações.<ref>DINIZ, Alexandre M. A. Migração, desorganização social e violência urbana em Minas Gerais. '''R. RA´E GA''', Curitiba, Editora UFPR, n. 9, p. 9-23, 2005.</ref>

=== Serviços e comunicação ===
[[Ficheiro:Imprensa official.JPG|thumb|Sede da [[Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais]]]]

O abastecimento de água é feito pela [[Companhia de Saneamento de Minas Gerais]] (COPASA)<ref>{{citar web |url=http://urbanistas.com.br/bh/2008/06/05/abastecimento-de-agua-e-preocupante-em-bh/ |título=Abastecimento de água é preocupante em BH |autor=Frank Martins |data=5 de junho de 2008 |publicado=BH Urbanistas |acessodata=19 de fevereiro de 2011 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706154951/http://urbanistas.com.br/bh/2008/06/05/abastecimento-de-agua-e-preocupante-em-bh/|urlmorta= sim}}</ref> e o fornecimento de energia elétrica é feito pela [[Companhia Energética de Minas Gerais]] (CEMIG).<ref name="cidadesnet.com">{{citar web|url=http://cidadesnet.com/municipios/belohorizonte.htm |título=Belo Horizonte |autor=Cidades.Net |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> A [[Tensão elétrica|voltagem]] da rede é de 110v.<ref name="MRE">{{citar web|url=http://www2.mre.gov.br/mercosul/Cidades-BH-InfGerais.htm |título=Belo Horizonte - Informações Gerais |autor=Ministério das Relações Exteriores |acessodata=21 de fevereiro de 2011|wayb= 20090402045438|urlmorta= sim}}</ref> Em Belo Horizonte está situada a maior estação de tratamento de esgoto da [[América Latina]]. Inaugurada em 7 de junho de 2006, a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da bacia do Ribeirão do Onça possui capacidade de tratar cerca de 155 milhões de litros de esgotos/dia gerados em grande parte de BH e região metropolitana, sendo que sua eficiência é de 70% de remoção da carga poluidora. Ocupa uma área total de 653 mil metros quadrados, dos quais 243 mil são de área construída. Com a inauguração desta ETE, a COPASA passou a ter condições de tratar 100% dos esgotos coletados em Belo Horizonte.<ref>{{citar web|url=http://santaluzianet.com/modules/news/article.php?storyid=391 |título=Minas ganha a maior estação de tratamento de esgotos da América Latina |autor=Santa Luzia Net |data=9 de junho de 2006 |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> O lixo gerado na cidade é jogado a poucos metros do leito do [[Rio das Velhas]], no Aterro de [[Sabará]].<ref>{{citar web |url=http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/minas-gerais-mapeia-conflitos-ambientais-do-estado-1.294477 |título=Minas Gerais mapeia conflitos ambientais do Estado |autor=Augusto Franco |data=13 de junho de 2011 |publicado=Hoje em Dia |acessodata=2 de julho de 2011 }}{{Ligação inativa|data=fevereiro de 2022 }}</ref>

Dados da [[Agência Nacional de Telecomunicações]] (ANATEL) de janeiro de 2011 mostraram que Belo Horizonte possuía cerca de 650 mil [[telefone]]s fixos (referentes apenas às concessionárias da [[Telemar]])<ref>{{citar web|url=http://sistemas.anatel.gov.br/sgmu/Localidade/Lista/frmListagemLocalidades.asp?opcao=7&SISQSModulo=17509&SiglaUF=MG&codMunicipio=3106200&codLocalidade=31000&idtTipoLocalidade=3&periodoReferencia=01/01/2011&indFaixa=4&optTipoConsulta=3 |título=Belo Horizonte - Listagem de Localidades |autor=ANATEL |data=2011 |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> e {{fmtn|9869}} [[Cabina telefônica|orelhões]].<ref>{{citar web|url=http://sistemas.anatel.gov.br/sgmu/TUP/Lista/frmListagemTUPs.asp?opcao=8&SISQSModulo=17510 |título=Belo Horizonte - Listagem de Telefones Públicos - referentes apenas às concessionárias do STFC |autor=ANATEL |data=2011 |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> O índice por área de [[discagem direta a distância]] (DDD) é de 031.<ref>{{citar web|url=http://www.codigosddd.com.br/minas-gerais/ddd-31/ |título=DDD 31 - Belo Horizonte - MG |autor=Codigos DDD |data=2016 |acessodata=3 de outubro de 2016}}</ref> Há acesso à [[internet]] em boa parte da cidade. Até o final de 2012 a prefeitura espera consolidar BH como a primeira capital a ter 100% de sua extensão coberta pela rede ''[[Comunicação sem fio|wireless]]'' (internet sem fio), com 50 pontos de ''[[Hotspot (Wi-Fi)|Hotspot]]''.<ref>{{citar web|url=http://www.thibireis.info/2010/02/acesso-gratuito-a-internet-em-belo-horizonte/ |título=Acesso gratuito à internet em Belo Horizonte (atualizado!) |autor=Thibireis |data=12 de fevereiro de 2010 |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref>

Belo Horizonte conta ainda com diversos jornais, destacando-se o [[Estado de Minas]] e o [[Super Notícia]].<ref>{{citar web|url=http://www.jornaisbrasil.com/minas-gerais/jornais-de-belo-horizonte.htm |título=Jornais de Belo Horizonte |autor=JornaisBrasil.com |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> Este último citado estava entre os dez de maior circulação no país, segundo dados do [[Instituto Verificador de Circulação]].<ref>{{citar web|url=http://www.adnews.com.br/midia/83239.html |título=Circulação de jornais cresce 5% no Brasil |autor=AdNews |data=29 de janeiro de 2009 |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> Em BH está situada a sede da [[Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais]], órgão oficial dos poderes do estado que publica formulários, documentos técnicos e impressos em geral para os órgãos e entidades do governo de Minas e para terceiros, bem como edições de natureza cultural.<ref>{{citar web|url=http://www.iof.mg.gov.br/institucional/a-imprensa-oficial/a-imprensa-oficial-de-minas-gerais.html |título=A Imprensa Oficial de Minas Gerais |autor=Imprensa Oficial de Minas Gerais |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> Também há algumas [[Rádio (telecomunicações)|rádios]], de acordo com a Associação Mineira de Rádio e TV e a [[Telecomunicações de Minas Gerais|Telecomunicações de Minas Gerais S.A]],<ref name="cidadesnet.com" /> como a [[Rádio Itatiaia]], a [[Rádio América (Belo Horizonte)|Rádio América]], a [[Rádio Grande BH|Grande BH]], a [[CBN Belo Horizonte|CBN]], a [[Guarani FM]] a [[Rádio Inconfidência|Inconfidência]], a [[Rede Antena 1|Antena 1]], a [[98 FM (Belo Horizonte)|98 FM]] e muitas outras.<ref name="BH.com_Rádio/TV">{{citar web|url=http://www.belohorizonte.com/br/aovivo.htm |título=Rádio/Televisão |autor=Belo Horizonte.com |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> Belo Horizonte possui também diversas emissoras de televisão sediadas da própria cidade, como a [[TV Globo Minas]], a [[TV Bandeirantes Minas]], a [[TV Record Minas]], a [[Rede Minas]], a [[Rede Super]], a [[TV Alterosa Belo Horizonte]] e a TV Horizonte.<ref name="BH.com_Rádio/TV"/>

