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Coivara: diferenças entre revisões

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'''Coivara''' é uma técnica agrícola tradicional utilizada em comunidades [[quilombolas]]<ref>{{citar web|url=http://www.hcte.ufrj.br/downloads/sh/sh7/SH/trabalhos%20orais%20completos/QUILOMBO-AGRICULTURA-DE-COIVARA.pdf|titulo=QUILOMBO, AGRICULTURA DE COIVARA E REVOLUÇÃO VERDE NA REGIÃO CACAUEIRA DA BAHIA|data=2014|acessodata=18/07/2017|publicado=Scientiarum Historia VII|ultimo=Guimarães|primeiro=Eduardo Alfredo Morais}}</ref>, indígenas e ribeirinhas no Brasil. É também chamada de '''agricultura itinerante''' e define-se, em geral, por poucos anos de cultivo seguido de muitos anos de repouso. A plantação inclui o corte, a derruba e a queima da floresta nativa, onde o fogo desempenha papel fundamental. Há, então, a plantação intercalada de várias culturas ([[rotação de culturas]]), como o arroz, o milho e o feijão, durante 3 anos e, principalmente, a [[rotação de solos]] para melhorar a fertilidade e controlar as pragas.<ref>{{citar web|url=http://www.redalyc.org/pdf/339/33904504.pdf|titulo=AS ROÇAS E O MANEJO DA MATA ATLÂNTICA PELOS CAIÇARAS: UMA REVISÃO|data=05-06/2000|acessodata=18/07/2017|publicado=Interciencia|ultimo=Adams|primeiro=Cristina}}</ref>
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Esse método é utilizado principalmente em [[agricultura de subsistência]], por pequenos proprietários de terra ou em áreas de plantio comunal.
Esse método é utilizado principalmente em [[agricultura de subsistência]], por pequenos proprietários de terra ou em áreas de plantio comunal.

Revisão das 15h21min de 11 de outubro de 2017

Coivara é uma técnica agrícola tradicional utilizada em comunidades tradicionais como quilombolas[1], indígenas, caiçaras e ribeirinhas no Brasil. É também chamada de agricultura itinerante e define-se, em geral, por poucos anos de cultivo seguido de muitos anos de repouso. A plantação inclui o corte, a derruba e a queima da floresta nativa, onde o fogo desempenha papel fundamental. Há, então, a plantação intercalada de várias culturas (rotação de culturas), como o arroz, o milho e o feijão, durante 3 anos e, principalmente, a rotação de solos para melhorar a fertilidade e controlar as pragas.[2]

Esse método é utilizado principalmente em agricultura de subsistência, por pequenos proprietários de terra ou em áreas de plantio comunal.

Muitos autores defendem que a característica extremamente rudimentar desta técnica agrícola leva ao rápido esgotamento do solo, fazendo com que as terras precisem ficar em descanso de 3 a 12 anos e causando a derrubada de grandes áreas de mata. Por outro lado, vários especialistas defendem que a coivara está associada à conservação dos ecossistemas florestais.[3]

Em algumas regiões, como no Vale do Ribeira, a Coivara tem sofrido um processo de transformação que envolve fatores como o aumento demográfico, o avanço da economia de mercado, a implantação de leis ambientais e políticas desenvolvimentistas, o que ocasiona grande polêmica entre as comunidades que utilizam o método e a intensificação da fiscalização a partir dos anos 80 que busca preservar a mata nativa (Mata Atlântica).[4]

No interior de Goiás (Orizona), coivara é a sobra da mata queimada, a vegetação de porte fino.

Referências

  1. Guimarães, Eduardo Alfredo Morais (2014). «QUILOMBO, AGRICULTURA DE COIVARA E REVOLUÇÃO VERDE NA REGIÃO CACAUEIRA DA BAHIA» (PDF). Scientiarum Historia VII. Consultado em 18 de julho de 2017 
  2. Adams, Cristina (5 de junho de 2000). «AS ROÇAS E O MANEJO DA MATA ATLÂNTICA PELOS CAIÇARAS: UMA REVISÃO» (PDF). Interciencia. Consultado em 18 de julho de 2017 
  3. Neves, Walter Alves (Outubro de 2012). «Coivara: cultivo itinerante na floresta tropical». Ciência Hoje. Consultado em 18 de julho de 2017 
  4. Munari, Lucia Chamlian (2010). «Memória social e ecologia histórica: a agricultura de coivara das populações quilombolas do vale do Ribeira e sua relação com a formação da mata atlântica local». Universidade de São Paulo. Consultado em 18 de julho de 2017