Escrita tulu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Escrita Tulu
Falado(a) em: Índia
Total de falantes: extinta
Família: Indo-europeia
 Escrita brami
  Grantha
   Escrita malaiala, Escrita Tâmil, Escrita singalesa
    Escrita Tulu
Códigos de língua
ISO 639-1: n/a
ISO 639-2: n/a
ISO 639-3: tcy

A escrita tulu (Tulu: Tuḷu lipi—escrita <Image: “Tuḷu lipi” in Tulu script> em Tulu) é a escrita primitiva original da língua tulu, escrita que depois evoluiu da escrita Grantha. Há similaridades com a escrita do malaiala que também evoluiu da Grantha. Foi primeiramente usada pelos brâmanes que falavam o tulu, tais como os Brahmi Shivalli para escrever mantras védicos e para traduzir palavras do Sânscrito para a língua tulu. A mais antiga evidência literária em escrita tulu é uma tradução para o tulu do Mahabharata chamada Tulu Mahabharato. Não é mais usada para escrever o tulu, que hoje usa a escrita canaresa para suas documentações.

Literatura[editar | editar código-fonte]

Em comparação com outras línguas da Índia meridional, a língua tule não uma grande quantidade de obras literárias. A mais antiga é a já citada Tulu Mahabharato que data do século XV. Há outros manuscritos que foram localizados e que usaram a escrita, o Devi Mahatme, também do século XV e dois poemas épicos, Sri Bhagavata e Kaveri do século XVII.

Declínio[editar | editar código-fonte]

Várias razões podem ter lavado à extinção da escrita tulu. A língua tulu era um idioma de minorias na antiga Presidência de Madras sob o domínio britânico, não tendo por isso recebido muita atenção por parte dos governantes. Além disso, o estabelecimento de uma prensa móvel por parte de missionários alemães, os quais usavam a escrita e a língua canaresa em lugar do tulu, levou a escrita tulu ao desuso.

Atualmente[editar | editar código-fonte]

A língua tulu continua sobrevivendo nas áreas litorâneas de Karnataka e do distrito Kasargod de Kerala, em função do amor que os tuluvas têm por sua língua. A academia Tulu Sahitya Academy fez com que a língua tulu fosse ensinada em escolas do litoral de Karnataka, tais como a Alva's “High School”, de Moodbidri; Dattanjaneya “High School”, de Odiyoor; Ramakunjeshwara “High School” inglesa de Ramakunja; e no colégio composto pré-universitário de Belthangady. Planeja-se a implementação desse ensino em outras escolas e aguarda-se a autorização do governo. O tulu também é ensinado em nível de pós-graduação na Universidade de Mangalore e há um departamento dedicado ao estudo da língua na Universidade Dravidiana em Kuppam, Andhra Pradesh.

O Centro de Pesquisas Govinda Pai do “MGM College” de Udupi, Karnataka, iniciou em 1979 um projeto de pesquisa de léxico tulu que deveria durar 18 anos. Os diversos dialetos, os diferentes vocabulários usados em diversas atividade de trabalho, a literatura de folclore na forma de Paād-danāas foram utilizados. Foi produzido assim um dicionário, uma listagem léxica, em seis volumes, em três línguas: Canaresa-Tulu-Inglês. Esse léxico foi premiado como o “Gundert Award” como melhor dicionário da Índia em 1996.

Semelhança com o malaiala[editar | editar código-fonte]

As escritas malaiala e a tulu se parecem parcialmente. A tulu não tem apresenta uma poucas letras que a malaiala tem, mas é mais similar à malaiala do que ea escrita tâmil no sentido de que, ao contrário da tâmil, ambas apresentam uma letra separada para a consoante varga. Para alguns especialistas, teria existido uma variante da escrita Grantha chamada rscrita Tulu-Malaiala que data dos séculos VIII e IX[1] E da qual possivelmente derivaram ambas as escritas, a tulu e a malaiala. Outros acreditam que escrita tulu seja mais antiga do que a malaiala, que teria evoluído da primeira ou fora influenciada por ela,[2][3] embora o mais antigo documento disponível em tulu, o Tulu Mahabharato (em língua tulu, ತುಳು ಮಹಾಭಾರತ, Tuḷu Mahābhārata), seja dos anos 1500.

Caracteres[editar | editar código-fonte]

JPG Image

A expectativa para os caracteres Unicode, na faixa U+11B50–U+11BAF), é conforme se segue:[4]

  1. Letra TULU A, AA, I, II, U, UU, R-vocálico, E, AI, O
  2. AU, KA, KHA, GA, GHA, NGA, CA, CHA, JA, JHA
  3. NYA, TTA, TTHA, DDA, DDHA, NNA, TA, THA, DA, DHA
  4. NA, PA, PHA, BA, BHA, MA, YA, RA, LA, VA
  5. SHA, SSA, SA, HA, LLA, LLLA, Sinal Vogal Tulu A
  6. Sinal Vogal Tulu U, UU, R-vocálico, E, AI, O, AU, Virama Tulu, Anusvara Tulu, Visarga Tulu
  7. TULU DIGIT 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Image:Comparação Canarês com Malaiala

A escrita canaresa e a malaiala compartilham muitas letras similares; tulu e malaiala compartilham poucas (ña, la, ḻa) que se parecem, porém, mais com as correspondentes canaresas.

Comparação das escritas Grantha, Malaiala e Tulu (ka, kha, ga, gha, ṅa):

Image:Grantha vs. Tulu vs. Malaiala

Glifos Consoantes-Vogais[editar | editar código-fonte]

A tabela a seguir mostra como são os glifos consoante-vogal da escrita tulu. Assim, na linha chamada k mostram-se ka, , ki, , ku, , kr̥, ke, kai, ko, kau, kaṁ, kaḥ. Não há em escrita tulu distinções entre vogais longas e curtas como e - ē, ou como o - ō'.

Image:Glifos Tulu

Notas e referências

  1. «Grantha alphabet». Encyclopædia Britannica; Online. Encyclopædia Britannica, Inc. 2009. Consultado em 28 de outubro de 2009 
  2. Kekunnaya, K. Padmanabha & Joshy, M. Prabhakara (1999–2000), Cópia arquivada, consultado em 30 de setembro de 2012, cópia arquivada em |arquivourl= requer |arquivodata= (ajuda) 🔗. 
  3. «SEI: Unicode Scripts Research». Script Encoding Initiative (Department of Linguistics, University of California, Berkeley). 2007. Consultado em 28 de outubro de 2009. Arquivado do original em 27 de maio de 2010 
  4. [1]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]