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Emirados Árabes Unidos: diferenças entre revisões

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|gentílico = árabe; emiratense{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}<br />emiradense;<ref name="gentílico">[http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=26853 Ciberdúvidas da Língua Portuguesa – O adjectivo e o substantivo relativos aos Emirados Árabes Unidos]</ref> árabo-emiradense;<ref name="gentílico"/> árabe-emiradense<ref name="gentílico"/>
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|língua_oficial = [[Língua Árabe|Árabe]]<ref>{{Citar web|autor=asiarooms.com |url=http://www.asiarooms.com/travel-guide/united-arab-emirates/uae-overview/uae-language.html |título=UAE Language, Language in UAE, UAE Languages |publicado=Asiarooms.com |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref>
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|tipo_governo = [[Monarquia constitucional]] [[Parlamentarismo|Parlamentarista]]
|título_líder1 = [[Anexo:Lista de presidentes dos Emirados Árabes Unidos|Presidente]]
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|população_estimada = {{formatnum:6000000}}<ref name=unpop>{{cite paper | url=http://uaeinteract.com/docs/Expat_numbers_rise_rapidly_as_UAE_population_touches_6m/37883.htm | title=Expat numbers rise rapidly as UAE population touches 6m | version=2009 revision | format=PDF | publisher=uaeinteract.com | author=Department of Economic and Social Affairs Population Division | date=2009 | accessdate= 2009-03-12}}</ref>
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|PIB_total = 185,287 [[bilhão|bilhões]]<ref name=imf2>{{Citar web|url=http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2009/02/weodata/weorept.aspx?sy=2006&ey=2009&scsm=1&ssd=1&sort=country&ds=.&br=1&c=466&s=NGDPD%2CNGDPDPC%2CPPPGDP%2CPPPPC%2CLP&grp=0&a=&pr.x=56&pr.y=14 |título=United Arab Emirates|publicado=International Monetary Fund|acessodata=2009-10-01}}</ref>
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|IDH_categoria = {{MuitoElevado}}<!-- Nova Metodologia no cálculo do IDH --><ref>{{citar web|url=http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3600&lay=pde|titulo=Ranking do IDH 2010|acessodata=4 de novembro de 2010|publicado=PNUD}}</ref>
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Os '''Emirados Árabes Unidos''' (por vezes designados erroneamente ''Emiratos Árabes Unidos'', embora essa grafia não seja usada no Brasil<ref>A palavra ''Emiratos'' não consta do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras.</ref> nem em Portugal) abreviado como '''EAU'''; {{lang-ar|'''دولة الإمارات العربية المتحدة'''}}‎, ''Dawlat al-Imārāt al-‘Arabīyah al-Muttaḥidah'') são uma confederação de estados de grande autonomia, chamados ''[[emirado]]s'', situada no sudeste da [[Península Arábica]], no Sudoeste Asiático no [[Golfo Pérsico]]. Os Emirados Árabes Unidos fazem fronteira com [[Omã]] e com a [[Arábia Saudita]]. Os sete emirados são [[Abu Dhabi]], [[Dubai]], [[Sharjah]], [[Ajman]], [[Umm al-Quwain]], [[Ras al-Khaimah]] e [[Fujairah]]. A capital e segunda maior cidade dos Emirados Árabes Unidos é Abu Dhabi. A cidade também é o centro de atividades políticas, industriais e culturais.<ref>{{Citar web|url=http://www.mpiweb.org/Archive/217/56.aspx |título=Abu Dhabi |publicado=Mpiweb.org |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref>

Antes de 1971, os Emirados Árabes Unidos eram conhecidos como ''Estados da Trégua'', em referência a uma trégua do século XIX entre o [[Reino Unido]] e vários [[Xeque (título)|Xeques]] Árabes. O nome ''Costa Pirata'' também foi utilizado em referência aos emirados que ocupam a região do século XVIII até o início do século XX.<ref>Encyclopædia Britannica Eleventh Edition; XXI:188; II:255 (1911)</ref>

O sistema político dos Emirados Árabes Unidos, baseado na Constituição de 1971, dispõe de vários órgãos ligados intrinsicamente. O [[Islão]] é a religião oficial e o [[língua árabe|idioma árabe]], a língua oficial.<ref>{{Citar web|url=http://middleeast.about.com/b/2008/03/09/uae-makes-arabic-its-official-language.htm |título=UAE Makes Arabic Its Official Language |publicado=Middleeast.about.com |data=2008-03-09 |acessodata=2009-10-18}}</ref>

Os Emirados Árabes Unidos têm a sexta maior reserva de petróleo do mundo<ref>{{Citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2178rank.html |título=CIA - The World Factbook - Country Comparison :: Oil - proved reserves |publicado=Cia.gov |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref> e possui uma das mais desenvolvidas economias do [[Oriente Médio]]. O país tem, atualmente, a trigésima sexta maior economia a taxas de câmbio de mercado do mundo, e é um dos países mais ricos do mundo por Produto Interno Bruto ''per capita'', com um PIB nominal ''per capita'' de US$ 54 607, de acordo com o [[Fundo Monetário Internacional]].<ref>{{Citar web|url=http://www.imf.org/external/datamapper/index.php |título=IMF Data Mapper |publicado=Imf.org |data= |acessodata=2009-01-12}}</ref> O país classifica-se na décima quarta posição em paridade de poder de compra ''per capita'' e tem, relativamente, um [[Índice de Desenvolvimento Humano]] conisderado 'muito elevado', ocupando o [[Anexo:Lista de países por Índice de Desenvolvimento Humano|32º lugar]].<ref>{{Citar web|url=http://hdr.undp.org/en/statistics/ |título=Statistics &#124; Human Development Reports (HDR) &#124; United Nations Development Programme (UNDP) |publicado=Hdr.undp.org |data=2008-12-18 |acessodata=2009-07-15}}</ref> Os Emirados Árabes Unidos são classificados como tendo uma alta renda de desenvolvimento da economia pelo FMI.

