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Engenheiros do Hawaii: diferenças entre revisões

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Banda brasileira de alternative rock, "Engenheiros do Hawaii" foi formada em 1984<ref>{{citar web | autor=[[iTunes]] | título=Engenheiros da Hawaii Biography | data= | url=http://itunes.apple.com/us/artist/engenheiros-do-hawaii/id205145852 |língua=inglês | acessodata=04 de novembro de 2012}}</ref> na cidade de [[Porto Alegre]], que alcançou grande popularidade com suas canções irônicas e críticas. O [[vocalista]] [[Humberto Gessinger]] é o único integrante original a permanecer no grupo até hoje.
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{{Info/Música/artista
| nome = Engenheiros do Hawaii
| imagem = Humberto Gessinger.JPG
| imagem_tamanho = 250px
| imagem_legenda = Humberto Gessinger
| fundo = grupo_ou_banda
| origem = [[Porto Alegre]], [[Rio Grande do Sul]]
| país = {{BRA}}
| período = [[1985 na música|1985]] – [[2008 na música|2008]] (hiato)
| influências = [[Rush]], [[Pink Floyd]], [[Emerson, Lake & Palmer]], [[Chico Buarque]], [[Caetano Veloso]], [[Belchior]], [[The Beatles]], [[Bob Dylan]], [[Neil Young]], [[Iron Maiden]], [[Nirvana (banda)|Nirvana]]
| gênero = [[Rock alternativo]], [[pop rock]], [[rock progressivo]], [[pós punk]], [[folk rock]]
| gravadora = [[BMG]] (1985-1997)<br>[[Universal Music]] (1997-2008)
| integrantes = [[Humberto Gessinger]]<br>[[Gláucio Ayala]]<br>[[Fernando Aranha]]<br>[[Pedro Augusto (músico)|Pedro Augusto]]
| exintegrantes = [[Adal Fonseca]]<br>[[Augusto Licks]]<br>[[Bernardo Fonseca]]<br>[[Carlos Maltz]]<br>[[Carlos Stein]]<br>[[Fernando Deluqui]]<br>Luciano Granja<br>[[Lucio Dorfman]]<br>[[Marcelo Pitz]]<br>Paolo Casarin<br>Paulinho Galvão<br>Ricardo Horn
| afiliações = [[Duca Leindecker]], [[Pouca Vogal]]
| website = [http://www2.uol.com.br/engenheirosdohawaii/ Página oficial]
}}
'''Engenheiros do Hawaii''' é uma banda [[brasil]]eira de [[rock alternativo]], formada em 1984<ref>{{citar web | autor=[[iTunes]] | título=Engenheiros da Hawaii Biography | data= | url=http://itunes.apple.com/us/artist/engenheiros-do-hawaii/id205145852 |língua=inglês | acessodata=04 de novembro de 2012}}</ref> na cidade de [[Porto Alegre]], que alcançou grande popularidade com suas canções irônicas e críticas. O [[vocalista]] [[Humberto Gessinger]] é o único integrante original a permanecer no grupo até hoje.

==Trajetória==
===Os primeiros anos (1984 – 1989)===
Quatro estudantes da [[Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul|Faculdade de Arquitetura da UFRGS]] - [[Humberto Gessinger]] (vocal e guitarra), [[Carlos Stein]] (guitarra), [[Marcelo Pitz]] (baixo) e [[Carlos Maltz]] (bateria) - resolveram formar uma banda apenas para uma apresentação em um festival da faculdade, que aconteceria por protesto à paralisação de aulas. O primeiro show da banda foi em [[11 de janeiro]] de [[1985]].<ref name="enghaw_oficial">{{citar web | autor=[[UOL]] | título=História dos Engenheiros do Hawaii | data= | url=http://www2.uol.com.br/engenheirosdohawaii/index2.htm |língua=inglês | acessodata=}}</ref> Escolheram o nome ''Engenheiros do Hawaii'' para satirizar os estudantes de [[engenharia]] que andavam com bermudas de [[surfista]], com quem tinham uma certa rixa. Começaram a surgir propostas para novos shows e, após, algumas apresentações em palcos alternativos de [[Porto Alegre]] juntamente com uma série de shows pelo interior do [[Rio Grande do Sul]]. A banda, em menos de quatro meses de carreira já consegue gravar duas músicas na coletânea ''[[Rock Grande do Sul]]'' (1985) com diversas bandas gaúchas, em razão de uma das bandas vencedoras do concurso adicionador à coletânea ter desistido da participação do álbum na última hora. Quando a banda seguiu com seus ensaios, durante a greve da faculdade, [[Carlos Stein]] realizou uma viagem, o que acabou inviabilizando sua permanência no grupo, e, tempos depois, ele passa a integrar a banda [[Nenhum de Nós]]. Meses passaram, e os Engenheiros do Hawaii gravam o seu primeiro álbum: ''[[Longe Demais das Capitais]]'', em 1986. O norte musical do disco apontava para um som voltado à [[música pop]], muito próximo ao [[ska]] de bandas como o [[The Police]] e [[Os Paralamas do Sucesso]]. Destacam-se as canções "Toda Forma de Poder", que foi tema da novela [[Hipertensão (telenovela)|Hipertensão]] da [[Rede Globo]] e "Segurança", além de "Sopa de Letrinhas" e "Longe Demais das Capitais".

