Cristina Farfán
Cristina Farfán | |
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Nascimento | María Cristina Farfán Manzanilla 24 de janeiro de 1846 Mérida |
Morte | 22 de agosto de 1880 Villahermosa |
Cidadania | México |
Ocupação | professora, poetisa, escritora, jornalista |
Causa da morte | puerperal disorders |
Cristina Farfán (24 de julho de 1846 – 22 de agosto de 1880) foi uma notável escritora e educadora, que promoveu a educação das mulheres e envolveu-se na emergência da primeira onda do movimento feminista no México. Ela foi uma dos fundadoras do movimento do jornalismo literário feminino no México.
Início da vida[editar | editar código-fonte]
María Cristina Farfán Manzanilla nasceu em 24 de julho de 1846, em Mérida, Yucatán, México. Era a filha de Candelaria Manzanilla e José María Farfán.[1][2][3] Ela foi criada em um ambiente restrito e educada em casa pelo advogado e professor José María Jesús Apolinario García Montero, normalmente conhecido como José García Montero.[1][4]
Carreira[editar | editar código-fonte]
Ela conseguiu um posto como professora no Colegio de La Encarnación.[1] Em 3 de maio de 1870, juntamente com Gertrudis Tenorio Zavala e Rita Cetina Gutiérrez, Farfán fundou La Siempreviva, uma organização que incluía: as primeiras escolas seculares para meninas no México assim como uma faculdade de artes para jovens mulheres; uma sociedade literária e científica; e um jornal, especificamente escrito por e para mulheres.[5][6] Embora tomando cuidado de não apresentar um imagem anticlerical, as professoras da escola, dirigida por Cetina, organizavam seus currículos com base em ciência e racionalismo, argumentando que as mulheres eram capazes de trabalhar e o pensamento intelectual.[7] Farfán, Cetina e Tenório foram o primeiro grupo a, publicamente, promover a educação das mulheres em Yucatán.[8]
O jornal enfatizou escritos feministas e trouxe exposição para muitas mulheres mexicanas no feminismo europeu, pela primeira vez,[9] e era publicado pelo Palacio del Gobernador.[8] Além de editar a revista, as três amigas publicaram poemas, dedicados à melhoria da condição das mulheres e sua educação.[8] O primeiro trabalho de Farfán publicado foi La Aurora, uma compilação de obras de Cetina, Tenorio e si mesma, em 1870. Durante todo o período de 1870 a 1872, Farfán publicou no jornal La Siempreviva e, em 1874, publicou uma coletânea de ensaios e poemas, La Primavera.[3]
Em 1 de julho de 1877, Farfán se casou com seu antigo instrutor García Montero, em Mérida,[2] e se mudou com ele para Tabasco. Em 1879, fundou e tornou-se diretora e editora-chefa do jornal El Recreo del Hogar em Tabasco, colaborando com outras feministas, como Dolores Correa Zapata.[10] Em 1880, fundou a escola Colegio del Porvenir.[3] O diário e a escola eeram baseados em temáticas científicas que ela tinha anteriormente implementado em Mérida.[1]
Morte e legado[editar | editar código-fonte]
Farfán morreu no parto, na manhã de 22 de agosto de 1880, após viajar de trem chegando em San Juan Bautista de la Villa Hermosa, Tabasco, vinda da Cidade do México.[3][11] Sua filha recém-nascida morreu pouco depois.[11] Um folheto para o funeral foi escrito por alguns dos mais notáveis autores da época, comemorando as contribuições de Farfán como um educadora pioneira e jornalista.[1][12] Três anos depois de sua morte, o jornal El Dominguero concedeu-lhe o título de "Misionera de la Civilización" ao reconhecer que sua contribuição literária tinha mudado a percepção social e aberto oportunidades para as mulheres.[1]
Trabalhos selecionados[editar | editar código-fonte]
- Farfán, Cristina; Tenorio Zavala, Gertrudis; Cetina Gutiérrez, Rita (1870). La Aurora (PDF). [S.l.: s.n.]