Os Emirados Árabes Unidos são um membro fundador do [[Conselho de Cooperação do Golfo|Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo Pérsico]], e um membro da [[Liga Árabe]]. A nação também é membro da [[Organização das Nações Unidas]], da [[Organização da Conferência Islâmica]], da [[Organização dos Países Exportadores de Petróleo]], e da [[Organização Mundial do Comércio]].

== História ==
{{artigo principal|[[História dos Emirados Árabes Unidos]]}}

=== Origens ===
[[Ficheiro:Hatta 01.jpg|185px|esquerda|thumb|Um torre de vigia do [[século XVIII]], em Hatta.]]

A habitação humana mais antiga dos Emirados Árabes Unidos data do período [[neolítico]], c. 5500 a.C.. Nesta fase, há provas de interação com o mundo exterior, em particular com civilizações ao norte. Estes contatos persistiram e tornaram-se abrangentes, provavelmente motivados pelo comércio do [[cobre]] nas [[Montanhas Hajar]], que teve início por volta de 3000 a.C..<ref>{{Citar web|url=http://www.adias-uae.com/ |título=Abu Dhabi Islands Archaeological Survey (ADIAS) |publicado=Adias-uae.com |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref> O comércio exterior, tema recorrente na história desta região estratégica, floresceu também em períodos posteriores, facilitado pela domesticação do camelo e o fim do segundo milénio a.C..<ref>{{Citar web|autor=UAEinteract.com |url=http://www.uaeinteract.com/docs/More_light_thrown_on_Jebel_Buhais_Neolithic_age/30453.htm |título=More light thrown on Jebel Buhais Neolithic age UAE - The Official Web Site - News |publicado=Uaeinteract.com |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref>

Por volta do primeiro século d.C., o tráfico terrestre entre a Síria e cidades do sul do Iraque começou, seguido pela viagem marítima ao importante porto de Omana (hoje em dia, chama-se [[Umm al Qaywayn]]) e, daí para a Índia, sendo uma alternativa para a rota do [[Mar Vermelho]] usada pelos romanos.<ref>{{Citar web|autor=UAEinteract.com |url=http://www.uaeinteract.com/history/e_walk/con_3/con3_17.asp |título=UAE History: 2,000 to 200 years ago |publicado=UAEinteract |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref> Pérolas haviam sido exploradas na região durante milênios, mas neste momento, o comércio atingiu novos patamares. Viagens marítimas também foram um esteio e feiras importantes foram feitas em [[Dibba]], trazendo mercadores de regiões longínquas, como por exemplo, a China.<ref>{{Citar web|autor=UAEinteract.com |url=http://www.uaeinteract.com/history/e_walk/con_3/con3_1.asp |título=UAE History: 2,000 to 200 years ago |publicado=UAEinteract |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref>

=== Advento do Islã ===
A chegada dos enviados do profeta [[Maomé]], em 630, anunciava a conversão da religião para o [[Islã]]. Após a morte de Maomé, uma das maiores batalhas das [[Guerras da Apostasia]] foi travada em Dibba, resultando na derrota dos não-muçulmanos e o triunfo do Islã na Península Arábica.

Em 637, Julfar (hoje [[Ras al Khaimah]]) era uma plataforma para a conquista do [[Irã]]. Durante muitos séculos, Julfar tornou-se um porto rico e um centro de pérolas, as quais viajavam por todo o Oceano Índico.

=== Controle português ===
A expansão portuguesa adentro do Oceano Índico, no início do século XVI, seguindo a rota de exploração do navegador [[Vasco da Gama]], presenciou a batalha dos Turco-otomanos pela costa do Golfo Pérsico. Os portugueses controlaram esta área durante cerca de 150 anos, conquistando assim, os habitantes da Península Arábica.<ref>{{Citar web|url=http://www.google.ae/search?q=portuguese+history+UAE&hl=en&sa=X&tbs=tl:1&tbo=1&ei=CjVBStzkEY6sjAeqhMmlCQ&oi=timeline_result&ct=title&resnum=11 |título=portuguese history UAE - Google Search |publicado=Google.ae |data= |acessodata=2009-10-18}}</ref> Vasco da Gama foi ajudado por [[Ahmad Ibn Majid]], um navegador e cartógrafo árabe de Julfar, a encontrar a rota das especiarias da Ásia.<ref>{{Citar web|url=http://www.cdr.gov.ae/ncdr/English/uaeGuide/index.aspx |título=NCDR &#124; UAE History &#124; Portuguese Era |publicado=Cdr.gov.ae |data=2005-01-30 |acessodata=2009-07-15}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.destination360.com/middle-east/united-arab-emirates/history |título=United Arab Emirates History, UAE History, History of the Arabian Peninsula, Arabian Culture |publicado=Destination360.com |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref>

=== Domínio britânico e otomano ===
[[Ficheiro:Flag of the Trucial States.svg|esquerda|thumb|A bandeira da "Costa da Trégua".]]