=== Transporte ===
{{Artigo principal|Transporte em Belo Horizonte}}
{{Imagem múltipla
 | align     = left
 | direction = vertical
 | width     = 220

 | image1    = Ronaldronald -Belo Horizonte bairro Califórnia Anel Rodoviário sentido Rio.jpg
 | caption1  = Trecho do [[Anel Rodoviário (Belo Horizonte)|Anel Rodoviário]]

 | image2    = Onibus BRT Avenida Antonio Carlos Belo Horizonte 2014.jpg
 | caption2  = [[Move (sistema de transportes)|MOVE]], [[ônibus de trânsito rápido]] que atende a Belo Horizonte e região metropolitana
}}
O setor dos [[transporte]]s é administrado pela [[Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte]] (BHTRANS). O Sistema de [[Transporte público|Transporte Coletivo]] de ônibus transporta diariamente cerca de 1,4 milhão de passageiros e abrange aproximadamente 300 linhas exploradas por 50 empresas, que operam uma frota de 2 874 mil veículos com idade média de 5 anos e 8 meses.<ref name="BHTrans_Passageiros">{{citar web |url=http://bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Estat%C3%ADsticas%20e%20Publica%C3%A7%C3%B5es/Indicadores%20Anuario%20Estatistico/AE%20Tabela%2004 |título=Número de Passageiros Transportados por Serviço (Média Mensal) |autor=BHTrans |data=2009 |acessodata=18 de fevereiro de 2011 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706160318/http://bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Estat%C3%ADsticas%20e%20Publica%C3%A7%C3%B5es/Indicadores%20Anuario%20Estatistico/AE%20Tabela%2004 }}</ref><ref name="BHTrans_Ônibus">{{citar web|url=http://bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Estat%C3%ADsticas%20e%20Publica%C3%A7%C3%B5es/Indicadores%20Anuario%20Estatistico/AE%20Tabela%2003 |título=Posição Comparativa do Sistema de Transporte Coletivo Convencional |autor=BHTrans |data=2009 |acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref> Desde 1995 vem sendo implantado o [[BHBus]] (Plano de Reestruturação do Sistema de Transporte Coletivo de Belo Horizonte), que busca aprimorar o sistema de ônibus no sentido de criar uma rede de transporte integrada ([[metropolitano|metrô]] e ônibus municipais e intermunicipais), que se divide em dois subsistemas: ''Tronco-alimentado'' e ''Interbairros''.<ref name="BHTrans_BHBus">{{citar web|url=http://bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Imprensa/Vantagens%20usuário |título=Usuários têm vantagens com o Cartão BHBUS |autor=BHTrans |data=4 de junho de 2008 |acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref> O sistema de [[táxi]]s é considerado o melhor da [[América Latina]] e serve de referência para outros estados brasileiros. Possui uma frota de 6 015 táxis padronizados na cor branca, operada por cerca de 12 mil taxistas.<ref name="BHTrans_Táxi">{{citar web |url=http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Transporte%20P%C3%BAblico/T%C3%A1xi%20Tarifas |título=Tarifas do Serviço de Táxi |autor=Folha |data=11 de outubro de 2011 |acessodata=24 de novembro de 2011 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706160100/http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Transporte%20P%C3%BAblico/T%C3%A1xi%20Tarifas }}</ref>

Para ligações intermunicipais, Belo Horizonte ainda conta com o [[Terminal Rodoviário de Belo Horizonte|Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro]], inaugurado em 9 de março de 1971,<ref>{{citar web|url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=rodoviaria&tax=8420&lang=pt_BR&pg=5720&taxp=0& |título=Rodoviária - História |autor=Prefeitura |acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref> além da [[Estação Central (Belo Horizonte)|Estação Ferroviária Central de Belo Horizonte]], que fornece passagens de [[trem]] até [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], no [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], através da [[Estrada de Ferro Vitória a Minas]] (EFVM).<ref>{{citar web|url=http://www.estacoesferroviarias.com.br/efvm/efvm.htm |título=EFVM - Estrada de Ferro Vitória a Minas |autor=Estações Ferroviárias do Brasil |acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref>

Já o [[Metrô de Belo Horizonte]] é operado pela [[Metrô BH|MetrôBH]] e possui atualmente 19 estações e 28,1&nbsp;km de extensão ao longo de Belo Horizonte e [[Contagem]].<ref>{{Citar web|url=https://www.metrobh.com.br/obras/|titulo=Obras {{!}} Metrô BH|acessodata=2024-10-28|lingua=pt-BR}}</ref> O [[Metropolitano|Metrô]] foi privatizado em 2022 para a subsidiária do Comporte Participações S.A, que se comprometeu por contrato para continuar as obras da [[Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte|Linha 2]] e para reformar e ampliar a [[Linha 1 do Metrô de Belo Horizonte|Linha 1]]. Com as ampliações do sistema, estima-se que o sistema possa beneficiar até 270 mil passageiros.<ref>{{citar web|url=https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2022/dezembro/metro-de-belo-horizonte-e-concedido-a-iniciativa-privada-com-agio-de-33-9-sobre-o-valor-minimo|titulo=Metrô de Belo Horizonte é concedido à iniciativa privada com ágio de 33,9% sobre o valor mínimo|data=23 de dezembro de 2022|acessodata=28 de outubro de 2024|website=Serviços e Informações do Brasil|urlmorta=não}}</ref>

{{Imagem múltipla
| align = right
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| width = 220
| image1 = Foto_do_museu_de_artes_e_ofícios_BH.jpg
| caption1 = [[Praça Rui Barbosa (Belo Horizonte)|Praça Rui Barbosa]], com o prédio da [[Estação Central (Metrô de Belo Horizonte)|Estação Central]] do [[metrô de Belo Horizonte]], de onde sai o terminal dos trens da [[Estrada de Ferro Vitória a Minas]], abrigando também seu interior o [[Museu de Artes e Ofícios]]
| image2 = TUE Série 1000 MetrôBH n34 Estação Waldomiro Lobo.jpg
| caption2 = Trem do [[Metrô de Belo Horizonte]]
| image3 = 3_-_Aeroporto_Internacional_de_BH_-_Foto_Aérea.jpg
| caption3 = [[Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins|Aeroporto Internacional de Confins]]
}}

O transporte coletivo de passageiros em vans ou ''peruas'' é proibido em Belo Horizonte. Desde 5 de julho de 2001, a Prefeitura tem o aval da Justiça para barrar os veículos que praticam o transporte não regulamentado de passageiros na capital mineira, que chegou a ter três mil perueiros nas ruas em 2001. Atualmente, estima-se que há apenas 3% de clandestinos circulando de madrugada e nos fins de semana, nas horas em que a fiscalização não atua e, geralmente, em carros de passeio.<ref>{{citar web |url=http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/bh-tem-pelo-menos-2-peruas-para-cada-micro-onibus-suplementar-1.240166 |título=BH tem pelo menos 2 peruas para cada micro-ônibus suplementar |autor=Fernando Zuba |data=13 de fevereiro de 2011 |publicado=Hoje em Dia |acessodata=18 de fevereiro de 2011 }}{{Ligação inativa|data=fevereiro de 2022 }}</ref>

Em 2009, a frota de veículos atingiu a marca de quase 1,1 milhão de carros.<ref name="transito">{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3433490-EI7896,00-Nao+ha+solucao+para+transito+a+curtissimo+prazo+diz+Lacerda.html |titulo=Não há solução para trânsito a curtíssimo prazo, diz Lacerda |autor= Terra |acessodata=29 de janeiro de 2009}}</ref> Diariamente, o [[Departamento Estadual de Trânsito|Detran]] de Minas Gerais tem emplacado cerca de 500 [[veículo]]s novos. A frota de carros tem crescido a taxas que variam de 4 a 7% ao ano desde 1999 e esse crescimento só perde para o número de motos na cidade, que registra um crescimento médio de 11,5% ao ano.<ref name="transito"/> Proporcionalmente, Belo Horizonte tem uma das maiores proporções de veículo por habitante do país: 1 veículo para cada grupo de 2,4 habitantes (em São Paulo, estima-se um veículo por 1,78 habitante; Brasília tem 1 veículo por 2,4 habitantes e o Rio de Janeiro 1 veículo por 2,9 habitantes). Enquanto os ônibus costumam andar lotados com até cem passageiros, os carros costumam circular vazios. Na cidade, a taxa média de ocupação é de 1,4 pessoa por carro, causando [[congestionamento (trânsito)|congestionamento]]s de filas de automóveis ocupados somente pelo motorista.<ref name="probviar">{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/especiais/transito/2008/06/13/ult5848u34.jhtm|titulo=Problemas começaram na concepção da malha viária da capital mineira|autor=UOL |acessodata=22 de dezembro de 2008}}</ref><ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/especiais/transito/2008/06/13/ult5848u32.jhtm|titulo=Com trânsito saturado, metrô de Belo Horizonte bate recorde de passageiros; frota de veículos cresce 67% em 10 anos|autor=UOL |acessodata=22 de dezembro de 2008}}</ref>

