Mostrar código-fonte de Colibri-de-bico-largo

{{Speciesbox
| imagem = Broad-billed Hummingbird (33591583320).jpg
| imagem_legenda =
| genus = Cynanthus
| espécie = latirostris
| autoridade = [[William John Swainson|Swainson]], 1827
| mapa = Distribution Map (C. latirostris)Map.png
| estado = LC
| sistema_estado = IUCN3.1
| estado_ref = <ref name="iucn status 19 November 2021">{{citar iucn |autor=BirdLife International |data=2016 |título=''Cynanthus latirostris'' |volume=2016 |página=e.T22725767A94902093 |doi=10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22725767A94902093.en |acessodata=19 de novembro de 2021}}</ref>
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}}
O '''colibri-de-bico-largo''' ou '''colibri-de-doubleday''' (''Cynanthus latirostris'') é um beija-flor de pequeno porte que reside no [[México]] e no sudoeste [[Estados Unidos|dos Estados Unidos]].<ref name=":1">{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.5860/choice.46-5021 |titulo=National Geographic field guide to the birds of eastern North America |data=2009-05-01 |número=9 |paginas=46–5021–46-5021 |doi=10.5860/choice.46-5021 |issn=0009-4978 |volume=46 |periódico=Choice Reviews Online}}</ref> A ave apresenta [[dimorfismo sexual]], e os juvenis se assemelham mais à fêmea adulta do que ao macho adulto. O beija-flor de bico largo é um pássaro de cor brilhante com um bico vermelho largo e brilhante. A ave também é conhecida por seus outros nomes comuns – o ''Colibrí Pico Ancho'' em espanhol e ''Colibri circé'' em francês.<ref name=":3">{{Citar periódico |titulo=Broad-billed Hummingbird (Cynanthus latirostris) |data=2020-03-04 |ultimo=Powers |primeiro=Donald R. |ultimo2=Wethington |primeiro2=Susan M. |editor-nome=Poole |editor-sobrenome1=Frank B |doi=10.2173/bow.brbhum.01 |editor-sobrenome2=Gill |periódico=Birds of the World}}</ref> É uma ave diurna.<ref name=":3" />

== Taxonomia ==
Existem cerca de 360 espécies descritas de beija-flores que podem ser categorizadas em 9 clados diferentes.<ref name="IOC12.2">{{Citar web|url=https://www.worldbirdnames.org/new/bow/hummingbirds/|titulo=Hummingbirds|data=agosto de 2022|acessodata=9 de agosto de 2022|website=IOC World Bird List|editor-nome=}}</ref>  O gênero ''[[Cynanthus]]'' se enquadra no [[clado]] esmeralda dos beija-flores.<ref name=":8">{{Citar periódico |titulo=Molecular phylogenetics and the diversification of hummingbirds |data=2014 |número=8 |ultimo=McGuire |primeiro=J. |ultimo2=Witt |primeiro2=C. |paginas=910–916 |doi=10.1016/j.cub.2014.03.016 |pmid=24704078 |ultimo3=Remsen |primeiro3=J.V. |ultimo4=Corl |primeiro4=A. |ultimo5=Rabosky |primeiro5=D. |ultimo6=Altshuler |primeiro6=D. |ultimo7=Dudley |primeiro7=R. |volume=24 |doi-access=free |periódico=Current Biology}}</ref> O clado esmeralda formou-se entre 10 e 15 milhões de anos atrás e possui a maior diversidade de espécies.<ref name=":8" /> O beija-flor de bico largo foi [[Descrição de espécies|formalmente descrito]] em 1827 por [[William John Swainson|William Swainson]] com base em espécimes coletados por William Bullock no México. Swainson cunhou o [[Nomenclatura binomial|nome binomial]] ''Cynanthus latirostris'' .<ref>{{Citar periódico |url=https://www.biodiversitylibrary.org/page/15530451 |titulo=A synopsis of the birds discovered in Mexico by W. Bullock, F.L.S. and Mr. William Bullock jun. |ultimo=Swainson |primeiro=William John |autorlink=William John Swainson |ano=1827 |series=New Series |paginas=364–369, 433–442 [441] |doi=10.1080/14786442708674330 |volume=1 |periódico=Philosophical Magazine}}</ref> Swainson especificou a [[Tipo nomenclatural|localidade tipo]] como "Table land ?" onde ele incluiu um ponto de interrogação.<ref name=":4"/> Esta espécie provavelmente não ocorre lá e em 1939 o ornitólogo americano Robert Moore designou a localidade tipo como o Vale do México perto da Cidade do México.<ref>{{Citar livro|url=https://www.biodiversitylibrary.org/page/14480054|título=Check-List of Birds of the World|editora=Harvard University Press|ano=1945|editor-sobrenome=Peters|editor-link=James L. Peters|volume=5|lugar=Cambridge, Massachusetts}}</ref> O nome da espécie combina o [[latim]] ''latus'' que significa "amplo" com ''-rostris'' que significa "-faturado".<ref name=":8" /><ref>{{Citar livro|título=The Helm Dictionary of Scientific Bird Names|ultimo=Jobling|primeiro=James A.|editora=Christopher Helm|ano=2010|localização=London|isbn=978-1-4081-2501-4}}</ref>