Em seguida, algumas partes da nação caíram perante à influência direta do [[Império Otomano]] durante o século XVI.<ref>{{Citar web|url=http://www.encyclopedia.com/doc/1O46-OttomanEmpire.html |título=Ottoman Empire - History of Ottoman Empire &#124; Encyclopedia.com: Dictionary of Contemporary World History |publicado=Encyclopedia.com |data=1923-10-29 |acessodata=2009-07-15}}</ref> Posteriormente, a região ficou conhecida pelos britânicos como a "Costa Pirata", por causa de invasores que ali se concentravam que assediaram o setor marítimo, apesar de tanto navios europeus, quanto árabes patrulharem a área do século XVII ao século XIX.<ref>{{Citar web|url=http://www.waynemadsenreport.com/articles/20081102_3 |título=November 3, 2008 - The UAE is the old Pirate Coast. Not much has changed. |publicado=Wayne Madsen Report |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref> Expedições britânicas para proteger o comércio indiano de invasores de Ras al-Khaimah levaram à campanhas contra estas sedes e outros portos ao longo da costa em 1819. No ano seguinte, um tratado de paz foi assinado, ao qual todos os [[xeque (título)|xeques]] aderiram. As invasões continuaram de forma intermitente até 1835, quando os xeques não concordaram em participar das hostilidades do mar. Em 1853, eles assinaram um tratado com o Reino Unido, sob qual os xeques (os "Xeques da Trégua") concordaram com uma "trégua marítima perpétua". O tratado foi executado pelo Reino Unido, porém disputas entre os xeques foram encaminhadas para os britânicos para uma resolução.<ref>{{Citar web|url=http://ukinuae.fco.gov.uk/en |título=UK in the UAE |publicado=Ukinuae.fco.gov.uk |data=2008-05-01 |acessodata=2009-07-15}}</ref>

Principalmente em reação à ambição de outros países europeus, o Reino Unido e os Xeques da Trégua estabeleceram vínculos mais próximos em um tratado, em 1892, semelhante a outros tratados assinados entre o Reino Unido e outros principados do Golfo Pérsico. Os xeques não concordaram em ceder qualquer território, exceto ao Reino Unido, e não estabelecer relações com qualquer governo estrangeiro, que não fosse o RU, sem seu consentimento. Em troca, os ingleses prometeram proteger a Costa da Trégua de qualquer agressão marítmima e ajudar em caso de ataque terrestre.<ref>{{Citar web|autor=Tore Kjeilen |url=http://looklex.com/e.o/trucial_states.htm |título=Trucial States |publicado=Looklex.com |data=2007-04-04 |acessodata=2009-07-15}}</ref>

=== A ascensão e queda da indústria de pérolas ===
{{Contém texto em árabe}}
Durante o século XIX e o início do século XX, a indústria de [[pérola]]s prosperou, proporcionando renda e emprego para o povo do Golfo Pérsico. Isto começou a se tornar um bom recurso econômico para a população local. Então, a [[Primeira Guerra Mundial]] teve um severo impacto na pesca de pérolas, porém foi a depressão econômica no final da [[década de 1920]] e início da [[década de 1930]], junto com a invasão japonesa das pérolas cultivadas, que destruiu a indústria da pérola. A indústria finalmente desapareceu após a [[Segunda Guerra Mundial]], quando o recém-independente governo da Índia impôs altos [[imposto]]s nas pérolas importadas dos Estados árabes do Golfo Pérsico.<ref>{{Citar web|autor=UAEinteract.com |url=http://www.uaeinteract.com/history/trad/trd08.asp |título=UAE History & Traditions: Pearls & pearling |publicado=UAEinteract |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref> O declínio das pérolas resultou em uma era muito difícil, com poucas oportunidades de construir uma boa infra-estrutura.

=== O início da era do petróleo ===
No início da década de 1930, a primeira empresa petrolífera dos EAU realizou inquéritos preliminares e então, o primeiro carregamento de petróleo bruto foi exportado de [[Abu Dhabi]] em 1962. Como aumento das receitas do petróleo, o Governador de Abu Dhabi, o Xeque Zayed bin Sultan Al Nahyan, empreendeu um programa de construções, construindo escolas, moradias, hospitais e rodovias. Quando as exportações de petróleo de Dubai começaram, em 1969, o Xeque Rashid bin Saeed Al Maktoum, governante de Dubai ''de facto'', também foi capaz de utilizar as reservas de petróleo para melhorar a qualidade de vida da população.<ref>{{cite news|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/country_profiles/737620.stm |title=Middle East &#124; Country profiles &#124; Country profile: United Arab Emirates |publisher=BBC News |date=2009-03-11 |accessdate=2009-07-15}}</ref>