A BHTrans não mede congestionamentos como em [[São Paulo]], mas um reflexo da saturação da frota pode ser indicado pela velocidade média de tráfego dos ônibus, que, por causa do excesso de carros, no horário de pico é de 18&nbsp;km/h no hipercentro, chegando a 8&nbsp;km/h em determinados locais.<ref name="transito"/> A utilização de bicicletas como [[meio de transporte]] também é bastante reduzida. Em BH, de acordo pesquisa da BHTrans de 2001, são realizados cerca de 4,1 milhões de viagens/dia, 28% das quais nos modos a pé ou de bicicleta.<ref name="BHTrans_Características">{{citar web|url=http://bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Estat%C3%ADsticas%20e%20Publica%C3%A7%C3%B5es/Indicadores%20Anuario%20Estatistico/AE%20Tabela%2002 |título=Caracterização da Cidade, do Sistema Viário e do Sistema de Transportes |autor=BHTrans |data=2007 |acessodata=18 de fevereiro de 2011}}</ref>

A Região Metropolitana de Belo Horizonte possui três aeroportos. O [[Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins|Aeroporto de Confins]] (Aeroporto Internacional Tancredo Neves), construído na década de 1980, é um dos mais modernos do Brasil e capaz de receber cinco milhões de passageiros por ano com conforto e comodidade. Com a conclusão da [[Linha Verde (Belo Horizonte)|Linha Verde]], a previsão é de que o trajeto do centro de Belo Horizonte até Confins seja efetuado em 35 minutos. O Aeroporto Industrial de Confins opera desde agosto de 2006, com a produção voltada para a [[exportação]].<ref>{{citar web|url=http://www.desenvolvimento.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=31&Itemid=45|titulo=O Aeroporto Industrial no Aeroporto Internacional Tancredo Neves é uma experiência inédita no Brasil|autor=Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais|acessodata=22 de julho de 2009|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155755/http://www.desenvolvimento.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=31&Itemid=45|urlmorta= sim}}</ref> O [[Aeroporto Carlos Drummond de Andrade|Aeroporto da Pampulha]] (Aeroporto Carlos Drummond de Andrade), instalado em uma área de dois milhões de m² na região da [[Pampulha]], localiza-se distante oito quilômetros do centro da cidade. Opera voos regionais para o interior do estado e dos estados limítrofes.<ref>{{citar web|url=http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/minas-gerais/aeroporto-de-belo-horizonte.html |titulo=Aeroporto de Belo Horizonte/Pampulha-MG-Carlos Drummond de Andrade|autor=[[Infraero|INFRAERO]] |acessodata=3 de fevereiro de 2008}}</ref> Há também o [[Aeroporto de Belo Horizonte-Carlos Prates|Aeroporto Carlos Prates]], que é mais vocacionado para a aviação desportiva, aviação geral de pequeno porte e a helicópteros, além de ser um polo formador de profissionais da aviação.

== Cultura ==
A responsável pelo setor cultural de Belo Horizonte é a Fundação Municipal de Cultura (FMC), criada pela Lei n.º 9 011, de 1 de janeiro de 2005, que tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. Está vinculada ao Gabinete do Prefeito, integra a Administração Pública Indireta do Município e possui autonomia administrativa e financeira, assegurada, especialmente, por dotações orçamentárias, patrimônio próprio, aplicação de suas receitas e assinatura de contratos e convênios com outras instituições. Atualmente, a FMC é composta por 29 unidades culturais, sendo 17 centros culturais, cinco instituições de acervo, memória e referência cultural, cinco bibliotecas  e dois teatros municipais.<ref>{{citar web|url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=fundacaocultura&tax=7664&lang=pt_BR&pg=5520&taxp=0& |título=Fundação Municipal de Cultura - Apresentação |autor=Prefeitura |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref>

=== Cinema ===
[[Imagem:Cine Brasil 2401002020.jpg|thumb|O [[Cine Theatro Brasil]]]]
A partir da chegada da primeira companhia cinematográfica a Belo Horizonte, em 1905, a ''Companhia Barrucci'', o contato do público com o [[cinematógrafo]] tornou-se mais constante. Pouco tempo mais tarde, o cinematógrafo deixou de ser exibido nos espaços privados, domésticos, para ser exibido no teatro, naquelas circunstâncias, no teatro Soucasseaux, o maior teatro belo-horizontino da época. E, com a instalação do primeiro cinematógrafo permanente da capital, em 1906, a sede do Teatro Paris tornou-se um espaço efetivo de exibição de cinema. Mais tarde, em 1912, o Teatro Paris assumiria o nome de Cine Odeon, importante referência para a vida cinematográfica da cidade, sobre do qual o poeta [[Carlos Drummond de Andrade]] lamenta o fechamento no poema ''[[O Fim das Coisas]]'', de 1928. A partir da década de 1920, cidade e cinema passaram a desenvolver uma relação mais complexa, com mais influências na vida cultural local.<ref>{{citar web |url=http://www.vmcinebrasil.com.br/cine/seculo20.php |título=O século XX e os primeiros percursos do lazer em Belo Horizonte |autor=V&M Centro de Cultura |acessodata=19 de fevereiro de 2011 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155112/http://www.vmcinebrasil.com.br/cine/seculo20.php|urlmorta= sim}}</ref>

Apenas na década de 1970 é que ocorreu o início do processo de sucateamento de salas que passam a exibir filmes de qualidade duvidosa em nome do exercício de custos mais baixos. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, a decadência das grandes salas de cinema em Belo Horizonte atinge patamar semelhante ao de outras capitais do Brasil. Várias grandes salas foram todas fechadas e, se não demolidas, deram lugar a outros prédios e construções. A grande parcela das salas de cinema passa a situar-se nos shopping centers.<ref>{{citar web |url=http://www.vmcinebrasil.com.br/cine/revitalizacao.php |título=Revitalização: esquina entre passado, presente e futuro |autor=V&M Centro de Cultura |acessodata=19 de fevereiro de 2011 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155213/http://www.vmcinebrasil.com.br/cine/revitalizacao.php }}</ref>

Atualmente Belo Horizonte ainda conta com diversas salas de [[cinema]] em várias partes da cidade, especialmente no interior de grandes shoppings.<ref>{{citar web|url=http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/belohorizonte/port/listacinemas.asp |título=Cinemas de Belo Horizonte |autor=Idas Brasil |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> Dos antigos cinemas de rua, poucos ainda operam com a mesma função.<ref>{{citar web|url=http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/12/14/interna_gerais,479096/antigos-cines-de-bh-vao-da-restauracao-ao-abandono.shtml|titulo=Antigos cines de BH vão da restauração ao abandono|publicado=[[Estado de Minas]]|autor=Flávia Ayer|data=14 de dezembro de 2013|acessodata=19 de janeiro de 2014}}</ref> Os poucos filmes produzidos na cidade são, muitas vezes, [[Curta-metragem|curtas-metragens]] produzidos, por vezes, por produtoras e gravadoras da própria cidade. São comuns filmes que expressam cenas do dia-a-dia, o chamado cinema popular.<ref>{{citar web |url=http://www.escrevercinema.com/BH_Cine_popular.htm |título=Cinema popular |autor=Escrever cinema |acessodata=19 de fevereiro de 2011 |arquivodata=10 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110710201242/http://www.escrevercinema.com/BH_Cine_popular.htm|urlmorta= sim}}</ref>