=== Subespécies ===
O Comitê de Classificação Norte-Americana da [[American Ornithologists' Union|Sociedade Ornitológica Americana]] (AOS), o Comitê Ornitológico Internacional (IOC) e o Handbook of the Birds of the World (HBW) da [[BirdLife International]] reconhecem essas três subespécies de beija-flor de bico largo:<ref name="NACC">{{Citar web|ultimo=<!--Not stated-->|url=http://checklist.aou.org/taxa|titulo=Check-list of North and Middle American Birds|data=agosto de 2022|acessodata=9 de agosto de 2022|publicado=American Ornithological Society}}</ref><ref name="HBW2021">HBW and BirdLife International (2021) Handbook of the Birds of the World and BirdLife International digital checklist of the birds of the world.</ref><ref name="IOC12.2"/>

* ''C.l. magicus'' ( Mulsant e [[Jules Verreaux|Verreaux, J]], 1872) – sudoeste dos EUA, [[Sonora]], [[Sinaloa]] e [[Naiarite|Nayarit]] (noroeste do México)
* ''C.l. propinquus'' Moore, RT 1939 – [[Guanajuato]] e norte de [[Michoacán]] (centro do México)
* ''C.l. latirostris'' [[William John Swainson|Swainson]], 1827 – [[Tamaulipas]], [[San Luis Potosí (estado)|San Luis Potosí]] para [[Veracruz]] (leste do México)

Esses três sistemas taxonômicos incluíam anteriormente mais duas subespécies, que agora são o beija-flor Três Marias (''C. lawrencei'') e o beija-flor coroado de turquesa (''C. doubledayi''), mas em meados de 2022 os reconheceu como espécies separadas com base em publicações de 2014 e 2017.<ref>{{Citar periódico |titulo=The generic classification of the Trochilini (Aves: Trochilidae): Reconciling taxonomy with phylogeny |data=2017 |número=3 |ultimo=Stiles |primeiro=F. Gary |ultimo2=Remsen |primeiro2=J. V. Jr. |paginas=401–424 |doi=10.11646/zootaxa.4353.3.1 |pmid=29245495 |ultimo3=Mcguire |primeiro3=Jimmy A. |volume=4353 |periódico=Zootaxa}}</ref><ref name=":8"/><ref name="NACC"/><ref name="IOC12.2"/><ref name="HBW2021"/> A partir dessa data, a taxonomia mais recente de Clements foi datada de agosto de 2021. Essa taxonomia reconhecia o beija-flor coroado de turquesa, mas reteve as Tres Marias como uma subespécie de bico largo.<ref name="Clements">Clements, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, S. M. Billerman, T. A. Fredericks, J. A. Gerbracht, D. Lepage, B. L. Sullivan, and C. L. Wood. 2021. </ref>