Em 1955, o Reino Unido ficou ao lado de Abu Dhabi em uma disputa com [[Omã]] sobre o Oásis Buraimi, um outro território ao sul.[26] Um acordo em 1974 entre Abu Dhabi e a [[Arábia Saudita]] teria resolvido a disputa de fronteiras Abu Dhabi-Saudi; no entanto, o acordo ainda tem de ser ratificado pelo governo dos Emirados Árabes Unidos e não é reconhecido pelo governo Saudita. A fronteira com Omã também permanece, oficialmente, incerta, porém os dois governos concordaram em delinear a fronteira em maio de 1999.<ref>{{Citar web|url=http://www.janes.com/security/international_security/news/fr/fr050802_1_n.shtml |título=Oil at heart of renewed UAE-Saudi border dispute - Jane's Security News |publicado=Janes.com |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref>

=== Xeque Zayed e a União ===
[[Ficheiro:Zayed bin Al Nahayan.jpg|140px|thumb|direita|[[Xeque (título)|Xeque]] [[Zayed bin Sultan Al Nahayan]], principal arquiteto dos EAU, e seu presidente de 1971 a 2004.]]

No início da década de 1960, o petróleo foi descoberto em Abu Dhabi, um evento que levou a rápidos rumores de unificação feitos pelos xeques. O Xeque Zayed bin Sultan Al Nahyan tornou-se governador de Abu Dhabi em 1966 e os britânicos começaram a perder seus investimentos petrolíferos e contratos para empresas petrolíferas estadunidenses.<ref>{{Citar web|url=http://countrystudies.us/persian-gulf-states/85.htm |título=United Arab Emirates - Oil and Natural Gas |publicado=Countrystudies.us |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref> Os britânicos já haviam iniciado um programa de desenvolvimento que ajudou algumas pequenas reformas nos Emirados. Os xeques dos Emirados decidiram formar um conselho para coordenar as questões entre eles e tomar conta do programa de desenvolvimento. Eles formaram o Conselho dos Estados da Trégua,<ref>{{Citar web|url=http://nasibbitar.net/adi_sr/DocumentsArticle4.jpg|título=Al Khaleej News Paper}}</ref> e nomearam Adi Bitar, o conselheiro legal do Xeque Rashid bin Saeed Al Maktoum, como Secretário-Geral e Conselheiro Legal do Conselho. O conselho acabou quando os Emirados Árabes Unidos foi formado.<ref>{{Citar web|url=http://www.fotw.net/flags/ae_tsc.html |título=Trucial States Council until 1971 (United Arab Emirates) |publicado=Fotw.net |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref>

Em 1968, o Reino Unido anunciou sua decisão, reafirmada em março de 1971, de dar um fim às relações com os sete Sheikhdoms da Trégua que estiveram, junto a [[Bahrain]] e [[Qatar]], sob proteção britânica. Os nove tentaram formar uma união de emirados árabes, porém em meados de 1971 eles ainda eram incapazes de concordar em termos de união, mesmo que as relações britânicas expirariam em dezembro daquele ano.<ref>{{Citar web|url=http://guide.theemiratesnetwork.com/basics/history_of_the_emirates.php |título=History the United Arab Emirates UAE&#93; – TEN Guide |publicado=Guide.theemiratesnetwork.com |data=1972-02-11 |acessodata=2009-07-15}}</ref> [[Bahrain]] tornou-se independente em agosto, e [[Qatar]] em setembro de 1971. Quando o tratado britânico-Sheikhdoms da Trégua expirou em 1º de dezembro de 1971, os sete estados que ainda não haviam declarado suas independências acabaram se tornando independentes juntos, como um país único.<ref>{{Citar web|url=http://www.country-data.com/cgi-bin/query/r-1021.html |título=Bahrain – INDEPENDENCE |publicado=Country-data.com |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref> Os mandantes de Abu Dhabi e Dubai formaram uma união entre seus dois emirados independentes, prepararam uma constituição, e chamaram os mandantes dos outros cinco emirados para uma reunião e ofereceram-lhes uma oportunidade de participar deste novo país. Também foi acordado entre o dois que a constituição seria escrita a 2 de dezembro de 1971.<ref>{{Citar web|url=http://www.infoplease.com/ipa/A0108074.html |título=United Arab Emirates: History, Geography, Government, and Culture — |publicado=Infoplease.com |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref> Nesta data, no Palácio Guesthouse de Dubai, quatro outros emirados concordaram em entrar em uma união que se chamaria ''Emirados Árabes Unidos''. [[Ras al-Khaimah]] apenas se juntou depois, no início de 1972.<ref>{{Citar web|url=http://books.google.ae/books?id=w_qCeBV9IW0C&pg=PA64&lpg=PA64&dq=trucial+states+federation&source=bl&ots=n62sG2qGQ6&sig=lMI8go-UOuGkhIEfIRpH9akaJD4&hl=en&ei=bTlBSr2&nbsp;kg6GRjAear4CYCQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1 |título=Britain's revival and fall in the ... – Google Books |publicado=Books.google.ae |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.encyclopedia.com/doc/1O209-TrucialOmanorTrucialStats.html |título=Trucial Oman or Trucial States – Origin of Trucial Oman or Trucial States &#124; Encyclopedia.com: Oxford Dictionary of World Place Names |publicado=Encyclopedia.com |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref>

Após os [[atentados terroristas de 11 de setembro]] nos Estados Unidos, os EAU foram indentificados como um importante centro financeiro usado pela [[Al-Qaeda]] para transportar dinheiro aos sequestradores (dos dois sequestradores do 11/9, [[Marwan al-Shehhi]] e Fayez Ahmed Bannihammad, que bateram com o [[Voo 175 da United Airlines|United Flight 175]] na [[Torre Sul]] do [[World Trade Center]], eram cidadãos emiratenses). A nação imediatamente cooperou com os Estados Unidos, congelando contas ligadas a suspeitos de terrorismo e reprimido fortemente a [[lavagem de dinheiro]]. O país já havia assinado um acordo de defesa militar com os EUA em 1994 e um com a [[França]] em 1995.