=== Vida noturna e culinária ===
[[Ficheiro:AfonsoPenacomBahia-BH.jpg|thumb|Movimento noturno da [[Avenida Afonso Pena (Belo Horizonte)|Avenida Afonso Pena]], no Centro de BH]]

Belo Horizonte é nacionalmente conhecida como a "capital nacional dos botecos". Existem na cidade cerca de 14.000 estabelecimentos, mais bares ''per capita'' do que qualquer outra grande cidade do Brasil. A culinária mineira é uma atração concomitante que acompanha bem as bebidas. Todos os anos, no mês de abril, é realizado o festival [[Comida di buteco]], competição anual de bares que serve de pretexto para visitar diversos bares e botecos de BH todas as noite durante um mês em busca dos melhores petiscos ou ''tira-gostos'', como dizem os mineiros. Quarenta dos melhores bares disputam em categorias como higiene, temperatura da cerveja, serviço e principalmente, o melhor ''tira-gosto''. Os vencedores são decididos não só pelos jurados, mas também por votação popular.<ref>{{citar web|url=http://travel.nytimes.com/2007/10/28/travel/28next.html?ref=travel|titulo=A Town Where All The World is a Bar|autor=The New York Times|autorlink=The New York Times |acessodata=16 de novembro de 2007|língua=en}}</ref>

A chamada zona [[Boémia (estilo de vida)|boêmia]] da cidade se atualmente concentra principalmente no centro da capital, mas outros bairros se destacam pelo lazer noturno, como [[Savassi]], [[Funcionários (Belo Horizonte)|Funcionários]], [[São Pedro (Belo Horizonte)|São Pedro]], [[Santa Tereza (Belo Horizonte)|Santa Tereza]], [[São Bento (Belo Horizonte)|São Bento]], [[Santo Antônio (Belo Horizonte)|Santo Antônio]], [[Lourdes (Belo Horizonte)|Lourdes]] e [[Serra (Belo Horizonte)|Serra]]. Há diversos restaurantes e bares temáticos que invadem as esquinas dos lugares mais badalados. Há [[Casa noturna|casas noturnas]], [[bar (estabelecimento)|bar]]es, [[café]]s, casas de espetáculo e danceterias que atendem aos mais diversos públicos, dos mais conservadores aos mais vanguardistas. Pode-se encontrar desde um ambiente erudito e sofisticado até uma noite agitada, ou então algo rústico e popular.<ref>{{citar web|url=http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/belohorizonte/port/noite.asp |título=Vida noturna |autor=Idas Brasil |acessodata=20 de fevereiro de 2011}}</ref>

=== Música ===
[[Imagem:Sala Minas Gerais 02.jpg|thumb|esquerda|[[Sala Minas Gerais]], sede da [[Orquestra Filarmônica de Minas Gerais]]]]

Muitos artistas reconhecidos no país e no exterior surgiram em Belo Horizonte. O [[Clube da Esquina]] é um movimento musical originado em meados da década de 1960 e desde então seus membros influenciam a cultura da cidade e do estado,<ref name="clubedaesquina">{{citar web|url=http://globominas.globo.com/GloboMinas/Noticias/MGTV/0,,MUL1222822-9033,00.html|titulo=Clube da Esquina é tema do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana|autor=Globo Minas |acessodata=11 de novembro de 2009}}</ref> tendo artistas importantes no cenário regional ou nacional, como [[Tavinho Moura]], [[Wagner Tiso]], [[Milton Nascimento]], [[Lô Borges]], [[Beto Guedes]], [[Flávio Venturini]], [[Toninho Horta]], [[Márcio Borges]], [[Fernando Brant]] e o [[14 Bis (banda)|14 Bis]]. Outros artistas importantes surgidos no cenário da cidade são [[Paulinho Pedra Azul]], [[Vander Lee]], [[Skank]], [[Pato Fu]] (selecionada pela revista ''[[Time (revista)|Time]]'' como uma das 10 melhores bandas do mundo<ref>{{citar web | url=http://www.time.com/time/musicgoesglobal/na/mbest.html | titulo=And Our Winners Are.. | autor=Time | acessodata=22 de julho de 2009 | língua=en | arquivodata=24 de abril de 2008 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20080424103048/http://www.time.com/time/musicgoesglobal/na/mbest.html|urlmorta= sim}}</ref>), [[Sepultura (banda)|Sepultura]], [[Jota Quest]], [[Tianastácia]], a dupla [[César Menotti & Fabiano|César Menotti e Fabiano]] e os corais [[Ars nova|Ars Nova]] e [[Madrigal Renascentista]].<ref name="Idas_Cultura">{{citar web|url=http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/belohorizonte/port/cultura.asp |título=Cultura em Belo Horizonte |autor=Idas Brasil |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref>

Há também os que apostam em criatividade, como o grupo [[Uakti]]. Eles criam seus próprios instrumentos musicais usando materiais como [[Cloreto de polivinila|PVC]], [[madeira]], [[metais]] e [[vidro]]. Seu nome é baseado num mito dos índios [[Tucano|Tukano]] e reflete o sentimento [[povos ameríndios|indígena]] presente em seus trabalhos.<ref>{{citar web|url=http://www.uakti.com.br/ |título=A lenda |autor=Uakti |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref>

[[Ficheiro:Metalmania 2007 - Sepultura 01.jpg|thumb|Grupo [[Sepultura (banda)|Sepultura]] durante o ''Metalmania'' de 2007]]
A cidade ainda sedia anualmente grandes festivais populares que levam milhares de pessoas ao [[Estádio Governador Magalhães Pinto|Mineirão]] como o [[Axé Brasil]], de música baiana, e o [[Pop Rock Brasil]], de música pop. Belo Horizonte também tem se consagrado como um dos grandes polos da [[música eletrônica]] mundial, realizando diversos festivais do gênero com bandas e [[DJ]]s de renome internacional atraindo turistas de todas as partes do país. Destaque para o [[Creamfields|Festival Creamfields Brasil]] sediado na cidade e realizado em 12 países além do Brasil.<ref>{{citar web|url=http://www.creamfields.com.br/2011/atracoes.php |titulo=Atrações |autor=Creamfields Brasil |acessodata=9 de janeiro de 2009}}</ref> Ainda na música eletrônica destaca-se o [[funk]], que está presente em Belo Horizonte desde a década de 1970, mas só começou a popularizar-se na década de 90. Hoje está presente no circuito cultural formal, em grandes danceterias, nas rádios, ou ainda em bailes promovidos nas comunidades mais carentes, especialmente nas quadras de escolas.<ref>{{citar web|url=http://www.overmundo.com.br/banco/o-funk-de-belo-horizonte |título=O Funk de Belo Horizonte |autor=Mc Jefinho |data=9 de fevereiro de 2008 |publicado=Over Mundo |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref>

Na [[música erudita]], desde a década de 1940 há grupos de pessoas que cantavam e promoviam eventos orquestrais. Atualmente, o erudito vem sendo divulgado em parques e teatros com repertórios cada vez mais prestigiados pela população. Na cidade destaca-se as apresentações da [[Orquestra Sinfônica de Minas Gerais]] (OSMG), criada em 1976. Esta foi, até 21 de fevereiro de 2008 (quando da criação da nova [[Orquestra Filarmônica de Minas Gerais]]), a orquestra oficial do estado de Minas Gerais.<ref>{{citar web|url=http://www.belohorizonte.mg.gov.br/estilo-de-vida/arte-e-cultura/m-sica/capital-mineira-proporciona-m-sica-erudita-todos |título=Capital mineira proporciona música erudita a todos |autor=Prefeitura |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref>