Antes de começarem as gravações do segundo disco, [[Marcelo Pitz]] deixa a banda por motivos pessoais. Com Gessinger assumindo o baixo, entra o guitarrista [[Augusto Licks]], que havia trabalhado com [[Nei Lisboa]], conhecido músico gaúcho. Os Engenheiros lançam o disco ''[[A Revolta dos Dândis]]'', em 1987. A banda muda o direcionamento temático, iniciando uma trilogia baseada no [[rock progressivo]], com discos com repetições de temas gráficos e musicais e letras em que ocorre a auto-citação. Os arranjos musicais são influenciados pelo [[rock]] dos [[década de 1960|anos 60]], as letras são críticas, com ocorrência de várias antíteses e paradoxos e aparecem citações literárias de [[filósofo]]s, como [[Albert Camus]] e [[Jean-Paul Sartre]]. Destaque para os ''hits'' "Infinita Highway", "Terra de Gigantes", "Refrão de Bolero" e a faixa título, dividida em duas partes. Começam os shows para grandes plateias nos centros urbanos do país, como o festival [[Alternativa Nativa]], realizado entre 14 e 17 de junho de 1987. A partir desta data, os Engenheiros encheriam ginásios e estádios pelo Brasil afora. Porém, houve polêmicas e a banda chegou mesmo a ser acusada de elitista e fascista pelo conteúdo de suas letras. As polêmicas se intensificaram quando membros da banda se apresentaram com camisetas estampadas com a [[Estrela de Davi]] e a [[Suástica]]. O disco seguinte, ''[[Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém]]'', de 1988, pode ser visto como uma continuidade do anterior, tanto pelo trabalho da capa do álbum como pelo tema e estilo de suas canções. Destaque para as músicas "Somos Quem Podemos Ser", "Cidade em Chamas", "Tribos & Tribunais", a faixa-título e "Variações Sobre o Mesmo Tema", esta última uma homenagem à banda [[Pink Floyd]], com sua estética progressiva e dividida em três partes. O álbum também marca a saída dos Engenheiros da cidade de [[Porto Alegre]], indo morar no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]]. Consolidada a nova formação, os Engenheiros lançam ''[[Alívio Imediato]]'', de 1989, quarto disco da banda e o primeiro registro ao vivo. Suas canções mostram uma retrospectiva de suas principais canções e as novas perspectivas a serem incorporadas, em especial o som mais eletrônico, presente na faixa título e na música "Nau à Deriva", ambas gravadas em estúdio e as demais gravadas ao vivo no Canecão, no [[Rio de Janeiro]].

