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Maria da Cruz

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Dona Maria da Cruz (Vila do Penedo do Rio São Francisco, século XVIII) foi uma personagem histórica brasileira no contexto dos motins do Sertão do Rio São Francisco, ocorridos em Minas Gerais, em 1736. Ela foi administradora da fazenda “Pedras de Baixo”, local que deu origem a atual cidade de Pedras de Maria da Cruz. Em 2011, em sua homenagem, foi criada a Medalha Maria da Cruz.[1][2][3][4][5][6][7]

História

Maria da Cruz era casada com Salvador Cardoso de Oliveira, sobrinho de Matias Cardoso de Almeida. Com ele, teve um filho chamado Pedro Cardoso de Oliveira.[1]

Ela administrava a fazenda Pedras de Baixo.[3]

Maria da Cruz e seu filho foram considerados os líderes da revolta brasileira chamada “Motins do Sertão do Rio São Francisco”. Ocorrida em 1736, a revolta se opôs à cobrança dos quintos do ouro atrasados, empreendida pelo então governador da província de Minas Gerais Martinho Mendonça.[1][3][4] Ela e seu filho foram julgados pelo Tribunal da Relação da Bahia. Ela foi considerada culpada pelos motins e sentenciada a pagar cem mil réis, bem como cumprir seis anos de degredo na África. Todavia, recebeu uma carta de perdão do Rei D. João V, em abril de 1739.[2]

Medalha Maria da Cruz

Em 18 de julho de 2011, a Medalha Maria da Cruz foi criada pelo governo de Minas Gerais via Decreto n.º 45.649. A medalha é utilizada para homenagear personalidades que contribuíram para o desenvolvimento cultural, econômico e social do estado. A entrega das medalhas associa-se às comemorações do Dia dos Gerais.[3][4]

Referências

  1. a b c Souza, Alexandre Rodrigues de (agosto de 2013). «A rebelde do sertão: Maria da Cruz e o motim de 1736». Varia Historia: 453–475. ISSN 0104-8775. doi:10.1590/S0104-87752013000200005. Consultado em 3 de novembro de 2023 
  2. a b «Maria da Cruz - Impressões Rebeldes». web.archive.org. 26 de abril de 2023. Consultado em 3 de novembro de 2023 
  3. a b c d «Governador Fernando Pimentel entrega Medalha dos Gerais em Matias Cardoso». Acervo. 5 de maio de 2023. Consultado em 3 de novembro de 2023 
  4. a b c Tempo, O. (31 de janeiro de 2015). «Maria da Cruz, heroína do sertão são-fraciscano | O TEMPO». www.otempo.com.br. Consultado em 3 de novembro de 2023 
  5. Russell-Wood, A. J. R. (maio de 1977). «Women and Society in Colonial Brazil». Journal of Latin American Studies (em inglês) (1): 1–34. ISSN 1469-767X. doi:10.1017/S0022216X00019313. Consultado em 3 de novembro de 2023 
  6. Ferreira Furtado, Junia (abril de 2012). «From Brazil's Central Highlands to Africa's Ports: Trans-Atlantic and Continental Trade Connections in Goods and Slaves». Colonial Latin American Review (em inglês) (1): 127–160. ISSN 1060-9164. doi:10.1080/10609164.2012.661978. Consultado em 3 de novembro de 2023 
  7. Ferreira Furtado, Junia (abril de 2012). «From Brazil's Central Highlands to Africa's Ports: Trans-Atlantic and Continental Trade Connections in Goods and Slaves». Colonial Latin American Review (em inglês) (1): 127–160. ISSN 1060-9164. doi:10.1080/10609164.2012.661978. Consultado em 3 de novembro de 2023