Polyplacophora: diferenças entre revisões
mudei pois estava errado, não é 7 000 e sim 5 000 |
mudei pois no meu livro esta mais explicado acho que as pessoas iriam entender melhor |
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'''Polyplacophora''' (do grego ''polys'', muitas + ''plax'', placa + ''phora'', portador) |
'''Polyplacophora''' (do grego ''polys'', muitas + ''plax'', placa + ''phora'', portador) vivem exclusivamente em ambientes marinhos. São caracterizados por serem revestidos por uma valva com oito partes sobrepostas na parte dorsal, desprovidos de tentáculos e têm cabeça minúscula desprovida de olhos. A essa classe pertencem os '''quítons'''. A maioria vive em águas relativamente rasas .Alimentam-se de algas e plantas do substrato. |
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== Descrição == |
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Revisão das 01h07min de 7 de outubro de 2016
Polyplacophora | |||||||
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Ocorrência: Cambriano Superior - Recente | |||||||
Classificação científica | |||||||
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Ordens | |||||||
Polyplacophora (do grego polys, muitas + plax, placa + phora, portador) vivem exclusivamente em ambientes marinhos. São caracterizados por serem revestidos por uma valva com oito partes sobrepostas na parte dorsal, desprovidos de tentáculos e têm cabeça minúscula desprovida de olhos. A essa classe pertencem os quítons. A maioria vive em águas relativamente rasas .Alimentam-se de algas e plantas do substrato.
Descrição
A característica mais visível dos quítons é sua concha composta por oito valvas (ou, mais raramente, sete ou nove[1]). Essas valvas são transversais a região dorsal do animal, indo da região cefálica à caudal. As valvas são classificadas como valva cefálica, valvas medianas e valva anal; a valva cefálica é a que fica próxima à cabeça; a valva anal é a que fica próxima ao ânus; as demais valvas são as valvas medianas.[2] Sua concha é composta basicamente de aragonita. As valvas podem ser completamente cobertas pelo manto (como ocorre com os espécimes do gênero Cryptochiton), parcialmente cobertas pelo manto (caso do gênero Khatarina) ou mesmo totalmente expostas (por exemplo, como ocorre com o gênero Ischinochiton).
À volta do corpo dos quítons, há um cinturão muscular visível; sua estrutura corporal permite que os quítons se encolham para o formato de uma bola protetora. A aparência desse órgão varia muito, podendo ser liso, possuir pelos, espinhos, escamas (bastante semelhants, em aparência, às das cobras etc.
Na sua região ventral há um pé e um ânus identificável, bem como as brânquias que circundam todo o animal. Entretanto, na região ventral percebe-se pouca cefalização. Não possuem tentáculos ou olhos.
Entre o corpo e o cinturão há uma cavidade, onde se encontra o manto. Essa cavidade é ligada ao mundo exterior por dois canais: um canal que traz a água do ambiente externo para a cavidade e outro, próximo ao ânus, que a expele. As guelras encontram-se na cavidade do manto, circundado todo o corpo do animal e usualmente próximas ao ânus.
Os quítons possuem boca e rádula, contendo várias fileiras de dentes, geralmente com dezessete dentes em cada. Os dentes das rádulas usualmente são compostos de magnetita. Os quítons usualmente usam a rádula para retirar algas microscópicas do substrato.
Uma característica marcante dos quítons é a grande variedade de cores, formas e desenhos de suas conchas e cinturões. Sendo animais polimórficos, é comum encontrar grandes variações de cores em indivíduos de uma mesma espécie.
Já foram encontrados quítons com sete e com nove valvas, além de espécimes híbridos. Essas ocorrências, porém, são raras.[1]
Reprodução e desenvolvimento
O processo de reprodução dos quítons é externo. Os gametas são fecundados quando liberados na água. O desenvolvimento dos ovos se dá na cavidade do manto de um dos indivíduos, podendo haver colocação de ovos em invólucros presos ao substrato. Eventualmente, pode haver fecundação ou mesmo eclosão de ovos na cavidade do manto do quíton adulto.
Uma vez que os ovos eclodam, os novos espécimes passam por uma fase planctônica larval trocófora. Essas larvas, embora plactônicas, tendem a descer para o substrato.[2]
Posição na cadeia alimentar
Quítons são, geralmente, micrófagos: se alimentam de algas, briozoários, diatomáceas e bactérias. Geralmente obtêm esses alimentos raspando as rochas com suas rádulas. Algumas espécies possuem a parte anterior do cinturão avançada o suficente para capturar outros pequenos invertebrados e, talvez, até pequenos peixes, de modo a poder devorá-los. Alguns quítons possuem hábitos domésticos e notívagos, ficando em um mesmo local durante os dias e saindo à noite para se alimentar.