O beija-flor de bico largo [[Híbrido (biologia)|hibridizou]] com duas espécies diferentes: o beija-flor de Rivoli (''Eugenes fulgens'') e o beija-flor de coroa violeta (''Amazilia violiceps'').<ref name=":3"/>

== Descrição ==
O beija-flor de bico largo é um beija-flor de pequeno porte em cerca de {{Convert|8|-|10|cm}} longo.<ref name=":1"/> Pesa apenas 3-4 gramas, com o macho pesando um pouco mais que a fêmea.<ref name=":1" /> A envergadura do beija-flor é de cerca {{Convert|13|cm}}.<ref name=":9">{{Citar web|url=http://www.birdfellow.com/birds/broad-billed-hummingbird-cynanthus-latirostris|titulo=Broad-billed Hummingbird - BirdFellow Social Field Guide|acessodata=2020-10-12|website=www.birdfellow.com}}</ref> Tem um bico longo e de cor avermelhada brilhante que tem uma ponta preta.<ref name=":2">{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.5860/choice.41-2180 |titulo=The Sibley field guide to birds of eastern North America |data=2003-12-01 |número=4 |paginas=41–2180-41-2180 |doi=10.5860/choice.41-2180 |issn=0009-4978 |volume=41 |periódico=Choice Reviews Online}}</ref> As aves são verde metálico dorsalmente com coloração mais opaca na coroa e na testa. O beija-flor é sexualmente dimórfico, com a aparência dos adultos variando significativamente.<gallery mode="packed" heights="250px">
Ficheiro:Broad-billed Hummingbird (33927224241).jpg|Macho adulto ''C. latirostris''
Ficheiro:Broad-billed Hummingbird. Cynanthus latirostris. Female - Flickr - gailhampshire.jpg|Fêmea adulta ''C. latirostris''
</gallery>O macho é verde escuro com coberteiras brancas e garganta azul.<ref name=":2"/> A cauda dos machos adultos é azul-escura e larga. As penas de voo são cinza-acastanhadas. A fêmea adulta tem uma barriga pálida e uma faixa branca atrás do olho. Suas penas da cauda são de ponta branca. O bico do macho é mais curto, mas vermelho mais brilhante. Quanto ao tamanho, tanto os machos juvenis quanto os adultos têm asas e caudas maiores que as fêmeas.<ref name=":3"/>

A coloração dos juvenis tende a se assemelhar à fêmea adulta. Com o tempo, o bico dos machos juvenis ficará avermelhado e penas iridescentes aparecerão em sua garganta. Ao contrário das fêmeas, os machos juvenis não têm cauda com ponta branca.<ref>{{Citar livro|título=The Birds of North and Middle America|ultimo=Ridgway|primeiro=Robert|ano=1911|series=Bulletin of the United States National Museum. Volume 50, Part 5|lugar=Washington|páginas=370–373|capitulo=''Cynanthus latirostris'' (Swainson)|autorlink=Robert Ridgway}}</ref>

As incubações têm um corpo marrom e penas alaranjadas e um bico laranja.<ref name=":3"/>

=== Vocalizações ===
A conversa de ''C. latirostris'' é feita tanto pelo macho quanto pela fêmea.<ref name=":3"/> Como a nota de um Kinglet coroado de rubi ( ''Regulus calendula'' ), a conversa soa como um ''chi-dit'' rápido.<ref name=":5"/> Este ruído pode ser feito empoleirado ou em voo. O canto dos machos é um ''zunido lamuriento'' - mas pouco se sabe sobre seu canto.<ref name=":1"/><ref name=":2"/>

== Distribuição e habitat ==
Nos Estados Unidos, ''C. l. latirostris'' vive ao longo de riachos e bosques de carvalhos . Prefere áreas com arvoredos à beira do córrego e vegetação densa, bem como bosques de carvalhos abertos em cânions mais baixos.<ref name=":5"/> Favorece a vida em áreas com plátanos do Arizona (''Platanus wrightii)'', [[Populus fremontii|choupos de Fremont]] (''Populus fremontii)'' e [[Mesquite|algaroba]].<ref name=":6"/>

