Clima de Mato Grosso

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Pantanal no município de Itiquira, no Mato Grosso.

O Clima do Mato Grosso é uma tapeçaria complexa de sistemas e padrões climáticos que moldam a paisagem e a vida em todo o estado. Desde as florestas exuberantes da Amazônia até as vastas planícies inundadas do Pantanal, cada região contribui para a riqueza e a diversidade dessa terra. No entanto, é crucial reconhecer os desafios que as mudanças climáticas apresentam e trabalhar em conjunto para proteger e preservar esse precioso patrimônio natural para as gerações futuras.[1][2]

O Mato Grosso, localizado na região Centro-Oeste do Brasil, é uma terra de contrastes e diversidade, tanto em sua paisagem quanto em seu clima. Este vasto estado, conhecido por sua riqueza natural e agronegócio, abriga uma variedade impressionante de ecossistemas, desde as exuberantes florestas tropicais até as vastas planícies e áreas alagadas. No entanto, é o clima que dá forma e define grande parte da vida neste território.[3][4]

Variações climáticas[editar | editar código-fonte]

O clima do Mato Grosso é classificado predominantemente como tropical, com duas estações bem definidas: uma estação seca e uma estação chuvosa. No entanto, dentro dessas estações, há uma ampla gama de variações que refletem a diversidade geográfica do estado.[5][6]

Estação Chuvosa: Durante a estação chuvosa, que geralmente ocorre de outubro a abril, o Mato Grosso experimenta chuvas intensas e frequentes. Esse período é vital para o abastecimento de água e o ciclo de vida de muitas espécies vegetais e animais, além de ser crucial para a agricultura, uma das principais atividades econômicas do estado.

Estação Seca: A estação seca, que se estende de maio a setembro, traz consigo um clima mais árido e temperaturas mais altas. Durante essa época, os rios podem diminuir drasticamente de volume e algumas áreas podem enfrentar períodos de seca extrema. Isso pode afetar tanto a vida selvagem quanto as comunidades humanas que dependem dos recursos hídricos.

Diversidade geográfica e climática[editar | editar código-fonte]

O Mato Grosso é caracterizado por uma diversidade geográfica que se reflete em uma variedade de microclimas em todo o estado.[7][8]

Floresta Amazônica: Na parte norte do estado, encontra-se uma porção significativa da Amazônia brasileira. Aqui, o clima é equatorial, com altas temperaturas e precipitação abundante ao longo do ano. Essa região desempenha um papel vital na regulação do clima global e abriga uma rica biodiversidade, incluindo espécies únicas de plantas e animais.

Cerrado: No centro do estado, predominam os cerrados, um bioma caracterizado por árvores baixas e vegetação de savana. O clima aqui é mais temperado em comparação com a Amazônia, com uma estação seca bem definida e uma estação chuvosa mais concentrada no verão.

Pantanal: No sul do Mato Grosso, encontra-se o Pantanal, a maior planície alagável do mundo. O clima aqui é tropical úmido, com uma estação seca marcada por incêndios sazonais e uma estação chuvosa que inunda vastas áreas, criando um habitat único para uma variedade impressionante de vida selvagem.

Impactos das mudanças climáticas[editar | editar código-fonte]

Como em muitas partes do mundo, o Mato Grosso está enfrentando os impactos das mudanças climáticas. Os padrões de chuva estão se tornando mais imprevisíveis, com eventos extremos, como secas prolongadas e chuvas intensas, se tornando mais frequentes. Isso pode ter sérias consequências para a agricultura, a biodiversidade e as comunidades locais, que dependem da estabilidade do clima para sua subsistência.[9][10]

Referências

  1. Garcia, Cadavid; A, E. (1984). «O clima no Pantanal Mato-Grossense.». Consultado em 14 de abril de 2024 
  2. Santos, Jeater Waldemar Maciel Correa (2005). «Ritmo climático e sustentabilidade sócio-ambiental da agricultura comercial da soja no sudeste de Mato Grosso». Geography Department, University of Sao Paulo: 61–82. ISSN 0102-4582. doi:10.7154/rdg.2005.0017.0005. Consultado em 14 de abril de 2024 
  3. Heinemann, Alexandre Bryan; Silva, Silvando Carlos da; Moraes, Alessandra da Cunha; Da´Fonseca, Danillo Santana (9 de maio de 2013). «Preenchimento de dados climáticos diários faltantes para os municípios do estado de Mato Grosso na base de dados de clima da Embrapa Arroz e Feijão». Documentos (282). ISSN 1678-9644. Consultado em 14 de abril de 2024 
  4. Leocádio Dias Cunha, Cintya (dezembro de 2017). «Pantanal Mato-grossense: um patrimônio nacional à margem da lei». Editora Tanta Tinta: 27–51. ISBN 978-85-8009-208-0. Consultado em 14 de abril de 2024 
  5. Araújo, Adilson Ribeiro de (2018). «O tempo e o clima : análise da dinâmica climática e das notícias veiculadas pelos meios de comunicação em Cuiabá, Mato Grosso». bdtd.ibict.br. Consultado em 14 de abril de 2024 
  6. FISCH, Gilberto; MARENGO, José A; NOBRE, Carlos A (junho de 1998). «Uma revisão geral sobre o clima da Amazônia». Acta Amazonica (2): 101–101. ISSN 0044-5967. doi:10.1590/1809-43921998282126. Consultado em 14 de abril de 2024 
  7. Sette, Denise Maria; Tarifa, José Roberto (2000). «O holorritmo e as interações trópico-extratrópico na gênese do clima e as paisagens do Mato Grosso». Consultado em 14 de abril de 2024 
  8. Souza, A.P.; Mota, L.L.; Zamadei, T.; Martim, C.C.; Almeida, F.T.; Paulino, J. (30 de novembro de 2013). «Classificação Climática e Balanço Hídrico Climatológico no Estado de Mato Grosso». Nativa (1): 34–43. ISSN 2318-7670. doi:10.14583/2318-7670.v01n01a07. Consultado em 14 de abril de 2024 
  9. Gomes Pessoa, Sirlene; Martins, Marcelo Aparecido (1 de janeiro de 2015). «SEQUESTRO DE CARBONO EM REGIÃO DE CERRADO EM MATO GROSSO: CONTRIBUIÇÃO PARA O EQUILIBRIO DO CLIMA. | Connection Line | EBSCOhost». openurl.ebsco.com. Consultado em 14 de abril de 2024 
  10. Queiroz, Rafaella Ferreira Neres de; Neves, Sandra Mara Alves da Silva; Dallacort, Rivanildo; Seabra Junior, Santino; Neves, Ronaldo José; Machado, Tamires da Silva (26 de janeiro de 2016). «Análise Agroclimática do Melão na Região Sudoeste Mato-Grossense». Revista Brasileira de Geografia Física (1): 215–225. ISSN 1984-2295. doi:10.26848/rbgf.v9.1.p215-225. Consultado em 14 de abril de 2024