Seus predadores incluem aves marinhas, estrelas-do-mar, crustáceos maiores (como caranguejos) e anêmonas-do-mar. Os quítons gigantes do Pacífico (Cryptochiton stelleri) são comestíveis para os seres humanos, tendo sido usados como alimento por populações indígenas estadunidenses e chilenos[2] e por exploradores russos no sudoeste do Alasca.[3] Entretanto, o sabor e a textura de sua carne são considerados desagradáveis.[3]
Distribuição
Os quítons são geralmente encontrados em regiões litorâneas, embora também existam espécies encontradas em águas profundas, a 6 mil metros de profundidade. São encontrados em todos os oceanos, das regiões polares até os trópicos. Sua maior concentração ocorre nas regiões litorâneas da América do Norte e da Austrália, onde pelo menos metade das espécies conhecidas foram registradas.[1] No Brasil, foi documentada a ocorrência de três famílias e oito gêneros.[2]
Interesse de colecionadores
Pela grande variedade de suas conchas (seja em cores, formatos e desenhos) e cinturões (que podem possuir escamas - semelhante em aparência às das cobras -, pelos, espinhos ou mesmo serem lisos), os quítons são grandemente apreciados por colecionadores de conchas.[1] Espécimes raros, como aqueles possuindo sete ou nove valvas, ou híbridos, são especialmente desejados pelos colecionadores e custam caro.
Colecionadores consideram mais adequado conservar os cinturões junto com a concha, ao invés de deixá-la desarticulada.
Ancestrais extintos
Há suspeitas que os Kimberella sejam ancestrais pré-cambrianos dos quítons. Suspeita-se que os quítons e os Wiwaxia sejam também relacionados.
Taxonomia
A classificação taxonômica dos quítons ainda é um tanto indefinida, especialmente nos mais altos níveis do grupo. A maioria dos sistemas de classificação atuais são baseados, ao menos em parte, no Pilsbry's Manual of Conchology (1892-1894), estendido e revisado por Kaas e Van Belle entre 1985 e 1990. Como os quítons são estudados desde Lineu, há um grande número de estudos taxonômicos no nível das espécies, porém.
A classificação mais utilizada atualmente[4] é baseada não somente na morfologia das conchas (como é usual) mas também em outros aspectos como o cinturão muscular, a rádula, as brânquias, ovos, espermatozoides etc. Tal classificação inclui todas as espécies conhecidas, vivas ou extintas.
A classificação geralmente aceita é:
- Classe Polyplacophora Gray, 1821
- Subclasse Paleoloricata Bergenhayn, 1955
- Ordem Chelodida Bergenhayn, 1943
- Família Chelodidae Bergenhayn, 1943
- Chelodes Davidson & King, 1874
- Euchelodes Marek, 1962
- Calceochiton Flower, 1968
- Família Chelodidae Bergenhayn, 1943
- Ordem Septemchitonida Bergenhayn, 1955
- Família Gotlandochitonidae Bergenhayn, 1955
- Gotlandochiton Bergenhayn, 1955
- Família Helminthochitonidae Van Belle, 1975
- Kindbladochiton Van Belle, 1975
- Diadelochiton Hoare, 2000
- Helminthochiton Salter in Griffith & M'Coy, 1846
- Echinochiton Pojeta, Eernisse, Hoare & Henderson, 2003
- Família Septemchitonidae Bergenhayn, 1955
- Septemchiton Bergenhayn, 1955
- Paleochiton A. G. Smith, 1964
- Thairoplax Cherns, 1998
- Família Gotlandochitonidae Bergenhayn, 1955
- Ordem Chelodida Bergenhayn, 1943
- Subclasse Loricata Shumacher, 1817
- Ordem Lepidopleurida Thiele, 1910
- Subordem Cymatochitonina Sirenko & Starobogatov, 1977
