Discussão:Chimia

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Do jeito que o texto foi escrito, quem não conhece pode pensar que o termo só é usado em municípios habitados quase que 100% por descendentes de alemães, como São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Igrejinha, Nova Hartz, Ivoti, Três Coroas, Taquara, Sapiranga, Nova Petrópolis, Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul, Venâncio Aires, Santa Rosa, São Lourenço do Sul, Estrela, Estância Velha, Feliz, ficaríamos o dia todo citando exemplos. Quer dizer, em "partes" do Rio Grande do Sul. Mas, na verdade, não é só nestes lugares, os vales do Sinos, do Rio Pardo, do Taquari, do Paranhana, na Noroeste, na Região das Hortênsias que a influência alemã, inclusive na língua, aconteceu. A presença germânica em nossos indústria, comércio, imprensa, cultura, saúde, esporte, religião, educação, organização comunitária, assim como o uso do termo chimia está presente em absolutamente todo o Estado. Nas maiores cidade da região Sul, onde o Estado nasceu, como Rio Grande, Pelotas e até Bagé, já na Campanha, São Lourenço do Sul (Rheingantz, Eggers, Brummer, Gerngross, Ulrich, Kurtius e Stofel Lang, Neumann, Wiener, Spanier, Ritter, Härtel, Müller, Jakob Klaes, Sieburger; Hadler e Feichert , Warncke & Dörken, Behrensdorf, Luschsinger & Cia.; Thomsen & Cia.; Fräb, Nieckele & Cia.; Fräb und Cia.; C. Albrecht & Cia.; das Haus Wachtel e Marren & Cia., Wilhelmy, Kuhn, Sauter, Bernhardt, Hermann Schreiber, Claussen, Warth, Tilly, Schaeffer, Max Göetze, Rotschild,Krüger e Treptow, Neutzling, Rickes, Rosembecker, Fiss & Tessmann, Krüger, Treptow), Hadler, Tochtropp, Petzold, Keil mudaram para sempre a nossa história e a nossa identidade. Mesmo em Porto Alegre, nomes como Carlos Von Kozeritz, Pedro Weingärtner, Renner, Gerdau, Bins, Johannpeter, Neugebauer, Möller, Theodor Wiederspahn, Rudolf Ahrons, João Vicente Friedrichs, revolucionaram para sempre a nossa realidade. Otto Ernest Meyer fundou a primeira e maior empresa de aviação da história do Brasil, a Varig. Bailes popularíssimos, os Kerbs existem no Sul, no Litoral, no Oeste, no Centro, no Norte, na Fronteira, nas Missões, na divisa com Santa Catarina. Assim como até os portugueses do litoral, com o sotaque mais próximo dos catarinenses do que dos colonos italianos, russos, poloneses, alemães ou onde não existe linha divisória entre o Uruguai e o Brasil, andas, muito bem, por uma rua e quando vês, na verdade, geralmente, não vês, já estás em outro país, mesmo usando tamancos de madeira, todos, sem exceção, comem "cuca", vão a bailões onde só toca "bandinha" (típicas alemãs) da culinária e até os italianos tomam chimarrão, como se fossem índios das sobreviventes da Missões Jesuítica. É tudo uma cultura só, uma mistureba, que acabou dando no que somos. Não é que "também" se uma a palavra "chimia", no Centro, na Serra, nos quatro cantos, "só" se usa este termo. Lomba é lomba em todo o lugar. Massa é massa (pasta) mesmo. Macarrão, aqui, como, aliás, no resto do mundo, todo, incluindo a própria Itália, a França, a Coréia, o Japão, os Estados Unidos, o Uruguai, a Argentina, as Filipinas, Portugal, a Espanha, a Alemanha, na Catalunha, no País Basco, na Galícia, na Holanda, Dinamarca, Suécia, Noruega, Índia, Austrália, Ilha de Java, Paquistão, no Nepal, no México, na Colômbia, no Chile, na Birmânia, na Etiópia, no Ceilão, o mundo todo, mesmo, é, quando muito, um tipo de massa, assim como existe o cappelletti o spaghetti, o cannelloni, o fettucine, o rigatoni, o penne, o ravioli, o agnolini. Nunca um nome genérico para todas elas, como é o caso de massa (pasta), mesmo. Que é, aliás, o jeito como nossos pais e avós, sem querer, sempre falaram. E assim por diante, não interessa se o cara é mulato, negro, açoriano, índio, colono com sotaque italiano ou um alemão que, mesmo estando aqui há quatro gerações, não consegue usar os imperativos do português direito.