===Mudança para o Rio de Janeiro (1990 – 1993)===
O disco seguinte, ''[[O Papa é Pop]]'', de 1990 consolida a mudança de sonoridade da banda. Puxados pelo sucesso "[[Era um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones]]", regravação de uma velha canção do grupo [[Os Incríveis (banda)|Os Incríveis]] (por sua vez versão da canção "C'era un ragazzo che come me amava i Beatles e i Rolling Stones" de Gianni Morandi), e a faixa-título, o quinto disco dos Engenheiros investe no som progressivo, calçado nos solos de guitarra de Licks e em uma base mais eletrônica de teclados e bateria. Gessinger passa a assumir também os teclados da banda e começam a surgir as baladas de piano e voz da banda. São dele as canções "Anoiteceu em Porto Alegre", "O Exército de um Homem Só" (dividida em duas partes), "Pra Ser Sincero" e "Perfeita Simetria" (versão alternativa da canção "O Papa é Pop"). Em meio aos novos sucessos, uma antiga canção, "Refrão de Bolero", oriunda do segundo disco, ''A Revolta dos Dândis'', também era bastante executada pelas rádios. Aclamados pelo público e massacrados pela crítica, os Engenheiros do Hawaii consagram-se no [[Rock in Rio II]], arrancando elogios do jornal americano [[New York Times]], apesar de ignorados pela [[Folha de São Paulo]]. O ano de 1991 marca o lançamento do sexto disco, ''[[Várias Variáveis]]'', que completa a trilogia iniciada no segundo e terceiro discos da banda. Há redução dos efeitos eletrônicos e a retomada de um som mais rock 'n' roll, mas não repete o mesmo sucesso do anterior, mesmo tendo a canção "Herdeiro da Pampa Pobre", regravação de um antigo sucesso de [[Gaúcho da Fronteira]], bastante executada nas rádios. Este é um dos discos que contém as melhores letras do grupo, porém, o som não é o forte do álbum, sendo o mesmo questionado hoje até pelo próprio Gessinger. Pode-se dizer que foi um disco seminal, pois canções como "Piano Bar", "Muros & Grades" e "Ando Só", em regravações em outros discos, estabeleceram-se como algumas das melhores da banda. No ano seguinte, 1992, é lançado o sétimo disco, ''[[Gessinger, Licks & Maltz]]'', ou ''GLM'', inspirado no famoso logotipo ELP de [[Emerson, Lake & Palmer]].

O som continua mesclando elementos de [[MPB]] e [[rock progressivo]], com destaque para as canções "Ninguém = Ninguém", "A Conquista do Espaço", "Pose (Anos 90)" e "Parabólica", canção que Gessinger fez em homenagem a sua filha Clara, nascida em fevereiro do mesmo ano. O oitavo disco dos Engenheiros é o semi-acústico ''[[Filmes de Guerra, Canções de Amor]]'', de 1993, gravado ao vivo na [[Sala Cecília Meireles]], no Rio de Janeiro. A banda considerava este disco como acústico, pois condicionava tal formato à ausência de bateria e às guitarras semi-acústicas. Na época não existia a febre de acústicos gravados pelos grandes nomes nacionais, o que denota o caráter visionário da banda. O disco foi gravado ao vivo por uma decisão da banda de gravar um álbum ao vivo a cada três álbuns, uma ideia da banda [[Rush]], que faz o mesmo. Com guitarras acústicas, percussão, piano, acordeão e participação da [[Orquestra Sinfônica Brasileira]] em três faixas, regida por [[Wagner Tiso]], as velhas canções – como "Muros & Grades", "O Exército de um Homem Só" e "Crônica" – e novas composições – como "Mapas do Acaso" e "Quanto Vale a Vida?", ganharam arranjos que apontavam para o [[blues]], a [[música tradicionalista]] e a [[música erudita|erudita]], ressaltando a excelente qualidade das letras dos Engenheiros do Hawaii. A banda chegou a participar, ainda no mesmo ano, do festival [[Hollywood Rock]] Brasil, junto com os brasileiros do [[Biquini Cavadão]], [[De Falla]], [[Dr. Sin]] e [[Midnight Blues Band]]. Entretanto não foram bem recepcionados e receberam muitas vaias. Eles se apresentaram no mesmo dia de [[L7]] e [[Nirvana (banda)|Nirvana]]. O ano de 1993 marca também a primeira excursão dos Engenheiros pelo [[Japão]] e [[Estados Unidos]]. Porém, no final deste mesmo ano, discussões e rixas internas acabaram por resultar na saída do guitarrista Augusto Licks. Inicia-se uma longa disputa jurídica pela marca "Engenheiros do Hawaii", tendo Gessinger e Maltz finalmente ficado com o nome da banda.

