Dysphania ambrosioides
mastruz Dysphania ambrosioides | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||

Dysphania ambrosioides é uma espécie de planta com flor pertencente à família Amaranthaceae.[1] É popularmente conhecida como erva-de-santa-maria, mentruz, mastruz, mastruço, chá-do-méxico, erva-formigueira, lombrigueira ou quenopódio.[2] É uma planta de porte herbáceo que possui ampla distribuição pelo Brasil [2] e outros países da América Latina.
A espécie possui diversas propriedades biológicas muito utilizadas na medicina popular para tratamento de humanos, destacando-se as atividades vermicida, anti-inflamatória e cicatrizante.[3]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Dysphania ambrosioides é uma espécie de erva perene ou anual, podendo atingir até 1 m de altura, em média, sendo bastante ramificada. As folhas são alongadas, alternas, pecioladas e possuem tamanhos diversos. As folhas menores ficam localizadas na parte superior da planta e as folhas maiores na parte inferior. As flores são pequenas, verdes, dispostas em espigas axilares densas. Produz numerosas sementes esféricas, pretas e ricas em óleo. Tem odor forte, desagradável e característico.[4]
Trata-se de uma espécie que ocorre de forma espontânea, embora também seja cultivada em ambientes domésticos e agrícolas. Práticas tradicionais no México incluem a agitação manual das plantas para facilitar a dispersão das sementes, seguida de poda estratégica, com o objetivo de favorecer a germinação acelerada e o estabelecimento das plântulas.[5]
A espécie possui extensa distribuição pela América, especialmente na América Latina, com notáveis registros de uso no México (de onde é nativa) e Brasil. Fora do continente, destaca-se seu uso por nações africanas como Nigéria e Camarões. Sua utilização também fora observada na China.[6]
Fitoquímica
[editar | editar código-fonte]Diversos estudos já mostraram os compostos fitoquímicos presentes em diferentes partes da Dysphania ambrosioides, dentre os quais se destacam a presença de monoterpenos como ascaridol e carvacrol; sesquiterpenos como o β-Cariofileno; ácidos fenólicos e flavonoides; alcaloides, saponinas e taninos.[7][8][9][10]
Sinônimos
[editar | editar código-fonte]Sinônimos atualmente reconhecidos:[11]
- Ambrina ambrosioides (L.) Spach
- Ambrina anthelmintica (L.) Spach
- Ambrina incisa Moq.
- Ambrina parvula Phil.
- Ambrina spathulata Moq.
- Atriplex ambrosioides (L.) Crantz
- Atriplex anthelmintica (L.) Crantz
- Blitum ambrosioides (L.) Beck
- Botrys ambrosioides (L.) Nieuwl.
- Botrys anthelmintica (L.) Nieuwl.
- Chenopodium amboanum (Murr) Aellen
- Chenopodium ambrosioides L.
- Chenopodium angustifolium Pav. ex Moq.
- Chenopodium anthelminticum L.
- Chenopodium citriodorum Steud.
- Chenopodium cuneifolium Vent. ex Moq.
- Chenopodium integrifolium Vorosch.
- Chenopodium querciforme Murr
- Chenopodium sancta-maria Vell.
- Chenopodium santamaria Vell.
- Chenopodium spathulatum (Moq.) Sieber ex Moq.
- Chenopodium suffruticosum Willd.
- Chenopodium vagans Standl.
- Chenopodium variegatum Gouan
- Dysphania anthelmintica (L.) Mosyakin & Clemants
- Orthosporum ambrosioides (L.) Kostel.
- Orthosporum suffruticosum Kostel.
- Roubieva anthelmintica (L.) Hook. & Arn.