=== Literatura ===
[[Imagem:Frei Betto, World Economic Forum on Latin America 2009.jpg|esquerda|thumb|[[Frei Betto]], [[frade dominicano]], intelectual e escritor belo-horizontino]]

Desde as suas primeiras décadas, a cidade já demonstrava sua vocação cultural na área da literatura. Jovens idealistas e poetas, na década de 1920, incorporavam-se à [[Rua da Bahia]], a principal via da cidade na época. Foi na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional, dentre eles [[Carlos Drummond de Andrade]], [[Ciro dos Anjos]], [[Pedro Nava]], [[Alberto Campos]], [[Emílio Moura]], [[João Alphonsus]], [[Milton Campos]], [[Belmiro Braga]] e [[Abgar Renault]], que se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira. Em 1925, Carlos Drummond de Andrade e seus companheiros lançaram ''A Revista'' que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do [[modernismo]] em Minas.<ref>{{citar web |url=http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/CarloDru.html |titulo=Carlos Drummond de Andrade |autor=DEC-UFCG |acessodata=22 de julho de 2009 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155358/http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/CarloDru.html|urlmorta= sim}}</ref>

Ao longo dos anos sucederam-se muitos outros intelectuais e poetas como [[Fernando Sabino]], [[Hélio Pellegrino]], [[Otto Lara Resende]], [[Ziraldo]] e [[Paulo Mendes Campos]].<ref name="Idas_Cultura"/> Hoje, na área literária, destaca-se também a realização anual do Concurso Nacional de Literatura Prêmio Cidade de Belo Horizonte, que foi instituído pelo Decreto nº 204 de 1947, e é promovido pelo Município de Belo Horizonte e coordenado pela Fundação Municipal de Cultura, tendo como finalidade distinguir obras inéditas, em Língua Portuguesa, de autores brasileiros natos ou naturalizados em três categorias (Ensaio, Poesia e Autor Estreante e Dramaturgia).<ref>{{citar web|url=http://versoseacordes.blogspot.com/2009/08/oncurso-nacional-de-literatura-premio.html |título=Concurso Nacional de Literatura Prêmio Cidade de Belo Horizonte - 2009 - Decreto nº 13.600 de 19 de junho de 2009 |autor=Prefeitura de Belo Horizonte |data=3 de agosto de 2009 |publicado=Versos e Acordes |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref>

=== Teatro ===
[[Ficheiro:Praça da Estação FIT-BH 2010.jpg|thumb|[[Praça Rui Barbosa (Belo Horizonte)|Praça da Estação]] durante o [[Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua]] (FIT-BH)]]
No teatro, os grandes expoentes são o [[Grupo Galpão]],<ref>VILAS BÔAS, C. A.; SILVA, P. F. C. ''Do clássico às ruas:o Grupo Galpão sob o olhar do espectador''. PUC Minas – Revista de Turismo, Belo Horizonte, v. 3, n. 4, nov. 2008.</ref> o [[Grupo Oficcina Multimédia]], um grupo de pesquisa das múltiplas linguagens artísticas na encenação teatral, sendo considerado um dos mais antigos da cidade ainda em atividade,<ref>{{Citar periódico |url=http://periodicos.letras.ufmg.br/index.php/emtese/article/view/16085 |titulo=40 Anos Grupo Oficcina Multimédia |data=2019-11-14 |acessodata=2021-05-24 |jornal=Em Tese |número=3 |ultimo=Multimédia |primeiro=Grupo Officina |paginas=312–339 |lingua=pt |doi=10.17851/1982-0739.24.3.312-339 |issn=1982-0739}}</ref> o [[Grupo Giramundo|Giramundo Teatro de Bonecos]], que é um importante grupo especializado em teatro de bonecos. Eles mantêm um museu de bonecos que criaram desde a sua fundação em 1970, tendo lançado seu primeiro álbum completo em 1981 e 11 trabalhos desde então.<ref name="em">REIS, Sérgio Rodrigo Reis.(1 de abril de 2010). ''Sonho e realidade''. Caderno ''EM Cultura''. Jornal ''[[Estado de Minas]]''</ref> Há muitos grupos artísticos brasileiros notáveis que têm sua origem em Belo Horizonte, como o Grupo Primeiro Ato e o [[Grupo Corpo]], que é talvez o mais famoso grupo de [[dança contemporânea]] do país; foi criado na cidade em 1975, excursionando e sendo aclamado por plateias em todo o mundo.<ref>{{citar web | url=http://www.grupocorpo.com.br/site/# | titulo=Grupo Corpo | autor=Grupo Corpo | acessodata=21 de julho de 2009 | arquivodata=28 de julho de 2009 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20090728210624/http://www.grupocorpo.com.br/site/|urlmorta= sim}}</ref><ref>{{citar web | url=http://www.centrocultural.sp.gov.br/danca/grupocorpo.asp?pag=1 | titulo=Grupo Corpo | autor=Centro Cultural São Paulo | acessodata=21 de julho de 2009 | arquivodata=1 de março de 2009 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20090301192901/http://www.centrocultural.sp.gov.br/danca/grupocorpo.asp?pag=1|urlmorta= sim}}</ref> Grandes atores da [[televisão]] e do [[teatro]] são oriundos de Belo Horizonte, como [[Débora Falabella]], [[Ísis Valverde]] e Gustavo Winter.<ref name="Prefeitura_Mirantes">{{citar web|url=http://www.belohorizonte.mg.gov.br/turismo/roteiros/horizonte-da-cidade/qualquer-hora-do-dia-um-bel-ssimo-horizonte-para-admirar |título=A qualquer hora do dia, um belíssimo horizonte para admirar |autor=Prefeitura |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref>

Já se tornou uma tradição na cidade a realização de encontros, mostras e festivais artísticos. Anualmente, são realizados o [[Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua|Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua (FIT-BH)]], o [[Festival Internacional de Teatro de Bonecos]], o Festival Internacional de Dança (FID), o [[Festival Internacional de Corais|Festival Internacional de Corais (FIC)]], o Festival de Arte Negra (FAN), o [[Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte|Festival Internacional de Curtas]] e a [[Mostra de Cinema Mundial|Mostra de Cinema Mundial - Indie Brasil]]. Bienalmente, são realizados o [[Encontro Mundial de Artes Cênicas|Encontro Mundial de Artes Cênicas (ECUM)]], o [[Encontro Internacional de Literaturas em Língua Portuguesa]], o [[Festival Mundial de Circo do Brasil|Festival Mundial de Circo do Brasil (FMCB)]] e o [[Festival Internacional de Quadrinhos|Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ)]].<ref>{{citar web|url=http://fr.pbh.gov.br/?q=pt-br/content/bh-cidade-dos-festivais-0 |título=BH: cidade dos festivais |autor=Prefeitura |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref><ref>{{citar web |url=http://bhol.com.br/10-edicao-fit-belo-horizonte |título=10ª edição do FIT em Belo Horizonte |autor=BH OnLine |data=9 de julho de 2010 |acessodata=19 de fevereiro de 2011 |arquivodata=24 de fevereiro de 2011 |arquivourl=https://www.webcitation.org/5wkOakp81?url=http://bhol.com.br/10-edicao-fit-belo-horizonte|urlmorta= sim}}</ref> Além desses, o Verão Arte Contemporânea<ref>{{Citar web |url=https://prefeitura.pbh.gov.br/noticias/verao-arte-contemporanea-se-apresenta-em-espacos-culturais |titulo=Verão Arte Contemporânea se apresenta em espaços culturais |acessodata=2021-05-24 |website=Prefeitura de Belo Horizonte |lingua=pt-br}}</ref> e a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança acontecem nos meses de janeiro e fevereiro, quando dezenas de peças teatrais são oferecidas a preços populares à população, levando um grande número de pessoas aos teatros da capital mineira.<ref>{{citar web|url=http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_11/2009/01/02/ficha_teatro/id_sessao=11&id_noticia=6389/ficha_teatro.shtml |título=Campanha de Popularização do Teatro e da Dança chega à 35ª edição |autor=Ailton Magioli |data=2 de janeiro de 2009 |publicado=Portal Uai |acessodata=24 de fevereiro de 2011}}</ref>