===Tempos de tempestade e Gessinger Trio (1994 – 2000)===

O passo seguinte foi remontar os Engenheiros, com a entrada do guitarrista [[Ricardo Horn]]. Posteriormente, também ingressam na banda: [[Paolo Casarin]] ([[acordeom]] e [[teclado (música)|teclado]]s) e o guitarrista [[Fernando Deluqui]] (ex-[[RPM (banda)|RPM]]). Após dois anos sem gravar, os Engenheiros lançam em 1995 o álbum ''[[Simples de Coração]]''. O som é mais pesado, com climas regionais gaúchos dados pelo acordeão de Casarin. Destaque para as canções "A Promessa", "A Perigo", "Lance de Dados", "Ilex Paraguariensis" e "Simples de Coração". Havia ainda a canção "O Castelo dos Destinos Cruzados", em que o baterista Maltz assume os vocais. O disco ''Simples de Coração'' também teve uma versão em inglês, que não chegou às vendas. Os fãs mais assíduos têm apenas as [[MP3]]s. Paralelamente às gravações do ''Simples de Coração'', Gessinger monta o trio "33 de Espadas", para tocar música instrumental. Ao fim da turnê de ''Simples de Coração'', a banda passou por uma grave crise, pois a formação "quinteto" era temporária. Longe do sucesso de outros tempos, os Engenheiros começam a pensar em seguir outros caminhos. O "33 de espadas" faz sua estréia já com a formação que viria se chamar "Humberto Gessinger Trio", tendo [[Luciano Granja]] na guitarra e [[Adal Fonseca]] na bateria. O grupo lançou o disco, também intitulado "Humberto Gessinger Trio" (HG3), em 1996. O clima enxuto do disco, basicamente com bateria, baixo e guitarra, lembra os primeiros trabalhos de Gessinger, como exemplificam as canções "Vida Real", "Freud Flintstone", "De Fé" e "O Preço". Paralelo a esse fato, Carlos Maltz envolve-se numa trilha mística e resolve abandonar os Engenheiros. A partir daí, o baterista monta o grupo "A Irmandade". Durante a turnê do Humberto Gessinger Trio, há uma constante troca de nome das bandas. Os shows que deveriam ser anunciados como HG3 ainda eram apresentados como Engenheiros do Hawaii.

A verdade é que para um produtor anunciar um show dos Engenheiros do Hawaii, banda nacionalmente conhecida era muito mais fácil e rentável que apresentar como Humberto Gessinger Trio, nome absolutamente desconhecido. Reconhecendo que era inviável seguir com o nome da nova banda, Gessinger volta a admitir-se como um Engenheiro do Hawaii. Para que haja alguma diferença entre o HG3 e o "novo" Engenheiros do Hawaii, ele convida Lúcio Dorfmann a assumir os teclados do grupo, configurando um novo som ao grupo, bem próximo ao pop que predominava no mercado musical da época. O disco ''Minuano'', de 1997, marca a volta dos Engenheiros do Hawaii com este nome. O álbum mescla influências regionalistas, tecnologia e que conta com arranjos de violino que lembram o [[folk]], tornam este o disco mais leve e com a sonoridade mais vaga da banda. Emplaca o sucesso "A Montanha", além de outras belas canções como "Nuvem", "Faz Parte" e "Alucinação", uma ''cover'' para uma antiga canção de [[Belchior]]. O disco ainda marcou a saída dos Engenheiros do Hawaii da BMG. A saída se deu com o lançamento de um box em formato de lata, intitulado ''Infinita Highway'', contendo o relançamento de todos os dez discos da banda até então. Todos foram remasterizados, com exceção dos dois últimos (''Simples de Coração'' e ''Minuano'' foram gravados já para o formato CD). ''[[¡Tchau Radar!]]'', de 1999, marca a entrada dos Engenheiros para a [[Universal Music Group]] e exibe uma maior maturidade do grupo, onde as influências musicais da banda ficam mais evidentes ([[folk rock]], rock'n roll dos [[década de 1960|anos 60]], rock progressivo e MPB) com belas composições de Gessinger, como "Eu Que Não Amo Você", "Seguir Viagem" e "3 X 4" além de duas ''covers'': "Negro Amor" ("It's All Over Now Baby Blue", de [[Bob Dylan]]) e "Cruzada" (de [[Tavinho Moura]] e [[Marcio Borges]]), esta contando com arranjos de orquestra, como é comum em várias faixas do álbum.

