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Midas: diferenças entre revisões

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Sua alegria não conheceu limite e, logo que chegou à casa, ordenou aos criados que servissem um magnífico repasto. Então verificou, horrorizado, que, se tocava o pão, este enrijecia em suas mãos; se levava comida à boca, seus dentes não conseguiam mastigá-la. Tomou um cálice de vinho, mas a bebida desceu-lhe pela boca como ouro derretido, sua filha se encostou a ele e se transformou em ouro.
Sua alegria não conheceu limite e, logo que chegou à casa, ordenou aos criados que servissem um magnífico repasto. Então verificou, horrorizado, que, se tocava o pão, este enrijecia em suas mãos; se levava comida à boca, seus dentes não conseguiam mastigá-la. Tomou um cálice de vinho, mas a bebida desceu-lhe pela boca como ouro derretido, sua filha se encostou a ele e se transformou em ouro.


Consternado com essa aflição sem precedentes, Midas lutou para livrar-se daquele poder: detestava o dom. Tudo em vão, porém; a morte por inanição parecia aguardá-lo. Ergueu os braços, reluzentes de ouro, numa prece a Baco, implorando que o livrasse daquela destruição fulgurante. Baco, divindade benévola, ouviu e consentiu. “A água corrente desfaz o toque”, disse-lhe Baco, “mergulhas o que tocastes num rio e os objetos em que tocaste voltarão a ser o que eram”. Midas correu a cumprir o que dissera o deus do vinho e, com a água do rio Pactolo, que correu num jarro, foi banhando todos os objetos em que tocara, restituindo-lhes a natureza primitiva, a começar pela própria filha, que ele, então, pôde abraçar sem perigo de torná-la de ouro. Dizem que Midas, ao se abaixar para colher a água na margem do rio, tocou na areia com as mãos e que, por isso, ainda hoje, o rio Pactolo corre por sobre um leito de areias douradas.
Consternado com essa aflição sem precedentes, Midas lutou para livrar-se daquele poder: detestava o dom. Tudo em vão, porém; a morte por inanição parecia aguardá-lo. Ergueu os braços, reluzentes de ouro, numa prece a Baco, implorando que o livrasse daquela destruição fulgurante. Baco, divindade benévola, ouviu e consentiu. “A água corrente desfaz o toque”, disse-lhe Baco, “mergulhas o que tocastes num rio e os objetos em que tocaste voltarão a ser o que eram”. Midas correu a cumprir o que dissera o deus do vinho e, com a água do rio Pactolo, que correu nm jarro, foi banhando todos os objetos em que tocara, restituindo-lhes a natureza primitiva, a começar pela própria filha, que ele, então, pôde abraçar sem perigo de torná-la de ouro. Dizem que Midas, ao se abaixar para colher a água na margem do rio, tocou na areia com as mãos e que, por isso, ainda hoje, o rio Pactolo corre por sobre um leito de areias douradas.


=== Orelhas de burro ===
=== Orelhas de burro ===

Revisão das 01h38min de 18 de março de 2016

 Nota: Para outros significados de Midas, veja Midas (desambiguação).

Midas é um personagem da mitologia grega, rei da Frígia. É baseado em um rei de mesmo nome da Frígia (uma região da moderna Anatólia, Turquia), do século VIII a.C., havendo sobre esse rei dois conhecidos mitos. Tinha um filho chamado Litierses, que servia a ele como protetor (Litierses era conhecido como “ceifador de homens”, devido à sua fama de decapitar os inimigos).

O principal mito atribuído a Midas, o de transformar em ouro tudo o que tocava, adquiriu um caráter simbólico e metafórico na sociedade contemporânea, sendo facilmente compreensíveis na nossa cultura analogias simbólicas como a de um “complexo de Midas”.[1]

Descoberta Arqueológica

O Rei Midas realmente existiu. Em 1954, pesquisadores do Museu de Arqueologia e Antropologia da University of Pennsylvania sob a liderança de Rodney Young, após escavações na Turquia, em Gordiom (hoje Yassihüyük) antiga capital da Frígia, localizaram o túmulo de Midas. O caixão mortuário estava muito bem preservado, era feito de troncos de árvores e em sua volta havia vasos de cerâmica e metal, taças, bandejas e outros recipientes e objetos. Ali houve, segundo Dr. Patrick E. McGovern da equipe de arqueólogos da U.Penn, um banquete fúnebre para o Rei e quase todas as iguarias e bebidas puderam ser identificadas. Cem foi a quantidade aproximada de convidados nessa grande refeição, conforme avaliação dos especialistas.[2]

