Calabar: o Elogio da Traição: diferenças entre revisões
Checkwiki: limpeza de sintaxe utilizando Project:AWB |
tiradas notícias irrelevantes e sem fontes |
||
Linha 33: | Linha 33: | ||
Publicado em livro no ano de [[1994]], pela editora Civilização Brasileira, '''Calabar''' já teve 23 edições. (ISBN 8520001368). |
Publicado em livro no ano de [[1994]], pela editora Civilização Brasileira, '''Calabar''' já teve 23 edições. (ISBN 8520001368). |
||
A peça teatral ( musical) "Calabar- O elogio da traição ", foi representada em Belo Horizonte, em 2009 com a produção de Athenas Produçoes, no teatro Cesciatti ( Palacio das Artes ) Um belíssimo espetáculo com o ator Menotti Orlandi representando Mauricio de Nassau ! |
|||
== {{Ligações externas}} == |
== {{Ligações externas}} == |
||
Linha 39: | Linha 38: | ||
{{esboço-teatro}} |
{{esboço-teatro}} |
||
Desde a 2ª estreia, houve outras adaptações para os palcos, sendo as mais recentes em Niterói (2007) e Belo Horizonte (2008). |
|||
[[Categoria:Peças de teatro do Brasil]] |
[[Categoria:Peças de teatro do Brasil]] |
Revisão das 07h58min de 22 de maio de 2010
Calabar: o elogio da traição é o título da peça de teatro musicada, escrita em 1973 por Chico Buarque e Ruy Guerra, e editada em livro pela editora Civilização Brasileira.
Sinopse
A peça relativiza a posição de Domingos Fernandes Calabar no episódio histórico em que ele preferiu tomar partido ao lado dos holandeses contra a coroa portuguesa.
Vivia o Brasil sob a opressão do regime ditatorial militar, e era comum o uso das metáforas nas produções artísticas a fim de, por um lado, burlar a censura rigorosa do sistema (sendo popular a figura de Armando Falcão, Ministro da Justiça, encarregado dessa tarefa canhestra) e, por outro, denunciar a situação atual.
Chico Buarque foi um mestre no uso dessas figurações: e o episódio histórico do traidor Calabar, comum em todos os livros didáticos como um dos maiores exemplos de perfídia - serviu de mote para justamente questionar a chamada versão oficial.
Na peça, Domingo Calabar passa de comerciante que visava o lucro e que, por isto, traíra os portugueses e colonos brasileiros - para um quase herói, que tinha por objetivo não o ganho pessoal, mas o melhor para o povo brasileiro (na verdade um conceito ainda inexistente, no século XVIII).
A intenção dos autores, porém, era denunciar um erro histórico, nem tinha a pretensão de promover uma revisão: o alvo era, justamente, o próprio regime militar, sua censura, os veículos de comunicação que, engessados pelas versões dos fatos sempre acordes com o sistema, passavam ao povo imagens que precisavam ser questionadas em sua veracidade.
Músicas
Artigo principal: Chico Canta
Dentre as músicas que compõem o repertório da obra, algumas foram sucesso, como "Não existe pecado ao sul do Equador" (cantada por Ney Matogrosso); "Cala a boca, Bárbara", e outras.
Iniciativa ousada
Calabar: o elogio da traição, foi escrita no final de 1973, em parceria com o cineasta Ruy Guerra e dirigida por Fernando Peixoto. Era uma das mais caras produções teatrais da época, custou cerca de trinta mil dólares e empregava mais de oitenta pessoas.
A peça e a ditadura
A censura do regime militar deveria aprovar e liberar a obra em um ensaio especialmente dedicado a isso. Depois de toda a montagem pronta e da primeira liberação do texto, veio a espera pela aprovação final. Foram três meses de expectativa e, em 20 de outubro de 1974, o general Antônio Bandeira, da Polícia Federal, sem motivo aparente, proibiu a peça, proibiu o nome Calabar do título e proibiu que a proibição fosse divulgada.
O prejuízo para os autores e para o ator Fernando Torres, produtores da montagem, foi enorme.
Seis anos mais tarde, uma nova montagem estrearia, desta vez, liberada pela censura.
O livro
Publicado em livro no ano de 1994, pela editora Civilização Brasileira, Calabar já teve 23 edições. (ISBN 8520001368).
Ligações externas
- Sinopse - reapresentação em 1998.