Os EAU apoiou as operações militares dos Estados Unidos e os outros países engajados na guerra contra os [[talibã]]s no [[Afeganistão]] (2001) e [[Saddam Hussein]] e al-Qaeda no [[Iraque]] (2003) bem como operações que ajudam à [[Guerra ao Terror|Guerra Global contra o Terrorismo]] no [[Chifre da África]], na Base Aérea de Al Dhafra, localizada fora de Abu Dhabi. A base aérea também ajudou operações dos Aliados na [[Guerra do Golfo|Guerra do Golfo Pérsico]] (1991).

Em 2 de novembro de 2004, o primeiro presidente dos EAU, [[Xeque (título)|Xeque]] [[Zayed bin Sultan Al Nahayan]], faleceu. Seu filho mais velho, Xeque [[Khalifa bin Zayed Al Nahyan]], sucedeu-o como governador de [[Abu Dhabi]]. De acordo com a constituição, o Supremo Conselho de Governadores dos EAU elegeu Khalifa como presidente. O Xeque Mohammad bin Zayed Al Nahyan sucedeu Khalifa como príncipe herdeiro de Abu Dhabi.<ref>{{cite news|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/3975737.stm |title=Middle East &#124; Veteran Gulf ruler Zayed dies |publisher=BBC News |date=2004-11-02 |accessdate=2009-07-15}}</ref> Em janeiro de 2006, o Xeque Maktoum bin Rashid Al Maktoum, o primeiro-ministro dos EAU e o governador de [[Dubai]], faleceu, e o príncipe herdeiro, o Xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum assumiu seus papéis.

== Geografia ==
{{Artigo principal|[[Geografia dos Emirados Árabes Unidos]]}}

[[Ficheiro:Sir Bani Yas Island Panorama.jpg|thumb|300px|esquerda|Panorama da Ilha de [[Sir Bani Yas]].]]

Os Emirados Árabes Unidos estão situados no [[Sudoeste Asiático]], fazendo fronteira com o [[Golfo de Omã]] e o [[Golfo Pérsico]], entre [[Omã]] e a [[Arábia Saudita]]; o país localiza-se em uma posição estratégica ao longo das aproximações do [[Estreito de Ormuz]], um ponto de trânsito vital para o petróleo bruto mundial.<ref>{{Citar web|url=http://www.uae.gov.ae/Government/oil_gas.htm |título=UAE Oil and Gas |publicado=Uae.gov.ae |data=1999-06-19 |acessodata=2009-07-15}}</ref>

[[Ficheiro:Dubai-mw1.jpg|thumb|Região montanhosa do norte do país.]]

Os EAU situam-se entre 22°50′ e 26° latitude norte e entre 51° e 56°25′ longitude leste. Ela compartilha uma fronteira de 530&nbsp;km com a Arábia Saudita ao oeste, sul, e sudeste, e uma fronteira de 450&nbsp;km com [[Omã]] ao sudoeste e nordeste. A fronteira terrestre com [[Qatar]] na área de Khawr al Udayd é de cerca de 90&nbsp;km no noroeste; no entanto, é um local disputado.<ref>{{Citar web|url=http://www.arabmediawatch.com/amw/CountryBackgrounds/SaudiArabia/SaudiUAEdisputes/tabid/174/Default.aspx |título=Saudi-UAE Disputes |publicado=Arabmediawatch.com |data=1974-08-21 |acessodata=2009-07-15}}</ref> A área total dos EAU é de aproximadamente 77 700&nbsp;km². O tamanho exato do país é desconhecido, por causa da disputa de diversas ilhas no Golfo Pérsico, também pela falta de informações precisas sobre o tamanho de muitas dessas ilhas, e também porque muitas das fronteiras destas ilhas, especialmente com a Arábia Saudita, continuam a esperar demarcação.<ref>{{Citar web|url=http://www.aldar.com/about_abu_dhabi.en |título=About Abu Dhabi |publicado=Aldar.com |data= |acessodata=2009-07-15}}</ref> Adicionalmente, disputas de ilhas com o [[Irã]] e Qatar permanecem por resolver.<ref>{{Citar web|url=http://www.uaeprison.com/uae_disputes.htm |título=UAE Disputes, International UAE Disputes, UAE Boundary Dispute, UAE National Disputes, UAE Emirate Disputes, Claims Three Islands, Abu Musa Island, Greater & Lesser Tumb, The History of Islands, Human Resources UAE, Arab Emirates |publicado=Uaeprison.com |data=2007-05-14 |acessodata=2009-07-15}}</ref>

O maior emirado, [[Abu Dhabi]], constitui 87% da área total dos EAU (67 340&nbsp;km²). O menor emirado, [[Ajman]], abrange apenas 259&nbsp;km², correspondendo a 0,3% da área de todo o país.