=== Tradições e folclore ===
[[Ficheiro:Carnavaloutono.jpg|thumb|esquerda|[[Carnaval de Belo Horizonte]] na rua Outono, no bairro Cruzeiro]]
Na área [[Folclore|folclórica]] de Belo Horizonte destaca-se a realização de exposições e eventos abertos ao público.<ref>{{citar web |url=http://wwo.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2008/08/05/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=74377/em_noticia_interna.shtml |título=Atrações do folclore mostradas em praças de Minas |autor=Ingrid Furtado - Estado de Minas |data=5 de agosto de 2008 |publicado=Portal Uai |acessodata=19 de fevereiro de 2011|arquivourl= https://archive.is/GpLr|arquivodata= 16-07-2012|urlmorta= sim}}</ref> Vários grupos, como o ''Grupo Aruanda'', conhecido internacionalmente como ''Voluntários da Cultura'', fazem trabalhos árduos de pesquisa, preservação e divulgação do folclore nacional. São mais de 100 danças pesquisadas em todas as regiões do país e mais de 3 000 espetáculos realizados no Brasil e no exterior pelo Aruanda, o que qualifica o grupo como referência nacional em manifestações populares. Em várias dessas apresentações pelo Brasil e pelo mundo, são divulgadas as belezas da capital mineira.<ref>{{citar web|url=http://www.belohorizonte.mg.gov.br/estilo-de-vida/arte-e-cultura/manifesta-es-culturais/manifesta-o-folcl-rica-no-centro-de-bh |título=Manifestação folclórica no centro de BH |autor=Prefeitura |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref>

Durante períodos festivos também há diversas atividades e eventos realizados, como as apresentações do [[Carnaval de Belo Horizonte]], quando são realizadas diversas oficinas, concursos de fantasias, desfiles e outras atividades.<ref>{{citar web |url=http://www.jusbrasil.com.br/politica/4530038/atividades-carnavalescas-agitam-os-centros-culturais-de-belo-horizonte |título=Atividades Carnavalescas agitam os Centros Culturais de Belo Horizonte |autor=Prefeitura de Belo Horizonte |data=29 de janeiro de 2010 |publicado=Jus Brasil |acessodata=19 de fevereiro de 2011 |arquivodata=23 de maio de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110523083440/http://www.jusbrasil.com.br/politica/4530038/atividades-carnavalescas-agitam-os-centros-culturais-de-belo-horizonte|urlmorta= sim}}</ref> Também há apresentações especiais nos teatros da cidade dedicadas às crianças no mês de outubro. São realizadas exibições de vídeos, oficinas, exposições, circo e teatro que compõem a programação especial dedicada exclusivamente a elas, em comemoração ao dia 12 de outubro.<ref>{{citar web|url=http://www.abn.com.br/editorias1.php?id=64241 |título=Espaços culturais de Belo Horizonte dedicam outubro às crianças |autor=Agência Brasileira de Notícias (ABN) |data=11 de outubro de 2010 |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> Há, em novembro, o Festival de Arte Negra (FAN), promovido pela prefeitura de Belo Horizonte por meio da Fundação Municipal de Cultura. O projeto integra um conjunto de ações no plano das [[política pública|políticas públicas]] com o fim de discutir, combater e superar os problemas que historicamente excluem a população negra de Belo Horizonte e de todo o país da pauta básica de direitos conferidos pela condição de [[cidadania]], reunindo ainda [[artista]]s, grupos e estudiosos brasileiros e de outros países da [[diáspora]] negra.<ref name="cmi">{{citar web |url=http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/11/267994.shtml |titulo=Semana Consciencia Negra - Festival de Arte Negra em BH |autor=CMI Brasil - Centro de Mídia Independente Brasil |data=19 de janeiro de 2009 |acessodata=19 de fevereiro de 2011 |arquivodata=22 de maio de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110522082127/http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/11/267994.shtml|urlmorta= sim}}</ref> Outra comemoração de destaque é a do aniversário de Belo Horizonte, que, mesmo sendo em 12 de dezembro, conta com eventos durante vários dias.<ref>{{citar web|url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/noticia.do?evento=portlet&pAc=not&idConteudo=25432&pIdPlc=&app=salanoticias |título=Aniversário de Belo Horizonte tem comemoração variada |autor=Prefeitura |data=5 de dezembro de 2008 |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref>

Para além das festividades, a tradição popular oral também está presente na capital mineira. As lendas urbanas fazem parte da história de Belo Horizonte desde antes da própria inauguração da cidade. Um exemplo é a [[Maria "Papuda"|Maria “Papuda”]], também conhecida como Fantasma do Palácio da Liberdade, que assombrava os governadores que habitavam a construção, desde o início do século XX. Outra lenda mais recente, da década de 1980, é o [[Capeta do Vilarinho|Capeta da Vilarinho]], um homem desconhecido e misterioso, que ao ganhar um concurso de dança e tirar seu chapéu, exibira seus chifres, assustando a população local. Há também outros fantasmas que assombram a cidade, a exemplo da [[Loira do Bonfim]], do Fantasma do Bairro Serra, do Avantesma da Lagoinha e da Moça-fantasma da Savassi<ref>{{citar web|ultimo=REIS|primeiro=Larissa|url=https://bhaz.com.br/noticias/bh/do-bonfim-a-savassi-conheca-quatro-fantasmas-que-contam-a-historia-de-belo-horizonte/|titulo=Do Bonfim à Savassi: Conheça quatro fantasmas que contam a história de Belo Horizonte|data=30 de outubro de 2021|acessodata=5 de maio de 2022|website=BHAZ}}</ref>.

=== Artes visuais ===
[[Ficheiro:O Abraço.jpg|thumb|thumb|upright|''O Abraço'', de Ceschiatti, no [[Museu de Arte da Pampulha]]]]

A [[Escola Guignard]], dirigida pelo artista [[Alberto da Veiga Guignard]], formou artistas importantes no circuito mineiro, nacional e internacional das artes plásticas. Destacam-se [[Amílcar de Castro]], [[Farnese de Andrade]], [[Leda Gontijo]], [[Franz Weissmann]], [[Mary Vieira]], [[Maria Helena Andrés]], [[Mário Silésio]], [[Yara Tupynambá]] e [[Inimá de Paula]]. Hoje a cidade possui grande quantidade de museus e galerias de arte, que exibem uma parte da história da arte moderna brasileira. Destacam-se o [[Museu de Arte da Pampulha]], que é integrante do [[Conjunto Arquitetônico da Pampulha]] e enfoca tendências artísticas variadas em mostras, pesquisa e conceituação, sendo seu acervo composto por obras da [[arte contemporânea]] brasileira;<ref>{{citar web|url=http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.004/985 |título=O encanto da contradição |autor=Vitru Vius |data=Setembro de 2000 |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> o [[Museu Histórico Abílio Barreto]], cujo acervo é um conjunto de itens que constitui um texto múltiplo e revelador dos vários sentidos e trajetórias da cidade, expondo documentos textuais, iconográficos, bidimensionais e tridimensionais referentes às origens, formação e desenvolvimento de Belo Horizonte;<ref>{{citar web|url=http://www.amigosdomhab.org.br/ |título=Histórico |autor=Amigos do MHAB |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref> e o [[Museu de Artes e Ofícios]], que é o primeiro empreendimento museológico brasileiro dedicado integralmente ao tema do trabalho, das artes e ofícios no país.<ref>{{citar web |url=http://www.mao.org.br/port/institucional.asp |título=Museu de Artes e Ofícios |autor=Museu de Artes e Ofícios |acessodata=19 de fevereiro de 2011 |arquivodata=16 de dezembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20101216062508/http://www.mao.org.br/port/institucional.asp|urlmorta= sim}}</ref>

