Eleições para regente no Brasil em 1831
As eleições para regente no Brasil em 1831, ocorreram pra decidir a regência trina do Brasil. A primeira eleição, elegeu uma regência trina provisória; durante a abdicação de D Pedro I, a maioria dos deputados estava de férias, e por isso, os poucos (26 senadores e 36 deputados) elegeram uma regência provisória, em 7 de abril de 1831. No dia 17 de junho do mesmo ano, foram eleita a regência permanente.[1][2]
Eleição pra regência trina provisória
[editar | editar código-fonte]Segundo a Constituíção, enquanto uma regência permanente não fosse eleita, ministros governariam o país:
"Governará o Império uma Regência provisional, composta dos Ministros do Império e da Justiça, e dois Conselheiros de Estado mais antigos em exercício, presidida pela Imperatriz viúva e, na sua falta, pelo mais antigo Conselheiro de Estado."
Entretanto, os liberais alegaram que após a renúncia, não havia mais gabinete, e por isso, disseram que a assembleia geral devia eleger a regência.[3] 62 parlamentares votaram.
Primeira vaga
[editar | editar código-fonte]Candidato | Partido | Votos no Primeiro Turno | Votos no Segundo Turno |
---|---|---|---|
José Joaquim Carneiro de Campos | 22 | 40 | |
Nicolau Pereira de Campos Vergueiro | 14 | ||
Outros/abstenções | 26 | - |
Segunda vaga
[editar | editar código-fonte]Candidato | Partido | Primeiro Turno | Segundo Turno |
---|---|---|---|
Nicolau Pereira de Campos Vergueiro | 19 | 30 | |
Manoel Caetano de Almeida e Albuquerque | 7 | 29 | |
Outros/abstenções | 36 | - |
Terceira vaga
[editar | editar código-fonte]Candidato | Partido | Votos no Primeiro Turno | Votos no Segundo Turno |
---|---|---|---|
Francisco de Lima e Silva | 16 | 35 | |
Manoel Caetano de Almeida e Albuquerque | 17 | - | |
Outros/abstenções | 29 | - |
Eleição pra regência trina permanente
[editar | editar código-fonte]Participaram 123 parlamentares. 88 deputados, e 35 senadores. Os 3 mais votados, foram eleitos.[1]
Candidato | Partido | Votos |
---|---|---|
Francisco de Lima e Silva | 81 | |
José da Costa Carvalho | 75 | |
João Bráulio Muniz | 49 | |
Pedro de Araújo Lima | 38 | |
Francisco Carneiro de Campos | 30 | |
Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva. | 27 | |
José Joaquim Carneiro de Campos | 17 | |
Manoel Caetano de Almeida e Albuquerque | 7 | |
Nicolau Pereira de Campos Vergueiro | 6 | |
Martim Francisco Ribeiro de Andrada | 6 | |
Outros/abstenções |
Eleição regencial de 1835 e 1837
[editar | editar código-fonte]O Ato Adicional de 1834 reformou a Constituição de 1824 para a regência trina passar a ser una e assim no dia 7 de abril de 1835 Diogo Antônio Feijó venceu a eleição com 2826 votos superando o senador Holanda Cavalcanti que obteve 2251 votos. Feijó renuncia em setembro de 1837 e em eleição seguinte o senador Pedro de Araújo Lima é eleito com 4380 votos e e Holanda Cavalcanti perde novamente ao receber 1981 votos.[4]
Referências
- ↑ a b Annaes do Senado do Império do Brazil - Segunda Sessão da Primeira Legislatura de 7 de abril a 21 de junho de 1831 (Sessão Extraordinária) (PDF). 1. Rio de Janeiro: [s.n.] 1914
- ↑ «A Regência Trina Provisória». www.multirio.rj.gov.br. Consultado em 8 de fevereiro de 2024
- ↑ Nogueira, Octaviano (2012). Constituições Brasileiras: 1824 (PDF). Brasília: Editora do Senado Federal
- ↑ BUENO, Eduardo. Brasil, uma história - cinco séculos de um país em construção. São Paulo: Leya, 2010. pág. 192 e 193, ISBN 978-85-62936-17-3