O litoral dos EAU se estende por mais de 650&nbsp;km ao longo da costa sul do Golfo Pérsico. A maior parte da costa consiste de salinas que se estendem do interior. O maior porto natural está em Dubai, embora outros portos tenham sido dragados em Abu Dhabi, [[Sharjah]], e outros. Inúmeras ilhas são encontradas no Golfo Pérsico, e as propriedades de algumas delas têm sido objeto de disputas internacionais com ambos Irã e Qatar. As ilhas menores, bem como muitos [[recife de coral|recifes de coral]] e bancos de areia se deslocando, são uma ameaça para a navegação. Fortes [[maré]]s e tempestades de vento ocasionais complicam ainda mais a navegação próxima à costa.

== Demografia ==
{{Artigo principal|[[Demografia dos Emirados Árabes Unidos]]}}

[[Ficheiro:Dubai night skyline.jpg|thumb|esquerda|Vista de [[Dubai]] à noite, a maior [[cidade]] do país.]]

Os Emirados Árabes Unidos consistem de uma federação de sete [[emirado]]s localizados no [[Golfo Pérsico]], estes são: [[Abu Dabi]], [[Dubai]], [[Sharjah]], [[Ras Al Khaimah]], [[Umm Al Qwain]], [[Ajman]] e a [[Fujairah]]. Tem fronteira com o [[Qatar]], [[Arábia Saudita]] e [[Oman]].

Abu Dabi é o maior dos emirados com 86,7% de toda a área, o menor é Ajman com apenas 0,3% (250&nbsp;km²).

Os povos dos Emirados Árabes Unidos descendem de antigas tribos da [[Península Árabe]]. As mulheres dos Emirados são bastante ativas e trabalhadoras, mesmo antes da revolução do [[petróleo]]. Ocupam cargos de destaque e sempre trabalharam fora de casa.

A exploração de petróleo atraiu um grande número de estrangeiros para o país, como resultado, menos de 50% da população dos Emirados Árabes são árabes. Há grupos de trabalhadores [[Índia|indianos]], [[Paquistão|paquistaneses]], [[Irã|iranianos]] e [[Ásia Meridional|sul asiáticos]]. Interessante é que devido riqueza do petróleo todos os serviços sociais de [[educação]], [[transporte]] e [[saúde]] são gratuitos para a população. A educação primária é obrigatória. A maioria é de [[muçulmanos]] [[sunitas]], mas há minorias [[Cristianismo|cristãs]], [[hindus]] e [[xiitas]].

== Política ==
{{artigo principal|[[Política dos Emirados Árabes Unidos]]}}

[[Ficheiro:Khalifa Bin Zayed Al Nahyan-CROPPED.jpg|thumb|direita|O atual presidente dos Emirados Árabes Unidos, [[Khalifa bin Zayid Al Nahyan]].]]

A cada 5 anos o conselho de emires se reúne para eleger um Presidente e um Vice-presidente entre eles.

[[Zayed Bin Sultan Al Nahyan]], emir de [[Abu Dhabi]] desde 1966 e líder político da nação desde sua independência, em 1971, foi reeleito sucessivas vezes pelos emires até à sua morte, em [[2 de novembro]] de [[2004]]. Como seu sucessor, assumiu o cargo o seu filho, [[Khalifa Bin Zayed Al Nahyan]], e inclusive foi eleito unanimemente Presidente em 3 de novembro de 2005 para estar à frente do país em eleição realizada entre os emires.

O Vice-presidente do país é [[Muhammad bin Rashid al-Maktum]], Emir de [[Dubai]], que teve seu mandato reafirmado dia [[3 de novembro]] de [[2005]] em eleição unânime entre os mesmos emires.

=== Símbolos nacionais ===
{{Artigos principais|[[Bandeira dos Emirados Árabes Unidos]], [[Brasão de armas dos Emirados Árabes Unidos]], [[Hino nacional dos Emirados Árabes Unidos]]}}

A [[bandeira nacional]] contém as [[cores Pan-Arábes]] vermelho, verde, branco e preto, simbolizando a unidade Arábica. Além disso, as cores individuais tem os seguintes significados: verde: [[Fertilidade]]; branco: [[País neutro|Neutralidade]]; preto: a riqueza de [[petróleo]] dentro das fronteiras do país.

O [[brasão de armas]] (em [[língua árabe]]: شعار الإمارات العربية المتحدة) consiste num falcão dourado com um disco em seu interior que mostra a bandeira do país rodeada por sete estrelas representando os sete Emirados da federação. O falcão com as suas garras detém um pergaminho com a inscrição do nome da federação.

O ''Tahiat Alalam'' (''A'ishi Biladi'' ou ''Ishy Bilady'' ''Que a minha Nação viva para a posteridade'') é o [[hino nacional]] dos Emirados Árabes Unidos, composto por [[Arif asch-Schaich]]. É cantado em árabe.

