Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo

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A Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo é uma síntese doutrinária recebida como artigos de pela Igreja Evangélica Fluminense e, posteriormente, por todas as igrejas que compõem a União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil e a Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil.

Histórico da Breve Exposição[editar | editar código-fonte]

Em 2 de outubro de 1874, Robert Reid Kalley, médico e missionário escocês e pastor da Igreja Evangélica Fluminense, propôs aos membros dessa mesma Igreja, reunidos em sessão, a necessidade de formulação de alguns "Artigos de Fé" que resumissem as "doutrinas fundamentais do Cristianismo, ensinados pela Igreja Evangélica Fluminense e aceitas por todos os seus membros".

Os artigos foram concluídos no ano de 1876, sendo aprovados pela Igreja Evangélica Fluminense no dia 2 de julho do mesmo ano. Posteriormente, no ano de 1913, a União das Igrejas Evangélicas Indemominacionais do Brasil (atual União de Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil) adotaram a Breve Exposição como síntese doutrinária.

Conteúdo[editar | editar código-fonte]

A Breve Exposição tem por propósito ser o que seu próprio nome já expressa: breve e fundamental. O próprio Kalley afirmou: "A Breve Exposição não contém todo o ensino apostólico, mas somente as doutrinas fundamentais do Cristianismo, sobre as quais todos os crentes devem ter um conhecimento claro e inteligente, para, na frase do apóstolo S. Pedro (I Pe 3:15), estardes aparelhados para responder a todo o que vos pedir razão daquela esperança que há em vós".[1]

Como salienta Joyce Every-Clayton, a "ênfase na importância das doutrinas essenciais do Cristianismo sempre foi típica de Kalley"'.[2] E o historiador presbiteriano Alderi Souza de Matos destaca: "A teologia de Kalley pode ser descrita como um tipo de evangelicalismo amplo".[3] Quanto à Breve Exposição, o mesmo autor afirma: "a maior parte dos artigos poderiam ser aceitos por qualquer evangélico, reformado ou não. Os elementos específicos do calvinismo, tais como a soberania de Deus, a eleição divina e a perseverança dos santos, não são enfatizados".[4]

Embora a doutrina da perseverança dos santos possa ser deduzida a partir da leitura dos arts. 17 e 19, o mesmo não se pode dizer da doutrina da eleição incondicional, característica distintiva do calvinismo. A referência à eleição feita no art. 19 não expressa se essa é condicional ou incondicional. A subscrição da Breve Exposição não impõe a aceitação plena do calvinismo.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. ROCHA, João Gomes, Lembranças do Passado. UIECCB, vol. IV, 1957, pg. 241-242
  2. Every-Clayton, Joyce E. Winifred, Um grão de mostarda… documentando os inícios da Igreja Evangélica Pernambucana, pg. 126.
  3. Matos, Alderi de Souza,ROBERT REID KALLEY: PIONEIRO DO PROTESTANTISMO MISSIONÁRIO NA EUROPA E NAS AMÉRICAS, em http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_VIII__2003__1/v8_n1_alderi_matos.pdf, pg. 26.
  4. Matos, Alderi de Souza,ROBERT REID KALLEY: PIONEIRO DO PROTESTANTISMO MISSIONÁRIO NA EUROPA E NAS AMÉRICAS, em http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_VIII__2003__1/v8_n1_alderi_matos.pdf, pg. 27.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Livro Congregacionalismo Brasileiro: Fundamentos Históricos e Dourinários, de Manoel da Silveira Porto Filho, UIECB.