Enrique Maciel

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Enrique Maciel

Enrique Maciel (Buenos Aires, 13 de julho de 1897 - [onde?] 24 de janeiro de 1962[1]) foi um versátil compositor, letrista e tocador de harmônio, piano, bandoneón e violão, sendo este último o instrumento que o identificou permanentemente na memória dos ouvintes de tango.

Vida e obra[editar | editar código-fonte]

Nascido em uma família afro-argentina (provavelmente descendente de escravos do Oeste da África) em Buenos Aires, em 1897, Maciel teve suas primeiras aulas de música em uma escola paroquial local e sua primeira performance profissional foi em 1915. Seu primeiro tango, "Presentación", permanece não publicado. Ele se juntou a pequenos grupos tocando em pequenas casas noturnas e bailes, fazendo excursões pelas províncias. Dentre os seus colegas, ela era mais chegado ao bandoneonista Ángel Danesi.[2]

Em 1920, em Bragado (Buenos Aires), ele conheceu o poeta Enrique Maroni e imediatamente lançou sua colaboração, o tango "La tipa", levando à gravação de Rosita Quiroga três anos mais tarde. Um ano depois, Maciel arrumou um contrato como violonista com a RCA-Victor, onde ele acompanhou a dupla chilena Glos-Balmaceda. Lá, ele conheceu José María Aguilar, com quem ele fez gravações em uma dupla de violão, acompanhado de outros artistas da RCA. A habilidade de Maciel como pianista o permitiu triplicar o seu outrora modesto salário. Seu primeiro novo tango sob esse arranjo foi "Duelo" - interpretado por Osvaldo Fresedo e Rosita Quiroga (no harmônio).[2]

Em 1925, o pianista Carlos Geroni Flores apresentou Ignacio Corsini a Maciel, que foi incorporado em seu popular grupo como violonista e pianista. As performances de Corsini ao lado de Maciel continuaram até 1943 e seus companheiros incluíam José Aguilar no violão e Rosendo Weight; Aguilar deixou o conjunto em 1928 e se juntou a Armando Pagés.[3]

O grupo se tornou popular na rádio argentina, particularmente na Rádio Buenos Aires. Pouco a pouco o espaçamento entre suas apresentações foi aumentando e o conjunto se desfez nos anos 1950.[2] Maciel acabou se aposentando e veio a falecer em 1962.

Referências

  1. Ostuni, Ricardo A. (1 de setembro de 2000). Viaje al corazón del tango (em espanhol). [S.l.]: Ediciones Lumière. p. 46 
  2. a b c Todo Tango:Enrique Maciel, Publicado em "Cuadernos de difusión del Tango", nº 20
  3. «La Pulpera». Consultado em 19 de fevereiro de 2017. Arquivado do original em 15 de agosto de 2009 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]