===Nova fase (2000 – 2003)===
Da turnê de ''¡Tchau Radar!'', surgiu o terceiro disco ao vivo da banda, e o décimo segundo de sua carreira: ''10.000 Destinos''. Novamente, Gessinger repassa o repertório consagrado da banda em novas versões divididas em um set acústico e um elétrico e conta com a participação de [[Paulo Ricardo]], cantando "Rádio Pirata" do [[RPM (banda)|RPM]], e do [[acordeão|gaiteiro]] [[Renato Borghetti]] nas canções "Refrão de um Bolero" e "Toda Forma de Poder". Como faixas-bônus, gravadas em estúdio, acompanham as inéditas "Números" e "Novos Horizontes", além da regravação de "Quando o Carnaval Chegar", de [[Chico Buarque]]. Alguns meses após a apresentação no [[Rock in Rio III]] ([[2001]]), Lúcio, Adal e Luciano saem da banda e montam outro grupo, [[Massa Crítica]], mudando novamente a formação dos Engenheiros. Lúcio, Adal e Luciano são substituídos por Paulinho Galvão (guitarra), [[Bernardo Fonseca]] (baixo) e [[Gláucio Ayala]] (bateria). Gessinger volta a tocar guitarra, após 14 anos responsável pelo contrabaixo dos Engenheiros. Com essa nova formação eles regravam algumas músicas da banda e lançam uma re-edição de seu último disco, agora intitulado ''10.001 Destinos''. Duplo, traz as mesmas faixas do disco precursor, e novas versões de estúdio das canções "Novos Horizontes", "Freud Flinstone", "Nunca Se Sabe", "Eu Que Não Amo Você", "A Perigo", "Concreto e Asfalto" e "Sem você".

Começava com esta formação, seguindo novamente o mercado musical (quando bandas mais pesadas começaram a ter mais espaço), de som mais limpo e pesado. Isso se confirma em 2002, com o lançamento do disco ''Surfando Karmas & DNA'', disco que consolida a nova fase da banda, e que tem a participação especial do ex-Engenheiros Carlos Maltz na faixa "E-stória". São destaques do disco a faixa título e as canções "Terceira do Plural", "Esportes Radicais", "Ritos de Passagem" e "Nunca Mais". Há influência do [[punk rock]] e [[pop rock]] nas novas canções. O disco seguinte, ''[[Dançando no Campo Minado]]'', de 2003, mantém a regra: sonoridade muito similar ao seu antecessor com músicas curtas, guitarras pesadas e poesia crítica de Gessinger denunciando os males da [[globalização]], da desilusão política e ideológica e da guerra, nas canções "Fusão a Frio", "Dançando no Campo Minado", "[[Dom Quixote]]" e "Segunda Feira Blues" (partes I e II, esta última novamente com a participação de Carlos Maltz), porém, convivendo com um certo otimismo na parte mais emotiva da vida. Emplaca nas rádios a canção ''Até o Fim''.

===''Acústico MTV e Acústico II: Novos Horizontes'' (Turnês Acústicas) (2004 – 2008)===
Para comemorar os vinte anos de banda, completados em 2005, os Engenheiros do Hawaii lançaram o CD e DVD ''[[Acústico MTV (Engenheiros do Hawaii)|Acústico MTV]]''. O acústico tem as participações especiais dos músicos [[Humberto Barros]] ([[órgão Hammond]]) e [[Fernando Aranha]] (violões). Este último já havia feito uma participação especial no disco anterior. O disco se diferencia dos demais por não trazer participações especiais, apenas "fraternais": ''Clara Gessinger'', filha de Humberto, divide os vocais com o pai na canção ''Pose'' (executada com parte da letra cortada) e [[Carlos Maltz]], co-fundador e ex-baterista dos Engenheiros, que canta junto com Gessinger a canção ''Depois de Nós'', de sua autoria. Além dos grandes sucessos, como ''Infinita Highway'', ''Somos Quem Podemos Ser'' e ''O Papa é Pop'' e das canções recentes, como ''Surfando Karmas & DNA'' e ''Até o Fim'', o disco traz as canções ''O Preço'' e ''Vida Real'', ambas do álbum [[Humberto Gessinger Trio]]. Por fim, acrescentam-se ainda as canções inéditas "Armas Químicas e Poemas" e "Outras Frequências". Durante a turnê do Acústico, Paulinho Galvão deixa a banda e seu posto é assumido por Fernando Aranha. Nos teclados, por sua vez, o jovem Pedro Augusto assume o lugar de Humberto Barros, que já fazia parte da banda de apoio do [[Kid Abelha]].

