Ifigénia: diferenças entre revisões
Linha 9: | Linha 9: | ||
Agamemnon tenta convencer Clitemnestra voltar para Micenas mas ela se recusa a não participar do casamento da filha. Quando encontra Aquiles, que desconhece a trama, ambos descobre a verdade sobre o cruel destino que espera a filha e que foi enganada pelo marido. O exército se revolta com a demora, mas Aquiles defende Ifigênia mesmo da raiva dos [[mirmidões]]. Ifigênia decide se sacrificar e vai para o altar ignorando as súplicas da mãe. No último momento, [[Ártemis]] substituiu a [[princesa]] por uma [[corça]], e a fez sua suma sacerdotisa, levando-a para [[Táurida]]. <ref name=Aulis>Ifigênia em Áulis de Eurípedes http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0045</ref> |
Agamemnon tenta convencer Clitemnestra voltar para Micenas mas ela se recusa a não participar do casamento da filha. Quando encontra Aquiles, que desconhece a trama, ambos descobre a verdade sobre o cruel destino que espera a filha e que foi enganada pelo marido. O exército se revolta com a demora, mas Aquiles defende Ifigênia mesmo da raiva dos [[mirmidões]]. Ifigênia decide se sacrificar e vai para o altar ignorando as súplicas da mãe. No último momento, [[Ártemis]] substituiu a [[princesa]] por uma [[corça]], e a fez sua suma sacerdotisa, levando-a para [[Táurida]]. <ref name=Aulis>Ifigênia em Áulis de Eurípedes http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0045</ref> |
||
== Orestes e as fúrias == |
|||
Clitemnestra não admitiu Agamemnon, sacrificar sua própria filha, e por isso matou-o quando ele estava na piscina do [[palácio]]. [[Orestes]], irmão de Ifigênia, por pressão de [[Electra]], sua irmã mais nova, matou sua mãe e o amante dela para vingar a morte de seu pai. O que o levou a ser castigado pelas [[Fúrias]] até ficar louco. |
Clitemnestra não admitiu Agamemnon, sacrificar sua própria filha, e por isso matou-o quando ele estava na piscina do [[palácio]]. [[Orestes]], irmão de Ifigênia, por pressão de [[Electra]], sua irmã mais nova, matou sua mãe e o amante dela para vingar a morte de seu pai. O que o levou a ser castigado pelas [[Fúrias]] até ficar louco. |
||
== Ifigênia em Táurida == |
== Ifigênia em Táurida == |
||
Orestes procurou o [[Oráculo de Delfos]] para descobrir como se livrar das chicotadas das [[Fúrias]]. O oráculo revelou que ele só seria libertado caso conseguisse se apossar de uma estátua de Ártemis em Táurida. Seu amigo Pílades o acompanha nessa viagem e ambos são protegidos por [[Athenas]] por sua coragem. Para que não seja identificado Athenas Quando chegam, Orestes tem um ataque de loucura e tenta matar os bezerros dos camponeses acreditando que eles são as Fúrias que o atormentam. Ambos são capturados e levados para serem sacrificados pela suma sacerdotisa virgem no templo de Ártemis.<ref name=Mito></ref> |
|||
Orestes encontrou-a em Táurida, e graças a sagacidade de Ifigênia conseguiram fugir de volta para [[Micenas]] onde Orestes virou rei. |
|||
Ifigênia e Orestes não se reconhecem imediatamente, mas durante os ritos pré-sacrifício, ao descobrir que ele é de Micenas, questina-o se Orestes ainda está vivo. Ele diz que sim, então ela propõe que poupará sua vida caso ele entregue uma carta a Orestes. Orestes pede a seu amigo que retorne a Micenas para entregar a carta deixando lá para ser sacrificado sozinho, mas este se recusa e revela a identidade de Orestes. Após esclarecimentos, Ifigênia planeja uma fuga com sua sagacidade e engana os outros sacerdotes dizendo que o estrangeiro não serve como sacrifício por ser um matricida e por seu amigo ser cumplice e que agora deverá levar a estátua maculada para ser purificada no mar. Com a ajuda de Atenas os três conseguem fugir de volta para [[Micenas]] onde Orestes se recupera de sua loucura e se torna rei. Ifigênia se casa com Pílades e segue como sacerdotisa de Ártemis onde vivem em paz.<ref name=Mito>Robert Graves. O grande livro dos mitos gregos. Ifigênia em Táurida.</ref> |
|||
[[Categoria:Mitologia grega]] |
[[Categoria:Mitologia grega]] |
Revisão das 07h26min de 18 de junho de 2011
Ifigénia (português europeu) ou Ifigênia (português brasileiro) (em grego antigo: Ἰφιγένεια) era, na mitologia grega, a filha mais velha de Agamemnon e Clitemnestra, irmã de Orestes e Electra e sobrinha de Menelau e Helena. Princesa de Micenas e símbolo de auto-sacrifício feminino.