No México, os espécimes foram coletados em quase todas as elevações acima do nível do mar, mesmo de 1.494 a 3.048 metros de altura.<ref name=":4"/> Ao longo da costa do Pacífico, o beija-flor de bico largo é conhecido por ser um residente comum de florestas áridas de espinhos, florestas tropicais decíduas e matas ciliares de galeria.<ref name=":3"/>

Durante a época de reprodução, o beija-flor de bico largo é comum em desfiladeiros desérticos e bosques de carvalhos de baixa montanha. É encontrado no sudoeste dos Estados Unidos até o centro do México. Foi observado reprodução no sudeste do Arizona, sudoeste do Novo México e raramente no sudoeste do Texas. Também houve avistamentos raros em todo o continente, inclusive no Arkansas. No estado de Sonora, no México, é o beija-flor mais comum.

=== Migração e residentes permanentes ===
As populações reprodutoras de ''C. l. latirostris'' nos Estados Unidos, Sonora e [[Nuevo León]] são todos migratórios.<ref name=":3"/> Não há informações suficientes sobre a migração, mas acredita-se que os pássaros voem mais para o sul, no México, em [[Guerrero]] e [[Baja California Sur]].<ref name=":3" /> A maioria das populações no México são residentes, a menos que residam no extremo norte. As populações do norte migram para o sul no início de novembro e retornam no início de março.<ref>Russell, S. M., and G. Monson (1998). </ref> Houve avistamentos raros nos meses de outono e inverno no sul da Califórnia, Texas e até raramente em Oregon, Idaho, Colorado e na Costa Leste.  Um mapa de abundância de beija-flores de bico largo foi produzido no eBird.<ref>Fink, D., T. Auer, A. Johnston, M. Strimas-Mackey, O. Robinson, S. Ligocki, B. Petersen, C. Wood, I. Davies, B. Sullivan, M. Iliff, S. Kelling. 2020. eBird Status and Trends, Data Version: 2018; Released: 2020. </ref><ref name=":1"/>

== Comportamento ==
=== Dieta ===
[[Imagem:Broad-billed_Hummingbird_(Cynanthus_latirostris)_(3484147962).jpg|alt=|esquerda|miniaturadaimagem|234x234px| ''C. latirostris'' visitando um alimentador de água com açúcar]]
O beija-flor de bico largo come néctar e insetos. O beija-flor também é conhecido por visitar os alimentadores de beija-flores de água com açúcar.<ref name=":5"/> Seus hábitos alimentares mostraram que o beija-flor de bico largo prefere visitar flores vermelhas ou vermelhas e amarelas.<ref name=":4"/>

Para se alimentar de néctar, o beija-flor estende o bico e a língua longa na flor para acessar o néctar enquanto paira.<ref name=":5"/> Isso difere de seu comportamento nos alimentadores, onde muitas vezes eles pousam. Para se alimentar de insetos, as espécies de pássaros podem pegá-los no ar ou pairar e arrancá-los de uma planta.<ref name=":5" />

Não se sabe muito sobre o metabolismo, bebida e processo de seleção de alimentos desta espécie.
[[Imagem:Broad-billed_Hummingbird_(33671931300).jpg|miniaturadaimagem|284x284px| ''C. latirostris'' se alimentando de néctar de uma flor no Arizona]]
Nos Estados Unidos, o beija-flor de bico largo é conhecido por comer das seguintes espécies de flores: <ref name=":3"/>

Agave (''Agave parryi'' e ''A. schottii''), [[Anisacanthus|madressilva do deserto]] (''Anisacanthus thurberii''), [[Asclepias|serralha]] (''Asclepias'' spp.), [[Bouvardia]] (''Bouvardia glaberima''), ave-do-paraíso ( ''Caesalpinia gilliesii'' ), [[Castilleja|pincel indiano]] ( ''Castilleja'' spp. ), [[Chilopsis|salgueiro do deserto]] (''Chilopsis linearis''), cardo do Novo México ( ''Cirsium neomexicanum'' ), erva de fogo (''Epilobium canum''), feijão coral (''Erythrina flabelliformis''), ocotillo (''Fouquieria splendens''), madressilva de trombeta (''Lonicera sempervirens''), cornetim escarlate (''Penstemon barbatus''), língua de barba de Mojave (P''. pseudospectabilis''), [[Penstemon|penstemon soberbo]] ( ''P. superbus'' ) e betonia do Texas (''Stachys coccinea'').