O novo disco, ''[[Acústico II: Novos Horizontes]]'', foi gravado nos dias 30 e 31 de maio de 2007, em São Paulo, no Citibank Hall, e foi lançado em agosto de 2007 com nove faixas inéditas, além de nove regravações. O disco quebrou a seqüencia de a cada 3 discos em estúdio, ser gravado um "ao vivo". Também foi palco de novas experiências para Gessinger, como a [[viola caipira]] que usa em algumas músicas do álbum. Segundo ele, ''se tivesse que rever todas as obras dos Engenheiros do Hawaii, 'Novos Horizontes' é o que não mexeria em nada''. Destaque maior para as faixas inéditas "Guantánamo", "Coração Blindado", "No Meio de Tudo, Você" e "Quebra-Cabeça". No fim de 2007, o então baixista [[Bernardo Fonseca]] sai da banda e [[Humberto Gessinger]] assume o baixo. Desde então a banda voltou a utilizar guitarras em seus shows. No ano de 2008, após shows pelo Brasil inteiro, a banda termina a turnê acústica, começada em 23 de julho de 2004 com o lançamento do Acústico MTV.<ref>{{citar web | url=http://www2.uol.com.br/engenheirosdohawaii/livreacesso/livreacesso.shtm | título=Livre Acesso | acessodata=22 de julho de 2008 | autor=[[Humberto Gessinger]] | data= }}</ref>.

===Atividades interrompidas===
Junto com a turnê terminam, pelo menos temporariamente, as atividades dos os Engenheiros do Hawaii. O vocalista e líder da banda, [[Humberto Gessinger]] declarou no [http://www.engenheirosdohawaii.com.br/ site oficial da banda] que os planos de retorno da banda são somente no ano de 2013. Lembrando que já é a quarta vez que Gessinger adia o retorno dos Engenheiros. Nos últimos quatro anos, Gessinger vem se dedicando ao [[Pouca Vogal]], parceria com [[Duca Leindecker]], vocalista do [[Cidadão Quem]]. Juntos eles cantam novas baladas e grandes sucessos de suas bandas. Também lançou 4 livros:''Meu Pequeno Gremista'', ''Pra Ser Sincero - 123 Variações Sobre Um Mesmo Tema''" no final de [[2009]], ''Mapas do Acaso - 45 Variações Sobre Um Mesmo Tema'' em [[fevereiro]] de [[2011]], o livro-agenda ''366 Variações Sobre o Mesmo tema'' no final de [[agosto]] de [[2011]] e o livro ''[[Nas Entrelinhas do Horizonte]]'' em abril de 2012.

== Formações ==
Humberto Gessinger é o único integrante da fundação do grupo que conseguiu sobreviver a todas as mudanças de formação ocorridas durante toda a trajetória da banda.

=== Linha do tempo ===
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===Formação===
*[[Humberto Gessinger]] - voz, baixo, guitarra, violão, viola caipira, dobro, harmônica, bandolim, piano, acordeão, percusão e teclados (1985-presente)
*[[Gláucio Ayala]] - bateria e vocais (2001-presente)
*[[Fernando Aranha]] - guitarra e violão (2004-presente)
*[[Pedro Augusto (músico)|Pedro Augusto]] - teclados (2005-presente)

===Ex-integrantes===
*[[Carlos Stein]] - guitarra (1985)
*[[Augusto Licks]] - guitarra, violão, teclados e mini-pedalboard (1987-1994)
*Ricardo Horn - guitarra e violão (1994-1996)
*[[Fernando Deluqui]] - guitarra e violão (1995-1996)
*Luciano Granja - guitarra e violão (1996-2001)
*Paulinho Galvão - guitarra e violão (2001-2005)
*[[Marcelo Pitz]] - baixo (1985-1987)
*Bernardo Fonseca - baixo (2001-2008)
*[[Carlos Maltz]] - bateria e percussão (1985-1996)
*[[Adal Fonseca]] - bateria (1996-2001)
*Paolo Casarin - teclados e acordeom (1995-1996)
*[[Lúcio Dorfman]] - teclados (1997-2001)

