Discussão:Utopia (livro)

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Utopia U/topia ==> ou/topia:nenhures, lugar que não existe entendeu ou nao nao to perguntando

       ==> eu/topia: lugar feliz

A utopia não é algo irrealizável, mas sim, algo que não É no presente. A utopia surge como uma resposta à imperfeição do real e tenta com isso dar resposta à imperfeiçao da realidade criando, através do imaginário um mundo em que tudo fosse perfeito. Contudo, esse mundo pode ser passível de SER, no futuro ou no passado e pode ainda num lugar desconhecido ou perdido do mundo (caso de Utopus de Thomas More, o qual fala de uma terra desconhecida_numa altura de descobertas do mundo extra-ocidental)




Uma republica utópica[editar código-fonte]

O livro de Thomas More é, na verdade, uma crítica ao governo inglês do século XVI. Thomas More não havia pensando no futuro, porém "A Utopia" acabou sendo uma crítica a todos os governos capitalistas atuais.

No livro I, More, com seu interlocutor Hitlodeu, critica problemas da sociedade inglesa da época, citando os roubos, a pena de morte e a fome.

Já no livro II, More, através de Hitlodeu, descreve uma república perfeita, desde os métodos de governo até a divisão do trabalho pela sociedade até o método de punição e castigo. More acaba escrevendo uma "constituição" para a república utópica. Como o próprio nome diz, esta república é perfeita, porém impossível de se alcançar.

Fiz um pequeno resumo para o colégio onde estudo, Colégio São Luís, que estou pondo à disposição dos Wikipedians.

Síntese da leitura do Livro “A Utopia” de Thomas More[editar código-fonte]

Epístola – Thomas More a Pedro Giles, enviando saudações.[editar código-fonte]

Na introdução do livro, o autor escreve para seu amigo Pedro Giles, lamentando o atraso de um ano para a conclusão da obra sobre a Repúplica Utopiana. Afirma não haver razão para o atraso, já que o uso de grande eloqüência no texto não o aflingia e o seu único esforço seria o de pôr no papel tudo o que ouvira do Mestre Rafael Hitlodeu (grande colaborador da obra). Porém, a dificuldade de Thomas More se encontrava em conciliar sua vida familiar e profissional com o tempo para escrever seu livro. Termina a carta pedindo a Pedro Giles que revise a obra e avalie-a junto com o Mestre Rafael Hitlodeu.

Livro 1 – Da comunicação de Rafael Hitlodeu a respeito da melhor constituição de uma república.[editar código-fonte]

Thomas More, no livro, quando esteve em Antuérpia, conheceu Pedro Giles, que lhe apresentou Rafael Hitlodeu, que se juntou a Américo Vespúcio, e o acompanhou em suas três últimas viagens, mas ficou na Terra Nova. Fez parte dos 24 homens que Vespúcio deixou na América.

Hitlodeu relata que após a deixa deles em Gulike, conseguiram a amizade dos povos nativos que lhes rendeu provisões e um guia para seguir viagem. Diz ele que encontrou, em suas viagens leis absurdas, mas que conseguiram o propósito de criar uma república bem governada.

Hitlodeu, antes de descrever a república Utopiana, fala dos problemas que acontecem na Inglaterra naquela época. Menciona que a paz é desprezada. Que os valores que os príncipes procuram são a arte da guerra e da cavalaria. Critica também a pena de morte, que é “demasiado cruel para castigar o simples roubo e contudo insuficiente para o impedir”. Outra crítica é de que os nobres são ociosos e que têm criados sem experiência que lhes permitisse ganhara vida. Diz também que os nobres “preferem um criado ocioso a um servo doente”. Diz que o roubo é criado porque existe o servo ocioso.

Livro 2 – Descrição da Utopia por Rafael Hitlodeu[editar código-fonte]

É então que Hitlodeu, fala sobre a república Utopiana, mostrando como é perfeita. Começa descrevendo a aparência da ilha. Descreve então o as criações de animais, de galinhas e de cavalos. A criação de cavalos não é como a atual. Têm poucos cavalos que são utilizados principalmente para exercitar jovens na equitação e nos feitos de armas. Descreve como funciona o sistema de comando:

Trinta famílias são dirigidas por um filarco, que escolhe os protofilarcos e o príncipe, que, junto com os protofilarcos formam o senado.

As cidades, com menção especial de Amaurota[editar código-fonte]

Nesta seção Hitlodeu descreve a constituição de uma cidade. Afirma que “quem conhece uma cidade, conhece todas elas”. Amaurota é defendida por um muro, uma vala e o rio, como uma terceira opção. As ruas são muito bem distribuídas com duas fileiras de casas. As casas são feitas pelos próprios cidadãos, com duas portas de entrada: uma para a rua e outra para o jardim dos fundos. As casas não têm trança nem maçanetas, bastando um leve empurrão para abri-las.

Dos Magistrados[editar código-fonte]

Aqui, Hitlodeu descreve mais sobre o modo de governo Utopiano, falando sobre os (proto)filarcos, o príncipe, processos, e discussões governamentais.

Das artes, dos ofícios e ocupações[editar código-fonte]

Hitlodeu relata que a agricultura é a base da civilização. Todos são habilidosos nessa profissão e são treinados nela desde a juventude. Além da agricultura, é praticado outro ofício, escolhido pelo cidadão, somente se de acordo com as necessidades da cidade. Normalmente o ofício escolhido é a tecelagem, pedreiro, ferreiro ou carpinteiro. As mulheres se dedicam mais à tecelagem. O dia de trabalho é dividido em 24 horas exatas: 3h de trabalho, com intervalo para almoço, mais 3h de trabalho, 2h de descanso, ceia e 8 h de sono. O tempo livre entre o trabalho e o sono é ocupado por cada indivíduo como bem querer. Podem estudar, praticar música ou jogar um dos dois jogos que existem, sendo que nenhum deles é de azar.

