Comensalidade

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A comensalidade pode ser definida como "o ato de comer, de que forma é feito e sua representatividade para o indivíduo." O seu estudo desempenha importante papel para a avaliação nutricional de um indivíduo ou sociedade, já que engloba os aspectos de sobrevivência e interação humana com o alimento, estando presente em diferentes contextos e vieses e apresentando diversidade de significados.

Comensalidade no contexto socioantropológico[editar | editar código-fonte]

No contexto social, a comensalidade reflete a característica social humana de interagir e integrar-se em sociedade. Ela inicia-se desde a compra do alimento, incluindo o preparo, o cozimento e a ingestão do mesmo, quando feitos em companhia. Ela gera sensação de bem-estar e prazer, pois o ser humano é um ser social que necessita viver em constante relacionamento com o outro. O ato de comer difere-se de acordo com o local em que é realizado, pois cada região possui seus próprios hábitos alimentares e comidas típicas.[1]

Comensalidade teológica[editar | editar código-fonte]

No viés religioso, a comensalidade reflete os padrões instituídos por determinados grupos sociais e sua simbologia, em que o alimento está presente em ritos e celebrações como forma de reafirmação religiosa e social.

Comensalidade nutricional[editar | editar código-fonte]

No aspecto nutricional, a comensalidade engloba o ato de comer, destacando a forma como é feito, em que contexto e quais as interferências nutricionais para o indivíduo, além de seus aspectos sociais. A interação no momento de refeição permite ao comensal (aquele que come) a maior qualidade nutricional, estando a solidão no momento das refeições relacionada com dietas com qualidade nutricional inferior.

O Guia Alimentar para a População Brasileira[2] traz o conceito de comensalidade discorrendo acerca de todo o processo de alimentação, desde a escolha, habilidades culinárias envolvidas no preparo e as relações sociais que permeiam essas etapas.[3][2]

Referências

  1. CANESQUI, A.M; GARCIA, R.W.D. Antropologia e nutrição: um diálogo possível. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2005. 306 p
  2. a b Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
  3. MOREIRA, S.A. Alimentação e comensalidade: aspectos históricos e antropológicos. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 62, n. 4, p. 23-26, out. 2010 .