No sul do México, o beija-flor de bico largo é conhecido por comer das seguintes espécies de flores:<ref name=":3"/>

Bejuco blanco ( ''Exogonium bracteatum'' ), pochote ( ''Ceiba aesculifolia'' ), cacto ( ''Lemairocereus'' spp.), espanador ( ''Calliandra'' spp. ), ''Bumelia'' spp. e cipó (''Paullinia sessiliflora'').
[[Imagem:Cinnamon_Hummingbird_-_Mexico_S4E8524.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|188x188px| O beija-flor de canela (acima) cria competição com o beija-flor de bico largo, fazendo com que ''C. latirostris'' forrageia a partir de fontes alimentares de qualidade inferior]]
Em [[Naiarite|Nayarit]] e [[Jalisco]], no México, sabe-se que o beija-flor de bico largo ocorre na mesma faixa que o beija-flor de [[Beija-flor-canela|canela]] (''Amazilia rutila'').<ref name=":3"/> Isso leva à competição alimentar e, portanto, quando co-ocorrendo, o ''C. latirostris'' se alimentará de flores com baixa disponibilidade de néctar.<ref name=":3" /> O beija-flor de bico largo se alimentará de flores disponíveis com alto néctar, como o jacarandá de folha afiada (''Jacaranda acutifolia''), [[Malvaviscus arboreus|hibisco adormecido]] (''Malvaviscus arboreus'') e visco (''Psittacanthus longipennis''). Quando em competição com a ''A. rutila'', a ''C. latirostris'' se alimentará de ''Calopogonium parvum'', [[Delonix regia|poinciana real]] (''Delonix regia''), semente de veludo (''Hamelia versicolor''), [[Hibiscus|hibisco]] (''Hibiscus'' sp.) e [[Russelia|coralblow]] (''Russelia tenuis'').<ref name=":3" />

No México central, o ''C. latirostris'' se alimenta de dois cactos ( ''Pachycereus weberi'' e ''Pilosocereus chrysacanthus'' . ) Depois de se alimentarem dessas espécies, os beija-flores estudados apresentaram grãos de pólen. No entanto, considerou-se que eles não têm nenhum papel na [[polinização]] dessas plantas.<ref>{{Citar periódico |url=http://doi.wiley.com/10.2307/2446020 |titulo=Pollination biology of two columnar cacti (''Neobuxbaumia mezcalaensis'' and ''Neobuxbaumia macrocephala'') in the Tehuacan Valley, central Mexico |data=1997 |número=4 |ultimo=Valiente-Banuet |primeiro=Alfonso |ultimo2=Rojas-Martínez |primeiro2=Alberto |paginas=452–455 |lingua=en |doi=10.2307/2446020 |jstor=2446020 |ultimo3=Arizmendi |primeiro3=María del Coro |ultimo4=Dávila |primeiro4=Patricia |volume=84 |periódico=American Journal of Botany}}</ref>

Há pouca informação disponível sobre os insetos que comem beija-flores de bico largo. No entanto, um estudo mostrou que, mesmo quando há abundância de insetos, os beija-flores preferem se alimentar de flores, se disponíveis.<ref name=":6"/> No Guadalupe Canyon, no México, os beija-flores só foram vistos comendo [[Diptera]] e [[Ephemeroptera]] voadores.<ref name=":6" />

=== Reprodução ===
Os beija-flores de bico largo reproduzem-se sexualmente através da [[Seleção intersexual|escolha de parceiros]] . Para atrair uma parceira, o macho fará uma "exibição de pêndulo" para a fêmea. Esta exibição consiste no colibri macho de bico largo pairando na frente da fêmea e voando para frente e para trás 4 vezes em arcos repetidos, assim como um pêndulo.<ref name=":9"/>

