Canhoto da Paraíba
Canhoto da Paraíba | |
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Informação geral | |
Nome completo | Francisco Soares de Araújo |
Nascimento | 19 de março de 1926 |
Local de nascimento | Princesa Isabel, PB |
País | Brasil |
Morte | 24 de abril de 2008 (82 anos) |
Local de morte | Paulista (Pernambuco) |
Ocupação(ões) | Violonista e compositor |
Francisco Soares de Araújo (Princesa Isabel, 9 de março de 1926 — Paulista, 24 de abril de 2008)[1] foi um violonista e músico brasileiro. Era mais conhecido como Canhoto da Paraíba (e também por Chico Soares).
Por ser canhoto, tocava com o violão invertido, mas sem inverter as cordas, pois precisava compartilhar o mesmo violão com seus irmãos, destros. Embora fosse filho de pai violonista, não teve a oportunidade de aprender com ele exatamente por ser canhoto. Canhoto aprendeu a tocar sozinho.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Canhoto compôs choros com um "agradável sabor nordestino". Conta a lenda que ao ver Canhoto tocar pela primeira vez, Radamés Gnattali ficou tão impressionado que teria gritado um palavrão e jogado seu copo de cerveja para o teto e que o dono da casa, ninguém menos que Jacob do Bandolim, nunca teria apagado a mancha do teto para lembrar o momento (tudo indica que é apenas lenda). Pela extinta gravadora Rozenblit, gravou o disco "Único amor", que, recentemente, foi relançado em CD. Canhoto tinha a sensibilidade aguçada. Na ocasião, para acompanhá-lo, escolheu Henrique Annes, violonista de formação erudita que, mais tarde, viria a se tornar um dos maiores violonistas brasileiros. Já o produtor musical do disco foi Nelson Ferreira, grande maestro e arranjador de frevos. Outros discos de Canhoto da Paraíba foram: "Com Mais de Mil" (1997), produzido por Paulinho da Viola e "Pisando em brasa" (1993), que contou com as participações de Paulinho e do violonista Rafael Rabello. Junto com Paulinho da Viola, que produziu seu disco "O Violão Brasileiro Tocado pelo Avesso" [2] percorreu o Brasil no Projeto Pixinguinha, divulgando o choro.
Foi agraciado com o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.[3]
Em 1998 sofreu um AVC que o deixou com o lado esquerdo do corpo paralisado, ficando assim impossibilitado de prosseguir com sua carreira e, em 2008, após infarto, morreu aos 82 anos.
Notas e Referências
- ↑ Dicionário Cravo Albin
- ↑ Canhoto da Paraíba homenageado por Lula (09-06-2004)
- ↑ Amorim, Maria Alice (2010). Patrimônios Vivos de Pernambuco. Recife: FUNDARPE. Consultado em 25 de fevereiro de 2013