Bomba de vácuo
Bomba de vácuo é um aparelho destinado a retirar o gás de um determinado volume, de forma que a pressão seja baixada a valores adequados ao propósito desejado.
A variedade de aplicações da tecnologia do vácuo é tamanha, que para determinados propósitos pressões da ordem de 100 mbar podem ser suficientes, enquanto para outros propósitos são necessárias pressões da ordem de 10-10 mbar.
Dessa forma existem uma grande variedade de tipos de bombas de vácuo capazes de atender as mais diversas aplicações[2].
História
[editar | editar código-fonte]Por volta de 1641, na Itália, Gasparo Berti realizou os primeiros experimentos para produzir vácuo, usando tubos de barômetro preenchidos com água, porém os resultados não foram muito convincentes.[3]
Posteriormente, em 1644, Vincenzo Viviani, realizou um experimento planejado por Evangelista Torricelli, no qual o experimento de Berti foi repetido, usando-se um tubo preenchido com mercúrio. Os experimentos torricelianos convenceram a maioria dos intelectuais que o vácuo fora criado.[3]
Porém a primeira bomba de vácuo, no sentido de uma máquina capaz de remover progressivamente o ar de um recipiente fechado, foi inventada pelo prefeito da cidade de Magdeburgo, Alemanha, Otto von Guericke (1602-1686) por volta do ano de 1650.[3][4][1]
A bomba de Guericke, foi primeiramente descrita no livro de Kaspar Schott, Mechanica Hydraulica-Pneumatica em 1957. Ela consistia simplesmente de um tubo cilíndrico com duas válvulas e um pistão. Água era usada para fazer as com que as junções fossem estanques. O pistão necessitava de muita força para ser movido, sendo necessário a ajuda de três homens.[4][1].
Tipos de bombas
[editar | editar código-fonte]As bombas de vácuo podem ser classificadas em três categorias: bombas de deslocamento positivo; bombas de transferência de momento e bombas de captura[2].
Bombas de deslocamento positivo
[editar | editar código-fonte]Neste tipo de bomba, o gás é manipulado usando-se movimentos repetitivos de peças mecânicas, sincronizados com a abertura e fechamento de válvulas, que deslocam o gás da entrada até a saída em pequenas e discretas quantidades, com uma alta taxa de repetição e com alguma compressão.
Alguns exemplos são: bomba de palhetas rotativas, bomba de diafragma, bomba Roots e bomba scroll [2].
Bombas de transferência de momento
[editar | editar código-fonte]Nessa bomba, as moléculas do gás interagem com um jato de alta velocidade de um fluido ou com uma superfície sólida com movimentação muito rápida.
Esta interação altera a direção do movimento da molécula, e a empurra continuamente até a saída, que está, usualmente, a uma pressão muito menor que a atmosférica.
Este tipo de bomba necessita de uma outra bomba (tipicamente de deslocamento positivo) ligada à sua saída para funcionar.
Alguns exemplos são: bomba difusoras (ou de difusão); bomba drag, e bomba turbomolecular [2].
Bombas de captura
[editar | editar código-fonte]Neste tipo de bomba, as moléculas são removidas da fase gasosa por meio de uma captura realizada em superfícies, por processos físicos ou químicos de condensação ou adsorção.
Geralmente o processo de captura é ajudado pela presença de campos elétricos ou magnéticos presentes na bomba.
Este tipo de bomba não apresenta uma saída para o gás bombeado, pois o mesmo fica armazenado num estado condensado.
Exemplos são as bombas criogênicas, bombas de sublimação e bombas iônicas [2].
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c Roberto A. Stempniak (2002). «A ciência e a tecnologia do vácuo» (PDF). Sociedade Brasileira de Vácuo. Consultado em 22 de fevereiro de 2020
- ↑ a b c d e Chambers, Austin (2004). «Capítulo 6 – Creating a Vacuum - Pumps». Modern Vacuum Physics. Boca Raton, London, New York, Washington D.C.: CRC Press. pp. 119–181
- ↑ a b c Redhead, P.A. (1999). «History of Vacuum Devices». In: Turner, S. Proccedings of Cern Accelerator School – Vacuum Technology. Snekersten, Denmark: [s.n.] pp. 281–290
- ↑ a b Andrade, E.N. da C. (1959). «The history of the vacuum pump». Vacuum. 9 (1): 41-47