Castelo de Hiroshima
Castelo de Hiroshima 広島城 | |
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Tipo | castelo japonês, hirajiro, museu |
Estilo dominante | Castelo japonês |
Início da construção | 1592 |
Fim da construção | 1599 |
Restauro | 1958 (reconstrução) |
Proprietário(a) inicial | Clã Mōri (1592-1600) |
Função inicial | Residência |
Proprietário(a) atual | Governo do Japão |
Função atual | Museu histórico |
Página oficial | https://www.rijo-castle.jp/ |
Geografia | |
País | Japão |
Cidade | Hiroshima |
Coordenadas | 34° 24′ 10″ N, 132° 27′ 33″ L |
Localização em mapa dinâmico |
O Castelo de Hiroshima (広島城 Hiroshima-jō?), às vezes chamado de Castelo Carpa (鯉城, Rijō), é um castelo em Hiroshima que serviu de casa para o daimiô do feudo (han) de Hiroshima. O castelo foi reconstruído na década de 1590, mas foi destruído pela bomba atômica em 6 de agosto de 1945. Foi reconstruído em 1958 como uma réplica do original, agora servindo como um museu da história de Hiroshima antes da Segunda Guerra Mundial.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Mōri Terumoto, um dos Go-Tairō de Toyotomi Hideyoshi, construiu o Castelo de Hiroshima entre 1589 e 1599. Era localizado na delta do Rio Ota. Não havia cidade naquela época, e a área era chamada Gokamura ("cinco vilas"). No início de 1591, Mōri governava nove províncias a partir deste castelo, incluindo o que são agora as prefeituras de Shimane, Yamaguchi, Tottori, Okayama e Hiroshima.[1]
Quando a construção do castelo começou, Gokamura foi renomeada como Hiroshima, um nome mais expressivo. "Hiro" foi tirado de Ōe no Hiromoto, um ancestral da família Mōri, e "Shima" foi tirado de Fukushima Motonaga, que ajudou Mōri Terumoto a escolher o local do castelo. Alguns afirmam que o nome "Hiroshima", que significa "ilha larga", vem da existência de muitas ilhas largas na delta do Rio Ota, próximo ao castelo.[1]
Seguindo a Batalha de Sekigahara em 1600, Mōri foi forçado a sair do castelo, indo para Hagi na atual Prefeitura de Yamaguchi. Fukushima Masanori se tornou senhor das províncias de Aki e Bingo (atuais territórios da Prefeitura de Hiroshima). O Xogunato Tokugawa proibiu construções de castelos sem a permissão de Edo; isso servia para o xogunato evitar que os daimiôs ganhassem poder e o destronassem. Quando Fukushima reparou o castelo após uma inundação em 1619, foi despachado para Kawanakajima na atual Nagano. Asano Nagaakira se tornou então senhor deste castelo. De 1619 até a abolição do sistema feudal durante a Restauração Meiji (1869), a família Asano governava as províncias de Aki e Bingo.[1]
Após a Restauração Meiji, o castelo serviu como instalação militar, e o Quartel General Imperial foi lá durante a Primeira Guerra Sino-Japonesa entre 1894-1895. As fundações de muitas dependências do quartel permanecem lá até hoje.[1]
Durante os meses finais da Segunda Guerra Mundial, o castelo serviu de quartel general para o 2° Exército Geral e a Quinta Divisão, postas lá para deter uma possível invasão Aliada. O castelo foi destruído pelo bombardeio atômico de 6 de agosto de 1945, e por muitos anos, que a estrutura do castelo havia se transformado em cinzas pela explosão que destruiu Hiroshima, mas descobertas recentes revelam que a explosão apenas destruiu os pilares inferiores, e o resto desabou por conta disso.[2]
A torre atual, construída em grande parte de concreto, foi concluída em 1958
Daimiôs de Hiroshima
[editar | editar código-fonte]- Mōri Terumoto (1591–1600)*; 1.120.000 koku*[1]
- Fukushima Masanori (1600–1619); 498.223 koku
- Asano Nagaakira (1619–1632); 426.500 koku**
- Asano Mitsuakira (1632–1672)
- Asano Tsunaakira (1672–1673)
- Asano Tsunanaga (1673–1708)
- Asano Yoshinaga (1708–1752)
- Asano Munetsune (1752–1763)
- Asano Shigeakira (1763–1799)
- Asano Narikata (1799–1830)
- Asano Naritaka (1831–1858)
- Asano Yoshiteru (1858–1858)
- Asano Nagamichi (1858–1869)
- Asano Nagakoto (1869–1871)[1]
*Os anos listados são apenas os que o senhor ocupou o Castelo de Hiroshima, não os anos de sua vida.
**Todos os senhores após Asano Nagaakira tiveram os mesmos 426.500 koku.
Estrutura
[editar | editar código-fonte]O castelo foi originalmente feito de madeira, principalmente pinheiro, e tinha asas anexadas para leste e para sul. Foi finalizado em alguma data entre 1592 e 1599, e foi designado Tesouro Nacional em 1931. O castelo reconstruído tem uma torre principal (tenshu) apenas, que é feita principalmente de concreto reforçado. Seus cinco andares ficam a 26.6 metros acima da fundação de pedra, que possui 12.4 metros a partir do chão. Entretanto, em 1994, um portão e uma torre foram reconstruídos em madeira usando os métodos originais.[3]
Um excelente exemplo de hirajiro ou castelo de terra plana, o Castelo de Hiroshima teve três fossos concêntricos além do Rio Ota ao oeste, que formava uma barreira natural. Os outros dois fossos foram enchidos durante o final do século XIX e o início do século XX, e muito do que foram os terrenos do castelo agora são uma moderna área urbana, com casas, escolas, escritórios e lojas. Um certo número de construções secundárias do castelo e torres, uma vez estiveram lá, e um santuário xintoísta chamado Hiroshima Gokoku Jinja está localizado dentro do fosso mais interior, tendo sido movido para lá depois de 1945.[3]
Dentro das muralhas do castelo, três árvores sobreviveram à explosão atômica: um eucalipto e um salgueiro a 740 metros do centro da explosão,[4] e um azevinho a aproximadamente 935 metros do hipocentro. As espécimes estão logo depois do Honmaru. Também dentro do Honmaru está o bunker de concreto no qual a primeira transmissão de rádio de Hiroshima após o bombardeio foi feita.[3]
Referências
- ↑ a b c d e f g Hinago Motoo (1986). Kodansha International Ltd. and Shibundo, ed. Japanese Castles. [S.l.: s.n.] p. 46. ISBN 0870117661
- ↑ Junji Akechi, "New theory offered for collapse of Hiroshima Castle tower in the bombing"
- ↑ a b c Hiroshima Castle tourist brochure obtained at the castle Acessado em 8 de junho de 2018.
- ↑ Nhk.or.jp. «Explore Hiroshima! - A people's map of areas affected by the atomic bomb - Eucalyptus and Japanese pussy willow (remains of outer compound of Hiroshima Castle)». Consultado em 8 de junho de 2018