==Discografia==
;Álbuns de estúdio
*''[[Longe Demais das Capitais]]'' (1986)
*''[[A Revolta dos Dândis]]'' (1987)
*''[[Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém]]'' (1988)
*''[[O Papa é Pop]]'' (1990)
*''[[Várias Variáveis]]'' (1991)
*''[[Gessinger, Licks & Maltz]]'' (1992)
*''[[Simples de Coração]]'' (1995)
*''[[Humberto Gessinger Trio]]'' (1996)
*''[[Minuano (álbum)|Minuano]]'' (1997)
*''[[!Tchau Radar!]]'' (1999)
*''[[Surfando Karmas & DNA]]'' (2002)
*''[[Dançando no Campo Minado]]'' (2003)

;Álbuns ao vivo
*''[[Alívio Imediato]]'' (1989)
*''[[Filmes de Guerra, Canções de Amor]]'' (1993)
*''[[10.000 Destinos]]'' (2000)
*''[[10.001 Destinos]]'' (2001)
*''[[Acústico MTV - Engenheiros do Hawaii|Acústico MTV]]'' (2004)
*''[[Novos Horizontes]]'' (2007)

;Coletâneas
*''[[Acervo Especial - Engenheiros do Hawaii|Acervo Especial]]'' (1994)
*''[[O Melhor de Engenheiros do Hawaii]]'' (1997)
*''[[Focus - O essencial de Engenheiros do Hawaii]]'' (1999)
*''[[100 Anos de Música]]'' (2001)
*''[[Engenheiros do Hawaii - Sem Limite|Sem Limite]]'' (2001)
*''[[Engenheiros do Hawaii - Gold|Gold]]'' (2002)
*''[[Engenheiros do Hawaii - Novo Millenium|Novo Millenium]]'' (2005)
*''[[Engenheiros do Hawaii - Maxximum|Maxximum]]'' (2005)

;Singles
{| class="wikitable"
! Ano
! width="260" | Single
! width="260" | Álbum
|-
| 1987
| "A Revolta dos Dândis I"
| ''A Revolta dos Dândis''
|-
|rowspan="2"|1988
| "Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém"
|rowspan="2"|''Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém''
|-
| "Somos Quem Podemos Ser"
|-
| 1989
| "Alívio Imediato"
| ''Alívio Imediato''
|-
|rowspan="2"|1990
| "O Papa é Pop"
|rowspan="2"|''O Papa é Pop''
|-
| "Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones"
|-
|rowspan="3"|1991
| "Herdeiro da Pampa Pobre"
|rowspan="3"|''Várias Variáveis''
|-
| "Muros e Grades"
|-
| "Ando Só"
|-
|rowspan="3"|1992
| "Ninguém = Ninguém"
|rowspan="3"|''Gessinger, Licks & Maltz''
|-
| "Parabólica"
|-
| "Até Quando Você Vai Ficar"
|-
|rowspan="2"| 1993
| "Realidade Virtual"
|rowspan="2"| ''Filmes de Guerra, Canções de Amor''
|-
| "Quanto vale a vida?"
|-
|rowspan="2"|1995
| "A Promessa"
|rowspan="2"|''Simples de Coração''
|-
| "Simples de Coração"
|-
|rowspan="2"|1997
| "A Montanha"
|rowspan="2"|''Minuano''
|-
| "Alucinação"
|-
| 1999
| "Eu Que Não Amo Você"
| ''¡Tchau Radar!''
|-
| 2002
| "3ª do Plural"
| ''Surfando Karmas & DNA''
|-
| 2003
| "Até o Fim"
| ''Dançando no Campo Minado''
|-
| 2004
| "Vida Real"
| ''Acústico MTV''
|-
|}

