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Revisão das 12h59min de 9 de outubro de 2010
O termo muladi (em espanhol, muladí, pl. muladíes, do árabe مولدونor, translit. muwallad, pl. muwalladun ou muwalladeen: "concebido por mãe não árabe"[1]), pode designar três grupos sociais presentes na Península Ibérica, no Medievo:
- Cristão que abandonava o cristianismo, convertia-se ao Islã e vivia entre muçulmanos. Diferenciava-se do moçárabe, que se mantinha cristão em áreas de domínio muçulmano.
- Filho de um casamento misto cristão-muçulmano e de religião muçulmana.
- População de origem hispano-romana e visigótica que adotou a religião, a língua e os costumes do Islã para desfrutar dos mesmos direitos que os muçulmanos em Al-Andalus.[2]
Dentro do terceiro grupo distingue-se a nobreza visigoda, que acabou fundindo-se com a árabe, embora em zonas distantes tenha protagonizado movimentos secessionistas, como o dos Banu Qasi. Já nas camadas mais humildes da população, a maioria optou pela conversão, independentemente de considerações religiosas, apenas para livrar-se do imposto territorial e pessoal. Não obstante, no século IX, as diferenças socioeconômicas de Al-Andalus geraram frequentes tensões, manifestas na sublevação do Arrabal ou na rebelião de Umar bin Hafs bin Chafar. Este último, que se tornou célebre, nasceu em Ronda, de família goda, e seu avô se havia convertido ao Islã. Chegou a controlar politicamente uma área importante da Andaluzia, tendo-se convertido ao cristianismo em 899 e instalado um bispo cristão em Bobastro.
Referências
- ↑ Diccionario de la Real Academía Española. <<muladí>>
- ↑ Ferrera Cuesta, Carlos (2005). Diccionario de Historia de España. Madrid: Alianza Editorial. ISBN 84-206-5898-7