Da vida e das mútuas relações entre os cidadãos[editar código-fonte]

As famílias eram unidas por laços familiares. As mulheres, quando se casavam iam para a casa do marido. Para que o número de cidadãos não crescesse ou diminuísse muito, nenhuma família poderia ter menos de 14 ou mais que 16 crianças na família, dos 10 aos 14 anos. Quando acontecia de uma família ter mais de 16 filhos, esta o passava para uma família menos numerosa. Quando a população em uma cidade fica muito alta, os excedentes são enviados a outras cidades, com populações mais restritas. Porém quando a ilha inteira fica com população excedente, alguns são enviados a países vizinhos. Já, quando o contrário acontece, a ilha recorre às colônias, pois preferem perder as colônias a diminuir a população.

Na família, o chefe é o homem mais velho. As mulheres obedecem aos homens, os mais jovens aos mais velhos. Cada cidade é divida em quatro bairros, cada um com um mercado, onde o chefe da família vai buscar as provisões. Lá, simplesmente se pega o que necessita e leva para a casa. Em cada bairro há um palacete, onde é servida comida, e que todos podem entrar. Desse modo, os utopianos pensam: “Pra quÊ fazer comida, se no palácio tem uma qualidade melhor?”. Desse modo são bem recebidos nos palacetes.

Numa mesa, os velhos são servidos primeiro. E seus lugares estão predefinidos.

Das viagens dos Utopianos e outros assuntos diversos, espirituosa e habilmente discorridos.[editar código-fonte]

Para viajar a uma cidade próxima, é necessária uma permissão, que é normalmente fácil de conseguir, dos (proto)filarcos. Ao se viajar, ninguém viaja sozinho, indo em grupos, munidos de uma carruagem, um servo e bois. Se demorarem mais de um dia em outra cidade, trabalham lá mesmo, sendo recebidos pelos trabalhadores do mesmo ofício.

Se alguém tenta sair da cidade sem autorização, é perseguido castigado e punido. No caso de reincidência é tratado como escravo. Pode-se viajar para o campo pertencente à cidade só com a autorização do pai e da esposa. Quando se está no campo, só se recebe a refeição depois de terminada a tarefa. Com o ouro que colhem, por não ter valor para eles, fazem algemas, cadeias para escravos, argolas e anéis que demarcam um escravo. Se por um acaso acham um diamante, acabam por lapidá-lo, por achar divertido. Depois de lapidado, é dado de presente para as crianças como brinquedos brilhantes. Quando esta cresce e percebe que só as outras crianças os usam, se desfaz dele.

Dos escravos, doentes e outros.[editar código-fonte]

Os prisioneiros de guerra não viram escravos, escravos estrangeiros, filhos de escravos… nenhum deles é escravo. A escravidão é uma punição, dada aos cidadãos que foram acusados de grandes crimes ou condenados à morte de outros países. Este último tipo é fácil de se encontrar, pois os Utopianos os buscam em países vizinhos obtendo-os por baixo ou quase nenhum preço. Esses são tratados duramente, com trabalho contínuo. Mas tratam ainda pior seus compatriotas, que foram educados com as virtudes utopianas e mesmo assim as desobedeceram. Se alguém de outro país se oferece como escravo, tratam-no como outro cidadão qualquer, exceto por fazerem ele trabalhar um pouco mais pois está acostumado a isso. Se algum dia ele quiser deixar a escravidão e a ilha, pode fazer isso sem impedimentos, e nunca sai de mãos vazias.

Os doentes são consolados pela família e pelos sacerdotes. Para um mal incurável, os sacerdotes diziam que a pessoa devia parar de alimentar as dores e deixar ela ir. E se o doente resolve pôr fim à sua dor, pode escolher ser feito pela fome ou pelo sono. Os que se matam sem o consentimento, são desonrosos e são jogados num pântano.

As mulheres casam aos 18 e os homens aos 22. Não é possível o divórcio, ao não ser que o cônjuge tenha tido um caso de adultério ou um comportamento inaceitável. Neste caso pode-se divorciar-se e escolher outro cônjuge. No entanto o cônjuge acusado viverá na infâmia e no celibato. Pode-se também trocar de cônjuge se o casamento não for bem sucedido devido a desencontros temperamentais entre os cônjuges. Neste caso, obtém se o consentimento e o divórcio.

Da guerra[editar código-fonte]

A guerra é detestada e odiada por todos. É evitada sempre que possível. Os utopianos só entram em guerra para ajudar um aliado, defender suas terras ou libertar um povo oprimido. Numa guerra, os utopianos não divergem de seus objetivos iniciais até garantirem que não podem alcançá-los. Aí sim partem para a vingança. Preferem vencer seus adversários através da inteligência e astúcia, ao invés de espadas e lanças. Suas estratégias de guerra são impressionantes. Quando planejam fugir, o fazem silenciosamente. Quando pensam em atacar, recuam um pouco.

Das religiões de Utopia[editar código-fonte]

Existem várias religiões, sendo que nenhuma delas é proibida. Alguns adoram o Sol, outros a Lua, outros até adoram um homem deus. No entanto, os mais sábios utopianos rejeitam todas essas religiões, e dizem que existe um só ser poderoso, o Deus-Pai. Quando Hitlodeu fala sobre Cristo para os utopianos, eles se espantam ao ver uma religião tão parecida com a deles.

Os utopianos desprezam adivinhações, augúrios, leitura de estrelas.


--Tucalipe 16:53, 14 Novembro 2005 (UTC)