- 1870-1872 vários poemas no jornal La Siempreviva[3]
- 1874 La Primavera: Poesía y ensayo[3]
- Farfán, Cristina (1893). «Cristina Farfán de García Montero». Poetisas mexicanas. Siglos XVI, XVII, XVIII y XIX (PDF). [S.l.: s.n.]
Referências[editar | editar código-fonte]
Citações[editar | editar código-fonte]
- ↑ a b c d e f Cambio Digital 2017.
- ↑ a b Mexican Marriage Records 1877.
- ↑ a b c d e f Salmones 2017.
- ↑ Avelar Mayer 2011, p. 22.
- ↑ Sosa Muñiz 2010.
- ↑ Peniche Rivero 2007, p. 7.
- ↑ Rosado Rosado n.d.
- ↑ a b c Infante Vargas 2015, p. 35.
- ↑ González Jiménez 2005, p. 35.
- ↑ González Jiménez 2005, p. 36.
- ↑ a b Corona fúnebre 1880, p. 13-14.
- ↑ Corona fúnebre 1880.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Avelar Mayer, María de los Ángeles (2011). La siempreviva: voz pionera del sur (1870–1872) [The Everlasting:Pioneer voices of the south (1870–1872)] (Licenciada) (em espanhol). Mexico City, Mexico: National Autonomous University of Mexico. Consultado em 4 de dezembro de 2017. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2017
- González Jiménez, Rosa María (2005). «Dolores Correa Zapata: una profesora feminista del siglo XX» [Dolores Correa Zapata: a feminist teacher of the 20th century]. Villahermosa, Tabasco, Mexico: Universidad Juárez Autónoma de Tabasco. Perspectivas docentes (em espanhol). 30: 31–51. ISSN 0188-3313. Consultado em 4 de dezembro de 2017. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2017
- Infante Vargas, Lucrecia (2015). Las maestras de México [The Teachers of Mexico] (PDF) (em espanhol). Ciudad de México, México: Secretaría de Educación Pública: Instituto Nacional de Estudios Históricos de las Revoluciones de México. ISBN 978-607-9419-19-6. Cópia arquivada (PDF) em 22 de dezembro de 2016
- Peniche Rivero, Piedad (2007). «Rita Cetina Gutiérrez, la feminista pionera de la educación en Yucatán en contexto teórico» [Rita Cetina Gutiérrez, the pioneering feminist of education in Yucatan in theoretical context] (PDF) (em espanhol). Mérida, Mexico: Archivo General del Estado de Yucatán. Consultado em 4 de dezembro de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 5 de março de 2016
- Rosado Rosado, Georgina (n.d.). «Las maestras de México» (em espanhol). Mérida, Mexico: Por Esto!. Consultado em 5 de dezembro de 2017. Cópia arquivada em 5 de dezembro de 2017</ref>
- Salmones, Haydeé (6 de agosto de 2017). «Cristina Farfán [Manzanilla]». XIX Decimonónicas (em espanhol). Mexico. Consultado em 4 de dezembro de 2017. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2017
- Sosa Muñiz, Javier (2010). «Rita Cetina Gutierrez». Rita Cetina Gutiérrez (em espanhol). Mérida, Mexico: Escuela Rita Cetina Gutiérrez. Consultado em 4 de dezembro de 2017. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2017
- Corona fúnebre a la memoria de la distinguida poetiza yucateca señora doña Cristina Farfán de García Montero [Funeral crown to the memory of the distinguished poet from Yucatan Mrs. Cristina Farfán de García Montero] (em Spanish). Mérida, Mexico: Espinosa y Compañia. 1880
- «Efemérides del periodismo mexicano: Cristina Farfán de García y Montero» [Ephemeris of Mexican journalism: Cristina Farfán de García y Montero] (em Spanish). Boca del Río, Veracruz, Mexico: Cambio Digital. 24 de julho de 2017. Consultado em 4 de dezembro de 2017. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2017
- «México matrimonios, 1570–1950: José María Jesús Apolinario García Montero/María Cristina Farfán». FamilySearch (em Spanish). Mérida, Yucatan, Mexico: Archivos Sagrario. 1 de julho de 1877. FHL microfilm #649002. Consultado em 4 de dezembro de 2017