== Subdivisões ==
{{artigo principal|[[Subdivisões dos Emirados Árabes Unidos]]}}
A Nação dos Emirados Árabes Unidos é constituída por sete regiões administrativas; os sete emirados (''imarat''; singular: ''imarah''):
* [[Abu Dhabi]]
* [[Ajman]]
* [[Al Fujayrah]]
* [[Sharjah]]
* [[Dubai]]
* [[Ra's al Khaymah]]
* [[Umm al Qaywayn]]

Cada emirado é uma monarquia controlada por uma família real, com uma certa soberania sobre o território regional. Dessas 7 divisões regionais, o Emirado de Abu Dhabi, que cobre 86,7 % da área total do país, é dividido em 3 sub-emirados: o sub-emirado que compreende a cidade de Abu Dhabi, um sub-emirado leste e um sub-emirado oeste. Existe um Supremo Conselho Federal: formado pelos sete emires, que se reúne regularmente 4 vezes ao ano, sendo que os emires de Abu Dhabi e de Dubai tem o poder de veto.

[[Ficheiro:UAE en-map.png|thumb|centro|500px|Mapa dos sete emirados dos Emirados Árabes Unidos.]]

== Economia ==
{{artigo principal|[[Economia dos Emirados Árabes Unidos]]}}

Os EAU têm uma economia aberta com um elevado rendimento ''per capita'' e um [[superávit]] comercial anual considerável. Em [[2009]], seu PIB, medido pela [[paridade do poder de compra]] (PPC) foi de [[US$]] 200.4 bilhões.<ref>[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ae.html Middle East :: United Arab Emirates ]</ref> O [[PIB per capita]] do país é atualmente o [[Anexo:Lista de países por PIB (Paridade do Poder de Compra) per capita|14º maior do mundo]] e o terceiro maior do [[Oriente Médio]], depois do [[Qatar]] e [[Kuwait]], medido pelo ''[[CIA World Factbook]]'', ou o 17º no mundo, medido pelo [[Fundo Monetário Internacional]].

A economia dos Emirados Árabes Unidos, em especial a de [[Dubai]], foi duramente atingida pela [[crise econômica de 2008-2009]].<ref>[http://news.xinhuanet.com/english/2008-12/02/content_10445926.htm Global financial crisis takes toll on UAE]</ref> Em 2009, a economia do país encolheu 4%.<ref name=Growth>[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2003rank.html?countryName=India&countryCode=in&regionCode=sas&rank=13#in Country Comparison :: GDP - real growth rate]</ref>

As exportações de [[petróleo]] e [[gás natural]] desempenham um papel importante na economia, especialmente em [[Abu Dhabi]]. Um ''[[boom]]'' de [[Construção civil|construção]] maciça, uma base [[Indústria|industrial]] em expansão e um próspero setor de [[serviços]] estão ajudando os Emirados Árabes Unidos a diversificar sua economia. Em todo o país há atualmente [[US$]] 350 bilhões em valor de projetos de construções ativas.<ref>{{Citar web|url=http://www.wam.org.ae/servlet/Satellite?c=WamLocEnews&cid=1179091517887&p=1135099400228&pagename=WAM%2FWamLocEnews%2FW-T-LEN-FullNews|título=wam.org.ae}}</ref> Tais projetos incluem o [[Burj Khalifa]], atualmente [[Anexo:Lista dos maiores arranha-céus do mundo|o edifício mais alto do mundo]], o [[Aeroporto Internacional Al Maktoum]], que, quando concluído, será o [[aeroporto]] mais caro já construído, e as três ''[[Palm Islands]]'', as maiores [[ilhas artificiais]] do mundo. Outros projetos incluem o [[Dubai Mall]], que é o maior [[shopping]] do mundo, a ''[[Yas Island]]'', e um [[arquipélago]] artificial chamado ''[[The World]]'', que pretende aumentar ainda mais a crescente [[indústria]] do [[turismo]] de [[Dubai]]. Também no setor de [[entretenimento]] está a construção de ''[[Dubailand]]'', que deverá ter o dobro do tamanho da [[Disney World]], o ''[[Ferrari]] World Abu Dhabi'', e a [[Cidade dos Esportes de Dubai]], que não só irá disponibilizar casas para as equipes esportivas locais, como também poderá fazer parte de uma futura [[Processo de eleição de cidades-sede dos Jogos Olímpicos|sede olímpica]].

[[Ficheiro:2. Abu Dhabi (1).jpg|thumb|direita|Vista da [[Madinat Jumeirah]] com o ''[[Burj Al Arab]]'' ao fundo, um dos principais símbolos de Dubai.]]

O aumento significativo das [[importações]] de bens manufaturados, como [[máquina]]s e equipamentos de transporte, representaram juntos 80% do total das importações do país. Outro importante gerador de divisas estrangeiras, a Autoridade de Investimento de Abu Dhabi, que controla os investimentos de [[Abu Dhabi]], o emirado mais rico do país - gerencia cerca de [[US$]] 360,000 milhões em investimentos no exterior e cerca de US$ 900 bilhões em [[ativos]].

Mais de 200 [[fábrica]]s operam no complexo de [[Jebel Ali]], em [[Dubai]], que inclui um [[Porto (transporte)|porto]] de águas profundas e uma [[zona franca]] para a fabricação e distribuição, em que todas as mercadorias para exportação desfrutam de uma isenção de [[imposto]]s de 100%. Uma [[usina]] de grande potência com uma unidade de [[dessalinização]] de [[água]] associada, uma [[fundição]] de [[alumínio]] e uma unidade de fabricação de [[aço]] são instalações de destaque no complexo. O complexo está atualmente em fase de expansão, com terrenos para diversos setores da [[indústria]]. Um grande número de passageiros do futuro aeroporto internacional e de carga de Dubai, o Aeroporto Internacional Dubai World Central, com a logística associada, indústria transformadora e hospitalidade, está também previsto para o complexo.

