Corbeta Uruguay
Corbeta Uruguay foi um posto militar argentino, fixado em novembro de 1976 na ilha britânica de Thule (Morrell), a qual faz parte do agrupamento de ilhas Thule do Sul, localizadas no arquipélago formado pelas ilhas Sandwich do Sul. A construção da base se deu por ordem do governo argentino, preocupado em proteger este território contra eventuais reivindicações de posse por parte da Inglaterra.
História
[editar | editar código-fonte]Antes, em janeiro de 1955, a Argentina havia estabelecido a estação de verão, Teniente Esquivel, na Baía de Ferguson, na costa sudeste. Essa estação foi evacuada em janeiro de 1956 por causa de uma erupção vulcânica na vizinha Ilha Cook.[1]
A base Corbeta Uruguay foi criada em 1976 pela ditadura militar que governava a Argentina para reforçar as reivindicações territoriais argentinas sobre o território britânico no Atlântico Sul. O governo britânico tomou conhecimento da base em dezembro de 1976, mas buscou uma solução diplomática para a questão até 1982.[1]
No início da Guerra das Malvinas, 32 tropas de forças especiais de Corbeta Uruguay foram trazidas para a Geórgia do Sul pelo navio da Marinha Argentina Bahía Paraíso e desembarcaram no Porto de Leith em 25 de março de 1982.[1]
O Corbeta Uruguay permaneceu tripulado por pessoal argentino até 20 de junho de 1982, quando as forças britânicas enviaram uma força-tarefa para acabar com a presença argentina, após a vitória sobre a Argentina na Guerra das Malvinas. Depois que a guarnição em Corbeta Uruguay se rendeu, a instalação foi deixada sem tripulação. Em dezembro de 1982, foi demolido pela Marinha Real depois que um navio de guerra de patrulha, HMS Hecate, descobriu que alguém havia retirado a bandeira da União do mastro da base e executado a bandeira da Argentina.[2]
A base recebeu o nome da corveta argentina ARA Uruguay, que resgatou Otto Nordenskjöld e sua tripulação em 1903 na Península Antártica, perto da atual Base Esperanza. Esse navio é agora um museu flutuante, permanentemente atracado em Puerto Madero, Buenos Aires.[2]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c Lawrence Freedman (2005). The Official History of the Falklands Campaign: The origins of the Falklands war. [S.l.]: Psychology Press. p. 76. ISBN 978-0-7146-5206-1
- ↑ a b Jeff Rubin. Antarctica. Lonely Planet, 2008. p. 258. ISBN 9781741045499