Capela de Nossa Senhora da Luz

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Capela de Nossa Senhora da Luz
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Localização
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A Capela de Nossa Senhora da Luz está situada na atual freguesia de Cós, Alpedriz e Montes, no Município de Alcobaça.[1]

Situando-se a dois quilómetros de Coz, a história desta Capela está ligada à lenda da Fonte Santa, assim designada devido às propriedades milagrosas atribuídas às suas águas e onde, segundo a lenda, apareceu Nossa Senhora da Luz, pela primeira vez, a uma velhinha de nome Catarina Annes, no ano 1601.

Está relacionada a uma das lendas mais curiosas do Município de Alcobaça, a lenda de Nossa Senhora da Luz. Nela está gravada a seguinte inscrição:”Aqui apareceu Nossa Senhora da Luz no ano de 1601”.

O Santuário foi mandado construir por D. Damião Borges, fidalgo ilustre do concelho e de Sua Majestade, como homenagem e reconhecimento pelos benefícios recebidos, em honra de Nossa Senhora da Luz.

Na capela-mor encontram-se as sepulturas de Catarina Annes e Damião Borges.

Lenda de Nossa Senhora da Luz[editar | editar código-fonte]

Conta esta lenda que, andando por aqueles montes uma velhinha chamada Catarina Annes a apanhar lenha, lhe apareceu no lugar denominado Vale de Deus, entre o Juncal e a Castanheira, uma nobre e formosa senhora, que se ofereceu para ajudar a apanhar a lenha. Mas o aspeto da senhora era tal que impressionou a velhinha que lhe agradeceu, mas não quis aceitar para que não se sujassem aquelas mãos mimosas.

Porém a velhinha não esqueceu a misteriosa senhora que algum tempo depois lhe voltou a aparecer, mas na companhia de uma outra senhora (que diz a lenda ser Santa Marta que até hoje se venera no lugar da Castanheira).

A Senhora disse meigamente à velhinha “Segue-me Catarina”. Porém a velhinha não atendeu às palavras ou porque ficasse surpreendida com estas aparições, ou porque estava embebida em místicas cogitações, tão próprias num sítio que desafia a piedade e a devoção.

Porém uma terceira vez lhe apareceu a mesma senhora formosa, numa altura em que a pobre e virtuosa velhinha, devia de andar terrivelmente preocupada pois perdera no mato a chave da sua casa. A senhora disse-lhe: “Catarina vem cá que eu te darei a tua chave que perdeste”. A boa velhinha assim que ouviu falar na chave ficou profundamente admirada, pois não tinha contado a ninguém que tinha perdido a chave, e mais admirada ficou pelo facto de a chave ter sido encontrada e terá respondido: “eu perdi a chave no mato, não é possível que a possam ter achado para ma dar”. Porém ao recebê-la o seu coração dilatou-se de tal modo que se encheu de uma consolação inexplicável. De tanta luz se iluminou a sua alma que reconheceu que estava na presença de um ser divino “Nossa Senhora – a Rainha do Céu e da Terra”.

Era tal a sua alegria que não foi capaz de agradecer e seguiu a senhora até um determinado local do vale. Aí a Senhora pediu-lhe que ali abrisse um buraco e ela com as suas mãos cavou um pequeno buraco, de onde começou a jorrar água pura. A Senhora disse-lhe então: “Vai e diz aos moradores da tua terra, que nesta fonte encontrarão remédio para todos os males”. Catarina correu a contar aos vizinhos e depressa a fama daquela fonte se espalhou.

Ao terem conhecimento do milagre e do aparecimento da Senhora a Catarina Annes e da fonte que lhes deixara para curar as enfermidades, começaram a afluir ao local da fonte os descrentes e desanimados da medicina da terra, que assim procuravam vencer a dor com a água abençoada pela “Consoladora dos Aflitos”.

Outros cheios de fé e amor contentavam-se de ver e beijar o sítio por onde a virgem teria passado. O lugar começou a ser frequentado com muita devoção e a fonte foi arranjada convenientemente e numa pedra foi gravado a seguinte frase: “Aqui apareceu Nossa Senhora da Luz em Ano de 1601”. [2]

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Referências

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