No Museu de Arte da Pampulha ainda destaca-se a realização do Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte, que é um evento voltado para artistas emergentes ou em início de carreira. A intenção do projeto é criar maior engajamento do Museu com a produção emergente, propiciando, por sua vez, o contato do artista jovem com um amplo leque de leituras sobre sua obra. O processo de seleção, de âmbito nacional, resulta na escolha de dez artistas entre os inscritos para receber uma bolsa mensal durante um ano.<ref>{{citar web |url=http://to.plugin.com.br/nucleogravurars/BH2005.htm |título=28º Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte |autor=to.plugin |data=2004 |acessodata=19 de fevereiro de 2011 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706153918/http://to.plugin.com.br/nucleogravurars/BH2005.htm|urlmorta= sim}}</ref>

Belo Horizonte conta com uma instituição onde é lecionado o curso de artes visuais. A [[Escola de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais]] (EBA-MG), instituição da [[Universidade Federal de Minas Gerais]] (UFMG), foi criada em 5 de abril de 1957, inicialmente sob a forma de curso de arte na [[Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais|Escola de Arquitetura]]. Foi transformada em escola e aprovada pelo Decreto-Lei nº. 62 317 de 28 de fevereiro de 1968, quando passou a constituir uma unidade do sistema básico da UFMG.<ref>{{citar web|url=http://www.eba.ufmg.br/hist.html |título=Um pouco de história |autor=Escola de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais |acessodata=19 de fevereiro de 2011}}</ref>

=== Arquitetura e patrimônio histórico ===
Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades planejadas do Brasil.<ref name="estadao_terceira"/><ref name="Idas_Arquitetura">{{citar web|url=http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/belohorizonte/port/arquitetura.asp |título=Primeira cidade planejada do Brasil |autor=Idas Brasil |acessodata=20 de fevereiro de 2011}}</ref> A cidade começou a se desenhar a partir do século XX com um projeto mais modernizado para a nova capital de Minas. O objetivo inicial era fazer um modelo contemporâneo e eclético que, ao mesmo tempo, tivesse toques dos estilos [[Neoclassicismo|neoclássico]]s, [[neorromânico]]s e [[neogótico]]s. O período de instalação e consolidação da Cidade de Belo Horizonte ocorreu entre 1894 e 1930. Enquanto a então capital da república, Rio de Janeiro, era colocada abaixo para a reestruturação de seu centro urbano, Belo Horizonte já nascia transpirando contemporaneidade e ecletismo.<ref name="Idas_Arquitetura"/>

[[Imagem:Ipê na Praça da Liberdade 2 By Sergio Cirino 2006.JPG|thumb|upright|esquerda|[[Edifício Niemeyer]] na [[Praça da Liberdade (Belo Horizonte)|Praça da Liberdade]]]]
Aos elementos da arquitetura greco-romana foram incorporados modismos que caracterizaram a década de 20, como o primado geométrico do [[Art déco]]. A influência da ''[[Belle Époque]]'', ocorrida na [[França]] naquela época, também pode ser percebida nos inúmeros espaços públicos e praças. Arquitetos franceses, mestres de obras e operários italianos representam boa parte da mão de obra que construiu a cidade. Na década de 1930, começaria o processo de [[Verticalização (urbanismo)|verticalização]] em Belo Horizonte, quando surgiram as primeiras firmas de concreto. A partir de 1935, em virtude das profundas mudanças vividas pelo Brasil, inclusive na política industrial, a cidade passou por um processo acelerado de desenvolvimento urbano. Nesta época, as construções que sempre acompanhavam a [[Avenida do Contorno (Belo Horizonte)|Avenida do Contorno]] se tornaram mais dispersas do plano original. Naquele período, o arquiteto italiano Raffaello Berti teve fundamental influência na arquitetura da cidade. Mesmo não podendo assinar seus projetos, por causa da legislação que negava a autoria a profissionais estrangeiros, atribuem-se a ele obras arquitetônicas como o edifício da Prefeitura, a sede do [[Minas Tênis Clube]] e a [[Santa Casa de Misericórdia (Belo Horizonte)|Santa Casa de Misericórdia]].<ref name="Idas_Arquitetura"/>

No início da década de 1940, o então Prefeito Juscelino Kubitschek trouxe a Belo Horizonte o urbanista francês [[Alfred Agache (arquiteto)|Agache]] com objetivo de urbanizar a região da [[Pampulha]], com sua [[Lagoa da Pampulha|lagoa artificial]]. A confecção do conjunto arquitetônico contou com a participação do arquiteto [[Oscar Niemeyer]], do paisagista [[Roberto Burle Marx|Burle Marx]], do pintor [[Cândido Portinari]] e dos escultores [[Alfredo Ceschiatti]], [[August Zamoyski]] e [[José Pedrosa (escultor)|José Pedrosa]]. Hoje a Pampulha é considerada um marco da arquitetura moderna. Niemeyer e Belo Horizonte conseguiram projeção internacional a partir da construção do [[Conjunto Arquitetônico da Pampulha]].<ref name="Idas_Arquitetura"/>

Atualmente, algumas das várias construções que melhor representam a arquitetura urbana de Belo Horizonte estão no [[Savassi]], que engloba a [[Praça da Liberdade (Belo Horizonte)|Praça da Liberdade]], um grande ''shopping'' (o Pátio Savassi), parte da [[Avenida do Contorno (Belo Horizonte)|Avenida do Contorno]] e o início da [[Avenida Nossa Senhora do Carmo]].<ref>{{citar web| url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=historia&tax=14364&lang=pt_BR&pg=5780&taxp=0& |titulo=Savassi: Badalação e charme na região Centro-Sul |autor=Prefeitura |acessodata=21 de julho de 2009}}</ref><ref>{{citar web| url=http://www.savassi.com.br/fr_hist.htm |titulo=História da Savassi |autor=Savassi.com.br |acessodata=21 de julho de 2009}}</ref> Também há o [[Edifício Acaiaca]], construído em Art Deco; a [[Catedral da Boa Viagem]], feita em estilo neogótico, abriga vitrais de grande beleza e seu altar-mor é todo trabalhado em [[Carrara|mármore de carrara]]; o [[Viaduto de Santa Teresa]], que foi uma das primeiras construções do Brasil a utilizar concreto armado; e a [[Torre Piemonte]], que é a mais alta do Brasil com acesso ao público, possuindo 101 metros de altura e 432 metros acima do centro de BH, e foi construída com aço produzido pela [[ArcelorMittal Timóteo]].<ref name="Prefeitura_Arquitetura">{{citar web|url=http://www.belohorizonte.mg.gov.br/bh-primeira-vista/arquitetura/arquitetura-de-belo-horizonte |título=A arquitetura de Belo Horizonte |autor=Prefeitura |acessodata=20 de fevereiro de 2011}}</ref>

=== Esportes ===
[[Imagem:Stadion Belo Horizonte Halbfinale WM 2014 (22117986076).jpg|thumb|[[Estádio Governador Magalhães Pinto|Mineirão]], um dos palcos da [[Copa do Mundo FIFA de 2014]]]]

No [[Futebol de Minas Gerais|futebol]], Belo Horizonte é sede de três clubes reconhecidos nacionalmente: [[Clube Atlético Mineiro]], [[Cruzeiro Esporte Clube]] e [[América Futebol Clube (Belo Horizonte)|América Futebol Clube]].<ref>{{Citar web |url=https://ge.globo.com/mg/futebol/noticia/reuniao-entre-clubes-e-prefeitura-de-bh-define-volta-de-torcida-aos-estadios-da-capital-mineira.ghtml |titulo=Reunião entre clubes e Prefeitura de BH define volta de torcida aos estádios da capital mineira |acessodata=2021-09-17 |website=ge |lingua=pt-br}}</ref> Esses clubes também participam do [[Campeonato Mineiro de Futebol Feminino]].<ref>{{citar web|url=https://www.otempo.com.br/superfc/futebol-feminino/campeonato-mineiro-feminino-tera-inicio-em-setembro-saiba-mais-sobre-a-disputa-1.2530567 |título= Campeonato Mineiro feminino terá início em setembro; saiba mais sobre a disputa|autor= Duda Gonçalves|publicado= ''O Tempo'' |data= 20/8/21}}</ref>