- Família Acutichitonidae Hoare, Mapes & Atwater, 1983
- Acutichiton Hoare, Sturgeon & Hoare, 1972
- Elachychiton Hoare, Sturgeon & Hoare, 1972
- Harpidochiton Hoare & Cook, 2000
- Arcochiton Hoare, Sturgeon & Hoare, 1972
- Kraterochiton Hoare, 2000
- Soleachiton Hoare, Sturgeon & Hoare, 1972
- Asketochiton Hoare & Sabattini, 2000
- Família Cymatochitonidae Sirenko & Starobogatov, 1977
- Cymatochiton Dall, 1882
- Compsochiton Hoare et Cook, 2000
- Família Gryphochitonidae Pilsbry, 1900
- Gryphochiton Gray, 1847
- Família Lekiskochitonidae Smith & Hoare, 1987
- Lekiskochiton Hoare & Smith, 1984
- Família Permochitonidae Sirenko & Starobogatov, 1977
- Permochiton Iredale & Hull, 1926
- Família Acutichitonidae Hoare, Mapes & Atwater, 1983
- Subordem Lepidopleurina Thiell, 1910
- Família Ferreiraellidae Dell’ Angelo & Palazzi, 1991
- Glaphurochiton Raymond, 1910
- ?Pyknochiton Hoare, 2000
- ?Hadrochiton Hoare, 2000
- Ferreiraella Sirenko, 1988
- Família Glyptochitonidae Starobogatov & Sirenko, 1975
- Glyptochiton Konninck, 1883
- Família Leptochitonidae Dall, 1889
- Colapterochiton Hoare & Mapes, 1985
- Coryssochiton DeBrock, Hoare & Mapes, 1984
- Proleptochiton Sirenko & Starobogatov, 1977
- Schematochiton Hoare, 2002
- Pterochiton (Carpenter MS) Dall, 1882
- Leptochiton Gray, 1847
- Parachiton Thiele, 1909
- Terenochiton Iredale, 1914
- Trachypleura Jaeckel, 1900
- Pseudoischnochiton Ashby, 1930
- Lepidopleurus Risso, 1826
- Hanleyella Sirenko, 1973
- Família Camptochitonidae Sirenko, 1997
- Camptochiton DeBrock, Hoare & Mapes, 1984
- Pedanochiton DeBrock, Hoare & Mapes, 1984
- Euleptochiton Hoare & Mapes, 1985
- Pileochiton DeBrock, Hoare & Mapes, 1984
- Chauliochiton Hoare et Smith, 1984
- Stegochiton Hoare et Smith, 1984
- Família Nierstraszellidae Sirenko, 1992
- Nierstraszella Sirenko, 1992
- Família Mesochitonidae Dell’ Angelo & Palazzi, 1989
- Mesochiton Van Belle, 1975
- Pterygochiton Rochebrune, 1883
- Família Protochitonidae Ashby, 1925
- Protochiton Ashby, 1925
- Deshayesiella (Carpenter MS) Dall, 1879
- Oldroydia Dall, 1894
- Família Hanleyidae Bergenhayn, 1955
- Hanleya Gray, 1857
- Hemiarthrum Dall, 1876
- Família Ferreiraellidae Dell’ Angelo & Palazzi, 1991
- Subordem Cymatochitonina Sirenko & Starobogatov, 1977
- Ordem Chitonida Thiele, 1910
- Subordem Chitonina Thiele, 1910
- Superfamília Chitonoidea Rafinesque, 1815
- Família Ochmazochitonidae Hoare & Smith, 1984
- Ochmazochiton Hoare & Smith, 1984
- Família Ischnochitonidae Dall, 1889
- Ischnochiton Gray, 1847
- Stenochiton H. Adams & Angas, 1864
- Stenoplax (Carpenter MS) Dall, 1879
- Lepidozona Pilsbry, 1892
- Stenosemus Middendorff, 1847
- Subterenochiton Iredale & Hull, 1924
- Thermochiton Saito & Okutani, 1990
- Connexochiton Kaas, 1979
- Tonicina Thiele, 1906
- Família Callistoplacidae Pilsbry, 1893
- Ischnoplax Dall, 1879
- Callistochiton (Carpenter MS) Dall, 1879
- Callistoplax Dall, 1882
- Ceratozona Dall, 1882
- Calloplax Thiele, 1909
- Família Chaetopleuridae Plate, 1899
- Chaetopleura Shuttleworth, 1853
- Dinoplax (Carpenter MS) Dall, 1879
- Família Loricidae Iredall & Hull, 1923
- Família Callochitonidae Plate, 1901
- Callochiton Gray, 1847
- Eudoxochiton Shuttleworth, 1853
- Vermichiton Kaas, 1979
- Família Chitonidae Rafinesque, 1815
- Subfamília Chitoninae Rafinesque, 1815
