Edward J. Schulte

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Edward J. Schulte (1890–1975) foi um arquiteto que projetou um generoso número de igrejas ao longo de sua vida, sendo as mais conhecidas as realizadas em meados do século XX, as quais mesclam o arrojo da chamada arquitetura moderna com variados elementos da arquitetura tradicional. Mas também fez importantes casas e prédios públicos. Inspirado por um encontro que teve com Ralph Adams Cram, Schulte devotou-se a projetar igrejas, tendo desenhado mais de 88.[1] Ele serviu, também, como presidente da filial de Cincinnati do Instituto Americano de Arquitetos.[2]

Schulte desempenhou prática solo até 1912, então passou a trabalhar com Robert. E. Crowe entre 1921 e 1934. Por fim, voltou a exercer o ofício sozinho até sua aposentadoria, em 1967.[3]

Vida primeva e formação educacional[editar | editar código-fonte]

Edward Schulte demonstrou ter talento para o desenho logo em sua infância, então foi incentivado pelas freiras na escola paroquial a desenvolvê-lo cada vez mais. Seu pai, um empreiteiro, queria que ele se especializasse em arquitetura, sugerindo-lhe a firma de Werner e Adkins, que projetou a Biblioteca Carnegie de Norwood. O pai de Schulte foi um dos três encarregados de construí-la. Schulte começou trabalhando para Werner and Adkins durante o dia enquanto frequentava aulas na Academia de Arte à noite, tornando-se depois um valoroso membro da firma, com especial habilidade para renderizações em aquarela de projetos propostos aos clientes durante as apresentações. Não demoraria muito, porém, para o escritório de Werner e Adkins sofrer de problemas financeiros, "emprestando" Schulte temporariamente para outra empresa antes de trazê-lo de volta, depois de conseguirem um novo parceiro – H. E. Kennedy – e inúmeras comissões, dentre elas um prédio de escritórios a ser feito em Nova Orleães.

Começo de carreira[editar | editar código-fonte]

Foi confiado por Kennedy a Edward Schulte o projeto do Harris Theater, Pittsburgh, o que lhe exigiu gastar longas noites de estudo na biblioteca de sua cidade pesquisando por precedentes históricos para o que então era uma tipologia relativamente nova de edifício. Dentre os desenhistas para o projeto estava Robert E. Crowe, que posteriormente se tornaria parceiro e importante colaborador profissional de Schulte. Kennedy moveu seu escritório para Pittsburgh, levando Schulte consigo. Foi durante essa época que Schulte assistiu a uma palestra à luz de velas feita por Ralph Adams Cram no Hall of Architecture (Salão de Arquitetura) do Museu Carnegie, inspirando-o a dedicar-se, principalmente, ao projeto de igrejas pelo resto de sua carreira.

Lista de prédios projetados e/ou supervisionados[editar | editar código-fonte]

Esta lista dos trabalhos de Schulte foi compilada por Donald A. Tenoever:[4]

Galeria de obras[editar | editar código-fonte]

Obras em literatura[editar | editar código-fonte]

  • The Cathedral (A Catedral, 1956).
  • The Lord Was My Client (O Senhor Foi Meu Cliente, 1972).

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Heavenly City, p. 142, Denis R. McNamara, James Morris (Liturgy Training, 2005)
  2. The Spirit of Mediator Dei, Denis McNamara, Sacred Architecture, Vol. 4 (2000)
  3. «Biographical Dictionary of Cincinnati Architects». Consultado em 14 de novembro de 2017. Arquivado do original em 5 de outubro de 2011 
  4. Tenoever, Donald A. «Edward J. Schulte and American Church Architecture of the Twentieth Century» (PDF). Donald A. Tenoever, Master's Thesis, University of Cincinnati. Consultado em 7 de fevereiro de 2015 
  5. «Bishop Marty Memorial Chapel». Council of Independent Colleges. Consultado em 7 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 13 de fevereiro de 2012 

Literatura adicional[editar | editar código-fonte]

  • Edward J. Schulte and American Church Architecture of the Twentieth Century, Donald A. Tenoever, master's thesis, University of Cincinnati, 1974.