A cidade conta ainda com 3 grandes estádios: o [[Estádio Governador Magalhães Pinto]] (o Mineirão), que é o maior estádio de futebol de Minas Gerais e [[Lista dos maiores estádios do Brasil|quinto maior do Brasil]], com capacidade para 62 170 espectadores;<ref name="WSt">{{citar web |url=http://www.worldstadiums.com/south_america/countries/brazil/minas_gerais.shtml |publicado=World Stadiums |titulo=Stadiums in Brazil (Minas Gerais) |acessodata=29 de dezembro de 2012 |língua=en |arquivodata=21 de novembro de 2012 |arquivourl=https://www.webcitation.org/6CKkqb0kl?url=http://www.worldstadiums.com/south_america/countries/brazil/minas_gerais.shtml|urlmorta= sim}}</ref> a [[Arena MRV]], do Atlético, com capacidade para 47.465 pessoas<ref>{{Citar web|url=https://www.espn.com.br/futebol/atletico-mg/artigo/_/id/11905228/de-tecnologia-do-real-madrid-a-caldeirao-o-que-torcedor-do-atletico-mg-pode-esperar-do-novo-estadio|titulo=De tecnologia do Real Madrid a 'caldeirão': o que torcedor do Atlético-MG pode esperar do novo estádio|data=2023-04-15|acessodata=2023-05-22|website=ESPN.com|lingua=pt}}</ref> e promete ser o mais moderno do Brasil<ref>{{Citar web|ultimo=Nogueira|primeiro=Thiago|url=https://www.otempo.com.br/sports/atletico/arena-mrv-high-tech-estadio-do-galo-sera-o-mais-tecnologico-da-america-latina-1.2474370|titulo=Arena MRV high-tech: estádio do Galo será o mais tecnológico da América Latina {{!}} O TEMPO|data=2021-04-20|acessodata=2023-05-22|website=www.otempo.com.br|lingua=pt-BR}}</ref> e o [[Estádio Raimundo Sampaio|Independência]], do América, com capacidade para aproximadamente 23 mil pessoas<ref name="WSt"/>. Além dos estádios, Belo Horizonte possui três grandes ginásios: o [[Estádio Jornalista Felipe Drummond|Jornalista Felipe Drummond]] (o Mineirinho), com capacidade para cerca de 25 mil pessoas; a [[Arena Juscelino Kubitschek]], arena multiúso do [[Minas Tênis Clube]], com capacidade para {{fmtn|4000}} pessoas; e o [[Km de Vantagens Hall (Belo Horizonte)|Km de Vantagens/Marista Hall]], do Colégio Marista, uma arena multiúso com capacidade em torno de {{fmtn|3700}} pessoas, que atualmente é utilizado para shows e eventos culturais e artísticos.<ref name="WSt"/>

A cidade ainda é sede de vários eventos desportivos de outras modalidades, como a [[Volta Internacional da Pampulha]], prova pedestre disputada de 17,8&nbsp;km de percurso, em comemoração ao aniversário de capital.<ref>{{citar web |url=http://www.yescom.com.br/voltadapampulha/2011/portugues/index.asp |título=A prova |autor=Site Volta Internacional da Pampulha |acessodata=21 de fevereiro de 2011 |arquivodata=24 de fevereiro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110224020930/http://www.yescom.com.br/voltadapampulha/2011/portugues/index.asp|urlmorta= sim}}</ref> Ainda no [[atletismo]], é realizada também desde 2008 a [[Meia Maratona Linha Verde]], com percurso de 21&nbsp;km entre a rodovia [[MG-010]] e a [[Praça Rui Barbosa (Belo Horizonte)|Praça Rui Barbosa]].<ref>{{citar web|url=http://www.esportes.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=442&Itemid=156 |título=Meia Maratona Linha Verde traz elite do atletismo a Belo Horizonte |autor=Secretaria de Estado de Esportes e Juventude (SEEJ) |data=4 de abril de 2008 |acessodata=21 de fevereiro de 2011}}</ref>

No [[turfe]], o [[Hipódromo Serra Verde]] foi o principal [[hipódromo]] que existiu em Belo Horizonte, funcionando regularmente de 1964 a 2006 no bairro [[Serra Verde (Belo Horizonte)|Serra Verde]].<ref>RODRIGUES, Márcio de Ávila. ''História do turfe em Belo Horizonte''.</ref> O Minas Tênis Clube é uma agremiação com sede na capital mineira fundada em 15 de novembro de 1935 e que possui destaque nacional e internacional em diversas modalidades de [[Desporto olímpico|esportes olímpicos]], sendo responsável por vários clubes de diferentes esportes, como a [[Minas Tênis Clube (voleibol masculino)|equipe de voleibol masculino]] e [[Minas Tênis Clube (voleibol feminino)|feminino]] do Minas Tênis, além da equipe do [[Minas Tênis Clube (basquete)|basquetebol]], do [[Minas Tênis Clube (futsal)|futebol de salão]] (futsal), do [[judô]], da [[ginástica artística]], da [[natação]] e do [[ténis|tênis]].<ref>{{citar web |url=http://www.minastenisclube.com.br/Cmi/Pagina.aspx?596 |título=História |autor=Site Minas Tênis Clube |acessodata=21 de fevereiro de 2011 |arquivodata=27 de julho de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100727025227/http://www.minastenisclube.com.br/Cmi/Pagina.aspx?596|urlmorta= sim}}</ref>
{{Panorama|Mineirão Pampulha Panorama.jpg|800px|[[Lagoa da Pampulha]], onde é realizada a [[Volta Internacional da Pampulha]], com o [[Estádio Jornalista Felipe Drummond|Mineirinho]] em primeiro plano}}

=== Feriados municipais ===
Em Belo Horizonte há quatro [[feriado]]s municipais, definidos pela lei nº {{fmtn|1327}}, de 8 de fevereiro de 1967: a [[Sexta-Feira Santa]], que ocorre sempre em março ou abril; o [[Corpus Christi]], que sempre é realizado na quinta-feira seguinte ao domingo da [[Trindade (cristianismo)|Santíssima Trindade]]; e o dia da [[Imaculada Conceição]], comemorado em 8 de dezembro.<ref>{{citar web|url=http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=governo&tax=15244&lang=pt_BR&pg=5660&taxp=0& |titulo=Calendário de Feriados 2011 |autor=Prefeitura |acessodata=21 de fevereiro de 2011}}</ref>

== Ver também ==
* [[:Categoria:Naturais de Belo Horizonte|Mineiros naturais de Belo Horizonte]]

{{Referências}}

=== Bibliografia ===
{{Refbegin}}
* BARRETO, Abílio. ''Belo Horizonte: memória histórica e descritiva - história antiga e história média''. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1995. ISBN 85-85930-05-5
{{Refend}}

== Ligações externas ==
{{Correlatos
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* [http://wikimapia.org/#lat=-19.9197761&lon=-43.9398193&z=11&l=9&m=b Belo Horizonte] no [[WikiMapia]]
* [http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&biw=1276&bih=567&q=Belo+Horizonte&wrapid=tlif129832740553111&um=1&ie=UTF-8&hq=&hnear=Belo+Horizonte+-+MG&gl=br&ei=budiTaOZBYLZgAfhpbDOAg&sa=X&oi=geocode_result&ct=title&resnum=1&ved=0CCoQ8gEwAA Belo Horizonte] no [[Google Maps]]
* [http://www.cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/belo-horizonte Dados do IBGE de Belo Horizonte] no [[IBGE]]

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