Ifigênia em Áulis
Segundo Eurípedes, antes de partir para Tróia, Agamemnon irritou Ártemis ao caçar um cervo em uma floresta sagrada e se gabar de ser o melhor caçador. Como punição os ventos no porto de Áulis pararam e Agamenon deveria sacrificar sua filha em um altar a Ártemis, para que a deusa fizesse soprar bons ventos para a partida dos exércitos gregos a Tróia. Agamemnon manda uma carta a sua esposa, Clitemnestra, para que traga a filha com a promessa que ela se casaria com Aquiles. Depois se arrepende e tenta mandar uma nova carta, que é lida por Menelau que briga com o irmão. Mas já é tarde demais e Clitemnestra, Orestes e Ifigênia já haviam chegado a Áulis. [1]
Agamemnon tenta convencer Clitemnestra voltar para Micenas mas ela se recusa a não participar do casamento da filha. Quando encontra Aquiles, que desconhece a trama, ambos descobre a verdade sobre o cruel destino que espera a filha e que foi enganada pelo marido. O exército se revolta com a demora, mas Aquiles defende Ifigênia mesmo da raiva dos mirmidões. Ifigênia decide se sacrificar e vai para o altar ignorando as súplicas da mãe. No último momento, Ártemis substituiu a princesa por uma corça, e a fez sua suma sacerdotisa, levando-a para Táurida. [1]
Orestes e as fúrias
Clitemnestra não admitiu Agamemnon, sacrificar sua própria filha, e por isso matou-o quando ele estava na piscina do palácio. Orestes, irmão de Ifigênia, por pressão de Electra, sua irmã mais nova, matou sua mãe e o amante dela para vingar a morte de seu pai. O que o levou a ser castigado pelas Fúrias até ficar louco.
Ifigênia em Táurida
Orestes procurou o Oráculo de Delfos para descobrir como se livrar das chicotadas das Fúrias. O oráculo revelou que ele só seria libertado caso conseguisse se apossar de uma estátua de Ártemis em Táurida. Seu amigo Pílades o acompanha nessa viagem e ambos são protegidos por Athenas por sua coragem. Para que não seja identificado Athenas Quando chegam, Orestes tem um ataque de loucura e tenta matar os bezerros dos camponeses acreditando que eles são as Fúrias que o atormentam. Ambos são capturados e levados para serem sacrificados pela suma sacerdotisa virgem no templo de Ártemis.[2]
Ifigênia e Orestes não se reconhecem imediatamente, mas durante os ritos pré-sacrifício, ao descobrir que ele é de Micenas, questina-o se Orestes ainda está vivo. Ele diz que sim, então ela propõe que poupará sua vida caso ele entregue uma carta a Orestes. Orestes pede a seu amigo que retorne a Micenas para entregar a carta deixando lá para ser sacrificado sozinho, mas este se recusa e revela a identidade de Orestes. Após esclarecimentos, Ifigênia planeja uma fuga com sua sagacidade e engana os outros sacerdotes dizendo que o estrangeiro não serve como sacrifício por ser um matricida e por seu amigo ser cumplice e que agora deverá levar a estátua maculada para ser purificada no mar. Com a ajuda de Atenas os três conseguem fugir de volta para Micenas onde Orestes se recupera de sua loucura e se torna rei. Ifigênia se casa com Pílades e segue como sacerdotisa de Ártemis onde vivem em paz.[2]
- ↑ a b Ifigênia em Áulis de Eurípedes http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0045
- ↑ a b Robert Graves. O grande livro dos mitos gregos. Ifigênia em Táurida.