== Videografia ==

;Videoclipes
{| class="wikitable"
|-
!Ano
!Vídeo
!Álbum
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| 1985
| Sopa de Letrinhas
| [[Rock Grande do Sul]]
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| 1986
| Toda Forma de Poder
| [[Longe Demais das Capitais]]
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| "center" rowspan="3"|1987
| Terra de Gigantes
| "center" rowspan="3"|[[A Revolta dos Dândis]]
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| A Revolta dos Dândis I
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| Filmes de Guerra, Canções de Amor
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| "center" rowspan="2"|1988
| Ouça O Que Eu Digo: Não Ouça Ninguém
| "center" rowspan="2"|[[Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém]]
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| Somos Quem Podemos Ser
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| 1989
| Alívio Imediato
| [[Alívio Imediato]]
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| "center" rowspan="2"|1990
| Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones
| "center" rowspan="3"|[[O Papa é Pop]]
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| O Papa É Pop
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| "center" rowspan="4"|1991
| O Exército de Um Homem Só I
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| Refrão de Bolero (Ao Vivo)
| [[A Revolta dos Dândis]]
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| Herdeiro da Pampa Pobre
| "center" rowspan="2"|[[Várias Variáveis]]
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| Piano Bar (Ao Vivo)
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| "center" rowspan="2"|1992
| Parabólica
| "center" rowspan="3"|[[Gessinger, Licks & Maltz]]
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| Ninguém = Ninguém
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| "center" rowspan="4"|1993
| Até Quando Você Vai Ficar?
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| Mapas do Acaso
| "center" rowspan="5"|[[Filmes de Guerra, Canções de Amor]]
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| Realidade Virtual
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| Quanto Vale a Vida?
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| "center" rowspan="2"|1994
| Às Vezes Nunca
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| Crônica
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| "center" rowspan="2"|1995
| A Promessa
| "center" rowspan="2"|[[Simples de Coração]]
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| A Perigo
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| 1996
| O Preço
| [[Humberto Gessinger Trio]]
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| "center" rowspan="2"|1997
| A Montanha
| "center" rowspan="2"|[[Minuano (álbum)|Minuano]]
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| Alucinação
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| "center" rowspan="2"|1999
| Eu que Não Amo Você
| "center" rowspan="2"|[[¡Tchau Radar!]]
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| Negro Amor
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| "center" rowspan="2"|2000
| Números
| "center" rowspan="2"|[[10.000 Destinos]]
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| Rádio Pirata
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| 2001
| Novos Horizontes (ao Vivo)
| [[10.001 Destinos]]
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| "center" rowspan="2"|2002
| 3º do Plural
| "center" rowspan="2"|[[Surfando Karmas & DNA]]
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| Surfando Karmas & DNA
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| "center" rowspan="2"|2003
| Até o Fim
| "center" rowspan="2"|[[Dançando no Campo Minado]]
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| Na Veia
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| "center" rowspan="2"|2004
| Vida Real
| "center" rowspan="3"|[[Acústico MTV (Engenheiros do Hawaii)|Acústico MTV]]
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| Somos Quem Podemos Ser
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| 2005
| Armas Químicas e Poemas
|}

;VHS/DVD
*''[[Filmes de Guerra, Canções de Amor (vídeo)|Filmes de Guerra, Canções de Amor]]'' (1993)
*''[[10.000 Destinos (vídeo)|10.000 Destinos]]'' (2000)
*''[[Clip Zoom]]'' (2002)
*''[[Acústico MTV (Engenheiros do Hawaii)|Acústico MTV]]'' (2004)
*''[[Novos Horizontes (vídeo)|Novos Horizontes]]'' (2007)

{{Referências}}

==Ligações externas==
*[http://www2.uol.com.br/engenheirosdohawaii/ Página oficial]
*[http://www.poucavogal.com.br/ Pouca Vogal]

{{Engenheiros do Hawaii}}
{{Troféu Imprensa de melhor conjunto musical 1986-2000}}

[[Categoria:Engenheiros do Hawaii]]
[[Categoria:Bandas de rock]]
[[Categoria:Bandas de pop rock]]
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[[Categoria:Bandas de folk rock]]
[[Categoria:Bandas de Porto Alegre]]
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[[de:Engenheiros do Hawaii]]
[[en:Engenheiros do Hawaii]]
[[it:Engenheiros do Hawaii]]

Revisão das 20h29min de 16 de fevereiro de 2013

Banda brasileira de alternative rock, "Engenheiros do Hawaii" foi formada em 1984[1] na cidade de Porto Alegre, que alcançou grande popularidade com suas canções irônicas e críticas. O vocalista Humberto Gessinger é o único integrante original a permanecer no grupo até hoje.

  1. iTunes. «Engenheiros da Hawaii Biography» (em inglês). Consultado em 04 de novembro de 2012  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)