Placa de Peyer: diferenças entre revisões
Linha 15: | Linha 15: | ||
== Patologias == |
== Patologias == |
||
Na febre tifóide, essas manchas podem tornar-se locais de inflamação, no caso em que podem evoluir para ulcerações, hemorragias ou perfurações.<ref name=britannica/> |
Na febre tifóide hiv, essas manchas podem tornar-se locais de inflamação, no caso em que podem evoluir para ulcerações, hemorragias ou perfurações.<ref name=britannica/> |
||
Duas desordens humanas, [[doença de Crohn]] e patologias do tipo "enxerto-versus-hospedeiro" provavelmente são acionadas por uma resposta anormal da flora comensal associadas com a disfunção da Placa de Peyers e mutações do NO.<ref name="britannica" /> |
Duas desordens humanas, [[doença de Crohn]] e patologias do tipo "enxerto-versus-hospedeiro" provavelmente são acionadas por uma resposta anormal da flora comensal associadas com a disfunção da Placa de Peyers e mutações do NO.<ref name="britannica" /> |
Revisão das 16h40min de 29 de agosto de 2017
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/22/Peyer%27s_patch.jpg/220px-Peyer%27s_patch.jpg)
Placas de Peyer ou Conglomerados Linfonodulares Ileais são agregados de nódulos linfáticos que constituem um componente principal do tecido linfático associado ao intestino (GALT) e são particularmente grandes no Íleo, onde se encontram principalmente na parte do intestino oposta ao mesentério (borde anti-mesentérico intestinal).[2]
Aparência
Placas de Peyer possuem alguns centímetros, logo podem ser identificados mesmo sem ajuda de instrumentos. São tecidos ovalados e densos localizados na membrana mucosa do intestino, formando áreas alongadas e a sua superfície está livre das vilosidades e depressões (glândulas Lieberkühn) que caracterizam a parede intestinal. [2]
Quantidade
Normalmente, há apenas 30 a 40 manchas em cada indivíduo. Em adultos jovens costumam ser mais numerosos, mas conforme a pessoa envelhece eles tendem a desaparecer aos poucos deixando o intestino cada vez mais vulnerável a infecções. [2]
Função
Fazem parte do Tecido Linfóide Associado ao Intestino (em inglês Gut Associated Linfoid Tissue ou GALT). Como possuem capacidade de transportar os antígenos luminais e bactérias podem ser considerados como os sensores do sistema imunológico do intestino.[3]
Placas de Peyer (PP) podem induzir tolerância imunológica ou de defesa contra antígenos utilizando uma complexa interação entre células do sistema imunológico localizadas nos folículos linfoides e no epitélio folicular associado. Esta comunicação celular parece ser regulada por receptores de reconhecimento de patógenos, especialmente o NOD2. Embora o TLR tenha um papel limitado na homeostase, o Nod2 regula o número, o tamanho e composição de células T de PPs, em resposta à flora intestinal. Por sua vez, as células T CD4+ presentes no PP são capazes de modular a permeabilidade paracelular e intracelular.[3]
Patologias
Na febre tifóide hiv, essas manchas podem tornar-se locais de inflamação, no caso em que podem evoluir para ulcerações, hemorragias ou perfurações.[2]
Duas desordens humanas, doença de Crohn e patologias do tipo "enxerto-versus-hospedeiro" provavelmente são acionadas por uma resposta anormal da flora comensal associadas com a disfunção da Placa de Peyers e mutações do NO.[2]
Referências
- ↑ http://www.merriam-webster.com/medical/peyer's%20patch
- ↑ a b c d e http://www.britannica.com/EBchecked/topic/454716/Peyer-patch
- ↑ a b Camille Jung, Jean-Pierre Hugot, and Frédérick Barreau, “Peyer's Patches: The Immune Sensors of the Intestine,” International Journal of Inflammation, vol. 2010, Article ID 823710, 12 pages, 2010. doi:10.4061/2010/823710