Cristal cintilador

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Cristal cintilador é um material que apresenta cintilação - a propriedade de luminescência[1] - quando excitado por radiação ionizante. Um exemplo é o cristal de estilbeno ou estilbeno cristalino que é um cintilador orgânico usado para detecção de radiação e adequado para a discriminação entre nêutrons rápidos e um fundo de raios gama.[2] Ele é estável, seguro, e cintila púrpura, tecnicamente, quando se está na presença de materiais radioativos, tais como o plutónio.[3] Um detector de cintilação ou contador de cintilação é obtido quando um cintilador é acoplado a um sensor de luz eletrônico, como um tubo fotomultiplicador (PMT), fotodiodo, ou fotomultiplicador de silício (SiPM).

Características gerais[editar | editar código-fonte]

A saída de luz (LO) é o coeficiente de conversão da radiação ionizante em energia luminosa. Ter a maior saída de luz (LO), o cristal de iodeto de sódio dopado com tálio,[nt 1], é o material de cintilação mais popular. Portanto, LO de NaI (Tl) é considerado como sendo 100%.

O tempo de decaimento da cintilação é o tempo necessário para que a emissão de cintilação diminua para e-1 do seu máximo.

A resolução de energia é a largura total da distribuição, medida à metade do seu máximo (FWHM), dividida pelo número do canal de pico e multiplicada por 100. Normalmente, a resolução de energia é determinada usando uma fonte de 137Cs. A resolução de energia mostra a capacidade de um detector de distinguir fontes gama com energias ligeiramente diferentes, o que é de grande importância para a espectroscopia gama. O espectro de emissão é o número relativo de fótons emitidos pelo cintilador em função do comprimento de onda. A intensidade máxima é indicada pelo comprimento de onda Imax. Para a detecção eficiente de fótons emitidos, o máximo de eficiência quântica de PMT deve coincidir com Imax.[5]

Notas e referências

Notas

  1. Cristais simples de NaI (Tl) para detectores de radiação são “crescidos” a partir de iodeto de sódio fundido ao qual foi adicionada uma pequena quantidade de tálio (0,1-0,4 mole por cento).[4]

Referências

  1. Stephen A. Dyer (2001). Survey of instrumentation and measurement. [S.l.]: Wiley-IEEE. p. 920. ISBN 0-471-39484-X 
  2. Scintinel™ Stilbene
  3. Inrad Optics Stilbene Crystals: A Crystal That Detects Nuclear Radiation (No, Really) Arquivado em 8 de dezembro de 2015, no Wayback Machine. em "Popular Science" (2015)
  4. Radiation Detectors por Simon R. Cherry PhD, ... Michael E. Phelps PhD, in Physics in Nuclear Medicine (Fourth Edition), 2012
  5. Scintillation Crystals (2017)