- Teloxys ambrosioides (L.) W.A. Weber
- Vulvaria ambrosioides (L.) Bubani
Referências
- ↑ Tropicos
- ↑ a b «Flora e Funga do Brasil». floradobrasil.jbrj.gov.br. Consultado em 22 de abril de 2025
- ↑ TrivellatoGrassi, Liliane; Malheiros, Angela; Meyre-Silva, Christiane; da Silva Buss, Ziliani; Monguilhott, Eduardo Dalmarco; Fröde, Tânia S.; da Silva, Kathryn Ana Bortolini Simão; de Souza, Márcia Maria (9 de janeiro de 2013). «From popular use to pharmacological validation: A study of the anti-inflammatory, anti-nociceptive and healing effects of Chenopodium ambrosioides extract». Journal of Ethnopharmacology (1): 127–138. ISSN 0378-8741. doi:10.1016/j.jep.2012.10.040. Consultado em 22 de abril de 2025
- ↑ BARACUHY, José Geraldo de Vasconcelos.; Araújo., FURTADO, Dermeval; FRANCISCO, Paulo Roberto Megna.; LIMA, José Luciano Santos de.; PEREIRA, Jógerson Pinto Gomes.; Costa., FERREIRA, Aline; LIMA, Ana Carolina Silva de.; ARAÚJO, Beranger Arnaldo de.; COELHO, Carlos Henrique de Lima. (2016). «Plantas medicinais de uso comum no Nordeste do Brasil.». Consultado em 22 de abril de 2025
- ↑ Blanckaert, Isabelle; Paredes-Flores, Martín; Espinosa-García, Francisco J.; Piñero, Daniel; Lira, Rafael (abril de 2012). «Ethnobotanical, morphological, phytochemical and molecular evidence for the incipient domestication of Epazote (Chenopodium ambrosioides L.: Chenopodiaceae) in a semi-arid region of Mexico». Genetic Resources and Crop Evolution (em inglês) (4): 557–573. ISSN 0925-9864. doi:10.1007/s10722-011-9704-7. Consultado em 22 de abril de 2025
- ↑ Sá, Rafaela Damasceno; Soares, Luiz Alberto Lira; Randau, Karina Perrelli (1 de abril de 2015). «Óleo essencial de Chenopodium ambrosioides L.: estado da arte». Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada (em inglês) (2). ISSN 2179-443X. Consultado em 22 de abril de 2025
- ↑ Drioua, Soufiane; El-Guourrami, Otman; Assouguem, Amine; Ameggouz, Mouna; Kara, Mohammed; Ullah, Riaz; Bari, Ahmed; Zahidi, Ahmed; Skender, Azra (3 de fevereiro de 2024). «Phytochemical study, antioxidant activity, and dermoprotective activity of Chenopodium ambrosioides (L.)». Open Chemistry (em inglês) (1). ISSN 2391-5420. doi:10.1515/chem-2023-0194. Consultado em 22 de abril de 2025
- ↑ Tchani, Gneiny Whad; Agbeme, Kossi Sitsopé; Agbodan, Kokou Agbékonyi; Baba, Gnon; Kpegba, Kafui (2021). «Phytochemical Study and Comparative Antioxidant Activity of Extracts from Aerial Parts of <i>Chenopodium ambrosioides</i> Linn. (Chenopodiaceae)». Advances in Biological Chemistry (05): 220–233. ISSN 2162-2183. doi:10.4236/abc.2021.115015. Consultado em 22 de abril de 2025
- ↑ Omidbaigi, R.; Sefidkon, F.; Nasrabadi, F. Borna (janeiro de 2005). «Essential Oil Content and Compositions of Chenopodium ambrosioides L». Journal of Essential Oil Bearing Plants (em inglês) (2): 154–158. ISSN 0972-060X. doi:10.1080/0972060X.2005.10643436. Consultado em 22 de abril de 2025
- ↑ Drioua, Soufiane; Ameggouz, Mouna; Assouguem, Amine; Kara, Mohammed; Ullah, Riaz; Bari, Ahmed; Lahlali, Rachid; Fidan, Hafize; El-Guourrami, Otman (26 de junho de 2024). «Comprehensive phytochemical and toxicological analysis of Chenopodium ambrosioides (L.) fractions». Open Life Sciences (em inglês) (1). ISSN 2391-5412. PMC 11211872
Verifique
|pmc=
(ajuda). PMID 38947765 Verifique|pmid=
(ajuda). doi:10.1515/biol-2022-0895. Consultado em 22 de abril de 2025 - ↑ «Dysphania ambrosioides» (em inglês). The Plant List. 2010. Consultado em 7 de janeiro de 2015