Brucutu (blindado)

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 Nota: Se procura outros significados derivados do termo, veja Brucutu.

Brucutu foi como passou a chamar-se no Brasil o veículo blindado, usado para a repressão de manifestações públicas, dotados de lançadores de fortes jatos d'água.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Com a instauração da ditadura com o Golpe Militar de 64, o Brasil assistiu a algumas manifestações públicas de protesto. O regime então muniu seus aparatos repressivos de equipamentos destinados a dispersar multidões[1]

O nome Brucutu, originário das histórias em quadrinhos, havia se popularizado em todo o país com uma canção de Roberto Carlos. Na gíria policial, adotada pela imprensa, o veículo blindado, por sua força bruta, recebeu este apelido, que se consagrou. Poŕem, a designação oficial do veículo era "Blindado de Ação Urbana VDT - Veículo de Dispersão de Tumultos".

Foram construídas 4 unidades em 1964 pela empresa Grassi, sob encomenda da Força Pública do Estado de São Paulo, tendo por base o chassi do caminhão International NV-184, tipo 4x2. A torreta rotativa, equipada com canhão d'água, era produzida pela empresa International Harvester Máquinas S/A.

O motor utilizado era o International V-304 N, V8 a gasolina, capaz de desenvolver 180 HP a 4400 rpm, permitindo uma velocidade máxima da ordem de 50 km/h.[2]

[3]

Referências

  1. Uma descrição do brucutu, com imagem, usada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo tem-se em http://www.almanack.paulistano.nom.br/police8.html (pesquisado em 8 de abril de 2007, às 17:50)
  2. ANDRADE, Roberto Pereira de e FERNANDES, José de Souza: VEÍCULOS MILITARES BRASILEIROS, ed. Aquarius, 1983
  3. O Dicionário Aurélio, um dos léxicos mais populares no país, traz como sua primeira acepção o veículo blindado. (in: Dicionário Aurélio, Nova Fronteira, 1994, São Paulo)

Ver também[editar | editar código-fonte]