Exceto nas zonas francas, os Emirados Árabes Unidos exigem, pelo menos, 51% de impostos dos cidadãos locais em todas as operações financeiras no país, como parte de sua tentativa de colocar os Emirados em posições de liderança. No entanto, esta lei está sob revisão e à cláusula de participação maioritária, muito provavelmente, será desfeita, a fim de levar o país em linha com as normas da [[Organização Mundial do Comércio]].

Como um membro do [[Conselho de Cooperação do Golfo]] (GCC), os Emirados Árabes Unidos participam do vasto leque de atividades GCC sobre as questões econômicas. Estes incluem consultas regulares e desenvolvimento de políticas comuns que abrangem o [[comércio]], [[investimento]], comércio bancário e [[finanças]], [[transportes]], [[telecomunicações]] e outras áreas técnicas, incluindo a [[proteção dos direitos]] de [[propriedade intelectual]].

A moeda dos Emirados Árabes Unidos, é o [[Dirham dos Emirados]].

== Cultura ==
{{Artigo principal|[[Cultura dos Emirados Árabes Unidos]]}}
{| border="1" align="center" cellpadding="2" cellspacing="0"
|+<font size="+1">'''Feriados'''</font>
|-
! style="background:#efefef;" | Data
! style="background:#efefef;" | Nome em português
! style="background:#efefef;" | Nome local
! style="background:#efefef;" | Observações
|-
| [[1 de janeiro]] || Ano Novo || رأس السنة الميلادية
|-
| variável || Dia do Sacrifício || (Eid ul-Adha) عيد الأضحى
|-
| variável || Ano Novo Islâmico || (Ra's Al Sana Al Hijria) رأس السنة الهجرية
|-
| variável || Noite da Jornada || (Isra'a wa al-Miraj) الإسراء و المعراج
|-
| [[2 de dezembro]] || Dia dos EAU || (Al-Eid Al Watani) العيد الوطني
|-
| variável || Fim do [[Ramadã]] || (Eid ul-Fitr) عيد الفطر
|-
|}

{{Referências|col=2}}

== {{Ver também}} ==
* [[Golfo Pérsico]]
* [[Ásia]]
* [[Anexo:Lista de países|Lista de países]]

== {{Ligações externas}} ==
{{commons|United Arab Emirates}}
* {{Link||2=http://www.government.ae/web/guest |3=Governo dos Emirados Árabes Unidos}}
* {{Link||2=http://www.uae.org.br/ |3=Embaixada dos Emirados Árabes Unidos em Brasília}}
* {{Link||2=http://www2.mre.gov.br/doma/emirados.htm |3=Informações sobre o país na página do Ministério das Relações Exteriores do Brasil}}

{{Emirados Árabes Unidos/Tópicos}}
{{Bloco de navegação
|Ásia
|Países desenvolvidos
|liga árabe
|OPEP
|Monarquias}}

{{DEFAULTSORT:Emirados Arabes Unidos}}
[[Categoria:Emirados Árabes Unidos| ]]

[[ace:Uni Emirat Arab]]
[[af:Verenigde Arabiese Emirate]]
[[als:Vereinigte Arabische Emirate]]
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[[an:Emiratos Arabes Unitos]]
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[[mr:संयुक्त अरब अमिराती]]
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[[my:အာရပ်စော်ဘွားများပြည်ထောင်စု]]
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[[nah:Tlacetilīlli Arabiaemiryōtl]]
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[[nv:Ásáí Bikéyah Yázhí Ałhidadiidzooígíí]]
[[oc:Emirats Arabis Units]]
[[or:ୟୁନାଇଟେଡ଼ ଆରବ ଏମିରଟ]]
[[os:Араббы Иугонд Эмираттæ]]
[[pa:ਸੰਯੁਕਤ ਅਰਬ ਅਮੀਰਾਤ]]
[[pam:United Arab Emirates]]
[[pl:Zjednoczone Emiraty Arabskie]]
[[pms:Emirà Àrabo Unì]]
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[[ps:عربي متحده امارات]]
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[[ru:Объединённые Арабские Эмираты]]
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[[so:Imaaraatka Carabta]]
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[[ug:ئەرەب بىرلەشمە خەلىپىلىكى]]
[[uk:Об'єднані Арабські Емірати]]
[[ur:متحدہ عرب امارات]]
[[uz:Birlashgan Arab Amirliklari]]
[[vi:Các Tiểu vương quốc Ả Rập Thống nhất]]
[[vo:Lemiräns Larabik Pebalöl]]
[[war:Emiratos Arabes Unidos]]
[[wo:Imaaraat yu Araab yu Bennoo yi]]
[[wuu:阿拉伯联合酋长国]]
[[xal:Ниицәтә Араб Нутгуд]]
[[yi:פאראייניגטע אראבישע עמיראטן]]
[[yo:Àwọn Ẹ́mírétì Árábù Aṣọ̀kan]]
[[zh:阿拉伯联合酋长国]]
[[zh-min-nan:A-la-pek Liân-ha̍p Thâu-lâng-kok]]
[[zh-yue:阿剌伯聯合酋長國]]

Revisão das 20h25min de 15 de maio de 2012