- Chiton Linnaeus, 1758
- Amaurochiton Thiele, 1893
- Radsia Gray, 1847
- Sypharochiton Thiele, 1893
- Nodiplax Beu, 1967
- Rhyssoplax Thiele, 1893
- Teguloaplax Iredale & Hull, 1926
- Mucrosquama Iredale, 1893
- Subfamília Toniciinae Pilsbry, 1893
- Tonicia Gray, 1847
- Onithochiton Gray, 1847
- Subfamília Acanthopleurinae Dall, 1889
- Acanthopleura Guilding, 1829
- Liolophura Pilsbry, 1893
- Enoplochiton Gray, 1847
- Squamopleura Nierstrasz, 1905
- Superfamília Schizochitonoidea Dall, 1889
- Família Schizochitonidae Dall, 1889
- Incissiochiton Van Belle, 1985
- Schizochiton Gray, 1847
- Família Ochmazochitonidae Hoare & Smith, 1984
- Subordem Acanthochitonina Bergenhayn, 1930
- Família Mopalioidea Dall, 1889
- Família Tonicellidae Simroth, 1894
- Subfamília Tonicellinae Simroth, 1894
- Lepidochitona Gray, 1821
- Particulazona Kaas, 1993
- Boreochiton Sars, 1878
- Tonicella Carpenter, 1873
- Nuttallina (Carpenter MS) Dall, 1871
- Spongioradsia Pilsbry, 1894
- Oligochiton Berry, 1922
- Subfamília Juvenichitoninae Sirenko, 1975
- Juvenichiton Sirenko, 1975
- Micichiton Sirenko, 1975
- Nanichiton Sirenko, 1975
- Família Schizoplacidae Bergenhayn, 1955
- Schizoplax Dall, 1878
- Família Mopaliidae Dall, 1889
- Subfamília Heterochitoninae Van Belle, 1978
- Heterochiton Fucini, 1912
- Allochiton Fucini, 1912
- Subfamília Mopaliinae Dall, 1889
- Aerilamma Hull, 1924
- Guildingia Pilsbry, 1893
- Frembleya H. Adams, 1866
- Diaphoroplax Iredale, 1914
- Plaxiphora Gray, 1847
- Placiphorina Kaas & Van Belle, 1994
- Nuttallochiton Plate, 1899
- Mopalia Gray, 1847
- Maorichiton Iredale, 1914
- Placiphorella (Carpenter MS) Dall, 1879
- Katharina Gray, 1847
- Amicula Gray, 1847
- Superfamília Cryptoplacoidea H. & A. Adams, 1858
- Família Acanthochitonidae Pilsbry, 1893
- Subfamília Acanthochitoninae Pilsbry, 1893
- Acanthochitona Gray, 1921
- Craspedochiton Shuttleworth, 1853
- Spongiochiton (Carpenter MS) Dall, 1882
- Notoplax H. Adams, 1861
- Pseudotonicia Ashby, 1928
- Bassethullia Pilsbry, 1928
- Americhiton Watters, 1990
- Choneplax (Carpenter MS) Dall, 1882
- Cryptoconchus (De Blainville MS) Burrow, 1815
- Subfamília Cryptochitoninae Pilsbry, 1893
- Cryptochiton Middendorff, 1847
- Família Hemiarthridae Sirenko, 1997
- Hemiarthrum Carpenter in Dall, 1876
- Weedingia Kaas, 1988
- Família Choriplacidae Ashby, 1928
- Choriplax Pilsbry, 1894
- Família Cryptoplacidae H. & A. Adams, 1858
- Cryptoplax de Blainville, 1818
- Ordem Lepidopleurida Thiele, 1910
- Incertae sedis
- Família Scanochitonidae Bergenhayn, 1955
- Scanochiton Bergenhayn, 1955
- Família Olingechitonidae Starobogatov & Sirenko, 1977
- Olingechiton Bergenhayn, 1943
- Família Haeggochitonidae Sirenko & Starobogatov, 1977
- Haeggochiton Bergenhayn, 1955
- Família Ivoechitonidae Sirenko & Starobogatov, 1977
- Ivoechiton Bergenhayn, 1955
- Família Scanochitonidae Bergenhayn, 1955
- Subclasse Paleoloricata Bergenhayn, 1955
Referências
- ↑ a b c d worldwideconchology.com - Polyplacophora - The Chitons
- ↑ a b c d CdB - Conquiliologistas do Brasil - Classe Polyplacophora
- ↑ a b Ricketts, Edward; Calvin, Jack; Hedgepeth, Joel. Between Pacific Tides, quinta edição. Stanford University Press. 2006.
- ↑ Sirenko BI. New outlook on the system of chitons (Mollusca: Polyplacophora). Venus, 65 (1-2). 27-49, 2006