Caverna Paglicci

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Trabalho de parede em ocre vermelho, representando um cavalo.

Caverna Paglicci é um sítio arqueológico situado em Paglicci, perto de Rignano Garganico, Apúlia, sul da Itália. A caverna, descoberta na década de 1950, é a caverna mais importante de Gargano, sendo uma atração do Parque Nacional Gargano.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Na caverna, situada perto de Rignano Garganico, existem mais de 45.000 achados individuais, incluindo ferramentas paleolíticas, ossos humanos e animais. Eles estão atualmente alojados no Museu de Rignano Garganico. Evidências de colheita de aveia paleolítica datada de 30.600 a.C. estavam ligadas a um pilão recuperado da caverna.[1]

A caverna contém também algumas pinturas murais paleolíticas, representando cavalos e impressões de mãos. Imagens de cabras, vacas, serpentes, ninhos com ovos e uma cena de caça também foram encontradas gravadas no osso.

Também foram encontrados dois esqueletos humanos, pertencentes a um menino e uma jovem mulher, ambos usando ornamentos de ossos ou dentes de veado.

A caverna de Paglicci contém os primeiros restos aurignacianos e gravetos da Itália, datados de c. 34.000 e 28.000 anos.[2]

Risco de colapso[editar | editar código-fonte]

Em 2008, arqueólogos italianos fizeram um apelo ao primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, para dedicar fundos para salvar a caverna que está em risco de colapso iminente.[3]

Relevância na genética populacional[editar | editar código-fonte]

Em 2008, uma equipe científica liderada por David Caramelli testou restos humanos da caverna de Paglicci datada de 28.000 anos, chamada Paglicci 23, e descobriu que o indivíduo tinha o haplogrupo mitocondrial H humano, especificamente a sequência de referência de Cambridge bastante comum. O resultado foi exaustivamente testado para possível contaminação e replicado em um teste separado.[4]

Em 2016, verificou-se que restos humanos de 31 a 35 mil anos de idade da caverna denominada Paglicci 33 carregavam o haplogrupo I de DNA Y (não I1) (CTS674 +, CTS9269 +) e o haplogrupo mt8 de U8c.[5]

Referências

  1. [1] Multistep food plant processing at Grotta Paglicci (Southern Italy) around 32,600 cal B.P.
  2. Julien Riel-Salvatore in his blog A Very Remote Period Indeed
  3. Life in Italy: Stone age cave risks collapse[ligação inativa]
  4. D. Caramelli et al., A 28,000 Years Old Cro-Magnon mtDNA Sequence Differs from All Potentially Contaminating Modern Sequences. PLOS ONE, 2008
  5. Qiaomei Fu et al, The genetic history of Ice Age Europe, Nature(2016)doi:10.1038/nature17993Received 18 December 2015 Accepted 12 April 2016 Published online 02 May 2016