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Bloqueio Continental: diferenças entre revisões

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Napoleão justificou tal violação do [[direito internacional]] como uma exigência de responder à ação de bloqueio dos portos franceses por navios da [[Marinha do Reino Unido]], que anteriormente ao decreto napoleônico havia por diversas vezes seqüestrado navios franceses.
Napoleão justificou tal violação do [[direito internacional]] como uma exigência de responder à ação de bloqueio dos portos franceses por navios da [[Marinha do Reino Unido]], que anteriormente ao decreto napoleônico havia por diversas vezes seqüestrado navios franceses.


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==Objetivos e extensão==
[[Imagem:Europe map Napoleon Blocus.png|thumb|200px|left|A situação da Europa em [[1811]]. As cores indicam (do azul escuro ao claro) os países: <br /> - Membros do Império <br /> - Satélites<br /> - Os que aplicam o bloqueio]]
O objetivo do bloqueio era atingir a economia britânica. Visto que com a derrota em [[batalha de Trafalgar|Trafalgar]] a França não teria mais condições de contestar o domínio inglês dos mares nem teria tido a possibilidade de invadir, com uma expedição de tropas transportadas via marítima. O Reino Unido depois da incursão naval inglesa na [[Dinamarca]] de [[agosto]] de [[1807]], o Bloqueio foi estendido também aos portos do [[mar Báltico]] e, em novembro e dezembro do mesmo ano, foi radicalizado com os dois Decretos de [[Milão]].

Com o primeiro, de [[23 de novembro]] de [[1807]], foram listas algumas mercadorias, entre elas as provenientes da colônias, que seriam consideradas ''[[a priori]]'' como provenientes do Reino Unido. Além disso, qualquer navio, não apenas os britânicos, que atracassem num porto sujeito ao Bloqueio vindo de um porto do Reino Unido seria sujeito ao confisco da [[carga]]. Com o segundo decreto, de [[17 de dezembro]] de 1807, estabeleceu-se que os navios neutrais provenientes de pontos britânicos seriam considerados sem [[nacionalidade]] e, portanto, passíveis de captura em [[alto-mar]] por parte de navios franceses. Depois de tais decretos, também a Rússia do csar [[Alexandre I da Rússia|Alexandre I]] adotou o bloqueio e convenceu a [[Áustria]] a também fazê-lo.

Todavia, o Bloqueio Continental foi pouco respeitado, principalmente pela corrupção (mediante [[suborno]]) de oficiais franceses que deveriam fiscalizar a aplicação de todos os decretos (o de Berlim e os de Milão)


==A reação britânica==
==A reação britânica==

Revisão das 16h59min de 26 de novembro de 2008

Napoleão Bonaparte retratado por Paul de La Roche (detalhe).

O Bloqueio Continental foi a proibição imposta por Napoleão Bonaparte com a emanação, em 21 de novembro de 1806, do Decreto de Berlim, que consistia em impedir o acesso a portos dos países então submetidos ao domínio do Império Francês a navios do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda. Com o decreto buscava-se isolar economicamente as Ilhas Britânicas, sufocando suas relações comerciais e os contactos com os mercados consumidores dos produtos originados em suas manufaturas.

Napoleão justificou tal violação do direito internacional como uma exigência de responder à ação de bloqueio dos portos franceses por navios da Marinha do Reino Unido, que anteriormente ao decreto napoleônico havia por diversas vezes seqüestrado navios franceses.

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A reação britânica

Jorge III do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda

A reação do Reino Unido não tardou: em janeiro de 1807 foram emitidas algumas ordenanças que institucionalizaram o comportamento de facto da Marinha Real Britânica com relação aos navios neutrais que tinham como destino portos franceses. Os navios abordados em alto-mar transportando mercadorias eram capturados e vendidos em leilão, além de ter a carga seqüestrada. A potência da marinha britânica pôde tornar tal medida muito mais eficaz que o bloqueio imposto por Napoleão Bonaparte. Como resultado, as mercadorias coloniais simplesmente desapareceram dos mercados dos países sujeitos ao Bloqueio Continental.

Efeitos do bloqueio

O Bloqueio Continental revelou-se um tiro pela culatra para Napoleão. O bloqueio era mal visto pela nações "aliadas" à França e isto contribuiu para reduzir em grande medida o prestígio de Napoleão nas terras por ele conquistadas. O desrespeito ao bloqueio exigiu que a França tomasse várias medidas contra as populações por ela administradas, incluídas ações de repressão militar, significando uma grande dispêndio de recursos econômicos e humanos, que ao fim e ao cabo mostrou-se fatal.

A intervenção contra Espanha e Portugal (outro país que, como os Países Baixos, vivia do tráfico marítimo, não se podia permitir ganhar a inimizade da primeira potência marítima do mundo à época) do período 1807-1809 teve como objetivo impor às duas nações o respeito ao Bloqueio e a Campanha da Rússia de 1812, que posteriormente levará Napoleão à ruína, foi a resposta ao ultimato do tsar Alexandre I da Rússia de 27 de abril de 1812, no qual intimava Napoleão à remoção do Bloqueio em seu país.

Analisando-se todos os aspectos da questão e não somente aos estritamente econômicos, o Reino Unido conseguiu conter as conseqüências negativas do Bloqueio Continental muito mais efetivamente do que a França, que sairia então derrotada.

  • CARPENTIER, Jean; LEBRUN, François. História da Europa. Lisboa: Editorial Estampa, 1996. ISBN 972-33-1085-6
  • CHANDLER, David G.. Le Campagne di Napoleone. Milão: R.C.S. Libri S.p.A., 1998. ISBN 88-17-11577-0
  • MAUROIS, André. Storia degli Stati Uniti. Milão: Arnoldo Mondatori Editore, 1953.
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