Catuama

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Mapa

Catuama é um bairro do município de Goiana que já se encontrava bem descrito na cartografia do Seculo XVI. [1] Inicialmente ocupada pelos índios Tabajaras da Beira Mar, foi local de aldeamento Jesuíta. Posteriormente, serviu de local privilegiado para o desembarque de africanos escravizados durante o período do Tráfico de escravos para o Brasil. [2] Pequeno núcleo urbano com a economia voltada para o turismo de veraneio, pesca artesanal e especulação imobiliária. [3]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A palavra Catuama deriva da língua indígena Tupi. Katu significa "Bom, conservado, limpo, muito direito, retilíneo." [4] Sobre Ama não existe consenso, podendo significar Chuva, o que resultaria em "Boa Chuva" ou partícula indicativa de futuro am-a [4] significando assim "Aquilo que será bom".


Praia de Catuama[editar | editar código-fonte]

A praia possui extensão de aproximadamente 3 Km, boa para banho, com recuo de maré de aproximadamente 100 m na baixa mar. [5] Rica em biodiversidade marinha, possui ocorrência sazonal de sargaço.


Local de memória do tráfico atlântico de escravos[editar | editar código-fonte]

A proibição do comercio atlântico de seres humanos pelo governo Imperial em 07 de novembro de 1831 inaugurou um período de tráfico, tendo como local de desembarque preferencial, praias distantes dos grandes centros. Foi neste contexto, que Catuama e Barra de Catuama[6] foram locais de diversos desembarques clandestinos de africanos escravizados.[7]

Referências

  1. «Mapa Histórico do Litoral de Pernambuco, João Teixeira, 1640». www.brasil-turismo.com. Consultado em 27 de dezembro de 2020 
  2. Moreira, Paulo Roberto Staudt. «Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil» (PDF). Universidade Federal Fluminense. Consultado em 27 de dezembro de 2020  line feed character character in |titulo= at position 72 (ajuda)
  3. Goiana, Prefeitura de. «Plano Diretor» (PDF). Prefeitura Municipal de Goiana. Consultado em 27 de dezembro de 2020 
  4. a b «Dicionário tupi (antigo)-português (Carvalho 1987) - Biblioteca Digital Curt Nimuendajú». www.etnolinguistica.org. Consultado em 28 de dezembro de 2020 
  5. «CPRH - Agência Estadual de Meio Ambiente». www.cprh.pe.gov.br. Consultado em 28 de dezembro de 2020 
  6. SANZIO, A. R. (2016). «CARTOGRAFIA PRELIMINAR DOS LUGARES DE MEMÓRIA DO TRÁFICO ATLÂNTICO DOS AFRICANOS E SEUS DESCENDENTES ESCRAVIZADOS NO BRASIL.». Tempo - Técnica - Território. Consultado em 16 de janeiro de 2021  line feed character character in |titulo= at position 23 (ajuda)
  7. CARVALHO, Marcus Joaquim Maciel de (2009). «A repressão tráfico atlântico de escravos e a disputa partidária nas províncias.» (PDF). Revista do Departamento de História da UFF. Consultado em 5 de novembro de 2012  line feed character character in |titulo= at position 46 (ajuda)