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Companhia de Comércio do Maranhão

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A Companhia de Comércio do Maranhão, também referida como Companhia do Estanco do Maranhão ou Companhia de Comércio do Estado do Maranhão e Grão-Pará,[1] foi uma empresa comercial privilegiada, de caráter monopolista, criada sob o reinado de dom Pedro II de Portugal (1667-1706), em Portugal, para atuar no Estado do Maranhão. Durou de 1682 a 1685.

Fundada conforme alvará de 12 de fevereiro de 1682, em caráter de exclusivo comercial, destinava-se a fomentar a agromanufatura de açúcar e o cultivo de algodão, por meio do fornecimento de crédito e de escravos africanos aos produtores da região, assegurando o transporte em segurança daqueles géneros em segurança para a Europa.

Era prevista a importação de dez mil escravos africanos em vinte anos da Costa da Guiné.[1][2]

Entre os privilégios de que se beneficiava, além do monopólio do comércio com o Estado do Maranhão por 20 anos, destacavam-se a isenção de impostos, um juízo privado, a via executiva para a cobrança de suas dívidas e a liberdade de descer do sertão maranhense os indígenas que desejasse para tê-los ao seu serviço.

A Companhia foi acusada de desvalorizar os géneros que deveria adquirir, cobrando em excesso pelas mercadorias da metrópole, fraudar os pesos, recusar-se a transportar produtos pouco lucrativos, transgredir a regularidade das frotas, o que estragava produtos armazenados a espera do embarque, além de não disponibilizar os escravos africanos conforme acordado. As reclamações levaram à eclosão da Revolta dos irmãos Beckman (1684)[1] e à posterior extinção da própria Companhia (1685).

Referências

  1. a b c Regimento das missões do Estado do Maranhão e Grão-Pará, de 21 de dezembro de 1686, acesso em 07 de outubro de 2016.
  2. "O caso do poder jesuítico na Amazônia", de Gustavo Ferreira Glielmo, disponível na internet em 05 de outubro de 2016.
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