Mitos sobre Midas

Toque de ouro

Reconstrução do enterro de Midas

Certa vez Baco (ou Dionísio, deus do vinho) deu por falta de seu mestre e pai de criação, Sileno. O velho andara bebendo e, tendo perdido o caminho, foi encontrado por alguns camponeses que o levaram ao seu rei, Midas. Midas reconheceu-o, tratou-o com hospitalidade, conservando-o em sua companhia durante dez dias, no meio de grande alegria.

No décimo-primeiro dia, levou Sileno de volta e entregou-o são e salvo a seu pupilo. Baco ofereceu, então, a Midas o direito de escolher a recompensa que desejasse, qualquer que fosse ela. Midas pediu “todo ouro em que pudesse pôr as mãos”. Baco consentiu, embora pesaroso por não ter ele feito uma escolha melhor.

Midas seguiu caminho, jubiloso com o poder recém-adquirido, que se apressou a pôr em prova. Mal acreditou nos próprios olhos quando viu um raminho que arrancara de um carvalho transformar-se em ouro em sua mão. Segurou uma pedra; ela mudou-se em ouro. Pegou um torrão de terra; virou ouro. Colheu um fruto da macieira; ter-se-ia dito que furtara do jardim das Hespérides.

Sua alegria não conheceu limite e, logo que chegou à casa, ordenou aos criados que servissem um magnífico repasto. Então verificou, horrorizado, que, se tocava o pão, este enrijecia em suas mãos; se levava comida à boca, seus dentes não conseguiam mastigá-la. Tomou um cálice de vinho, mas a bebida desceu-lhe pela boca como ouro derretido, sua filha se encostou a ele e se transformou em ouro.

Consternado com essa aflição sem precedentes, Midas lutou para livrar-se daquele poder: detestava o dom. Tudo em vão, porém; a morte por inanição parecia aguardá-lo. Ergueu os braços, reluzentes de ouro, numa prece a Baco, implorando que o livrasse daquela destruição fulgurante. Baco, divindade benévola, ouviu e consentiu. “A água corrente desfaz o toque”, disse-lhe Baco, “mergulhas o que tocastes num rio e os objetos em que tocaste voltarão a ser o que eram”. Midas correu a cumprir o que dissera o deus do vinho e, com a água do rio Pactolo, que correu nm jarro, foi banhando todos os objetos em que tocara, restituindo-lhes a natureza primitiva, a começar pela própria filha, que ele, então, pôde abraçar sem perigo de torná-la de ouro. Dizem que Midas, ao se abaixar para colher a água na margem do rio, tocou na areia com as mãos e que, por isso, ainda hoje, o rio Pactolo corre por sobre um leito de areias douradas.

Orelhas de burro

Após os eventos envolvendo o toque de ouro (que não perdeu), Midas abandonou a riqueza e virou um seguidor de , deus dos bosques (deus do ovo). Um dia Pã afirmou tocar melhor do que Apolo e o deus do Sol resolveu fazer um duelo com Pã, julgado pelo deus Tmolo. Pã agradou a todos com sua flauta, mas, após Apolo tocar sua lira, Tmolo deu o prêmio a ele. Midas indignou-se, questionou a decisão e Apolo enfurecido deu a Midas orelhas de burro.

Midas cobriu-as com um turbante para seus seguidores não o perceberem. Apenas o barbeiro sabia das orelhas, e devia guardar segredo. O barbeiro não estava a conseguir e, para satisfazer a sua vontade, cavou um buraco e disse “O Rei Midas tem orelhas de burro!” dentro deste e cobriu-o de terra. Porém nasceram lá vários juncos que sempre que eram abanados pelo vento diziam aquela frase, e, assim todo o povo ficou a saber aquele segredo.

Referências

  1. http://sul21.com.br/jornal/2012/06/complexo-de-midas/
  2. A rainha que virou pizza" - Autor: José Antônio Vargas Dias Lopes - Companhia Editora Nacional - 2007