Nos Estados Unidos, geralmente há 2 tentativas de criação por ano, em meados de abril a meados de junho e depois novamente em julho a meados de agosto. Essas datas coincidem com o pico de disponibilidade de néctar nos habitats dos beija-flores de bico largo.<ref name=":6"/> No Arizona, os pares se reproduzem em habitats semiabertos de 914 a 1524 metros de altitude.<ref name=":5"/> No sul do México, a espécie se reproduz por um longo período de tempo. Os órgãos sexuais da ave demonstraram ser capazes de se reproduzir de janeiro a agosto.<ref name=":4"/> Em [[Sonora]] e no oeste do México, a reprodução começa em meados de janeiro, atingindo o pico em meados de março e terminando em agosto.<ref name=":4" />

O beija-flor de bico largo normalmente cria um ninho a 2 metros do solo.<ref name=":4">{{Citar periódico |url=https://www.biodiversitylibrary.org/page/34606406 |titulo=A new race of ''Cynanthus latirostris'' from Guanajuato |data=1939 |autor=Robert Thomas Moore |paginas=313–319 |volume=52 |periódico=Proceedings of the Biological Society of Washington}}</ref> No Guadalupe Canyon, a maioria dos ninhos foi encontrada a uma altura média de 1,1 metro acima do solo.<ref name=":6">{{Citar periódico |url=https://sora.unm.edu/sites/default/files/journals/wilson/v101n04/p0559-p0578.pdf |titulo=Nectar availability and habitat selection by hummingbirds in Guadalupe Canyon |data=1989 |ultimo=Baltosser |primeiro=William |paginas=559–578 |volume=101 |periódico=The Wilson Bulletin}}</ref> Embora a altura do solo seja importante para as mães, os habitats de nidificação foram encontrados em muitas elevações.<ref name=":4" /> Um estudo encontrou 4 ninhos entre 14 metros, em [[Sinaloa]], a 442 metros, em Sonora.<ref name=":4" /> Acredita-se que a seleção do local do ninho seja menos específica em indivíduos que vivem na parte sul da faixa.<ref name=":3"/> Os próprios ninhos são construídos apenas pelas fêmeas.<ref name=":4" /> A fêmea vai tecer o material de nidificação (casca, gramíneas e folhas secas) em um ninho e moldá-lo com seu corpo.<ref name=":4" /> O ninho é de cerca de 2,5&nbsp;cm de altura, com um diâmetro interno de 1,9&nbsp;cm. O interior é forrado com materiais como penugem de plantas brancas, caules de plantas, folhas, flores de plantas e até líquenes.<ref name=":4" /> Uma vez pronto, o beija-flor fêmea de bico largo colocará 2 ovos em seu ninho.<ref name=":5">{{Citar periódico |url=https://academic.oup.com/auk/article/114/3/539/5173364 |titulo=Lives of North American Birds |data=1997 |número=3 |paginas=539–540 |doi=10.2307/4089268 |issn=0004-8038 |jstor=4089268 |volume=114 |periódico=The Auk}}</ref> Os ovos de ''C. latirostris'' são lisos e brancos. Em média, os ovos medem 12 por 8 milímetros. Embora incerto, acredita-se que a fêmea incuba os ovos por mais de 2 semanas.<ref name=":5" /> Após a eclosão, no Guadalupe Canyon as fêmeas passaram cerca de 60% de cada hora em seu ninho.<ref name=":6" /> As maiores causas de mortalidade do ninho são devido à predação de ovos e filhotes, abandono do ninho antes do ovo e falha na eclosão dos ovos.<ref name=":6" />

Há pouca informação conhecida disponível sobre incubação, eclosão, crescimento e criação desta espécie.

{{Referências}}

{{Taxonbar}}
{{Portal3|Aves}}

[[Categoria:Cynanthus]]

[[Categoria:Espécies descritas por William John Swainson]]

[[Categoria:Aves descritas em 1827]]
[[Categoria:Aves do México]]